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Anexo NT 13 - 2009 - SRD - Aneel
Anexo NT 13 - 2009 - SRD - Aneel
Anexo NT 13 - 2009 - SRD - Aneel
Conteúdo
1. Introdução ...................................................................................................................3
2. Caracterização do parque de medição brasileiro ...............................................................4
3. Experiências internacionais com a medição eletrônica.......................................................8
3.1. Europa .................................................................................................................8
3.1.1. Itália ..............................................................................................................9
3.1.2. Suécia .........................................................................................................10
3.1.3. Portugal .......................................................................................................11
3.1.4. Espanha.......................................................................................................12
3.1.5. Estônia.........................................................................................................13
3.1.6. Outros países na Europa ................................................................................13
3.2. América do Norte .................................................................................................14
3.2.1. Canadá (Ontário)...........................................................................................14
3.2.2. EUA (Califórnia) ............................................................................................15
3.3. Oceania..............................................................................................................17
3.3.1. Nova Zelândia...............................................................................................17
3.3.2. Austrália (Victoria) .........................................................................................17
4. Análise das funcionalidades da medição eletrônica .........................................................19
4.1. Introdução...........................................................................................................19
4.2. Requisitos mínimos ..............................................................................................19
4.2.1. Requisitos do medidor....................................................................................19
4.2.2. Requisitos de comunicação entre medidor e consumidor ....................................20
4.2.3. Requisitos de comunicação entre medidor e distribuidora ...................................20
4.3. Funcionalidades possíveis e os resultados esperados...............................................21
4.3.1. Grandezas elétricas .......................................................................................21
4.3.2. Indicadores de qualidade................................................................................21
4.3.3. Aspectos tarifários e comerciais.......................................................................21
4.3.4. Interface entre consumidor e medidor...............................................................22
4.3.5. Interface entre distribuidora e medidor..............................................................22
4.4. Questões associadas ...........................................................................................22
5. Sistemática de análise dos custos e benefícios da medição eletrônica no Brasil..................24
5.1. Introdução...........................................................................................................24
5.2. Metodologia ........................................................................................................24
5.3. Considerações Iniciais ..........................................................................................24
5.3.1. Horizonte de tempo........................................................................................24
5.3.2. Taxa de atualização.......................................................................................25
5.3.3. Qualidade.....................................................................................................25
5.3.4. Custo da energia ...........................................................................................25
5.3.5. Custo dos equipamentos ................................................................................25
5.3.6. Custos operacionais.......................................................................................25
5.3.7. Taxa de falha ................................................................................................25
5.3.8. Quantidade de medidores a ser substituídos .....................................................25
5.3.9. Descarte ......................................................................................................26
5.4. Custos................................................................................................................26
5.4.1. Custos da substituição ...................................................................................26
5.4.1.1. Mão-de-obra para a troca.............................................................................26
5.4.1.2. Compra dos equipamentos...........................................................................27
1
Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
Documento Anexo à Nota Técnica nº 0013/2009-SRD/ANEEL
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
Documento Anexo à Nota Técnica nº 0013/2009-SRD/ANEEL
1. Introdução
Entretanto, para que todos sejam beneficiados com a nova tecnologia, é necessário
haver alguns ajustes na regulação atual, e, possivelmente, que se coordene a substituição. Para
tanto, determinados países realizaram profundos estudos sobre o uso da tecnologia em
pequenos consumidores e decretaram a obrigatoriedade da substituição pelo novo tipo de
medição.
Esta Consulta Pública foi instaurada para envolver toda a sociedade nas discussões.
Baseada em formatos de Consulta de outros paises, as contribuições serão formuladas através
de respostas às diversas perguntas específicas ao longo do texto. Tais respostas ajudarão a
ANEEL a entender os variados pontos de vista e darão suporte para as decisões futuras da
Agência no que diz respeito à medição eletrônica.
Este documento discutirá o panorama atual da tecnologia no mundo e fará uma análise
dos possíveis ganhos para os consumidores, distribuidoras, regulador e para o sistema elétrico.
Também se pretende expor a metodologia que será utilizada para mensurar os ganhos e
benefícios, além de receber contribuições para a execução dos projetos pilotos. Por fim, serão
discutidos aspectos técnicos e regulatórios relevantes ao tema.
