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1- INTRODUÇÃO
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Pesquisador do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da Escola Nacional de
Saúde Pública – CESTEH/ENSP/FIOCRUZ
complexos. Além da falta de recursos, freqüentemente tais instituições são fechadas à participação
pública, em especial das populações mais vulneráveis, e não definem claramente as prioridades de suas
ações.
O caráter transdisciplinar desta discussão perpassa os campos específicos dentro dos quais tais
problemas são analisados e propostas de soluções são geradas, tais como os campos da saúde pública, das
ciências ambientais e do risco. As questões espacial e populacional encontram-se presentes de forma
central quando entramos nas raízes que propiciam o agravamento de determinados problemas ambientais e
de saúde em países marcados tanto pela iniqüidade social e econômica, como pelo desequilíbrio de
interesses que marcam os processos decisórios que acabam por definir os riscos e benefícios do
desenvolvimento de uma região.
Neste sentido, o presente artigo tem por objetivo teórico central a incorporação de elementos
conceituais sobre o tema da vulnerabilidade, de caráter transdisciplinar, na análise de situações de risco de
grupos expostos a riscos ocupacionais e ambientais. Dentro de um enfoque sócio-técnico, sugerimos a
construção de uma matriz de vulnerabilidade que permita contextualizar grupos populacionais expostos a
riscos ocupacionais e ambientais específicos a partir de aspectos sociais, econômicos, técnico-científicos e
institucionais. Para materializarmos esta proposta, propomos três eixos básicos constituintes da matriz de
vulnerabilidade:
(i) o primeiro caracterizando a complexidade técnica dos riscos tecnológicos a partir do trinômio
perigo-exposição-efeitos e das incertezas associadas, tendo por referencial autores que
discutem os limites da ciência moderna de enfrentar os riscos ambientais mais complexos de
nosso tempo(Funtowicz e Ravetz, 1993 e 1997; Porto e Freitas, 1997);
(ii) o segundo, visando caracterizar a vulnerabilidade social dos grupos populacionais expostos
em seus aspectos econômicos e relacionais, de acordo com proposições de autores que
discutem os processos de inclusão/exclusão social existente nas sociedades capitalistas
modernas e na América Latina (Castell, 1995 e 1997. Munijin, 1999);
(iii) finalmente o terceiro caracterizando a vulnerabilidade institucional, tendo por referência
principal os autores que discutem o conceito de vulnerabilidade no campo dos desastres
naturais e tecnológicos (Blaikie et al., 1996; Horlick-Jones, T. 1993; Natenzon, 1998; De
Marchi et al., 2000).
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artigo usando como exemplos, de forma introdutória, três situações de risco e grupos populacionais
específicos no Estado do Rio de Janeiro: (a) trabalhadores terceirizados da indústria do petróleo expostos a
riscos de acidentes; (b) catadores de lixo que atuam em depósitos de lixo urbano; (c) moradores expostos
em áreas contaminadas por resíduos químicos perigosos. Os dados utilizados para a composição da matriz
foram obtidos a partir de projetos de pesquisa e cooperação técnica realizados pelo
CESTEH/ENSP/FIOCRUZ, local onde trabalha o autor.
2- REFERENCIAIS TEÓRICOS
Neste artigo, abordaremos o tema da vulnerabilidade a partir de três vertentes teóricas de interesse
para a análise de problemas de saúde, trabalho e ambiente. A primeira trata de questões epistemológicas
relacionadas à complexidade dos riscos ambientais modernos, tendo por enfoque os níveis de incerteza
que caracterizam a análise técnico-científica de tais riscos (Funtowicz e Ravetz, 1993 e 1997; Porto e
Freitas, 1997). A segunda encontra-se presente na discussão sobre os processos de exclusão/inclusão
social existentes nas sociedades capitalistas, cuja referência principal é o autor francês Robert Castel
(1995a e b, 1998), influenciando também o trabalho de autores que discutem o problema na América
Latina (Minujin, 1999). O terceiro foi originalmente desenvolvido para analisar os principais motivos que
tornam as conseqüências dos desastres muito mais graves em certos países – principalmente na Ásia ou
América Latina -, em particular no número de vítimas fatais. Tais desastres podem ser tanto os “naturais”,
como terremotos, enchentes e inundações, ou os tecnológicos, como os acidentes industriais que
marcaram tragédias como os acidentes químicos ampliados de Bhopal, Cidade do México e Cubatão,
todos em 1984. (Blaikie et al., 1996; Horlick-Jones, T. 1993; Porto e Freitas, 1996; Natenzon, 1998).
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incertezas do conhecimento científico; (b) dos valores, conhecimentos e interesses em jogo colocados
pelo conjunto dos atores envolvidos, através de uma comunidade de pares ampliada envolvida nos
processos de discussão e decisão sobre os riscos ambientais.
