Gestão resíduos sólidos Portel

GOVERNO MUNICIPAL
PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTEL

SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE 18
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DIAGNÓSTICO DA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DO

MUNICÍPIO DE PORTEL/PARÁ
PORTEL
2012.
SEMA/Portel - Rua Coronel Raimundo Guedes, nº. 532 – Bairro do Centro – CEP 68.480.000 – Cidade de Portel/Pa
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DADOS DA INSTITUIÇÃO
Órgão /entidade: CNPJ:

Prefeitura Municipal de Portel – PMP 04.876.447/0001-80
Endereço:
Avenida Duque de Caxias nº 803, bairro do Centro.
Cidade: UF CEP Telefone
Portel PÁ 68480-000 (91)3784-1760
Representante legal: Cargo Prefeito
Pedro Rodrigues Barbosa
Endereço residencial: E-mail:
Rua padre Emilio Martins nº 531, bairro do Centro.
ÓRGÃO EXECUTOR
Órgão /entidade: CNPJ:

Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMA
Endereço :
Rua Coronel Raimundo Guedes nº 532, bairro do Centro.
Cidade: UF CEP Telefone
Portel PÁ 68480-000
Representante legal: Cargo Secretário
Luciano Ferreira Fonseca
Endereço residencial: E-mail:
Rua Presidente Vargas Lucianoportel@hotmail.com
Diretoria de estudos e Projetos Ambientais e urbanísticos E-mail:
Diretora: Mhirlla de Cássia da Costa Gonçalves mhirll@hotmail.com
Tecnólogo em Gestão Ambiental: E-mail:
Fábio Roberto Bastos Seabra fseabra.geamb@yahoo.com.br
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COMISSÃO DIRETORA DO PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS

SÓLIDOS DO MUNICÍPIO DE PORTEL.
 Mhirlla de Cássia da Costa Gonçalves - Secretaria Municipal de Meio Ambiente –
SEMA/Portel;
 Fábio Roberto Bastos Seabra - Secretaria Municipal de Meio Ambiente -

SEMA/Portel;
 Vicente de Paulo Ferreira Oliveira - Secretaria Municipal de Infraestrtutura – SEI;
 Sirineu Lameira Gonçalves-Secretaria Municipal de Infraestrtutura – SEI;
 Solange do Socorro Tenório do Vale - Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência

Social – SETRAS;
 Carline de Araújo Barbosa - Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social -

SETRAS;
 Elivelton Ferreria Monteiro - Secretaria Municipal de Saúde – SMS;
 Nizomar Monteiro da Costa Júnior - Secretaria Municipal de Saúde – SMS;
 Maria de Andrade Miranda - Associação dos Minis e Pequenos Produtores Rurais de

Portel - AMPPRP;
 Teofro Lacerda - Associação dos Minis e Pequenos Produtores Rurais de Portel -

AMPPRP;
 Valdir Farias Macedo - Câmara dos Dirigentes Lojistas – CDL;
 Raimundo Gomes Ferreira Filho - Câmara dos Dirigentes Lojistas – CDL;
 Maria das Graças Martins Leal - Centro de Educação Ambiental de Portel – CEAP;
 Cátia Cilene da Silva Gama - Centro de Educação Ambiental de Portel – CEAP;
 Carlos Correa da Silva - Associação Comunitária de Comunicação de Portel –

ASCOMP;
 Carlos Alberto Ferreira de Sena - Associação Comunitária de Comunicação de Portel -

ASCOMP;
 Waldimar Ferreira e Ferreira - Aluno voluntário do Colégio Estadual de Ensino Médio

Deputado Nicias Ribeiro;
 Charles B Freitas - Aluno voluntário do Colégio Estadual de Ensino Médio Deputado