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
Documento Anexo à Nota Técnica nº 0013/2009-SRD/ANEEL
52,58%
50,00%
40,00%
Frequência
30,00% 28,94%
20,00%
10,00%
0,00%
Em estoque 0 a 5 anos 6 a 10 anos 11 a 15 anos 16 a 20 anos 26 a 25 anos + de 25 anos
Faixa de Idade
30,89%
30,00%
25,34%
25,00%
20,00%
Frequência
14,94%
15,00% 13,70%
10,00%
6,63% 6,49%
5,00%
2,02%
0,00%
Em estoque 0 a 5 anos 6 a 10 anos 11 a 15 anos 16 a 20 anos 26 a 25 anos + de 25 anos
Faixa de Idade
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
Documento Anexo à Nota Técnica nº 0013/2009-SRD/ANEEL
30,00% 29,28%
25,34%
25,00%
20,00%
Frequência
18,59%
15,00%
10,42%
10,00%
7,77%
5,17%
5,00% 3,43%
0,00%
Em estoque 0 a 5 anos 6 a 10 anos 11 a 15 anos 16 a 20 anos 26 a 25 anos + de 25 anos
Faixa de Idade
30,00% 28,90%
25,00%
19,60%
20,00%
Frequência
18,58%
15,00%
12,46%
5,00% 3,83%
0,00%
Em estoque 0 a 5 anos 6 a 10 anos 11 a 15 anos 16 a 20 anos 26 a 25 anos + de 25 anos
Faixa de Idade
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
Documento Anexo à Nota Técnica nº 0013/2009-SRD/ANEEL
20,00% 19,44%
16,67%
15,00%
13,41%
Frequência
12,15% 12,42%
10,00%
5,00%
2,22%
0,00%
Em estoque 0 a 5 anos 6 a 10 anos 11 a 15 anos 16 a 20 anos 26 a 25 anos + de 25 anos
Faixa de Idade
29,86%
30,00%
25,00%
21,05%
20,00%
Frequência
16,86%
15,00%
12,98%
10,00%
8,31% 7,82%
5,00%
3,12%
0,00%
Em estoque 0 a 5 anos 6 a 10 anos 11 a 15 anos 16 a 20 anos 26 a 25 anos + de 25 anos
Faixa de Idade
Nota-se que os medidores das regiões Sul e Sudeste são mais antigos. Isto se justifica,
em parte, pelos recentes programas de universalização da energia elétrica (Luz Para Todos, por
exemplo), que inseriu novos consumidores principalmente nas regiões Norte e Nordeste.
1
Custo ocioso: valor ainda não depreciado do ativo que seria retirado.
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
Documento Anexo à Nota Técnica nº 0013/2009-SRD/ANEEL
Nas regiões onde os medidores são mais novos, nota-se uma maior quantidade relativa
de medidores eletrônicos, o que sugere que o medidor eletrônico está substituindo o
convencional nas novas ligações. A partir dos dados enviados pelas concessionárias, conclui-se
que, em todo o Brasil, já há mais de 4,8 milhões de medidores eletrônicos adquiridos (em
estoque e instalados). Porém, a maioria limita-se às mesmas funcionalidades dos medidores
convencionais, ou seja, medem basicamente a energia ativa consumida.
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
Documento Anexo à Nota Técnica nº 0013/2009-SRD/ANEEL
3.1. Europa
Na Europa, o Grupo de Reguladores Europeus de Energia e Gás (European Regulators’
Group for Electricity and Gas – ERGEG) já realizou estudos e publicou alguns documentos
apontado temas associados e descrevendo eventuais problemas que os diferentes Estados-
Membros poderão avaliar antes de fazer uma decisão política pela implantação em massa de
medidores eletrônicos.
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
Documento Anexo à Nota Técnica nº 0013/2009-SRD/ANEEL
3.1.1. Itália
A experiência italiana é uma referência mundial em termos de medidores eletrônicos
com telemetria, com cerca de 90% das unidades consumidoras em baixa tensão já equipadas
com esses equipamentos. Na Itália, o processo de implantação se iniciou com um programa
voluntário de substituição de medidores lançado pela distribuidora ENEL (a principal distribuidora
daquele país) ainda no final dos anos 90 e a instalação em massa foi iniciada entre 2001 e 2002.
