(Química) Petróleo

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO MARANHÃO
ELETROMECÂNICA MÓDULO V

[Pesquisa sobre o Petróleo]

(​SAMYRA KELLY RIBEIRO ARRUDA​)

Fazer pesquisa sobre o petróleo


Período: 2020.5
Nome do/a Professor/a:
Ana Caroline Lustosa

Pedreiras - MA
nov 2020
« Do latim petra (pedra) e oleum (óleo), o petróleo é uma substância oleosa, inflamável,
menos densa que a água, com cheiro característico e cor variando entre o negro e o
castanho claro.
Ele é constituído, basicamente, por uma mistura de compostos químicos orgânicos
chamados de hidrocarbonetos. Hidrocarbonetos são compostos orgânicos formados por
carbono e hidrogênio. De acordo com sua estrutura, eles podem ser classificados como:
saturados – denominados também de alcanos ou parafinas, insaturados (conhecidos
como olefinas) e aromáticos ou arenos.
Quando a mistura contém uma maior porcentagem de moléculas pequenas seu estado
físico é gasoso e quando a mistura contém moléculas maiores seu estado físico é líquido,
nas condições normais de temperatura e pressão. »

1. Origem do Petróleo

O petróleo originou-se a partir da matéria orgânica depositada junto com os sedimentos. A


matéria orgânica marinha é basicamente originada de microrganismos e algas que formam
o fitoplâncton e não pode sofrer processos de oxidação. A necessidade de condições
não-oxidantes pressupõe um ambiente de deposição composto de sedimentos de baixa
permeabilidade, inibidor da ação da água circulante em seu interior. A interação dos
fatores – matéria orgânica, sedimento e condições termoquímicas apropriadas – é
fundamental para o início da cadeia de processos que leva à formação do petróleo.
Contudo, a formação das jazidas petrolíferas têm sua origem no depósito desses
microrganismos animais e vegetais de centenas de milhares de anos, no fundo dos oceanos.
Esse depósito, junto com outros sedimentos minerais, tem sofrido transformações muito
lentas em temperaturas de até 150 °C e pressões próximas a 1.000 atmosferas.
O resultado desse processo é uma rocha compacta que liberou, pouco a pouco,
hidrocarbonetos líquidos ou gasosos, com tendência a subir à superfície, uma vez que sua
densidade é menor que a da água e as das rochas sedimentares. Em algumas ocasiões,
afloram à superfície terrestre produtos betuminosos, o que gerou a palavra petróleo: “óleo
de pedra”.
Esses hidrocarbonetos interrompem seu percurso quando encontram uma falha formada
por rochas impermeáveis. Então, acumulam-se em rochas porosas, dando lugar às jazidas
atuais. Normalmente, os gases, que são menos densos, ocupam a parte superior da rocha
porosa, depois se situam os petróleos e, por último, a água, na parte inferior. Não se
formam bolsas ou lagos subterrâneos de gás e petróleo, como se acredita às vezes.
2. Composição do Petróleo

A alta porcentagem de carbono e hidrogênio existente no petróleo mostra que os seus


principais constituintes são os hidrocarbonetos. Os outros constituintes aparecem sob a
forma de compostos orgânicos que contêm outros elementos, sendo os mais comuns o
hidrogênio, o enxofre e o oxigênio. Metais também podem aparecer, como os sais de ácidos
orgânicos.

Elementos constituintes do %
petróleo cru típico (em peso)

Hidrogênio 11 - 14%

Carbono 83 - 87%*

Enxofre 0,06 - 8%

Nitrogênio 0,11 - 1,7%**

Oxigênio 0,5***

Outros Metais Até 0,3%****

* - Resultado mais comum, outras pesquisas podem mostrar variações de 80%, uma mostrou 50%
** - Resultado mais comum, outras pesquisas chegaram a mostrar 4%
*** - Resultado mais comum, outras pesquisas podem mostrar valores entre 0,1 e 2%
**** - Resultado mais comum, outras pesquisas chegaram a mostrar 0,5%

Dentre os grupos orgânicos presentes no petróleo pode-se destacar os hidrocarbonetos


saturados, os aromáticos, as resinas e os asfaltenos. Este primeiro constitui o maior grupo,
formado por alcanos normais (n-parafinas), isoalcanos (isoparafinas) e cicloalcanos
(naftenos). No petróleo são encontradas parafinas normais e ramificadas, que vão do
metano até 45 átomos de carbono. As parafinas normais usualmente representam cerca de
15 a 20% do petróleo, variando, no entanto, entre limites bastante amplos (3 a 35%).
Os hidrocarbonetos aromáticos propriamente ditos são apresentados no produto através
dos naftenoaromáticos, benzotiofenos e seus derivados (que contêm heterociclos com
enxofre). Abaixo, a tabela mostra a composição química de um petróleo típico.

Parafinas normais 14%

Parafinas ramificadas 16%

Parafinas cíclicas (naftênicas) 30%

Aromáticos 30%

Resinas e Asfaltenos 10%


2.2. Classificação do Petróleo*

*​Não tinha certeza se as classificações deveriam ser incluídas ou não, então resolvi fazer em estilo de sub-tópico, já que
as classificações dependem da composição.