Nicias Ribeiro.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................5
2 A GERAÇÃO DOS RESIDUOS...........................................................................................6
3 SERVIÇO DE LIMPEZA URBANA E COLETA DE LIXO...........................................6
3.1 Destino do Lixo Coletado.....................................................................................................7
4 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS..........................................................8
4.1 Coleta e destino final de entulhos........................................................................................8
4.2 Coleta e destino final de resíduos de serviço de saúde.......................................................8
5 CATADORES DE LIXO.......................................................................................................8
6 EDUCAÇÃO AMBIENTAL.................................................................................................9
7 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL DO MUNICÍPIO.............................................................10
8 MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................................11
8.1 LOCÚS DA PESQUISA...................................................................................................11
8.2 MÉTODOS DA PESQUISA............................................................................................11
9 RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................................11
9.1 ANALISES DE DADOS ZONA URBANA....................................................................11
9.2 GRÁFICOS E TABELAS................................................................................................13
9.3 ANALISES DE DADOS ZONA RURAL.......................................................................16
9.4 GRÁFICOS E TABELAS................................................................................................17
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................19
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................20
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1 INTRODUÇÃO
A questão dos impactos ambientais no Brasil e no mundo está diretamente ligada à

exploração e consumo indiscriminado de recursos naturais. Nesse sentido, percebe-se a cada
dia o aumento da produção de resíduos, principalmente os sólidos - LIXO - que trazem
diversos problemas ambientais, como: poluição do solo, ar e água, doenças decorrentes de
vetores atraídos pelo acumulo de lixo, entre outros problemas de cunho ambiental.
Desse modo essa problemática se faz presente nos grandes centros urbanos, bem
como nos municípios do interior do Brasil, como é o caso do município de Portel, no interior
do Estado do Pará localizado a 278 km de Belém, capital do Pará.
A questão do lixo em Portel é cada dia mais evidente por conta de diversos fatores
que contribuem para o crescente acumulo desses resíduos nas ruas e avenidas, praças e praias,
além de outros locais. Sendo que de acordo com as legislações ambientais essa problemática
não é competência somente dos governos, mas de todos que direto ou indiretamente estão
envolvidos com as questões ambientais.
Com a aprovação da Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos

Sólidos (PNRS), o nosso país estabelece um marco regulatório completo para o setor de
Resíduos Sólidos. A lei faz a distinção entre resíduo (lixo que pode ser reaproveitado ou
reciclado) e rejeito (o que não é passível de reaproveitamento). A lei se refere a todo tipo de
resíduo: doméstico, industrial, da construção civil, eletroeletrônico, lâmpadas de vapores
mercuriais, agrosilvopastoril, da área de saúde, perigosos, etc.
De acordo com a Norma Brasileira NBR 10.004 da Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT, 1987), resíduos sólidos são definidos como “resíduos nos estados sólidos
ou semi-sólidos que resultam da atividade da comunidade de origem industrial, doméstica,
hospitalar, comercial, agrícola, se serviços e de varrição”. Os resíduos urbanos constituem
uma das grandes preocupações das sociedades contemporâneas. Eles contribuem de forma
dilaceradora com a destruição do meio ambiente, pois seus efeitos poluidores são
responsáveis pela poluição visual, das águas, rios e oceanos, sem falar nas doenças que 6
acometem o ser humano.
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2 A GERAÇÃO DOS RESÍDUOS
O primeiro passo da gestão dos resíduos sólidos no município de Portel é a geração

dos mesmos. Para isso é importante analisar a produção na fonte, a disposição irregular e a
insuficiência no serviço de coleta, pela falta de um planejamento de itinerário e de informação
da população. Culturalmente há uma acomodação por parte da população no sentido de dispor
em qualquer lugar os resíduos domésticos, assim como os entulhos, em cercas, lixeiras
improvisadas e/ou diretamente nas vias públicas.
Figura 1 - Situação da disposição inadequada dos resíduos sólidos em vias públicas.
Fonte: arquivo pessoal - Mhirlla Costa.
3 SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E COLETA DE LIXO
O sistema de limpeza urbana de Portel é inadequado e ultrapassado, ocasionando

vários problemas que angustiam a população, entre os quais, destacam-se, a coleta em áreas
de difícil acesso, a remoção de lixo hospitalar, do lixo público (principalmente o entulho da
construção civil), a limpeza de feiras, a varrição permanente de vias, e os graves problemas
com o destino final do lixo. Inexistem ações efetivas de minimização e descentralização dos
resíduos, através de técnicas de manejo e tratamento diferenciado. O gerenciamento da
limpeza urbana é totalmente Municipal.
Os resíduos produzidos no município de Portel são de origem domiciliar, comercial,