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
Documento Anexo à Nota Técnica nº 0013/2009-SRD/ANEEL
Tabela 3: Plano italiano para a instalação de medidores eletrônicos em consumidores de baixa tensão 3
Meta percentual de
Fase instalação dos medidores Data limite
eletrônicos
1 25% 31 de dezembro de 2008
2 65% 31 de dezembro de 2009
3 90% 31 de dezembro de 2010
4 95% 31 de dezembro de 2011
3.1.2. Suécia
Na Suécia, ainda em 2003, foi publicada lei determinando medição horária, a partir de
julho de 2006, para consumidores finais. Segundo a determinação legal, até julho de 2009, todos
os pontos de medição devem ser lidos mensalmente e os consumidores deverão ser faturados
com base em seu consumo real.
3
Fonte: ERGEG, 2007.
4
Fonte: ENEL, 2008.
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
Documento Anexo à Nota Técnica nº 0013/2009-SRD/ANEEL
Embora a lei sueca não prescreva exatamente o modo para alcançar as determinações,
na prática, as unidades consumidoras na Suécia passarão a ter medidores inteligentes a partir
de 1º de julho de 2009. Nesse país, diferentes modelos de medidores e tecnologias estão sendo
implantados.
Nos invernos de 2003 e 2004, alguns ensaios foram realizados na Suécia a título
experimental, com a finalidade de testar o comportamento da demanda para as horas de ponta.
Os ensaios mostraram que a leitura horária dos dados medidores, combinada com as estruturas
tarifárias adequadas, pode aumentar a sensibilidade dos consumidores aos preços. Dessa
forma, os resultados destacaram a importância da medição eletrônica.
3.1.3. Portugal
Em novembro de 2006, os governos de Portugal e Espanha firmaram o Plano de
Compatibilização Regulatória, pactuando um acordo sobre a necessidade de assegurar a plena
compatibilidade regulatória entre os mercados de energia elétrica desses países, a fim de
permitir o funcionamento do Mercado Ibérico de Energia Elétrica – MIBEL.
Assim, um plano de trabalho foi aprovado pelos dois governos, incluindo as disposições
obrigatórias para a plena implantação de medidores inteligentes. As autoridades reguladoras
foram solicitadas a submeter aos dois governos, até outubro de 2007, um documento conjunto
que descreve as funcionalidades mínimas exigidas de medidores inteligentes para os
consumidores residenciais e propondo um calendário. Os governos também indicaram a
necessidade de que todos os novos equipamentos instalados sejam medidores eletrônicos com
capacidades de medição remota.
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
Documento Anexo à Nota Técnica nº 0013/2009-SRD/ANEEL
3.1.4. Espanha
A Espanha já adotou regulamentação determinando a substituição obrigatória dos
medidores. Pelo plano de substituição, todos os medidores eletromecânicos devem ser
substituídos por medidores eletrônicos até dezembro 2018.
O prazo total para a implantação é de 11 anos, já que os principais critérios para o plano
espanhol de substituição foram aprovados em dezembro de 2007 por meio do documento
ORDEN ITC/3860/2007, aprovado pelo Ministério da Indústria, Turismo e Comércio da Espanha.
5
Fonte: ERSE, 2007.
6
Fonte: CNE, 2008.
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
Documento Anexo à Nota Técnica nº 0013/2009-SRD/ANEEL
3.1.5. Estônia
Outro país que já possui determinação formal para a substituição é a Estônia. Porém a
substituição é parcial, já que deve atingir, a princípio, menos da metade do número total de
unidades consumidoras do país. Nesse sentido, sistemas AMR devem ser instalados, até 2010,
em cerca de 260 mil unidades consumidoras (41% do total).
7
Fonte: RSCAS, 2008.
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
Documento Anexo à Nota Técnica nº 0013/2009-SRD/ANEEL
Irlanda X
Itália X
Letônia X
Lituânia X
Luxemburgo X
Malta X
Polônia X
Portugal X
Reino Unido X
República Tcheca X
Romênia X
Suécia X
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
Documento Anexo à Nota Técnica nº 0013/2009-SRD/ANEEL
Como exemplo, cita-se o caso da empresa Hydro One, distribuidora que possui 123 mil
quilômetros de linhas de distribuição para o atendimento de 1,3 milhões de consumidores em
uma área de 640 mil quilômetros quadrados.