Elevado
Ciência
Interesses, Valores Pós-Normal
e Decisões em Jogo Consultoria
Profissional
Ciência
Baixo Aplicada
Técnicas Metodológicas Epistemológicas/Éticas
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ambientais. Estes dois aspectos dificultam a extrapolação direta de determinados resultados técnicos e
científicos obtidos em determinadas circunstâncias nos Países industrializados para outros contextos ou
realidades (Freitas et al., 2001), caracterizando em parte o que denominamos de vulnerabilidade
institucional de países periféricos ou em industrialização, que será discutida mais frente neste item.
Castel (1998) observa que, atualmente, vem ocorrendo uma ruptura da relação salarial que
associava trabalho e segurança, manifestada na precarização crescente das relações de trabalho e no
desenvolvimento de um desemprego de massa. Segundo Castel (1998), 70% das pessoas que entram no
mercado de trabalho atualmente na Europa o fazem sob a forma de contratos por tempo determinado,
interinidade, tempo parcial, entre outros. Em outras palavras, a precariedade do trabalho vem substituindo
a estabilidade, através de um contingente cada vez maior de assalariados fragilizados e ameaçados pelo
desemprego, o que produz o risco de um retrocesso histórico, caso nenhum tipo de regulação seja
instituído para recobrir essas novas formas de trabalho. Castel (1998) utiliza a expressão empregos
atípicos para denominar este amplo conjunto de situações, como contratos de trabalho por tempo
determinado, interinidade, trabalho em tempo parcial e outros “empregos ajudados” (mantidos pelos
poderes públicos na luta contra o desemprego, que no Brasil podem ser observados nas frentes de trabalho
no nordeste semi-árido). Essas novas formas de emprego estão suplantando o paradigma do emprego
estável, com contrato por tempo indeterminado.
É dentro dessa indefinição de fronteiras rígidas na atualidade que Castel introduz o conceito de
vulnerabilidade para se referir às atuais dinâmicas de exclusão/marginalização, diferenciada da exclusão
tradicional determinada por discriminações oficiais. Na atualidade, as dinâmicas de exclusão seriam
fortemente marcadas por processos de desestabilização, como a degradação das relações e condições de
trabalho, das proteções que lhe estão vinculadas, ou ainda a fragilização dos suportes de sociabilidade. A
atual reestruturação produtiva em curso conduziria à marginalização mais de um décimo da força de
trabalho, condenada ao desemprego ou à alternância entre o desemprego e a ocupação de empregos
precários (Castel, 1998). Entretanto, não é apenas a constituição de uma periferia precária a marca dos
tempos atuais, pois a desestabilização dos estáveis é o seu correspondente. Desse modo, o mercado de
trabalho se encontra cada vez mais fragmentado, com uma crescente disparidade de situações, de estatutos
e de remunerações.
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também três níveis: a inserção relacional forte, a fragilidade relacional e o isolamento social. Agrupando
estas gradações duas a duas, obtém-se três grandes zonas no processo de inclusão/exclusão social: a da
integração, onde se associa trabalho estável e forte inserção relacional; a da vulnerabilidade, que envolve
trabalho precário e fragilidade dos apoios relacionais; e a zona de desfiliação, esta última assim nomeada
para acentuar a amplitude do duplo processo de desligamento que representa a ausência de trabalho e o
isolamento relacional. Castel também propõe uma quarta zona acoplada às anteriores, a da assistência, ou
seja, “...da dependência segurada e integrada, diferente ao mesmo tempo da zona de integração
autônoma pelo trabalho e da zona de exclusão pelo não-trabalho e pela não-inserção (desfiliação)”
(Castel, 1998).
Castel também levanta a necessidade de que uma dupla política social seria possível para o
enfrentamento dos atuais processos excludentes: uma, predominantemente preventiva, consistiria em
controlar a zona de vulnerabilidade por medidas gerais, como a reformulação das políticas econômicas e
sociais, de modo a ampliar a oferta de trabalho e incluir redes de proteção social aos trabalhadores
precarizados e informais; a outra, predominantemente reparadora, se proporia a reduzir a zona de
desfiliação por medidas concretas de inserção. Sob este segundo aspecto, a proposta européia de lei sobre
o Retorno Mínimo de Inserção (RMI), ou ainda a de renda mínima no contexto brasileiro, marcariam o
começo de um novo posicionamento frente ao problema.