público, de serviços de saúde e entulho. São gerados 15 t/dia de lixo domiciliar/comercial, e
entulho, tendo como base o total da população que é de 52.172 habitantes, sendo que na zona
urbana a população é de aproximadamente 26.000. Estima-se que cada habitante da zona
urbana produza 1,5 kg/dia de resíduos sólidos. Todos os resíduos são coletados pela Secretaria
de Municipal de Infraestrutura - SEI. Não há coleta de lixo fora do perímetro urbano. Não há
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cobrança de taxas pelo serviço de limpeza. A limpeza e varrição ocorrem diariamente
principalmente no bairro do centro do município onde apresenta a maioria dos comércios, de
ruas e avenidas pavimentadas. A coleta de lixo comercial é a única com um cronograma
específico elaborado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMA/Portel, e pela
Secretaria Municipal de Infraestrutura - SEI. Essa iniciativa se deu por conta do mau
acondicionamento do lixo comercial ao longo das avenidas: Duque de Caxias, Marechal
Floriano Peixoto e Magalhães Barata. Os serviços de capina das vias públicas e limpeza de
bueiros são realizados conforme as demandas locais.
A coleta de lixo é realizada por 02 caminhões compactadores, e na falta dos mesmos

há a disposição 01 caminhão de carroceria e 01 caminhão basculante. A coleta é feita de
Segunda a Sábado. A Secretaria Municipal de Infraestrutura - SEI, é responsável pela
operacionalização destas atividades.
3.1 Destino do Lixo Coletado
O destino final de todo o lixo coletado é o lixão que fica localizado no Km 03 da

estrada Portel Tucuruí.
Não há nenhum estudo do grau de comprometimento do solo nem dos recursos

hídricos da bacia hidrográfica (rios, lago, poços, nascentes e água subterrânea) por
contaminação. Não há controle da quantidade de lixo destinado ao lixão por falta de
equipamentos de medição, mas estima-se que 15 toneladas são levados ao lixão diariamente.
O lixão não possui nenhuma estrutura de delimitação, porém em meados de 2010, já foi
instalada uma cerca (ver figura), que foi retirada por ação de vandalismo.
Figura 2 - Obra da cerca do lixão
Fonte: Secretaria Municipal de Infraestrutura em 25.01.2010.
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4 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
4.1 Coleta e Destino Final de Entulhos
O município de Portel realiza uma „‟limpeza‟‟ nos lugares de disposição irregular de

entulho e segundo dados da Secretaria Municipal de Infraestrutura este é o principal tipo de
resíduos coletado no município. A coleta em locais de construções civil é feita pela Secretaria
Municipal de Infraestrutura através de caçambas. O entulho não tem lugar adequado de
disposição final.
4.2 Coleta e Destino Final de Resíduos de Serviços de Saúde
Segundo a Resolução CONAMA nº 05/94, a responsabilidade pela coleta e

transporte dos resíduos de serviços de saúde é do gerador. Em Portel a coleta e a destinação
final dos resíduos de serviços de saúde são realizadas pela Secretaria Municipal Infraestrutura.
Não há veículo para a coleta desse tipo de resíduos, o qual é realizado toda sexta-feira. O
tratamento dos RSS (resíduos de serviços de saúde) é feito por queima artesanal no lixão do
município e é realizado pelos Agentes de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de
Saúde.
5 CATADORES DE LIXO
Não há dados da quantidade de catadores de lixo no município de Portel. E não há

informações se os mesmos estão ligados a entidades como associações e cooperativas. Sabe-
se que há catadores que coletam materiais recicláveis no lixão, e outros que coletam alumínio,
garrafas PETI, nos eventos e de porta em porta, outros que coletam caroços de açaí, e
despejam ao longo da rua Pacajá/Portelinha.
Figura 03 - Despejo de caroços de açaí.
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Fonte: Secretaria Municipal de Meio ambiente – SEMA/Portel 2010
6 EDUCAÇÃO AMBIENTAL DO MUNICÍPIO.
A educação ambiental é normatizada pela Lei 726 que dispõem sobre a Politica
Municipal de Meio Ambiente e dedica o Capítulo V, à EDUCAÇÃO AMBIENTAL. No
Artigo 86 diz que - Na busca da efetivação da cidadania, da garantia de melhor qualidade de
vida, da melhor distribuição de riquezas e de maior equilíbrio entre desenvolvimento
socioeconômico e preservação do meio ambiente, a educação ambiental deverá ser efetivada,
obedecendo aos seguintes princípios:
I - os programas relacionados à exploração racional de recursos naturais, recuperação de