Entre 2006 e outubro de 2008, a Hydro One havia implantado cerca de 640 mil
medidores eletrônicos, com instalação de 20% da rede de comunicação necessária. A
distribuidora desenvolveu projetos pilotos antes de iniciar a utilização em massa, testando as
tecnologias de medição e de comunicação de dados. Realizou ainda conscientização e
educação dos consumidores para atingir níveis adequados de aceitação.
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
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agências da energia na Califórnia - California Energy Commission (CEC), the California Power
Authority (CPA), and the California Public Utilities Commission (CPUC) – aprovaram juntas um
"Plano de Ação da Energia" onde figuram as metas conjuntas de energia para a Califórnia
(OFGEM, 2006).
Pela previsão da PG&E, o programa de medição inteligente estará disponível, até 2011,
para todos os consumidores de gás e energia elétrica atendidos pela empresa (5,1 milhões de
unidades consumidoras de energia elétrica e 4,2 milhões de gás natural).
Pelo planejado inicialmente o medidor pode continuar a ser lido manualmente, porém a
telemetria e outros benefícios do programa de medição eletrônica estarão disponíveis durante a
finalização da implantação do sistema. Assim, quando a medição inteligente estiver implantada
em uma determinada área, a coleta remota possibilitará leituras mais freqüentes inclusive em
escala horária. A empresa ainda será capaz de identificar falhas e restabelecer o serviço de
forma mais rápida e o consumidor será capaz de ter acesso aos dados detalhados em tempo
real, e se beneficiar das novas opções de tarifa e melhor gerir o consumo energético e os valores
das faturas.
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
Documento Anexo à Nota Técnica nº 0013/2009-SRD/ANEEL
3.3. Oceania
3.3.1. Nova Zelândia
Na Nova Zelândia, reconheceu-se a instalação de medidores eletrônicos como um meio
para fornecer sinais econômicos aos consumidores de baixa tensão e permitir sinais de preços
para buscar eficiência energética e controle de demanda.
Com isso, na Nova Zelândia, a implantação em massa de medidores eletrônicos não foi
realizada como uma decisão do regulador. Desse modo, a Comissão de Energia Elétrica
considerou a implantação em massa como uma opção de negócio: um investimento comercial
das distribuidoras.
Para o primeiro nível de pequenos consumidores (os que consomem abaixo 160 MWh
por ano), as distribuidoras tiveram um monopólio no fornecimento de serviços básicos de
medição, cujos custos foram recuperados por meio da tarifa existente. Foi estabelecido que eles
precisariam recuperar os custos adicionais para os medidores eletrônicos através de uma nova
taxa. A Comissão foi favorável à utilização de um compartilhamento de encargos para todos os
consumidores com consumo menor do que 160 MWh por ano. Propôs-se que esta taxa seria
estabelecida, possivelmente como uma taxa de serviço baseada no tipo do medidor, no
momento do próximo período de controle de preços.
Para o primeiro nível de grandes consumidores (os que consomem mais de 160 MWh
por ano), um encargo juntado para os consumidores afetados foi planejado pra ser eqüitativo.
Este arranjo deveria ser alcançado através de uma taxa de serviços excluídos.
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
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Para o segundo nível de grandes consumidores (os que consomem mais de 160 MWh
por ano), os comercializadores (ao invés das distribuidoras) foram responsáveis pela instalação
dos medidores. A oferta deste tipo de medidor já era uma atividade contestável e os encargos de
distribuição não previam a recuperação dos custos no presente caso. Quando, neste segmento,
os medidores inteligentes passaram a ser utilizados, vários comercializadores e consumidores já
haviam financiado os equipamentos. Pareceu razoável, portanto, que os usuários que já
pagaram pelo seu próprio medidor eletrônico não deveriam compartilhar os custos de instalação
de medidores ainda com aqueles do primeiro nível.
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
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Além das grandezas elétricas a serem medidas, o regulador deverá definir quais
informações acerca da unidade consumidora o medidor deverá ser capaz de coletar. Tais dados
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
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podem variar desde a detecção de fraudes no equipamento até a possibilidade mais sofisticada
de permitir a medição do consumo individual de equipamentos instalados na unidade
consumidora. Por fim, o medidor poderá abranger módulo que disponibilize ao consumidor novas
opões de serviços, tal como a possibilidade de pré-pagamento, o que necessita também de
avaliação do regulador.