Após o refino, o petróleo é classificado de acordo com classes, especificadas pelo


Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Sendo assim, o órgão classifica o petróleo da seguinte maneira:

Classe parafínica​ – representa os óleos leves, de baixa viscosidade, com resina e asfalteno
inferior a 10%;

Parafino-naftênica​ – a densidade dos óleos é moderada e o teor de resina e asfalteno fica


entre 5 e 15%;

Naftênica​ – representam uma parte pequena em relação ao volume do petróleo. Tem


origem da alteração bioquímica que ocorre entre os óleos parafínicos e parafino-naftênicos;

Classe aromática intermediária​ – representam os óleos pesados com teor de resina e


asfalteno entre 10 a 30%. Geralmente, é encontrado na Venezuela e no Oriente Médio;

Aromático-naftênica​ – o teor de resina e asfalteno é superior a 35%, correspondendo aos


óleos originados a partir da degradação de óleos parafínicos;

Aromático-asfáltica​ – encontrado no Canadá, França e Venezuela, com teor de resina e


asfalteno superior a 35%. Sendo assim, corresponde aos óleos de originados do processo de
biodegradação.
3. Refino do Petróleo

Uma vez armazenado, o petróleo segue para o refino, que consiste em separar a complexa
mistura de hidrocarbonetos em frações desejadas, processá-las e industrializá-las em
produtos comerciáveis.

Inicialmente, o petróleo bruto sofre dessalinização, removendo os sais minerais. Na


sequência, o petróleo passa para a etapa de fracionamento, na qual ocorre o processo de
destilação para separar as frações. Essa separação envolve a vaporização de um líquido por
aquecimento, seguida da condensação de seu vapor. Existem diferentes tipos de destilação:
simples, fracionada etc.
No caso do petróleo, é empregada uma operação unitária conhecida como destilação
fracionada, que é executada com a utilização de uma coluna de fracionamento. Quando se
aquece uma mistura de líquidos cujas temperaturas de ebulição são diferentes, produz-se
uma mistura de vapores que é mais rica nos componentes mais voláteis, isto é, de
temperaturas de ebulição mais baixas.

Portanto, se essa mistura é refrigerada até que se condense (destilação), obtém-se um


líquido mais rico que o original em componentes voláteis e, ao mesmo tempo, um líquido
residual mais rico nos componentes menos voláteis. Repetindo esse processo de destilação
de maneira sucessiva sobre o líquido resultante, consegue-se decompor a mistura original
em uma série de líquidos cujas temperaturas de ebulição são diferentes.
Os componentes do petróleo são depositados em bandejas de condensação situadas nos
diferentes níveis da torre, ordenando esses componentes da menor à maior volatilidade.

Nas refinarias, essas colunas são substituídas por enormes torres, chamadas de torres de
fracionamento de aproximadamente 8 m de diâmetro e até 60 m de altura.

Durante o processo de refino ocorrem ainda outras inúmeras operações unitárias de


maneira a minimizar as perdas do processo. Além disso, diversas técnicas são utilizadas
nesse processo de separação dos hidrocarbonetos leves dos pesados:

❖ Separação​: procedimento físico, onde através da sua exposição às


temperaturas elevadas ocorre uma decomposição nos seus derivados para o
consumo;
❖ Conversão:​ procedimento de ordem química, onde as ligações moleculares
são quebradas facilitando o processo de refino;
❖ Tratamento​: processo de natureza química, porém com o objetivo de
eliminar impurezas e melhorar as suas características;
❖ Técnicas auxiliares​: onde os resíduos dos processos acima são devidamente
tratados, como contributo ao meio ambiente.

4. Tipos de Reações do Petróleo

Como é constituído de uma mistura complexa de hidrocarbonetos, o petróleo passa por um


processo de refinamento em que são obtidas as frações de petróleo, ou seja, grupos de
misturas que contêm menos compostos e que possuem massa molar semelhante em cada
fração.

A principal diferença entre essas frações está na quantidade de átomos de carbono nas
moléculas de seus constituintes. Quanto maior for esse número, mais pesada será a fração.
Por exemplo, a fração mais leve é o gás natural, que é composto praticamente de metano,
que contém somente um átomo de carbono. Já a gasolina, que é líquida, possui moléculas
com 6 até 10 átomos de carbono. O óleo diesel possui de 15 a 18 carbonos, e a parafina
possui sólidos de massa molar elevada, como o C36H74.
Visto que a diferença está somente no tamanho das moléculas, surgiu um processo químico
em que algumas frações do petróleo, bem como resíduos do petróleo que restam após o
fracionamento, são submetidas. Esse processo é chamado de craqueamento e é conhecido
também como cracking.

Nesse processo, ocorre a quebra de moléculas longas de hidrocarbonetos de elevada massa


molar para a formação de outras moléculas com cadeias menores e massas molares mais
baixas, como alcanos, alcenos e, inclusive, carbono e hidrogênio.

O craqueamento é realizado em colunas de fracionamento das refinarias de petróleo e


existem dois tipos: o craqueamento ​térmico​ e o ​catalítico​. O ​craqueamento térmico​ é
realizado com temperatura e pressão elevadas que rompem as moléculas mais pesadas. Por
exemplo, no craqueamento do querosene, do óleo diesel e do óleo lubrificante em gasolina,
são utilizadas temperaturas que vão de 450 a 700ºC. Já o ​craqueamento catalítico
diferencia-se do térmico apenas pelo uso de um catalisador. Os catalisadores são
substâncias capazes de aumentar a velocidade de determinadas reações químicas sem
participar da reação, ou seja, são regenerados ao final dela.
Referências:

https://betaeq.com.br/index.php/2019/09/11/petroleo-ii-origem-e-composicao-quimica/
https://conhecimentocientifico.r7.com/petroleo-o-que-e/
https://study.com/academy/lesson/petroleum-in-chemistry-facts-properties.html
https://betaeq.com.br/index.php/2019/09/11/petroleo-iii-processo-de-obtencao-e-refino/
https://www.gratispng.com/png-s706gk/download.html
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/craqueamento-petroleo.htm

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