áreas, bem como atividades de controle, de fiscalização, de uso, de preservação e de
conservação ambiental, devem contemplar, em suas formulações, ações de educação
ambiental:
II - os programas de assistência técnica e financeira do Município, relativos à educação
ambiental, deverão priorizar a necessidade de inclusão das questões ambientais nos conteúdos
a serem desenvolvidos nas propostas curriculares, em todos os níveis e modalidades de
ensino;
III - os programas de pesquisas em ciência e tecnologia, financiados com recursos do
Município, deverão contemplar, sempre que possível, a questão ambiental em geral e em
especial, a educação ambiental;
IV - os recursos arrecadados em função de multas por descumprimento da legislação
ambiental deverão ser revertidos no mínimo, 20% (vinte por cento) do seu total, para
aplicação das ações de educação ambiental, aplicáveis no focal de origem da ocorrência da
infração.
Com relação à legislação acima citada, acredita-se que há a necessidade de formular

uma Política Municipal de Educação Ambiental para que preencha a lacuna no que tange a
essa temática para subsidiar as ações voltadas à questão dos resíduos sólidos e outras questões
atuais que a Política Municipal de meio ambiente não aborda.
Atualmente a Secretaria de Meio Ambiente em parceria com a Secretaria Municipal

de Educação realizam ações de educação ambiental formal e não-formal, por meio de ações
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como: palestras, fóruns, conferências, excursões, distribuição de panfletos e cartilhas
educativas.
7 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL DO MUNICÍPIO
O município de Portel possui um arcabouço legal que dá suporte à gestão ambiental,

porém, na área de resíduos sólidos, apenas LEI MUNICIPAL N° 726, DE 23 DE JUNHO DE
2006. Dispõe sobre a Política Municipal de Meio Ambiente e dá outras providências. No
capítulo II – da poluição do solo, nos artigos 13 ao 15, o capitulo III- das substâncias e
produtos perigosos, artigos 28, 32 e 33. Além disso, no Plano Diretor do Município de Portel
no Título II das Diretrizes Setoriais da Política Urbana no capítulo I das Diretrizes Setoriais
para Infraestrutura na seção III Do Saneamento Ambiental no Artigo 18, São diretrizes
setoriais para o manejo dos resíduos sólidos, que compreende a coleta, o transbordo e
transporte, a triagem, o reaproveitamento, o reuso, a reciclagem, a compostagem, a
incineração, o tratamento e a disposição final de resíduos sólidos urbanos; a varrição, a
limpeza, a capina e a poda de árvores em vias e logradouros públicos e outros eventuais
serviços pertinentes à limpeza urbana:
I - ampliar a todos os bairros da Cidade a coleta regular do lixo domiciliar;
II - regularizar a limpeza dos logradouros e a coleta de entulho;
III - planejar o destino mais adequado do lixo domiciliar nas comunidades rurais segundo as
particularidades de cada região;
IV - garantir o manejo dos resíduos sólidos de forma sanitária e ambientalmente adequada

através da criação do aterro sanitário em local prioritariamente indicado no Macrozoneamento
Municipal, a fim de proteger a saúde pública, a qualidade das águas subterrâneas e
superficiais e a prevenção da poluição do solo e do ar;
V - elaborar o Plano de Disposição Final dos Resíduos Sólidos e Plano de Gerenciamento de
Resíduos dos Serviços de Saúde;
VI - recuperar áreas degradadas ou contaminadas em razão do manejo inadequado dos
resíduos sólidos:
a) áreas em torno da PA-368 onde é depositado atualmente o lixo urbano;
b) área atrás do hospital municipal, onde atualmente é incinerado o lixo hospitalar;
c) recuperação do Igapó da Cidade Nova;
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8 MATERIAL E MÉTODOS
8.1 Lócus da pesquisa
O diagnóstico foi realizado no período de abril a agosto 2012, no Município de

Portel, no arquipélago de Marajó estado do Pará. O município de Portel tem 52.172 habitantes
e compreende uma área de 25.385 km². A pesquisa envolveu comunidades da zona urbana e
zona rural do referido município.
Figura 04- Mapa do Município de Portel
Fonte – Secretaria Municipal de desenvolvimento Econômico- 2011