Além disto, torna-se necessário considerar que ações poderão ser realizadas
remotamente pela distribuidora através do canal de comunicação entre seu sistema central e o
consumidor. Entre aquelas comumente encontradas, adicionalmente à leitura remota das
grandezas elétricas e dos parâmetros de qualidade e continuidade do serviço, estão:
corte/religação remota da unidade consumidora, controle individual da demanda disponibilizada
ao consumidor (para fins de corte seletivo de carga), possibilidade de atualização remota de
aplicativos do medidor. Relativamente à implantação de tarifas diferenciadas por postos
tarifários, deve ser avaliada a necessidade de tecnologia que permita a alteração remota de
parâmetros, tais como: tarifas em tempo real, ciclos de medição (ponta/fora de ponta,
úmido/seco), demanda contratada.
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
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Outro aspecto que deve ser considerado ao tratar da interface entre distribuidora e
medidor eletrônico são os critérios de segurança da informação que trafegará por este meio. Ao
possibilitar que a distribuidora escolha aquela configuração do sistema de comunicação que
entender como mais apropriada, deve ser devidamente estabelecida também uma forma de
atestar a minimização da possibilidade de violação dos dados, tanto pelos envolvidos no
processo quanto por terceiros. Adicionalmente, deve ser levada em consideração a necessidade
de duplicação e redundância no envio de informações do medidor para o sistema central da
distribuidora, assim como a capacidade de armazenamento do medidor para que possa servir de
fonte de dados quando detectado algum problema no sistema de comunicação.
ii. Potência ativa e reativa. O registro do valor de potência ativa (e/ou reativa)
demandada pelo consumidor, assim como o seu valor máximo diário, torna-se
importante subsídio para a distribuidora em seus estudos de perfis de consumo e
simultaneidade de carga.
ii. Registro de informações de tensão e corrente. A coleta de dados como valor eficaz,
freqüência e fator de potência - assim como o tempo em que tais valores
permaneceram fora dos limites especificados - provê informação ao consumidor
sobre a qualidade do serviço prestado, podendo ser utilizada pelo regulador e pela
distribuidora para apuração de inconformidades.
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iii. Múltiplas tarifas. Viabilização técnica de que possam ser ofertadas opções
diferenciadas de tarifas entre as quais o consumidor pode escolher aquela mais
adequada ao seu perfil de consumo.
ii. Dados de potência e consumo. O consumidor pode ter acesso a informações como
valor instantâneo de potência demandada e consumo acumulado de energia
diariamente de forma a promover o consumo eficiente. Adicionalmente, os valores
podem ser armazenados no medidor durante certo período para posterior
comparação e conferência com os valores constantes da fatura.
iii. Sinalizações em tempo real. Pode ser visualizado no dispositivo de interface com o
consumidor o valor em tempo real da tarifa de acordo com o posto tarifário do
momento e a modalidade de tarifa escolhida. Também podem ser programados
sinais de alarme que alertam o consumidor acerca de eventos em tempo real, tais
como interrupções e ultrapassagem de valores limite.
4.d Como deveria ser garantido que a informação não seja perdida em caso de falta de
energia? Por quanto tempo essa informação deveria ficar guardada no medidor?
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4.f O mesmo sistema de comunicação para tráfego de dados deveria ser exigido para
todos os consumidores da área de concessão/permissão ou a forma de coleta das informações
disponibilizadas pelo medidor eletrônico deveria ficar a critério da distribuidora?
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Alguns dados associados a esta análise são de difícil estimativa e, por isso, serão
necessários projetos-pilotos para defini-los. O estudo será baseado na quantificação monetária
associada a cada benefício e na estimativa de todos os custos para a substituição.
Pretende-se adotar uma posição conservadora. Isto evita que erros culminem em
investimentos desnecessários e, caso o estudo aponte para uma troca dos medidores, legitimará
ainda mais essa opção.
5.2. Metodologia
O estudo será dividido em duas etapas. Na primeira, pretende-se estimar os ganhos e
custos anuais advindos com a implantação da medição eletrônica. Serão considerados os
valores para o país, substituindo-se todos os 62 milhões de medidores em baixa tensão
atualmente existentes.
Atualmente, a regulamentação considera que um medidor tem vida útil de 25 anos. Este
tempo foi estabelecido com base na tecnologia eletromecânica de medição, sem previsão de
valor diferenciado para o medidor eletrônico.
