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Exemplo 1
As notas de longa duração (grupo b) são mais importantes que as outras; isto é devido,
basicamente a dois fatores: primeiramente porque duram mais tempo; sucessivamente,
podemos notar que as notas de curta duração representam uma preparação para as notas
longas. Cada grupo (a)+(b) constitui uma semi-frase, um arco melódico.
Então, começamos nossa primeira variação melódica trocando as notas de curta duração
por outras. Veja o Exemplo 2.
Exemplo 2
Exemplo 3
Exemplo 4
No exemplo 5, cada nota de longa duração é alteradas mediante a inserção de outra nota:
Exemplo 5
A escolha das notas que, no exemplo 5, foram alterar as notas do grupo (b) – as de longa
duração- foram escolhidas com um critério muito preciso. Para explicar isso, vou
introduzir agora o conceito de notas guias.
Denominam-se notas guias as notas mais importantes de um acorde; essas são, muitas
vezes, o terceiro e o sétimo grau (ou o sexto). As notas guias são ditas, também, notas
características do acorde. Isto porque são, na música tonal, as notas que definem melhor
a sua característica (se maior, menor, dominante, etc...).
Se torna útil aprender a evidenciar, em termos melódicos, as notas guias de cada acorde.
O exemplo 6 mostra as notas guias do trecho da música Autumn Leaves. Nesse exemplo
coloco, em cada compasso, primeiro o 3° grau e depois o 7°.
Exemplo 6
Observe que muitas vezes, as melodias das músicas, utilizam muito as notas guias.
No caso de nossa música, Autumn Leaves, podemos notar que as notas de longa duração
são sempre notas guias. Em particular: a nota mib é 3° grau de Cm7 e, mantida até o F7,
se transforma no 7° grau dele. A nota ré é o 3° grau de Bb7M e, mantido até o Eb7M, se
tranforma no 7° grau dele. Procedendo, a nota dó é 3° grau de Am7(b5) e, mantido até o
D7, se transforma no 7° grau dele. Se note, também, como essas notas de maior duração,
comstituem, por sim mesmo, uma linha melódica descendente (do mib do segundo
compasso até o sib do oitavo).
O exemplo 7 mostra um improviso baseado nas duas notas guias de cada acorde. Em
cada compasso, as duas notas estão acompanhadas por outra nota de aproximação
diatônico-cromática (quem não leu o artigo passado… não foi procurá-lo ainda?)
Exemplo 7
Bom, constatado que o compositor da música utilizou o 3° grau como nota de referência,
que tal a gente pensar em usar o 7° grau como fundamento de uma nova linha melódica?
Aí vai o Exemplo 8, já se trata de uma nova melodia, não é mais Autumn Leaves, essa
melodia precisa de um novo nome. Que tal, então, chamá-la de… Atum Livre?
Exemplo 8
Até a próxima
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