Referindo-se ao Brasil, Castel (1998) afirma que aqui, de fato, nunca se constituiu uma sociedade
salarial, pois a condição de pleno ou quase pleno emprego jamais foi experimentada pelos brasileiros
(Castel, 1995a). Mesmo após a libertação dos escravos e a formação da República, a verdade é que o
emprego na sociedade brasileira sempre possuiu um elevado grau de informalidade e de trabalho
precarizado, seja no espaço rural ou urbano, o que nos diferencia substancialmente do atual processo de
precarização das Sociedades de Bem Estar Social. Embora tenham existido no Brasil regiões onde alguns
dos atributos fordistas estivessem presentes com maior força, não se pode afirmar que tenha sido um
fenômeno generalizado (Castel, 1995a). Há um tempo atrás até se poderia imaginar que a sociedade
brasileira estivesse caminhando nessa direção, pois estavam em curso processos como o de modernização
da sociedade, industrialização, urbanização e democratização. No entanto, nesse percurso, ainda em seu
estágio embrionário, o Brasil foi surpreendido pelo processo de globalização e pela ofensiva neoliberal,
frustrando assim maiores expectativas de que aqui se pudesse reproduzir o compromisso social que
vigorou na Europa, principalmente no pós-guerra (Castel, 1998a).
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autor reafirma a positividade dos novos referenciais sobre os processos de exclusão/inclusão e o conceito
de vulnerabilidade para a compreensão dos fenômenos sociais e econômicos presentes atualmente nas
sociedades latino-americanas, permitindo uma análise mais dinâmica e integrada dos problemas de
exclusão e inclusão social, tratada fundamentalmente pela teoria social, e parcialmente pela teoria
econômica.
ZONA
-Mão de obra qualificada/semiqualificada DOS -Renda familiar elevada
-Emprego produtivo de alta qualidade INCLUÍDOS -Alto capital humano/social/cultural
Munijin (1999) aponta que, embora a expansão do setor industrial e de serviços tenha
desempenhado um importante papel integrador na região principalmente a partir dos anos 50 e 60, o
emprego assalariado em pequenas e microempresas do setor informal nunca implicou numa efetiva
expansão da rede de proteção e seguridade social. Assim, ainda que a expansão de empregos assalariados
na região tenha passado de 40% ao fim da década de 40, para cerca de 70% no começo dos anos 90, em
boa parte devido aos rápidos processos de expansão econômica e incorporação ao mercado urbano, tais
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processos constituíram mecanismos incompletos de inclusão, formando uma rede de proteção social
marcada por sua heterogeneidade e desigualdade. Territorialmente, estas características se expressam em
desigualdades inter-regionais (representada no Brasil na polaridade Norte-Sul), intra-municipais
(municípios ricos e pobres), e intermunicipais (formação das periferias e favelas nos grandes centros
urbanos). (Porto, 2000b)
Para Mujinin (1999), o atual quadro de globalização propiciou a expansão de um modelo
macroeconômico e social pautado em três receitas básicas: o crescimento econômico, ainda que se
reconheça ser este cada vez mais uma condição necessária mas não suficiente; a inversão em
“desenvolvimento humano”, ou seja, saúde e educação básica; e políticas sociais focalizadas nos mais
pobres. O autor observa a insuficiência dessas proposições para se garantir uma sociedade inclusiva,
democrática e com eqüidade na América Latina, pois as forças de integração são mais fracas que as de
vulnerabilização e desfiliação. Isto ocorre diante do atual quadro de restruturação tanto do aparelho de
estado, cujo papel se vê crescentemente reduzido diante das crises de restrições orçamentárias, quanto
econômica, marcada pela precarização e pelo desemprego estrutural de investimentos financeiros e
produtivos, sendo estes fortemente concentrados em corporações transnacionais, aumentando a
dependência externa e não gerando aumento substancial na oferta de emprego formal.
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nucleares e químicas). Os autores também referenciam direta ou indiretamente outras calamidades
humanas no contexto dos desastres, como conflitos civis, guerras, fome e mortes por desnutrição.
Embora existam divisões na análise dos desastres naturais (cujo disparo do evento tende a ter uma
menor influência antropocêntrica) e tecnológicos (sempre de origem antropocêntrica), existe uma
tendência moderna de se abordar ambos os desastres pelo mesmo referencial teórico. Isto ocorre pelo
reconhecimento de que cada vez mais os eventos naturais tendem a ser produzidos em decorrência da ação
antrópica (como o desmatamento, a poluição e a construção de barragens na origem das inundações), e
que em ambos os casos – naturais ou tecnológicos – processos políticos, sociais e econômicos
normalmente estão por detrás do surgimento e agravamento destes eventos. Desta forma, a análise de
vulnerabilidade buscaria articular, num enfoque transdisciplinar, o entendimento das contribuições dos
processos biológicos, geofísicos e tecnológicos, por um lado, aos processos socioeconômicos e políticos
que estão por detrás de eventos particulares, em escalas espaciais e temporais variáveis.
Blaikie et al. (1996) observam dois elementos chaves e interrelacionados para definir como certos
grupos populacionais estão mais propensos que outros às perdas e sofrimentos no contexto de diferentes
ameaças: de um lado, as características populacionais mais clássicas como classe social, casta, etnicidade,
gênero, incapacidade, idade ou status(p. 30); de outro, o acesso a recursos tais como bens, informações e
serviços que possibilitam meios de vida e subsistência diante dos efeitos de um desastre. Dessa forma, o
poder econômico e político, assim como as redes de proteção social, configuram-se como chaves no
entendimento da vulnerabilidade.
Outros autores (Winchester, 1992; De Marchi, Funtowicz e Ravetz, 2000; Freitas et al. 2001b),
partindo de referenciais semelhantes, organizam a vulnerabilidade em dois grupos que se interrelacionam:
a vulnerabilidade social estaria mais vinculada aos grupos populacionais vulneráveis em áreas de risco,
enquanto a vulnerabilidade institucional se refere ao funcionamento insuficiente dos mecanismos da
sociedade de atuarem na prevenção e mitigação dos desastres, através das políticas públicas e das
instituições que atuam ou deveriam atuar junto aos condicionantes estruturais ou pressões dinâmicas que
tanto propiciam ou agravam os perigos (situações de risco em condições inseguras), quanto favorecem a
vulnerabilidade de certos grupos populacionais.
Natenzon (1998) propõe uma síntese para um entendimento pluridimensional dos desastres
naturais, a partir dos referenciais da vulnerabilidade, da complexidade e da teoria social do risco. Nesse
modelo, quatro perspectivas chaves são incorporadas: a periculosidade, a exposição, a vulnerabilidade e a
incerteza. O quadro a seguir sintetiza esta proposta.
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Quadro 2 - CATÁSTROFES NATURAIS E TEORIA SOCIAL DO RISCO
ELEMENTOS/
PERSPECTIVAS CONHECIMENTO NECESSÁRIO
No primeiro eixo, o que está em jogo é a caracterização da complexidade técnica do risco, a partir dos
conhecimentos existentes e incertezas associadas sobre seu perigo (potencial de danos à saúde), sua
exposição (área territorial atingida e populações expostas) e seus efeitos (indicadores de efeito à saúde das
populações expostas). Adotando a proposta de Funtowicz e Ravetz (1993, 1994 e 1997), classificaremos
tais incertezas enquanto técnicas e metodológicas (inexistência ou baixa confiabilidade de dados e análises
sobre os mesmo), ou epistemológicas, marcadas por problemas estruturais do conhecimento científico
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existente quanto à sua capacidade de definir com certo grau de precisão os perigos e efeitos dos riscos em
questão.
No segundo eixo, o elemento central é o entendimento da vulnerabilidade social das populações
expostas aos riscos, tendo por referencial a sua inserção no processo inclusão-exclusão nos esquemas
conceituais propostos pelos autores trabalhados no item 2.2 deste artigo. Trata-se aqui de aprofundarmos
uma maior compreensão qualitativa sobre a relação entre os riscos e as populações expostas, seja do ponto
de vista da (in)eqüidade existente na distribuição dos benefícios e custos do modelo de desenvolvimento
existente na sociedade, seja do ponto de vista da (in)capacidade destas populações enfrentarem tais riscos
diante das condições de vida e trabalho que possuem.
Por fim, o terceiro eixo pretende diagnosticar como os processos decisórios existentes na sociedade,
seja através das políticas públicas, dos marcos legais ou das ações institucionais, contribuem para
enfrentar (ou agravar) a complexidade técnico-científica e a vulnerabilidade social frente aos riscos e
populações expostas. Em particular, pretende-se avaliar de que forma tais processos decisórios e marcos
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legais e institucionais estão permeados aos interesses das populações expostas ou aos grupos geradores de
riscos com maior poder econômico.
Assumimos como hipótese central de nosso trabalho que a existência de processos estruturais de
exclusão e de processos decisórios que priorizam interesses econômicos e políticos particulares,
sobrepujando os interesses dos grupos populacionais expostos, encontra-se na raiz de importantes
problemas de saúde do trabalhador e saúde ambiental em países marcados pela ineqüidade como o Brasil.
Por conseguinte, o enfrentamento destes problemas deverá se pautar na incorporação de aspectos
socioeconômicos e políticos aos técnicos na análise destes problemas, através da proposição de políticas
públicas e ações institucionais que permita a reversão dos processos de exclusão social, bem como a
priorização dos problemas dos grupos vulneráveis expostos, através do fortalecimento de sua participação
e capacidade de influência nos processos decisórios que conformam políticas e práticas institucionais. O
quadro abaixo ilustra sinteticamente alguns elementos preliminares que constituem a matriz de
vulnerabilidade para os três casos selecionados.
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4- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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