Há estudos que consideram vida útil inferior para medidores eletrônicos e, por isso, o
horizonte de tempo da análise de custo/benefício poderá ser inferior a 25 anos. Como ainda não
há definição da vida útil regulatória diferenciada para o equipamento eletrônico, o horizonte de
tempo do estudo ainda não foi estabelecido.
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5.3.3. Qualidade
Este exame não considerará os benefícios advindos com a melhoria dos indicadores de
qualidade e de continuidade. Apesar de se saber que o aprimoramento da qualidade do serviço
tem um valor monetário associado, este não será avaliado por necessitar de diversos ajustes
subjetivos e imprecisos.
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5.3.9. Descarte
É necessário verificar as soluções possíveis para o descarte dos medidores
eletromecânicos. Como todas as partes dos medidores eletromecânicos são recicláveis, o
descarte provavelmente será de fácil execução.
Nesse sentido, são esperadas contribuições acerca da destinação final dos medidores
substituídos, de forma a evitar que, muitos dos eletromecânicos sejam recondicionados e voltem
ao mercado, bem como para evitar o desenvolvimento de tecnologias de fraude nos medidores
eletromecânicos ainda instalados.
5.4. Custos
Os custos foram subdivididos em duas classes: custos da substituição e custos dos
projetos pilotos.
Onde:
c(i) para i ≤ n: C;
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Documento Anexo à Nota Técnica nº 0013/2009-SRD/ANEEL
MO = (MOSub) * (Qntd / n)
Onde:
Onde:
Para cada medidor retirado, a distribuidora deverá ser ressarcida pelo valor ainda não
depreciado do ativo. Para efeitos deste estudo, será considerado que os medidores mais antigos
serão retirados primeiro, afim de que os mais novos possam “envelhecer” e gerar o menor custo
ocioso possível. Serão realizadas simulações para um prazo de troca de 5, 8, 10, 12 e 20 anos.
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Implantação de Medição Eletrônica em Baixa Tensão
Documento Anexo à Nota Técnica nº 0013/2009-SRD/ANEEL
5.5. Benefícios
5.5.1. Custos Operacionais
Espera-se que a implantação dos medidores eletrônicos reduza alguns custos
operacionais das distribuidoras, que, quando considerados na empresa de referência, poderão
provocar uma redução da tarifa e um benefício ao consumidor.
Figura 11: Fluxo de Caixa do benefício associado à menor reposição de medidores, leitura, corte/religação,
perdas técnicas e perdas não-técnicas
Onde:
Onde:
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Documento Anexo à Nota Técnica nº 0013/2009-SRD/ANEEL
5.5.1.2. Leitura
Caso se opte pela substituição em massa dos medidores, poderá se escolher um
equipamento com capacidade de tele-leitura. Isso eliminaria a necessidade de que um leiturista
visite cada unidade consumidora mensalmente.
A exemplo dos benefícios advindos com a nova forma de leitura, somente se poderá
quantificar o benefício financeiro com o corte e religação remotos após a realização dos projetos
pilotos.
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(blindagem da rede, medição externa, etc.), é difícil estimar de quanto seria a redução das
perdas não-técnicas decorrente unicamente da troca pela medição eletrônica.
Acredita-se que a execução dos projetos pilotos será capaz de ajudar nesta estimativa.
Dessa forma, necessita-se de dados concretos que permitam esta estimativa.
Entretanto, é difícil se estimar como os hábitos seriam mudados, e o benefício que isto
representaria na tarifa. Para ajudar nesta quantificação, os projetos pilotos terão um papel
preponderante. Somente após a coleta dos resultados dos projetos pilotos, poder-se-á fazer a
estimativa dos benefícios ao consumidor final devido a mudanças de seus hábitos.
5.b Qual é a destinação e quais as soluções para o descarte dos medidores retirados de
campo? Quais são as propostas e projetos para a destinação final dos medidores e seus
componentes?
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Diversos projetos que versam sobre medição eletrônica foram desenvolvidos pelas
distribuidoras, com o intuito de estudar soluções para problemas específicos de cada área de
concessão. É importante que sejam desenvolvidos projetos pilotos com a intenção específica de
obter informações que embasem uma eventual substituição do parque de medição, devendo, a
uma primeira vista, ser capitaneada pela ANEEL.