8.2 Métodos da pesquisa
A pesquisa foi realizada pelo método de amostragem, e os dados foram obtidos por
meio de aplicação de questionários com questões semiestruturadas, na zona urbana e na zona
rural.
9 RESULTADOS E DISCUSSÃO
9.1 Analise dos dados da Zona Urbana
A Zona Urbana do município de Portel foi diagnosticada nos bairros conhecidos
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como: Bosque, Cidade Nova, Pinho, Muruci, Portelinha, Castanheira, Tijuca e Centro.
De acordo com o gráfico 01, é possível perceber que o resíduo mais presente em
quantidade na zona urbana é em primeiro lugar o papel, seguido do plástico e em terceiro
lugar a borracha. E quando perguntados qual o destino final destes resíduos foram
respondidos respectivamente: jogam no lixo, diretamente no solo e queimam. Nesta questão
os entrevistados responderam somente que apresentam algum tipo de comércio, porém não
especificaram como lidam com os resíduos (ver gráfico 02). A maioria dos entrevistados (ver
gráfico 03) afirma que não existe nenhuma técnica ou procedimento para os resíduos gerados,
dada essa situação recai sobre a Secretaria de Infraestrutura a responsabilidade de dar um
destino final aos resíduos.
No município de Portel não há coleta seletiva, porém uma pequena parcela (4,5%)
dos entrevistados afirmam que sim. Porém a maioria compreende a ausência deste serviço no
município (ver gráficos 03 e 04). Uma pequena parcela dos entrevistados ao serem abordados
na se realizam a reciclagem, afirmam que sim fazem reciclagem, no entanto a maioria acena
para a não realização desta tarefa (ver gráfico 05). A maioria dos entrevistados reutilizam de
alguma forma os resíduos gerados. Isso é um ponto muito importante pelo fato de que se
houver iniciativas de reciclagem há uma grande chance de sucesso pois a comunidade já
busca meios para isso (ver gráfico 06).
A partir deste questionamento percebe-se que a comunidade esta sendo assistida pela
coleta pública domiciliar, porém há necessidade de um percentual significativo que não é
atendido por este serviço. Além disso, a maioria procede reutilizando os resíduos e em outros
casos armazena tudo junto para a coleta. Quando questionados a respeito do grau de satisfação
quanto a coleta pública domiciliar aproximadamente 90% dos entrevistados estão pouco
satisfeitos com o serviço(ver gráfico 7 ,7.1, 7.1.1 e 7.3).
No último questionamento feito aos entrevistados solicita-se que os mesmos sugiram

ações que poderão ser feitas na comunidade para a melhoria da coleta de lixo os principais
pontos abordados são:
Resíduos domésticos:
 Maior frequência da coleta e mais organização na coleta;
 Que haja coleta seletiva dos resíduos domésticos com formação de associações de
bairros e capacitação para os moradores;
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Resíduos hospitalares:
 Separação e incineração;
Resíduos sólidos urbanos:
 Deveria ser realizada a limpeza em todas as ruas igualmente;
 Deveria haver programação para a limpeza;
 Mas frequência na limpeza.
Resíduos eletrônicos:
 Deveria haver coleta especifica para esses tipos de resíduos;
 Parceria com os comércios de eletroeletrônicos para que os mesmos possam receber os
materiais não utilizáveis e enviá-los para a fábrica de produção para reaproveitamento;
 Reutilização.
 Haver local para devolução;
Outras sugestões
 Organização de coleta seletiva.
 A prefeitura deveria aplicar taxas e multas para quem jogar lixo em locais públicos.
 Construção do aterro;
 Incentivos à reciclagem.
 Distribuir lixeiras de coleta seletiva;
 Cursos de reciclagem;
 Montar uma fábrica de reciclagem;
9.2 Gráficos 01 a 07
Gráfico 01
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Gráfico 02
Gráfico 03
Gráfico 04
Gráfico 05
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Gráfico 06
Gráfico 07
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9.3 Analise de dados Zona Rural.
De acordo com os gráficos de 08 a 15, foi possível perceber as seguintes informações:

o esgotamento sanitário é realizado na sua maioria no solo (ver gráfico 08). Com relação ao
destino do lixo 75% das pessoas entrevistadas queimam e 41,6% depositam-no solo (ver
gráfico 09). Dadas as tipologias dos resíduos sólidos os que apresentam-se com maior
frequência nas comunidade são: caroços de açaí, cascas de frutas, lâmpadas, madeira, papel e
plástico (ver gráfico 10). Quando se trata de procedimentos ou técnicas usadas para o manejo
dos resíduos, 66% dos entrevistados dizem que não utilizam nenhum tipo de técnica, devida a
falta de interesse da comunidade, de informação, incentivo, recursos, e conscientização por
meio de palestras, e os demais dizem que sim, por meio de orientações durante as reuniões
comunitária, religiosa e educacional procuram a melhor técnica para ser utilizada (ver gráfico
11).
Sobre as temáticas da reciclagem e da coleta seletiva (gráficos 12 e 13) um percentual

muito pequeno afirma que há coleta seletiva no local. Vale ressaltar que é uma informação
equivocada haja vista que não dispomos deste serviço no município de Portel. E chama
atenção a informação de que realizam a reciclagem dos materiais (58,4%), acredita-se que por
meio de técnicas artesanais realizam essa atividade, pois também não nenhuma atividade de
reciclagem no município quando se trata de escala industrial.
Para especificar o trabalho de educação ambiental os entrevistados foram questionados

a respeito do trabalho com a referida temática. E 58,4% dos entrevistados afirmaram que a
escola local trabalha a educação ambiental por meio da disciplina CFB – Ciências Físicas e
Biológicas, pela qual são repassados conhecimentos básicos do cuidado ao meio ambiente,
limpezas de quintais, e pequenas ações que visam a preservação e conservação do meio
ambiente. E os que afirmaram que não, justificam que pela falta de iniciativa da escola de
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trabalho com as famílias dos alunos e de formação dos professores (ver gráfico 14). E por fim
foi lançada a pergunta a respeito do conhecimento da Lei 12.305, e 75% dos entrevistados
afirmaram desconhecer a lei e 25% afirmaram que já tinham ouvido falar.
A realidade das comunidades da zona rural do município de Portel, é uma realidade

ribeirinha. As comunidades distam da sede do município até 48 horas de viagem via fluvial e
podem se distanciar até 12 horas de viagem umas das outras. Essas comunidades são
organizadas como pequenas vilas com poucas casas, algumas apresentam escolas, postos de
saúde, igrejas evangélicas ou católicas, sua economia baseia-se principalmente na agricultura
familiar, no cultivo da mandioca, milho, arroz e diversas frutas, há que se pensar de forma
especifica a gestão de resíduos sólidos com base nessa realidade.
9.4 Gráficos e tabelas de 08 a 15.

Gráfico 08
Gráfico 09
Gráfico 10
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Gráfico 11
Gráfico12
Gráfico 13
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Gráfico 14
Gráfico 15
10 CONLUSÕES E SUGESTÕES
Existem algumas dificuldades operacionais que são impeditivas ou restritivas para

que ocorra a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos no Município, pois, há uma necessidade
da modernização de todo o sistema de limpeza urbana, educação ambiental permanente
formal, informal e não-formal preconizada em lei específica.
Propõe-se, então, que os resíduos gerados no município sejam coletados de forma

diferenciada, onde o cidadão terá oportunidade de participar do manejo de seus resíduos
reduzindo o desperdício.
O destino final do lixo no munícipio de Portel, o lixão, está esgotado,

comprometendo o entorno, com risco de contaminação dos recursos hídricos e do solo.
Deverão ser adotadas medidas para recuperar a área, para tratamento/destino final e
recuperação da área.
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De acordo com o presente Diagnóstico observou-se a necessidade de melhorias em
alguns aspectos no que tange à gestão desse serviço. Para tanto se faz necessário que o Plano
Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos albergue ações que minimize ou mitigue
as problemáticas decorrentes da atual gestão e operacionalização dos resíduos no município
de Portel.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. 197ª. Resíduos sólidos –

Classificação; NBR 10004. São Paulo. 63p;
BRASIL, Lei Federal 12.305, de 02 de agosto de 2010, Institui a Política Nacional de

Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências;
PORTEL, Lei Municipal N° 726, DE 23 DE JUNHO DE 2006. Dispõe sobre a Política

Municipal de Meio Ambiente e dá outras providências;
PORTEL, Lei Municipal COMPLEMENTAR Nº 001 DE 13 DE OUTUBRO DE 2006.

Institui o Plano Diretor do Município de Portel e dá outras providências.