Assim, em resumo, a quantidade de projetos pilotos deve ser suficiente para mapear os
custos associados à implantação em massa da tecnologia, a aceitação da sociedade em cada
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A tarifa de ponta deve ser ajustada de forma a dar o sinal econômico para que o
consumidor evite ao máximo usar energia durante este período, sem, ao mesmo tempo,
penalizar excessivamente a carga “não modulável”. Ou seja, uma tarifa de ponta próxima à tarifa
fora de ponta não incentivaria o consumidor a mudar seus hábitos, enquanto que, se for
demasiadamente alta, elevaria os gastos da maioria dos consumidores com energia elétrica, o
que não é desejável.
Outro ponto que merece especial destaque é que a horosazonalidade não poderá alterar
os ganhos da distribuidora. A medida procura beneficiar o consumo que não provoca a expansão
do sistema à custa do excedente financeiro pago pelas cargas da ponta, sendo autofinanciável.
Sabe-se que na Europa muitos planos de substituição foram motivados pela redução
dos custos de leitura, que são extremamente elevados naquele continente. No entanto, a
realidade brasileira é diferente, já que o custo da mão-de-obra é mais barato. Assim, é
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necessário avaliar se os custos com a execução das atividades de leitura, corte e religação têm
peso significante na tarifa.
Ademais, o consumidor poderá não compreender de imediato tudo aquilo que o novo
medidor pode proporcionar (gerenciamento de carga ou confiabilidade dos dados de qualidade,
por exemplo), e a tecnologia poderia ser vista apenas como algo caro e inútil.
6.3.5. Custos
Para a correta análise econômica da massificação da medição eletrônica, deve-se
inicialmente ter noção dos custos que esta medida representa no curto prazo. Dessa forma, o
primeiro estudo que deve ser realizado pela Agência é a estimativa precisa de valores. Para isso,
é necessário levantar os custos dos equipamentos de medição, da mão-de-obra necessária a
substituição, de operação e manutenção e o impacto na tarifa.
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Além de permitir avaliar a aceitação a estas novas facilidades, o projeto piloto ajudará a
estimar a receita adicional proveniente das mesmas, que poderá ser utilizada para ajudar no
financiamento do plano de substituição.
Dessa forma, o custo de manutenção desses novos medidores poderá ser comparado
ao do convencional, devendo este quesito ser observando quando da execução dos projetos
pilotos.
Dessa forma, é necessário testar se essa interação será bem aceita e utilizada, e se não
provocará danos por mau uso do equipamento.
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Como opção, pode-se optar por uma comunicação que não seja em tempo real, mas
que o envio dos dados se dê diariamente, ou a cada conjunto de dias, por exemplo. Isso reduz
os custos de operação e dispensa o leiturista, mas inviabiliza algumas facilidades.
O sistema mais barato seria aquele que não houvesse comunicação direta do
concentrador com a central. Os dados seriam colhidos em campo pelo leiturista, com a ajuda de
um dispositivo, por exemplo, e descarregados no sistema de faturamento da distribuidora.
Obviamente, dessa forma, muitas das facilidades possíveis com o medidor eletrônico ficariam
inviabilizadas.
De um modo geral, hoje se usa o Power Line Communication (PLC) para comunicar o
medidor com o concentrador, e deste para a central, via protocolo GPRS ou SMS.
6.b Que estrutura tarifária (relação entre a tarifa de ponta e a tarifa fora de ponta, tarifas
diferentes nos finais de semana, etc.) poderia ser adotada nos projetos pilotos que ajudasse a
estimar as mudanças nos hábitos dos consumidores envolvidos?
6.d Quais são os resultados mais significativos obtidos nos projetos já implantados no
Brasil?
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7.c Todos os consumidores em baixa tensão devem ter seus medidores substituídos, ou
apenas aqueles acima de um determinado valor de consumo mensal?
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8. Bibliografia
CNE - Comisión Nacional de Energía. Seminário Internacional de Medição Eletrônica. Brasília,
2008.
ERGEG – European Regulators’ Group for Electricity and Gás. Smart Metering with a Focus on
Electricity Regulation. Bélgica, 2007.
OFGEM – Office of Gas and Electricity Markets. Domestic Metering Innovation - Next Steps -
Decision Document. Inglaterra, 2006.
RSCAS - Robert Schuman Centre For Advanced Studies. Survey of Regulatory and
Technological Developments Concerning Smart Metering in the European Union Electricity
Market. Itália, 2008.
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