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DIAGNÓSTICO DA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DO

Órgão /entidade: CNPJ:

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COMISSÃO DIRETORA DO PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS

 Fábio Roberto Bastos Seabra - Secretaria Municipal de Meio Ambiente -

 Vicente de Paulo Ferreira Oliveira - Secretaria Municipal de Infraestrtutura – SEI;

 Sirineu Lameira Gonçalves-Secretaria Municipal de Infraestrtutura – SEI;

 Solange do Socorro Tenório do Vale - Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência

 Carline de Araújo Barbosa - Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social -

 Elivelton Ferreria Monteiro - Secretaria Municipal de Saúde – SMS;

 Nizomar Monteiro da Costa Júnior - Secretaria Municipal de Saúde – SMS;

 Maria de Andrade Miranda - Associação dos Minis e Pequenos Produtores Rurais de

 Teofro Lacerda - Associação dos Minis e Pequenos Produtores Rurais de Portel -

 Valdir Farias Macedo - Câmara dos Dirigentes Lojistas – CDL;

 Raimundo Gomes Ferreira Filho - Câmara dos Dirigentes Lojistas – CDL;

 Cátia Cilene da Silva Gama - Centro de Educação Ambiental de Portel – CEAP;

 Carlos Correa da Silva - Associação Comunitária de Comunicação de Portel –

 Carlos Alberto Ferreira de Sena - Associação Comunitária de Comunicação de Portel -

 Waldimar Ferreira e Ferreira - Aluno voluntário do Colégio Estadual de Ensino Médio

 Charles B Freitas - Aluno voluntário do Colégio Estadual de Ensino Médio Deputado

A questão dos impactos ambientais no Brasil e no mundo está diretamente ligada à

Com a aprovação da Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos

De acordo com a Norma Brasileira NBR 10.004 da Associação Brasileira de Normas

2 A GERAÇÃO DOS RESÍDUOS

O primeiro passo da gestão dos resíduos sólidos no município de Portel é a geração

Figura 1 - Situação da disposição inadequada dos resíduos sólidos em vias públicas.

Fonte: arquivo pessoal - Mhirlla Costa.

3 SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA E COLETA DE LIXO

O sistema de limpeza urbana de Portel é inadequado e ultrapassado, ocasionando

Os resíduos produzidos no município de Portel são de origem domiciliar, comercial,

A coleta de lixo é realizada por 02 caminhões compactadores, e na falta dos mesmos

3.1 Destino do Lixo Coletado

O destino final de todo o lixo coletado é o lixão que fica localizado no Km 03 da

Não há nenhum estudo do grau de comprometimento do solo nem dos recursos

Figura 2 - Obra da cerca do lixão

Fonte: Secretaria Municipal de Infraestrutura em 25.01.2010.

4 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

4.1 Coleta e Destino Final de Entulhos

O município de Portel realiza uma „‟limpeza‟‟ nos lugares de disposição irregular de

4.2 Coleta e Destino Final de Resíduos de Serviços de Saúde

Segundo a Resolução CONAMA nº 05/94, a responsabilidade pela coleta e

Não há dados da quantidade de catadores de lixo no município de Portel. E não há

Figura 03 - Despejo de caroços de açaí.

6 EDUCAÇÃO AMBIENTAL DO MUNICÍPIO.

I - os programas relacionados à exploração racional de recursos naturais, recuperação de

Com relação à legislação acima citada, acredita-se que há a necessidade de formular

Atualmente a Secretaria de Meio Ambiente em parceria com a Secretaria Municipal

7 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL DO MUNICÍPIO

O município de Portel possui um arcabouço legal que dá suporte à gestão ambiental,

I - ampliar a todos os bairros da Cidade a coleta regular do lixo domiciliar;

II - regularizar a limpeza dos logradouros e a coleta de entulho;

IV - garantir o manejo dos resíduos sólidos de forma sanitária e ambientalmente adequada

8.1 Lócus da pesquisa

O diagnóstico foi realizado no período de abril a agosto 2012, no Município de

Figura 04- Mapa do Município de Portel

Fonte – Secretaria Municipal de desenvolvimento Econômico- 2011

9.1 Analise dos dados da Zona Urbana

A Zona Urbana do município de Portel foi diagnosticada nos bairros conhecidos

No último questionamento feito aos entrevistados solicita-se que os mesmos sugiram

9.3 Analise de dados Zona Rural.

De acordo com os gráficos de 08 a 15, foi possível perceber as seguintes informações: