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PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

PREFEITO: GUSTAVO BONATO FRUET

VICE-PREFEITA: MIRIAN APARECIDA GONÇALVES

CHEFE DE GABINETE: ITAMAR ABIB NEVES

SECRETARIA DO GOVERNO MUNICIPAL


SECRETÁRIO: RICARDO MAC DONALD GHISI

PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO


PROCURADOR GERAL: JOEL MACEDO SOARES PEREIRA NETO

SECRETARIA MUNICIPAL DA COMUNICAÇÃO SOCIAL


SECRETÁRIO: GLADIMIR DO NASCIMENTO

SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO


SECRETÁRIO INTERINO: FÁBIO DÓRIA SCATOLIN

SECRETARIA MUNICIPAL DE RECURSOS HUMANOS


SECRETÁRIA: MEROUJY GIACOMASSI CAVET

SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS


SECRETÁRIA: ELEONORA BONATO FRUET

SECRETARIA MUNICIPAL DO ABASTECIMENTO


SECRETÁRIO: ALDO FERNANDO KLEIN NUNES

SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO


SECRETÁRIA: ROBERLAYNE DE OLIVEIRA BORGES ROBALLO

SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE


SECRETÁRIO: RENATO EUGENIO DE LIMA

SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS PÚBLICAS


SECRETÁRIO: SÉRGIO LUIZ ANTONIASSE

SECRETARIA MUNICIPAL DO URBANISMO


SECRETÁRIO: REGINALDO LUIZ DOS SANTOS CORDEIRO

SECRETARIA MUNICIPAL DO ESPORTE, LAZER E JUVENTUDE


SECRETÁRIO: ALUISIO DE OLIVEIRA DUTRA JUNIOR

SECRETARIA MUNICIPAL DA DEFESA SOCIAL


SUPERINTENDENTE: OSIRIS PONTONI KLAMAS

SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSUNTOS METROPOLITANOS


SECRETÁRIO: VALFRIDO EDUARDO PRADO

SECRETARIA MUNICIPAL DO TRABALHO E EMPREGO


SECRETÁRIA: MIRIAN APARECIDA GONÇALVES

SECRETARIA ANTIDROGAS MUNICIPAL


SUPERINTENDENTE INTERINO: OSIRIS PONTONI KLAMAS

SECRETARIA MUNICIPAL DE TRÂNSITO


SECRETÁRIA: LUIZA MARILDA PACHECO CASTAGNO SIMONELLI

SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE


SECRETÁRIO: ADRIANO MASSUDA

INSTITUTO DE PESQUISA E PLANEJAMENTO URBANO DE CURITIBA


PRESIDENTE: SÉRGIO PÓVOA PIRES

INSTITUTO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


PRESIDENTE: LIANA MARIA DA FROTA CARLEIAL

INSTITUTO MUNICIPAL DE TURISMO


PRESIDENTE: PAULO ROBERTO COLNAGHI RIBEIRO

FUNDAÇÃO CULTURAL DE CURITIBA


PRESIDENTE: MARCOS ANTONIO CORDIOLLI

FUNDAÇÃO DE AÇÃO SOCIAL


PRESIDENTE: MARCIA ELEANDRA OLESKOVICZ

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO MUNICÍPIO DE CURITIBA


DIRETOR-PRESIDENTE: WILSON LUIZ PIRES MOKVA
COMPANHIA DE HABITAÇÃO POPULAR DE CURITIBA – COHAB-CT
DIRETOR-PRESIDENTE: UBIRACI RODRIGUES

URBS – URBANIZAÇÃO DE CURITIBA S.A


PRESIDENTE: ROBERTO GREGÓRIO DA SILVA JUNIOR

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DE CURITIBA – CURITIBA S/A


DIRETORA-PRESIDENTE: CLARICE ZEDRON DIAS TANAKA

AGÊNCIA CURITIBA DE DESENVOLVIMENTO S/A


DIRETORA-PRESIDENTE: GINA GULINELI PALADINO

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO


SECRETÁRIO: FÁBIO DÓRIA SCATOLIN

SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA


SECRETÁRIA: MIRELLA WITHERS PROSDOCIMO

SECRETARIA MUNICIPAL EXTRAORDINÁRIA DE RELAÇÕES COM A COMUNIDADE


SECRETÁRIO: CARLOS HENRIQUE SÁ DE FERRANTE

SECRETARIA MUNICIPAL EXTRAORDINÁRIA DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS


SECRETÁRIO: PAULO MAIA DE OLIVEIRA

SECRETARIA MUNICIPAL EXTRAORDINÁRIA DA COPA 2014


SECRETÁRIO INTERINO: REGINALDO LUIZ DOS SANTOS CORDEIRO

SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DE POLÍTICA HABITACIONAL


SECRETÁRIO: OSMAR STUART BERTOLDI

SECRETARIA MUNICIPAL EXTRAORDINÁRIA DA MULHER


SECRETÁRIA: ROSELI ISIDORO

Palácio 29 de Março
Avenida Cândido de Abreu, 817
80530-908 – Centro Cívico
Curitiba – Paraná
Telefone (41) 3350-8484
COORDENAÇÃO

SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS – SMF


SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO - SEPLAN

SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS

Eleonora Bonato Fruet – Secretária


José Carlos Marucci – Superintendente
Tânia Regina Mortean de Mendonça – Diretora de Orçamento
Rubens Valério Franco Soffiatti – Diretor de Rendas Imobiliárias
Daniel Maurício – Diretor de Rendas Mobiliárias
Antonio de Oliveira – Diretor de Contabilidade
Siumara Fylyk – Diretora de Controle Financeiro
Fenícia Ali Kanso – Supervisora de Núcleos Setoriais Financeiros

EQUIPE TÉCNICA SMF

Carlos Eduardo Kukolj


Claudir Luiz Macari
Denise Regina Druciak Franco da Silva
Eliane Akiko Miyake
Ivan Luis Barbosa
Jackson Luiz Nunes
José Carlos Geraldo
Kátia Krainski Ribeiro
Marcio Aurélio Heimoski
Regina Aparecida Dozorski Santos
Rosemary Gonçalves
Sandro Oliveira Franco

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

Fábio Dória Scatolin – Secretário


Ana Cristina Wollmann Zorning Jayme – Superintendente
Laercio Santos Guimarães – Coordenador da Unidade de Gestão do Investimento
Sérgio Rui Matheus Rizzardo – Coordenador da Unidade de Gestão do Financiamento
Ana Cristina Castro – Coordenador da Unidade de Gestão da Execução

EQUIPE TÉCNICA SEPLAN

Adriane Cristina dos Santos


Elaine de Fátima Elias
Elaine Rodrigues Leal
Joel Walderci Mota
Lourival Peyerl
Maria Inês Cavichiolli
Rosália de Brito Vargas
Teresa de Fátima Fernandes
SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS

EQUIPE TÉCNICA DA SMF

DEPARTAMENTO DE ORÇAMENTO
Carlos Eduardo Kukolj
Claudir Luiz Macari
Denise Regina Druciak Franco da Silva
Eliane Akiko Miyake
Ivan Luis Barbosa
Jackson Luiz Nunes
José Carlos Geraldo
Kátia Krainski Ribeiro
Marcio Aurélio Heimoski
Regina Aparecida Dozorski Santos
Rosemary Gonçalves
Sandro Oliveira Franco

NÚCLEOS DE ASSESSORAMENTO FINANCEIRO


Sonia Regina Hordi Bonfim Gavião – NAF-SGM
Paulo Ribeiro de Cristo – NAF-P (SMCS/SMF/SMTE/PGM/EGM/FMT)
Adriane C. Kowaski Jordão – NAF-SMAD/ELJ
Mauro Agostinho Franco Dombroski – NAF-D (SMRH/SMU/SMDS/SMAM/SAM)
Amarildo Blasius – NAF-SMAB
Marcio Camargo – NAF-SME
Gilberto Ferreira de Freitas – NAF-SMMA
Cleide Maria Swirski – NAF-SMOP
Edgar Lopes Junior – NAF-SMS
Sérgio Luiz Prado – NAF-SETRAN

SECRETARIA DO GOVERNO MUNICIPAL

EQUIPE TÉCNICA DA SGM


Paulo Manuel Souza Baptista Valério

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO


Fábio Dória Scatolin – Secretário
Ana Cristina Wollmann Zorning Jayme – Superintendente
Laercio Santos Guimarães – Coordenador da Unidade de Gestão do Investimento
Sérgio Rui Matheus Rizzardo – Coordenador da Unidade de Gestão do Financiamento
Ana Cristina Castro – Coordenador da Unidade de Gestão da Execução

EQUIPE TÉCNICA DA SEPLAN


Adriane Cristina dos Santos
Elaine de Fátima Elias
Elaine Rodrigues Leal
Joel Walderci Mota
Lourival Peyerl
Maria Inês Cavichiolli
Rosália de Brito Vargas
Teresa de Fátima Fernandes

DIRETORIAS ADMINISTRATIVO-FINANCEIRAS
Joelson Luiz Espírito Santo – IPPUC
Nei Celso Fatuch – IMAP
Léslie de Cássia Demário Hoffmann – CTUR
Maria Angélica da Rocha Carvalho – FCC
Luiz Carlos Betenheuser Junior – FAS
Antonio Gonçalves Martins Neto – COHAB-CT
Wilhelm Milward Meiners – URBS
Daniela Rosset – Curitiba S/A
Roselis Aguiar Macedo – Agência Curitiba de Desenvolvimento S.A
Rodrigo Nishimura de Lima - IPMC
Índice

Lei Municipal nº 14.371, de 9 de dezembro de 2013


Anexo I - Diretrizes Estratégicas do Plano Plurianual ......................... 04
Anexo II - Programas Temáticos ........................................................... 39
Anexo III - Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado 90
Lei Municipal nº 14.371, de 9 de dezembro de 2013
PUBLICADO NO D.O.M. Nº 240
DE 10 DE DEZEMBRO DE 2013
SUPLEMENTO

LEI 14.371

“Dispõe sobre o Plano Plurianual para o


período 2014-2017.”

A CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA, CAPITAL DO ESTADO DO PARANÁ,


aprovou e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte lei:

Art. 1º. Fica instituído o Plano Plurianual do Município de Curitiba para o período de 2014
a 2017, PPA 2014-2017, em cumprimento ao disposto no § 1º, do art. 165, da Constituição
Federal, de 5 de outubro de 1988, e no inciso I, § 1º, do art. 125, da Lei Orgânica do Município
de Curitiba, de 5 de abril de 1990, estabelecendo, para o período, os programas com os seus
respectivos objetivos, indicadores, recursos e principais iniciativas.

Art. 2º. Integram o Plano Plurianual 2014-2017:

I - Anexo I - Diretrizes Estratégicas do Plano Plurianual;

II - Anexo II - Programas Temáticos;

III - Anexo III - Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado.

Art. 3º. Os programas constantes do Plano Plurianual serão observados anualmente na Lei
de Diretrizes Orçamentárias, na Lei Orçamentária Anual e nas Leis de Abertura de Créditos
Adicionais que as modifiquem.

Art. 4º. A inclusão, a exclusão ou a alteração de programa, indicador, unidade de medida e


principais iniciativas, serão propostos pelo Poder Executivo, por meio de projeto de lei
específico, da Lei de Diretrizes Orçamentárias, da Lei Orçamentária Anual ou de seus Créditos
Adicionais.

Art. 5º. Os valores financeiros são estimativos, não se constituindo em limites à


programação das despesas expressas nas leis orçamentárias e em seus créditos adicionais.

Art. 6º. A revisão do Plano Plurianual, quando necessária, será encaminhada ao Poder
Legislativo, por meio de projeto de lei.

Art. 7º. O Poder Executivo encaminhará à Câmara Municipal, até o dia 15 de abril de cada
exercício, relatório de avaliação dos resultados alcançados.
Art. 8º. O Poder Executivo divulgará em meio eletrônico, o Plano Plurianual e suas
alterações, trinta dias depois de sua aprovação.

Art. 9º. Esta lei entra em vigor em 1º de janeiro de 2014.

PALÁCIO 29 DE MARÇO, em 9 de dezembro de 2013.

Gustavo Bonato Fruet


PREFEITO MUNICIPAL
SUMÁRIO

ANEXO I - DIRETRIZES ESTRATÉGICAS DO PLANO PLURIANUAL 2014-2017

ANEXO II - PROGRAMAS TEMÁTICOS

I. DIMENSÃO DESENVOLVIMENTO SOCIAL

0001 - PROGRAMA CURITIBA MAIS HUMANA

1.1. Justificativa
1.2. Objetivo geral
1.3. Objetivos específicos
1.4. Principais iniciativas/Produtos/Estratégias

0002 - PROGRAMA CURITIBA MAIS SEGURA

2.1 Justificativa
2.2. Objetivo geral
2.3. Objetivos específicos
2.4. Principais iniciativas/Produtos/Estratégias

0003 - PROGRAMA CURITIBA MAIS SAÚDE

3.1 Justificativa
3.2. Objetivo geral
3.3. Objetivos específicos
3.4. Principais iniciativas/Produtos/Estratégias

0004 - PROGRAMA CURITIBA MAIS EDUCAÇÃO

4.1 Justificativa
4.2. Objetivo geral
4.3. Objetivos específicos
4.4. Principais iniciativas/Produtos/Estratégias

0005 - PROGRAMA CURITIBA MAIS NUTRIÇÃO

5.1 Justificativa
5.2. Objetivo geral
5.3. Objetivos específicos
5.4. Principais iniciativas/Produtos/Estratégias

0006 - PROGRAMA VIVA MAIS CURITIBA

6.1 Justificativa
6.2. Objetivo geral
6.3. Objetivos específicos
6.4. Principais iniciativas/Produtos/Estratégias

1
0007 - PROGRAMA PORTAL DO FUTURO

7.1 Justificativa
7.2. Objetivo geral
7.3. Objetivos específicos
7.4. Principais iniciativas/Produtos/Estratégias

II. DIMENSÃO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

0008 - PROGRAMA CURITIBA MAIS CRIATIVA

8.1 Justificativa
8.2 Objetivo geral
8.3 Objetivos específicos
8.4 Principais iniciativas/Produtos/Estratégias

III. DIMENSÃO DESENVOLVIMENTO URBANO E AMBIENTAL

0009 - PROGRAMA CURITIBA METRÓPOLE

9.1 Justificativa
9.2 Objetivo geral
9.3 Objetivos específicos
9.4 Principais iniciativas/Produtos/Estratégias

0010 - PROGRAMA MOBILIDADE URBANA INTEGRADA

10.1 Justificativa
10.2 Objetivo geral
10.3 Objetivos específicos
10.4 Principais iniciativas/Produtos/Estratégias

0011 - PROGRAMA CURITIBA MAIS VERDE

11.1 Justificativa
11.2 Objetivo geral
11.3 Objetivos específicos
11.4 Principais iniciativas/Produtos/Estratégias

IV. DIMENSÃO GOVERNANÇA PARTICIPATIVA

0012 - PROGRAMA CURITIBA PARTICIPATIVA

12.1 Justificativa
12.2 Objetivo geral
12.3 Objetivos específicos
12.4 Principais iniciativas/Produtos/Estratégias

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ANEXO III – PROGRAMAS DE GESTÃO, MANUTENÇÃO E SERVIÇOS AO
ESTADO

0013 - PROGRAMA LEGISLATIVO MUNICIPAL

13.1. Objetivo geral


13.2. Recursos

0000 - PROGRAMA DE OPERAÇÕES ESPECIAIS

14.1. Objetivo geral


14.2. Recursos

9999 - RESERVA DE CONTINGÊNCIA

15.1. Objetivo geral


15.2. Recursos

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Anexo I - Diretrizes Estratégicas do Plano Plurianual
ANEXO I - DIRETRIZES ESTRATÉGICAS DO PLANO PLURIANUAL

O Plano Plurianual – PPA da cidade de Curitiba, relativo ao quadriênio 2014-


2017, consolida a visão estratégica, participativa, territorializada e intersetorial
da atual gestão, objeto desta mensagem. Como principal instrumento de
planejamento, traça as metas e objetivos de médio prazo com base no
programa de governo apresentado aos cidadãos de Curitiba em 2012.

Curitiba sempre foi reconhecida como uma cidade inovadora, que encontrava
soluções criativas para resolver seus problemas e por manter um bom padrão
de qualidade de vida.

As cidades bem sucedidas são aquelas que resolvem seus problemas com
determinação, conhecem suas potencialidades e enfrentam seus desafios com
ousadia. Essa é a história de Curitiba no passado e que precisa voltar a ser no
presente.

Assim como nos anos 1970 a implantação da Cidade Industrial de Curitiba


(CIC) promoveu a mudança da base econômica da cidade com o crescimento
industrial, hoje o esforço da administração municipal e de toda a sociedade
deve ser na direção da atual estrutura produtiva da cidade rumo a de uma
economia pós-industrial.

Essa nova estrutura deve estar baseada em dois eixos da estrutura mais verde
e mais criativa, aqui entendida como aquela que resulta em melhoria do bem-
estar humano e da igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz
significativamente os riscos ambientais e a escassez ecológica (Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA), e da economia criativa, que
busca fortalecer os processos que envolvam criação, produção e distribuição
de produtos e serviços, usando o conhecimento, a criatividade e o capital
intelectual como principais recursos produtivos. Neste sentido, Curitiba planeja
fortalecer principalmente áreas como as de arquitetura, publicidade, design,
artes, antiguidades, artesanato, moda, cinema e vídeo, televisão, editoração e
publicações, artes cênicas e performáticas, rádio e softwares de lazer e
música, áreas nas quais a cidade já se distingue, tendo em vista os talentos
existentes no seu território. Trata-se agora de impulsionar o empreendedorismo
inovador e criativo rumo aos empreendimentos de mais alto valor econômico.

Outra prioridade desta gestão é a ampliação da qualidade dos serviços


municipais oferecidos à população. Busca-se uma melhoria significativa na
qualidade de vida das pessoas, pois a cidade que queremos se orienta pelos
princípios do desenvolvimento sustentável que será alcançado através de
planejamento e gestão integrados e com maior participação da sociedade.

Mas a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada só será possível


com a efetiva participação social, e para tanto, estão sendo buscados
mecanismos para informar e permitir a contribuição das pessoas, na definição
de um conceito curitibano de desenvolvimento sustentável.

4
A Curitiba que se quer é aquela onde a população possui voz ativa e participa
apontando as prioridades e decidindo a aplicação dos recursos públicos.

Curitiba em 2013, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –


IBGE tem uma população de 1.848.943 habitantes distribuídos em 432,17 km²
com 75 bairros e nove administrações regionais. Apresenta uma densidade
demográfica de 4.278,28 habitantes por km² e tem crescido a uma taxa de 0,99
% ao ano na última década. Participa com 16,81 % da população do Paraná e
com 0,92 % da população do Brasil. O município possui um orçamento bruto
anual de R$ 5,98 bilhões em 2013. O produto interno bruto - PIB em 2010 foi
de R$ 53, 11 bilhões e uma renda per capita média de R$ 1.516,17.

Quanto ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), Curitiba


ocupava a 10ª posição, em relação aos 5.565 municípios do Brasil em 2010,
tendo evoluído seis posições em relação ao ano de 2000 e em relação aos
demais municípios do Paraná, Curitiba ocupa a 1ª posição. O IDH-M de
Curitiba era 0,823, em 2010. O município está situado na faixa de
Desenvolvimento Humano Muito Alto (IDHM entre 0,8 e 1). Entre 2000 e 2010,
a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com
crescimento de 0,113), seguida por Longevidade e por Renda.

Merece ser destacado que a cidade vive um momento importante da sua


história, em que a população se apresenta em rápido processo de
envelhecimento, onde a população adulta ocupa a maior proporção entre as
faixas etárias. A proporção de pessoas com mais de 65 anos já ultrapassava
7,55 % do total em 2010.

Este novo momento demográfico é conhecido como “bônus demográfico”, que


é quando a distribuição etária da população se concentra com maior proporção
na idade ativa. Significa que a faixa da população mais numerosa está situada
entre 15 e 64 anos, 72,47 % e que, por ser produtiva, pode contribuir mais para
o crescimento da cidade.

Este importante momento, onde as taxas de crescimento populacional tendem


a uma estabilização, remete a um novo cenário para os próximos anos, com
relação à política pública local. Com o envelhecimento da população, cresce a
pressão sobre os serviços de saúde e as demais políticas sociais vinculadas ao
atendimento da chamada terceira idade. Por outro lado, tende a diminuir
proporcionalmente o número de crianças e de adolescentes, possibilitando a
oferta de serviços de melhor qualidade, particularmente na área de educação
com a extensão da jornada diária de estudo.

Outra importante preocupação da atual gestão se refere à pressão sobre os


serviços municipais na área de mobilidade. Com o crescimento econômico
observado nos últimos anos, a cidade foi ocupada por uma crescente frota de
veículos que chegou, em 2013, a 1.321.723 veículos, o que representa 1,40
habitantes por veículo. Em decorrência desse crescimento, a velocidade média

5
verificada nas ruas caiu consideravelmente, provocando recorrentes trechos de
lentidão no trânsito da cidade.

Mas não foi somente a mobilidade dos veículos particulares que se deteriorou,
o próprio sistema de transporte público da cidade viu a velocidade operacional
das linhas de ônibus diminuir, e em decorrência, a menor atratividade e a
redução do número de passageiros pagantes. Para fazer frente a esses e
outros importantes compromissos, a perspectiva de um novo modal de
transporte coletivo, como o metrô, está sendo viabilizada, assim como estão
previstas a ampliação e modernização do atual sistema de transporte coletivo,
além dos investimentos na ampliação da rede de ciclovias e demais meios
alternativos de transporte.

Em face dos compromissos assumidos pelo Prefeito para o período


compreendido entre os anos de 2013-2016 desenhou-se a visão estratégica
para a gestão da cidade, onde se entrelaçam os temas da Curitiba Humana,
Mais Verde, Participativa, Inteligente e Criativa, vislumbrando uma Cidade
Sustentável.

Curitiba
Humana

Curitiba Curitiba
Criativa mais Verde
Curitiba
Sustentável

Curitiba Curitiba
Inteligente Participativa

O esquema apresentado abaixo demonstra a estratégia adotada, que tem


como objetivo atuar nos principais macrodesafios da Cidade, que são: a
melhoria da qualidade de vida para todos, a garantia do equilíbrio ambiental e
a redução da pobreza.

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Qualidade
de Vida para
Todos

Governança
Participativa
Redução Qualidade
da Ambiental
Pobreza

Para implementar essa visão estratégica, a Secretaria Municipal de


Planejamento e Gestão – SEPLAN em conjunto com a Secretaria Municipal de
Finanças - SMF coordenaram, nos primeiros meses de 2013, oficinas de
trabalho, com a participação dos gestores municipais na construção dos
programas e seus detalhamentos para o Plano Plurianual PPA 2014-2017.

A metodologia utilizada para a elaboração do PPA 2014-2017 foi a do Marco


Lógico, também conhecido como Matriz Lógica ou Quadro Lógico, que é um
modelo analítico para orientar a formulação, a execução, o acompanhamento e
a avaliação dos programas e dos projetos governamentais.

Por meio da metodologia foram realizados inicialmente os diagnósticos, a


análise dos atores envolvidos, elaboradas as árvores de problemas, que
identificam as problemáticas a serem resolvidas e a árvore de soluções. Os
programas foram formulados baseados na identificação de problemas
existentes e nas demandas da sociedade, bem como nas potencialidades da
cidade.

Esse conjunto de informações permitiu aos formuladores das políticas públicas


proporem ações que produzissem uma melhoria da qualidade de vida da
população.

A participação da população na elaboração do PPA 2014-2017 ocorreu por


meio de Consultas Públicas e Debates Públicos convocados pelo Edital nº 03,
publicado no Diário Oficial nº 118, de 24 de junho de 2013, que se destinou à
elaboração da Proposta da Lei Orçamentária Anual - LOA, exercício 2014 e do
Plano Plurianual 2014-2017.

7
A consulta pública constitui-se no instrumento para o cumprimento da Lei
Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 – “Estatuto da Cidade” e da Lei
Complementar Federal nº 101, de 04 de maio de 2000 – Lei de
Responsabilidade Fiscal.

Durante o período das consultas públicas, a população pôde manifestar ao


poder público municipal as suas demandas, sugestões e comentários por meio
de um canal aberto junto à Central de Atendimento e Informações – 156 e pelo
Sistema LDO/LOA/PPA, disponível na página web da Prefeitura de Curitiba
denominado Portal Curitiba Participe e nas consultas públicas presenciais,
onde, além de fazer perguntas por meio de um formulário próprio os
participantes puderam fazer o uso da palavra. Também o cidadão pôde se
manifestar pelas redes sociais – facebook, twitter -, e pelo chat disponibilizado
para os cidadãos conversarem com o prefeito e secretários municipais.

Para complementar as informações sobre as demandas da população, foi


realizada uma pesquisa de ponto de fluxo no mês de abril/2013, pela empresa
Tema Pesquisas, com pessoas residentes em Curitiba, tendo como finalidade
conhecer as prioridades daqueles que não puderam participar das consultas e
debates públicos por nenhum dos meios disponibilizados para tal.

O resultado das contribuições, recebidas pela Prefeitura de Curitiba por meio


das consultas públicas, constituiu-se em um importante subsídio para o
estabelecimento das diretrizes de governo e para a priorização dos
investimentos da administração pública municipal, consolidadas na LDO 2014.

Os Conselhos Municipais, representantes de diversas políticas públicas,


também tiveram importante papel na elaboração do PPA 2014-2017, validando
as ações propostas para os próximos quatro anos.

É importante destacar as políticas transversais – mulher, pessoa com


deficiência, criança, jovem e idoso - que requerem ações por parte da
municipalidade para superar a exclusão social, . No Plano Plurianual -
PPA 2014-2017 os serviços nas diferentes políticas públicas para essa parcela
da população estão priorizados.

O Plano Plurianual PPA 2014-2017 está estruturado em quatro dimensões


estratégicas: Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Econômico,
Desenvolvimento Urbano e Ambiental e Governança Participativa e estas
dimensões estão compostas por 12 programas de governo e ainda o Programa
Legislativo Municipal, Programa Operações Especiais e Reserva de
Contingência.

Em síntese as dimensões estratégicas buscam os seguintes resultados:

• Desenvolvimento Social: Garantir o acesso aos direitos, visando à


redução das desigualdades sociais, culturais, econômicas e territoriais e

8
contribuir com o desenvolvimento humano que eleve a qualidade de
vida, na direção de novos patamares de civilidade.

• Desenvolvimento Econômico: Fortalecer a imagem da cidade como


ambiente favorável ao desenvolvimento de negócios e ampliar parcerias
estratégicas para fins de desenvolvimento econômico do Município.

• Desenvolvimento Urbano e Ambiental: Garantir mobilidade urbana e


metropolitana de qualidade na cidade priorizando o transporte coletivo,
melhorar a qualidade do espaço urbano com um planejamento unificado
e articulado com a Metrópole e promover o desenvolvimento
sustentável, incentivando a inclusão social associada à manutenção do
meio ambiente equilibrado.

• Governança Participativa: Ampliar e estimular a participação da


sociedade nos diversos canais de comunicação pública municipal,
aperfeiçoar os instrumentos de gestão e a capacidade de atendimento
das demandas da população e dar transparência à aplicação dos
recursos públicos.

Na Dimensão Desenvolvimento Social estão contemplados sete programas


que foram estruturados com o objetivo de atender principalmente a uma das
estratégias de desenvolvimento da atual gestão, que é a erradicação da
extrema pobreza.

Cuidar do bem-estar da população com ações de desenvolvimento social nas


áreas da saúde; com a ampliação do acesso aos serviços; na educação, com a
melhoria da qualidade e da equidade; na segurança, com a contribuição para
redução dos índices de violência e criminalidade, tendo como uma das
estratégias a implantação do Programa Portal do Futuro, com ações voltadas a
diminuir a violência contra os adolescentes e adultos jovens na faixa de 15
anos a 29 anos; na segurança alimentar e nutricional, com ações para a
melhoria da alimentação da população mais vulnerável, além de iniciativas para
a diminuição dos índices de obesidade da população, são caminhos para se
alcançar a melhoria da qualidade de vida.

Nessa dimensão ainda merece destaque a garantia do respeito aos direitos


humanos, incluindo-se aqui um olhar mais atento para as minorias e para os
grupos mais sujeitos à violência.

Essas metas exigem, portanto, uma ação marcadamente intersetorial


participação intensa de todos os atores da área social, assim como uma forte
integração com a dimensão econômica e com a dimensão urbana e ambiental,
para atender a todas as questões inerentes aos desafios levantados durante as
oficinas de trabalho para a construção dos programas e seus detalhamentos
para o Plano Plurianual PPA 2014-2017.

Nessa dimensão os sete programas definidos são:


9
• Curitiba Mais Humana: Fortalecer políticas de proteção social e de
promoção dos direitos humanos, visando à erradicação da extrema
pobreza, à construção de relações igualitárias e solidárias, e o
desenvolvimento social nos territórios de Curitiba.

• Curitiba Mais Segura: Contribuir com ações de prevenção para a


redução das taxas de violência e criminalidade e para a prevenção e
respostas às situações emergenciais de defesa civil.

• Curitiba Mais Saúde: Ampliar o acesso, a qualidade e a resolubilidade


das ações e serviços de saúde do SUS-Curitiba.

• Curitiba Mais Educação: Incrementar a qualidade e a equidade da


educação ofertada no município de Curitiba.

• Curitiba Mais Nutrição: Contribuir para a melhoria da situação de


segurança alimentar e nutricional da população mais vulnerável de
Curitiba.

• Viva Mais Curitiba: Mobilizar os cidadãos para uma agenda proativa de


ações e programação de lazer, prática esportiva, de atividade física,
cultura e turismo, incentivando a socialização e o fortalecimento de
valores.

• Portal do Futuro: Fortalecer as trajetórias dos jovens na busca de


melhor qualidade de vida, para que eles sejam os verdadeiros
protagonistas de uma construção coletiva que enalteça sua imagem, seu
pertencimento e a efetiva inclusão social.

Na Dimensão Desenvolvimento Urbano e Ambiental estão contemplados


três programas cujo objetivo é construir uma cidade melhor.

Nesta dimensão os três programas definidos são:

• Curitiba Metrópole: Melhorar a qualidade do espaço urbano com um


planejamento unificado e articulado com a Metrópole. Com esse
objetivo, estão previstas, a Revisão do Plano Diretor de Curitiba e da
Legislação de Zoneamento e Uso do Solo e a elaboração do Plano
Municipal de Desenvolvimento Urbano Sustentável. Faz parte do mesmo
objetivo a revisão dos Planos Setoriais de Habitação, Mobilidade
Urbana, Desenvolvimento Social e Econômico, Controle Ambiental e
Desenvolvimento Sustentável, Segurança Pública e Defesa Social.

• Mobilidade Urbana Integrada: Garantir mobilidade urbana e


metropolitana de qualidade priorizando o transporte coletivo, com a
integração de modais de transporte, de modo a enfrentar conjuntamente
as causas e efeitos do desenvolvimento urbano no trânsito e no

10
transporte de passageiros e mercadorias. Desenvolver uma qualidade
de vida na cidade que impacte diretamente na diminuição dos
deslocamentos urbanos necessários para trabalhar, habitar, recrear-se e
circular com segurança e urbanidade.

• Curitiba Mais Verde: Promover o desenvolvimento sustentável,


incentivando a inclusão social e associando-o à manutenção do meio
ambiente equilibrado e articulado com os municípios da Região. Com
esse objetivo estão previstas a elaboração do plano de gestão de riscos
e desastres naturais, da política de proteção animal, de educação para a
sustentabilidade, de incentivos a construções sustentáveis, dentre
outros.

Na Dimensão Desenvolvimento Econômico se busca fortalecer na região a


economia pós-industrial baseada na atividade econômica sustentável. Um
exemplo é a Economia Criativa que, segundo a Secretaria de Economia
Criativa do Ministério da Cultura, “é a economia do intangível, do simbólico. Ela
se alimenta dos talentos criativos, que se organizam individual ou
coletivamente para produzir bens e serviços criativos. Por se caracterizar pela
abundância e não pela escassez, a nova economia possui dinâmica própria e,
por isso, desconcerta os modelos econômicos tradicionais, pois seus novos
modelos de negócio ainda se encontram em construção, carecendo de marcos
legais e de bases conceituais consentâneas com os novos tempos.”

Desta forma se considera que a cidade do futuro será cada vez mais um nó de
uma rede global de cidades, que permitirá o compartilhamento de cultura,
valores, conhecimentos, práticas e soluções locais. Este é o fenômeno da
globalização que destaca, com muita intensidade, a presença de uma
dimensão local na produção de uma cultura global.

Na cidade do futuro, a economia será cada vez mais dominada por inovações
que buscam substituir os recursos naturais não renováveis rumo a uma
economia verde, usando a criatividade do ser humano como insumo básico.

Nessa dimensão, o Programa Curitiba Criativa tem como objetivo


reposicionar a cidade de Curitiba no patamar das principais cidades inovadoras
e criativas e desenvolver a economia verde e criativa, aproveitando melhor os
recursos e fomentando as competências e o empreendedorismo local.

A Dimensão Governança Participativa considera que Curitiba sempre foi


reconhecida como uma cidade inovadora, com soluções criativas para resolver
seus problemas e que sempre propiciou à população uma boa qualidade de
vida.

Entretanto, a cidade cresceu. Hoje é uma metrópole com um conjunto


complexo de problemas que envolvem grandes desafios econômicos e sociais,
onde cada vez mais o cidadão espera da administração municipal, respostas
rápidas e efetivas. Esse resultado acredita-se, só será alcançado com um
envolvimento e uma participação cada vez maiores do cidadão.
11
De certa forma já convivemos com inúmeros processos que envolvem a
participação da sociedade, como por exemplo, os inúmeros conselhos
municipais. Em 2012 existiam em Curitiba 62 conselhos municipais, como os
conselhos da Cidade, de educação, de saúde, de assistência social e de
direitos da criança e do adolescente. No entanto seu funcionamento segundo
dados divulgados pelo IBGE (2011), ainda apresenta grandes dificuldades
como: poucas eleições para representantes da sociedade civil; grande número
de indicações dos representantes pela própria legislação (cadeira cativa) ou
pelo governo; baixa representação de organizações locais com predomínio
daquelas com abrangência nacional; e baixa divulgação das atas e resoluções
e relatórios.

Na capital paranaense os mecanismos de participação vêm sendo


operacionalizados por meio de audiências e de consultas públicas, das
solicitações diretas às Administrações Regionais, do Serviço 156, das redes
sociais, da formação de conselhos e da realização de fóruns e conferências
entre outros, porém, observa-se que essa participação nem sempre ocorre com
o envolvimento e o empoderamento da comunidade na seleção de temas de
seu interesse e coparticipação na gestão das politicas públicas instaladas.

Nessa dimensão, destaca-se o Programa Curitiba Participativa, que tem


como objetivo aperfeiçoar a capacidade de atendimento às demandas da
população e os canais de comunicação com a sociedade. A operacionalização
desse programa prevê o envolvimento de várias secretarias e órgãos como
forma de atendimento e a resolução dos problemas complexos existentes
numa perspectiva de atuação intersetorial.

Entre os 12 programas de governo merecem destaque aqueles voltados a


Educação, Saúde, Segurança e Mobilidade Urbana temas mais demandados
pela população e que estão destacados como principais prioridades do
programa de governo.

Os investimentos referentes à educação e à saúde estão acima dos pisos


constitucionais (26,81% e 17,60% das receitas correntes, respectivamente),em
razão de essas políticas públicas serem prioritárias no contexto do plano de
governo.

A política educacional estabelecida para o PPA 2014-2017 do município de


Curitiba trata da qualidade e da equidade da educação, por meio do Programa
Curitiba Mais Educação. Com o acesso ao Ensino Fundamental
universalizado em Curitiba, outros desafios, legais ou pedagógicos, se colocam
na pauta das políticas públicas educacionais a serem enfrentadas pelo
Programa. Dentre eles estão a busca da equidade entre as unidades
educacionais que compõem a Rede Municipal de Ensino – RME; a expansão
da oferta da Educação Infantil; a qualificação da prática pedagógica; a
qualificação da prática avaliativa e a valorização dos profissionais da educação.
12
Nos próximos quatro anos serão construídas Escolas Municipais, Centros
Municipais de Educação Infantil- CMEIs e o Centro Municipal de Atendimento
Especializado – CMAE, quadras cobertas, ampliação e reforma de Escolas
Municipais e CMEIs, reformas e construção de bibliotecas.

Quanto à valorização dos profissionais da educação, todos os professores e


educadores da RME terão ampliada sua hora atividade para 33% da carga
horária semanal.

No Programa Curitiba Mais Saúde a prioridade é a ampliação do acesso, a


qualidade e a resolubilidade das ações e serviços de saúde do Sistema Único
de Saúde – SUS Curitiba. Entre as ações para melhorar o acesso à rede, o
município ampliará o número de unidades de atenção primária à saúde e
adotará a Estratégia de Saúde da Família em todo o município, de modo a ser
alcançada cobertura de 100%. Esse modelo permite estreitar a relação médico-
paciente. Além disso, aumentará o número de ações ofertadas nas unidades
de saúde e estenderá o horário de funcionamento de parte desses serviços.
Também será feita a ampliação do número de equipes de Núcleos de Apoio à
Saúde da Família e de Atenção Domiciliar, para dar suporte às equipes de
Saúde da Família. Isso além da implantação de equipes de Consultórios na
Rua e serviços voltados ao tratamento e reabilitação de pessoas usuárias de
álcool e drogas.

No Sistema de Urgência e Emergência, serão criadas duas novas Unidades de


Pronto Atendimento com funcionamento durante 24 horas por dia e nos sete
dias da semana para atender à população da região central e sul de Curitiba.

Será construído o Hospital Norte, com aproximadamente 20 mil m2 e


implantado o Instituto da Mulher. Também serão realizadas a construção da
Unidade de Pronto Atendimento - UPA Tatuquara, a reforma e ampliação da
Unidade de Pronto Atendimento - UPA Matriz, a construção e reforma de 20
Unidades Básicas de Saúde, quatro CAPS- Centro de Atendimento
Psicossocial e construção de duas Unidades de Acolhimento Transitório
(UA). Essas são algumas das obras a ser entregues à população.

No Programa Curitiba Mais Segura, a ênfase será a prevenção para a


redução das taxas de violência e criminalidade e respostas às situações
emergenciais, articulando e integrando os organismos governamentais e a
sociedade, visando organizar e ampliar a capacidade de defesa ágil e solidária
das comunidades de Curitiba e dos próprios municipais.

Vinculado ao gabinete do prefeito está o Gabinete de Gestão Integrada de


Segurança, que atua em sistema de rede com as demais esferas de governo e
instituições de segurança pública, bem como, organizações da sociedade civil
e instituições de ensino superior, com o propósito de articular ações integradas
de combate à violência e à criminalidade.

13
Dentre as diversas ações, destacam-se as ações urbanísticas para inibir
ambientes propícios à criminalidade, como por exemplo, boa iluminação
pública, ampliação do vídeo monitoramento móvel na cidade, construção de
módulos de segurança, aquisição de veículos com tecnologia embarcada,
construção da Academia da Guarda Municipal e criação do Observatório de
Segurança.

No Programa Mobilidade Urbana Integrada a prioridade estará na


sustentabilidade e na integração metropolitana.

Com o crescimento da cidade ao longo das últimas décadas e seu


consequente extravasamento sobre os demais municípios limítrofes,
especialmente os que formam o NUC – Núcleo Urbano Central da Região
Metropolitana de Curitiba, composto por 14 municípios - tem-se exigido da
cidade pólo o planejamento e a implementação de ações integradas na área de
mobilidade e acessibilidade, que envolvam todos os modais de transporte, de
modo a enfrentar conjuntamente as causas e os efeitos do desenvolvimento
urbano no trânsito e no transporte urbano de passageiros e de mercadorias da
região.

Nesse processo serão contempladas políticas sustentáveis de acessibilidade


visando à redução dos deslocamentos urbanos para as atividades de trabalhar,
habitar, recrear e circular.

Para viabilizar a política de mobilidade urbana serão realizadas ações


prioritárias voltadas a fluidez no trânsito, a infraestrutura viária, a capacidade
de tráfego das vias existentes e ações educativas de prevenção e de
fiscalização.

Estão em negociação junto ao governo federal recursos para a mobilidade


urbana com a priorização de projetos na área do transporte coletivo.

Os projetos apresentados são referente ao sistema Bus Rapid Transit - BRT


modernizado, novos terminais de transporte coletivo e revitalização dos
antigos, anéis viários para escoar o trânsito, trincheiras para desafogar o
tráfego em pontos estratégicos da cidade, Linha Verde com cinco pistas para
todos os tipos de veículos, ampliação da rede cicloviária, uma linha de metrô
que atravessa a cidade de sul a norte e melhorias na circulação no Contorno
Sul.

Está prevista no PPA 2014-2017 a conclusão de diversas obras iniciadas na


gestão anterior, como as da Linha Verde em seu Trecho Norte e no
complemento do Trecho Sul. A construção do Viaduto Estaiado e do corredor
Aeroporto - Rodoferroviária na Avenida Comendador Franco, além do Corredor
Marechal Floriano e da reforma da Rodoferroviária, fazem parte das obras
incluídas no rol previsto para receber a Copa do Mundo de 2014 em Curitiba.
Estão também previstas obras de revitalização das vias com pavimentação
definitiva da Avenida Salgado Filho e da Rua Ladislau Kula e de rótula viária na

14
Rua Eduardo Sprada no cruzamento com a Avenida Juscelino Kubitschek,
entre outras.

Em relação ao evento da Copa 2014, ao assumir a gestão o Prefeito garantiu o


cumprimento dos compromissos assumidos pelo município com a Federation
Internationale de Football Association – FIFA, como uma das sedes da Copa
2014, respeitando o zelo no uso dos recursos financeiros públicos.

Para viabilizar os programas elencados no PPA 2014-2017 estão previstos os


valores globais, de R$ 30,1 bilhões, sendo R$ 7,95 bilhões para o ano de 2014
e, R$ 23 bilhões para os anos de 2015 a 2017.

Em síntese, o PPA 2014-2017 aqui apresentado tem como objetivo consolidar


a qualidade de vida das pessoas no espaço da cidade. É preciso levar os
cidadãos curitibanos a participar, a sentirem-se pertencentes e identificados
com o endereço que lhes serve de cenário para a vida cotidiana e para os
sonhos de futuro. Dos habitantes, espera-se a co-responsabilização na gestão
de Curitiba, a tal ponto que cada um, tendo ou não nascido aqui, sinta-se
cidadão curitibano e lute pelos destinos da cidade como se esta fosse a sua
própria casa.

Neste plano que norteia os investimentos e as ações para Curitiba, nos


próximos quatro anos, outro ponto a destacar é a ênfase para a criatividade e a
inovação, caminhos naturais para o desenvolvimento com sustentabilidade.
Não existe receita fixa para gerir uma cidade. Existem, sim, respeito e
competência, a busca do conhecimento, da criatividade e um permanente
esforço para consolidar um ciclo de desenvolvimento sustentável para se
avançar sempre mais nas respostas à eterna equação espaço urbano versus
desenvolvimento humano.

Na sequência, segue o resultado das Consultas Públicas realizadas que


norteou a construção desse plano.

15
CONSULTA PÚBLICA - LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL 2014 E PLANO
PLURIANUAL 2014 – 2017

A Consulta Pública constitui-se em um dos principais instrumentos para o


cumprimento da Lei Complementar Federal nº 101, de 04 de maio de 2000 (Lei
de Responsabilidade Fiscal) e da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001
(Estatuto da Cidade) e permite que o cidadão não apenas acompanhe a
execução das políticas públicas, mas também participe de sua elaboração,
definindo diretrizes e prioridades para a aplicação dos recursos.

No primeiro semestre de 2013, foram realizadas em Curitiba as Consultas


Públicas para a elaboração da Proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) para o exercício fiscal de 2014, que resultou na Lei nº 14.286,
sancionada pelo Prefeito Municipal Gustavo Bonato Fruet em 12 de julho de
2013.

Como passo seguinte, por meio do Edital de Convocação nº 02, publicado no


Diário Oficial nº 118, de 24 de junho de 2013, a população foi convocada para
participar das Consultas e Debates Públicos destinados à elaboração da
Proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício fiscal de 2014 e do
Plano Plurianual (PPA) para o quadriênio 2014-2017, realizados nas nove
Administrações Regionais do município, nas seguintes datas, horários e locais.

Nesses eventos, a população pôde apresentar, por meio de formulário próprio


ou por uso da palavra, suas demandas, comentários e sugestões para a
Prefeitura Municipal; foi disponibilizado ainda meio eletrônico para registro de
tais manifestações, através da Central de Relacionamento Municipal 156,
Sistema LDO/LOA/PPA, disponível no Portal Curitiba Participe.

16
DATA HORÁRIO REGIONAL LOCAL ENDEREÇO

01/07/2013 das
19h00min Centro de Esporte e Rua Ourizona, 1681 - Sítio
Bairro Novo
às Lazer Bairro Novo Cercado
Segunda-feira 21h30min

02/07/2013 das
Rua Anne Frank, 4209 -
19h00min Igreja Visão
Boqueirão Carmo próximo ao
às Missionária
Terça-feira Terminal do Carmo
21h30min

03/07/2013 das
19h00min Avenida República
Portão Clube Literário Portão
às Argentina, 3310 - Portão
Quarta-feira 21h30min

08/07/2013 das
FESP - Fundação de
19h00min Rua Dr. Faivre, 141 -
Matriz Estudos Sociais do
às Centro
Segunda-feira Paraná
21h30min

09/07/2013 das
19h00min Clube Duque de Rua Costa Rica, 1173 -
Boa Vista
às Caxias Bacacheri
Terça-feira 21h30min

10/07/2013 das
19h00min Administração Rua Manoel Valdomiro de
CIC
às Regional CIC Macedo, 2460 - CIC
Quarta-feira 21h30min

15/07/2013 das Rua Padre Júlio Saavedra,


Paróquia São Paulo
19h00min
Cajuru Apóstolo - Salão
às
Segunda-feira Paroquial 170 - Uberaba
21h30min

17/07/2013 das Salão de Atos


19h00min Santa
Parque Barigui
às Felicidade
Quarta-feira 21h30min do Parque Barigui

18/07/2013 das
Igreja Nossa Senhora Rua Capitão Argemiro
19h00min
Pinheirinho da Anunciação - Salão Monteiro Wanderley, 378 -
às
Quinta-feira Paroquial Capão Raso
21h30min

PARTICIPAÇÃO PRESENCIAL

Conforme assinaturas em Livro de Presenças participaram das Consultas 2174


pessoas, das quais 150 se inscreveram para fazer uso da palavra, tendo sido
apresentadas por escrito 839 perguntas, que foram respondidas de imediato
pelos Secretários presentes, ou posteriormente por e-mail ou telefone.

17
PERFIL DOS CONSULENTES

Das 839 perguntas apresentadas nos formulários por escrito, 90 (10,7%) foram
feitas por cidadãos que representavam entidades diversas (Associações de
Moradores, Conselhos etc.), conforme se pode se observar no Gráfico 1.

GRÁFICO 1 - PERGUNTAS FORMULADAS POR REPRESENTANTES DE ENTIDADES

FONTE: SEPLAN 2013

DISTRIBUIÇÃO POR SEXO

Como demonstra o Gráfico 2, quando as nove Consultas são consideradas


conjuntamente o predomínio de gênero na formulação de perguntas não chega
a ser significativo: 49,16% delas foram formuladas por homens e 44,63% por
mulheres; 5,73% foram apresentadas de forma coletiva (assinadas
simultaneamente por homens e mulheres, ou em nome de entidades),
enquanto que em 0,48% das perguntas não foi possível identificar o sexo do
consulente.

18
GRÁFICO 2 - DISTRIBUIÇÃO DOS CONSULENTES POR SEXO

FONTE: SEPLAN 2013

Contudo, ao analisar-se cada Consulta isoladamente (Gráficos 3 a 11), em três


Regionais surge um relevante predomínio masculino na formulação de
perguntas: Boa Vista, Matriz e Santa Felicidade (aparecendo com destaque a
participação coletiva na Regional Matriz); a única Consulta em que a
participação feminina foi superior à masculina foi a da Regional da CIC.

GRÁFICO 3 - REGIONAL BAIRRO NOVO

FONTE: SEPLAN 2013

19
GRÁFICO 4 - REGIONAL BOQUEIRÃO

FONTE: SEPLAN 2013

GRÁFICO 5 - REGIONAL BOA VISTA

FONTE: SEPLAN 2013

20
GRÁFICO 6 - REGIONAL CIC

FONTE: SEPLAN 2013

GRÁFICO 7 - REGIONAL CAJURU

FONTE: SEPLAN 2013

21
GRÁFICO 8 - REGIONAL MATRIZ

FONTE: SEPLAN 2013

GRÁFICO 9 - REGIONAL PINHEIRINHO

FONTE: SEPLAN 2013

22
GRÁFICO 10 - REGIONAL PORTÃO

FONTE: SEPLAN 2013

GRÁFICO 11 - REGIONAL SANTA FELICIDADE

FONTE: SEPLAN 2013

REGIONAL DE RESIDÊNCIA

A grande maioria das perguntas (82,60%) foi formulada por residentes da


própria Regional na qual se realizava a Consulta, com apenas 4,41% tendo
sido de residentes de outras Regionais; ressalta-se que em 12,99% das
perguntas não foi possível identificar a Regional de residência do consulente,
como demonstra o Gráfico 12.

23
GRÁFICO 12 - DISTRIBUIÇÃO DAS PERGUNTAS POR REGIONAL DE RESIDÊNCIA

FONTE: SEPLAN 2013

TEMAS MAIS DEMANDADOS

O tema mais demandado nas perguntas por escrito foi “Vias”, com 23,72% do
total, como se observa no Gráfico 13.

GRÁFICO 13 - DISTRIBUIÇÃO DAS PERGUNTAS POR TEMA

FONTE: SEPLAN 2013

Sob o título “Outros”, aparecem perguntas relacionadas à representatividade


política, orçamento, Copa do Mundo, nomes de ruas etc. Foram classificadas

24
sob esse título, também, questionamentos que englobavam vários temas de
maneira genérica, sem foco específico em nenhum deles.

Como se pode observar no Gráfico 13, os temas “Vias”, “Trânsito” e


“Transporte” (relacionados à Mobilidade Urbana) representaram juntos, quase
um terço do total (32,78%). Já sob o tema “Turismo” nenhum questionamento
foi apresentado, em nenhuma das nove Consultas.

Quando se observam as regionais isoladamente, o tema “Vias” foi o mais


demandado em oito das nove Consultas; apenas na Regional Boqueirão foi
diferente, tendo sido mais demandado o tema “Meio Ambiente” (24,4%), com o
tema “Vias” aparecendo empatado em 2º lugar com o tema “Saúde”, com
14,6% cada, como demonstram os Gráficos 14 a 22.

GRÁFICO 14 - REGIONAL BAIRRO NOVO

FONTE: SEPLAN 2013

25
GRÁFICO 15 - REGIONAL BOQUEIRÃO

FONTE: SEPLAN 2013

GRÁFICO 16 - REGIONAL BOA VISTA

FONTE: SEPLAN 2013

26
GRÁFICO 17 - REGIONAL CIC

FONTE: SEPLAN 2013

GRÁFICO 18 - REGIONAL CAJURU

FONTE: SEPLAN 2013

27
GRÁFICO 19 - REGIONAL MATRIZ

FONTE: SEPLAN 2013

GRÁFICO 20 - REGIONAL PINHEIRINHO

FONTE: SEPLAN 2013

28
GRÁFICO 21 - REGIONAL PORTÃO

FONTE: SEPLAN 2013

GRÁFICO 22 - REGIONAL SANTA FELICIDADE

FONTE: SEPLAN 2013

29
TEMA MAIS DEMANDADO POR BAIRRO

Na análise por bairro, verifica-se que os temas priorizados no maior número de


bairros também foram “Vias”, “Meio Ambiente”, “Educação” e “Saúde”.

• “Vias” ficou em primeiro lugar nas demandas de 33 bairros, sendo


em 23 deles de forma isolada e em 10, empatado com outros
temas;
• “Meio Ambiente” ficou em primeiro lugar nas demandas de 12
bairros, sendo em oito deles de forma isolada e em quatro
bairros empatado com outros temas;
• “Saúde” ficou em primeiro lugar nas demandas de oito bairros,
sendo em três deles de forma isolada e em cinco bairros
empatado com um ou mais temas;
• “Educação” ficou em primeiro lugar nas demandas de sete
bairros, sendo em dois deles de forma isolada e em cinco bairros
empatado com outros temas.

Como se pode observar na Figura 1, “Esporte e Lazer”, “Segurança”,


“Habitação”, “Urbanismo”, “Trânsito”, “Cultura” e “Abastecimento Alimentar”
também foram considerados prioridades em determinados bairros - em alguns
casos de forma isolada, em outros empatados com outros temas. É possível
ver também que 25 bairros não estiveram representados entre os participantes
que fizeram perguntas por escrito nas Consultas.

30
FIGURA 1 - TEMA MAIS DEMANDADO POR BAIRRO

31
SISTEMA LDO/LOA/PPA

Através do Sistema LDO/LOA/PPA, acessado no Portal Curitiba Participe, os


cidadãos tiveram a oportunidade de indicar uma, duas ou três prioridades para
investimentos em seus respectivos bairros, indicando também a ordem de
prioridade. Fizeram sugestões 702 participantes, dos quais 226 apontaram
apenas uma prioridade, 107 apontaram duas e 369 apontaram três, resultando
num total de 1547 sugestões, conforme Tabela 1.

TABELA 1 - PARTICIPAÇÕES E INDICAÇÕES


PRIORIDADES NÚMERO
INDICADAS PARTICIPANTES SUGESTÕES
1 226 226
2 107 214
3 369 1.107
TOTAL 702 1.547
FONTE: Sistema LDO/LOA/PPA 2013

PRIORIDADES INDICADAS

Como demonstram os Gráficos 23 a 26, considerando toda a cidade e todas as


prioridades indicadas por participante, os cinco temas mais sugeridos foram:
“Vias” (24,89%), “Saúde” e “Segurança” (12,09% cada), “Trânsito” (10,34%) e
“Educação” (8,08%). Quando se considera apenas a 1ª Prioridade indicada por
cada participante, a única alteração nessa ordem é que o tema “Saúde”
assume isoladamente o 2º lugar, caindo “Segurança” para o3º.

GRÁFICO 23 - 1ª PRIORIDADE

FONTE: Sistema LDO/LOA/PPA 2013

32
GRÁFICO 24 - 2ª PRIORIDADE

FONTE: Sistema LDO/LOA/PPA 2013

GRÁFICO 25 - 3ª PRIORIDADE

FONTE: Sistema LDO/LOA/PPA 2013

33
GRÁFICO 26 - TOTAL (1ª, 2ª E 3ª PRIORIDADES)

FONTE: Sistema LDO/LOA/PPA 2013

DETALHAMENTO DAS PRIORIDADES

Aprofundando o nível de detalhamento das sugestões, como permitia o


Sistema LDO/LOA/PPA, a demanda mais indicada pelos participantes foi a
Implantação de Asfalto em Vias, apontada em 7,63% das sugestões, como
demonstra o Gráfico 27.

GRÁFICO 27 - DETALHAMENTO DAS PRIORIDADES

FONTE: Sistema LDO/LOA/PPA 2013

34
PRIORIDADES POR BAIRRO

Segmentando por bairro as indicações de prioridades, o tema “Vias”


novamente surge como o mais demandado, em 30 bairros, como se pode
observar na Figura 2.

FIGURA 2 - PRIORIDADE POR BAIRRO

35
Como demonstra a Figura 2, em segundo lugar surgem empatados os temas
“Segurança” e “Trânsito”, apontados como prioridades em oito bairros cada;
depois vêm “Saúde” (seis bairros), “Esporte e Lazer” (cinco bairros);
“Educação”, “Saneamento” e “Outros” (dois bairros cada); e “Habitação”,
“Iluminação Pública”, “Meio Ambiente” e “Urbanismo” (um bairro cada). Oito
bairros não tiveram indicação de prioridades para investimentos no Sistema
LDO/LOA/PPA.

PARTICIPAÇÃO PRESENCIAL x PARTICIPAÇÃO VIRTUAL

Comparando a Figura 2, que detalha por bairro as prioridades indicadas pelos


cidadãos que se manifestaram através do Portal Curitiba Participe, com a
Figura 1, que detalha por bairro as demandas apresentadas por escrito pelos
que participaram presencialmente das Consultas Públicas, muitas diferenças
podem ser observadas - o que não significa necessariamente uma incoerência:
tais discrepâncias podem estar relacionadas a uma provável diferença de perfil
sociográfico entre as pessoas que se manifestam por meio virtual e as que o
fazem presencialmente.

Mesmo assim, quando se considera o total de sugestões para a cidade,


independentemente do bairro (comparação entre o Gráfico 13 e os Gráficos 23
a 26), evidencia-se clara convergência para uma maior demanda relacionada à
Mobilidade Urbana, principalmente quanto a “Vias”, notando-se que “Saúde”,
“Educação” e “Segurança” também se destacaram em ambos os meios de
participação utilizados.

RESUMO DA PARTICIPAÇÃO NAS CONSULTAS PÚBLICAS LDO/LOA/PPA

O processo de elaboração do Orçamento para o Ano Fiscal de 2014 (LDO e


LOA) e do Plano Plurianual para o quadriênio 2014-2017 (PPA) contou com
duas Etapas de Consultas Públicas, realizadas em cada uma das nove
Administrações Regionais da cidade:

• nove Consultas Públicas para a elaboração da proposta da Lei de


Diretrizes Orçamentárias (LDO), realizadas no período de 04 a 17 de
abril de 2013; e
• nove Consultas Públicas para a elaboração da proposta da Lei
Orçamentária Anual (LOA), realizadas no período de 01 a 18 de julho de
2013.

Como se pode observar na Figura 3, mais de 17 mil pessoas participaram


diretamente das Consultas, sendo mais de 6 mil presencialmente e quase 11
mil por meio virtual. Cerca de 300 pessoas fizeram uso da palavra nos eventos,
manifestando-se acerca de suas demandas, reivindicações e sugestões.
Ocorreram ainda mais de 200 mil acessos para acompanhamento das
Consultas pelas redes sociais. Por meio das Consultas, foram colhidas quase
15 mil sugestões, que subsidiaram a elaboração das Propostas Orçamentárias
36
e do Plano Plurianual. Além disso, cerca de 3,6 mil pessoas foram também
ouvidas em pesquisa realizada no primeiro semestre do ano, com a finalidade
de identificar as prioridades para investimento em seus respectivos bairros.

FIGURA 3 - PARTICIPAÇÃO NAS CONSULTAS PÚBLICAS

FONTES: SEPLAN e Sistema LDO/LOA/PPA 2013

É importante destacar também que muitas das pessoas que se fizeram


presentes às Consultas Públicas estavam representando Associações de
Moradores, Conselhos e outras entidades correlatas, como se pode inferir a
partir das perguntas apresentadas por escrito, discriminadas no Gráfico 1.

Essa forma coletiva de representação democrática permite concluir que o


número de cidadãos cujas demandas, reivindicações e sugestões foram
apresentadas à Administração Municipal por meio das Consultas Públicas é, na
realidade, muito superior ao apresentado na Figura 3 acima.

37
AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

Além das Consultas Públicas, foram realizadas ainda duas Audiências


Públicas, que tiveram a finalidade de apresentar aos cidadãos o resultado
consolidado em cada etapa desse processo:

• em 09 de maio de 2013, Audiência Pública para a apresentação da


proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias; e
• em 25 de setembro de 2013, Audiência Pública para a apresentação da
proposta da Lei Orçamentária Anual e do Plano Plurianual.

Por meio das Audiências Públicas, os cidadãos tiveram o feedback da


Administração Municipal em relação ao Planejamento Orçamentário, com as
explicações e esclarecimentos acerca das prioridades contempladas nas
propostas de LDO, LOA e PPA.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No modelo utilizado para as Consultas Públicas, os cidadãos puderam sugerir


ou fazer perguntas diretamente ao Prefeito ou aos Secretários Municipais.

O processo com a participação dos gestores e respectivas equipes técnicas


permitiu respostas rápidas aos questionamentos e sugestões dos cidadãos, o
que demonstra a seriedade na escuta da população e o compromisso na busca
de soluções para os problemas apontados.

A construção dos Programas do Plano de Governo também foi enriquecida


pela participação cidadã nas Consultas Públicas, tendo sido as sugestões e
demandas consideradas e, na medida da possibilidade e da viabilidade,
incorporadas ao PPA 2014-2017.

38
Anexo II - Programas Temáticos
ANEXO II – PROGRAMAS TEMÁTICOS

O Plano Plurianual PPA 2014-2017 está estruturado em quatro dimensões


estratégicas: Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Econômico,
Desenvolvimento Urbano e Ambiental e Governança Participativa, cada uma
delas composta de um conjunto de programas.

A seguir apresentam-se o detalhamento dos programas onde constam o órgão


gestor e os órgãos envolvidos na sua elaboração e cogestão, justificativa,
objetivo geral, objetivos específicos e principais iniciativas/produtos/estratégias.

Além disso, apresentam-se os indicadores que permitirão aos gestores e


cidadãos monitorar o desempenho dos programas, bem como os recursos
despendidos para a execução dos mesmos.

39
I. DIMENSÃO DESENVOLVIMENTO SOCIAL

0001 - PROGRAMA CURITIBA MAIS HUMANA

Órgão Gestor: Fundação de Ação Social – FAS

Órgãos Envolvidos: Fundação Cultural de Curitiba – FCC; Secretaria


Municipal da Educação – SME; Secretaria Municipal da Saúde – SMS;
Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência - SEPcD;
Secretaria Municipal do Abastecimento – SMAB, Secretaria Municipal do
Esporte, Lazer e Juventude – SMELJ; Secretaria Municipal Extraordinária da
Mulher – SMEM; Fundação Cultural de Curitiba – FCC; Secretaria Municipal de
Defesa Social – SMDS; Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego – SMTE;
Agência Curitiba de Desenvolvimento- ACD; Secretaria Extraordinária para
Assuntos Habitacionais- SEPHA e Companhia Municipal da Habitação –
COHAB.

1.1. Justificativa

A Constituição de 1988 define um novo pacto federativo na construção do


Estado Democrático de Direito, implicando o poder público e a sociedade no
desenvolvimento de políticas públicas, aliadas aos objetivos de justiça social.
Assim, a previsão de mecanismos de participação e de controle democrático,
redireciona as instituições públicas e privadas na construção de um sistema
universal de proteção social, na contramão de programáticas que reduzem o
papel estratégico do Estado.

A experiência brasileira por meio do desenvolvimento de políticas nacionais


planejadas e executadas com base na realidade local e regional tem
contribuído na construção de um padrão de Seguridade Social universal, num
processo de progressiva superação das desigualdades sociais, políticas,
econômicas, culturais e territoriais históricas.

A evolução do repasse de recursos federais para os municípios está associada


a programas governamentais estratégicos, notadamente o Brasil Sem Miséria,
o Viver Sem Limites e o Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas.
Nesse sentido, a construção de patamares superiores de desenvolvimento
social depende essencialmente de uma rede ampliada, descentralizada e
territorializada de serviços de proteção social, com promoção de direitos,
avançando na construção de pactos federativos.

40
A redução da pobreza está associada à transferência de renda condicionada,
além do desenvolvimento de serviços e políticas econômicas que fortaleçam e
desonerem o trabalho, que ampliem a capacidade de renda da população. A
complementação de renda condicionada, associada a outras políticas sociais,
possibilitou que 22 milhões de pessoas superassem a extrema pobreza no
período de janeiro de 2011 a março de 2013. São mais de 13 milhões de
famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa Família, com um investimento social
de mais de 23 bilhões de reais. No acesso ao Benefício de Prestação
Continuada são mais de 3.800 milhões de beneficiários, com um investimento
de R$ 27,4 bilhões em 2012. Em 2013 esse valor deve superou 31,4 bilhões.

Em Curitiba são 111.966 famílias cadastradas no CadÚnico, 35.575


beneficiárias do PBF em abril/ 2013, e 27.190 beneficiários do Benefício de
Prestação Continuada – BPC (sendo 11.537 pessoas com deficiência e 15.653
idosos) em jul/2013. A proteção social não contributiva tem possibilitado a
inserção de pessoas e famílias nos serviços socioassistenciais para o
desenvolvimento da capacidade protetiva, incidindo na prevenção de situações
de risco social e das possibilidade de autonomia e protagonismo social.

Os resultados da apuração do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal


(IDHM) do Brasil revelaram uma evolução positiva significativa se
compararmos os dados das últimas duas décadas, coincidindo com os novos
dispositivos democráticos e com os processos de constitucionalização e
regulação dos direitos. Nas últimas duas décadas o IDHM passou de 0,493, em
1991, para 0,727, em 2010, atingindo um alto desenvolvimento humano,
conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013. Ou seja, o
Brasil quase dobrou seu IDHM, atingindo um crescimento de 47,8%, uma vez
que em 1991, 85,5% das cidades brasileiras tinham IDHM considerado muito
baixo. No entanto, em 2010, o percentual caiu para 0,6%.

Curitiba ocupa a 10ª colocação em desenvolvimento humano com um índice de


0,823. Entretanto, residem no município 16.895 pessoas em extrema pobreza,
o que justifica a intensificação de estratégias de busca ativa, inclusão produtiva
e acesso aos serviços sociais nos territórios, especialmente os mais
vulneráveis, corrigindo disparidades provocadas pelo crescimento urbano
desordenado e pelas políticas econômicas que intensificaram fluxos migratórios
concentrados na região metropolitana.

Além da situação de pobreza e do baixo grau de desenvolvimento igualitário


dos territórios curitibanos, violações de direitos humanos desafiam o executivo
a enfrentar as diversas formas de violência e discriminação, por questões
étnico-raciais, de orientação sexual, identidade de gênero, faixa etária,

41
deficiência, uso de álcool e outras drogas, situação de rua, entre outros fatores.
Assim, as expressões de desigualdade e desvantagem social, econômica,
política e cultural fundamenta a adoção de políticas públicas de proteção social,
de recomposição de direitos violados de promoção de direitos que solidifiquem
um processo civilizatório democrático e emancipatório, marcado pelo respeito à
diversidade e ao pluralismo.

Constitui um desafio central do PPA, atendendo aos objetivos do milênio,


erradicar a extrema pobreza e garantir um conjunto de políticas articuladas
para o desenvolvimento dos territórios, assegurar o acesso a direitos sociais e
humanos e combater todas as formas de discriminação, alçando novos
patamares de civilidade.

A partir de diretivas e princípios Constitucionais como a descentralização


político-administrativa e a participação popular, uma das reformas recentes
mais importantes na esfera pública do Estado, na construção de um sistema
universal, redistributivo de renda e riqueza, foi à regulação e implantação do
Sistema Único de Assistência Social – SUAS. O direto à assistência social foi
assegurado na Constituição Federal de 1988 e regulamentado na Lei Orgânica
de Assistência social em 1993, e é orientado por diretrizes fundamentais como
a descentralização com participação popular, contribuindo no fortalecimento de
uma cultura democrática.

Desde sua instituição, o SUAS tem contribuído no desenvolvimento humano,


por meio da implantação de uma ampla rede socioassistencial. Entretanto, no
caso de Curitiba, é preciso adotar estratégias de gestão que resultem no
reordenamento de serviços, na integração de ações, na qualidade e efetividade
dos impactos sociais. As novas pactuações no âmbito do SUAS exigem o
aprimoramento da capacidade técnica e política de gestão, adotando-se
estratégias inovadoras e novos arranjos institucionais que adensem uma
governança democrática e contribua no desenvolvimento social.

1.2. Objetivo geral

Fortalecer políticas de proteção social e de promoção dos direitos humanos


visando à erradicação da extrema pobreza, à construção de relações
igualitárias e solidárias, e ao desenvolvimento social nos territórios de Curitiba.

42
Indicadores:
Referência
Unidade de
Indicadores
Medida Data Índice (V0)

Pessoas em situação de extrema


Pessoas Jul/2013 16.895
pobreza

Atendimentos às situações de
Atendimentos
direitos humanos violados 2012 61.309
realizados
identificados.

Recursos:

Tipo/Categoria Econômica Valor 2014 Valor 2015 - 2017


(R$) (R$)

Despesas Correntes 150.159.000 522.982.000

Despesas de Capital 3.588.000 12.993.000

Valores Globais do Programa 689.722.000

1.3. Objetivos específicos

• Implantar política de difusão de valores democráticos para um novo


pacto pelo desenvolvimento humano.

• Ampliar a capacidade de auferir renda e acesso ao mundo do trabalho


das famílias em situação de extrema pobreza no município de Curitiba.

• Expandir e qualificar os serviços a fim de garantir atendimento em


diferentes modalidades, adequando e aproximando a oferta das
demandas da população.

• Contribuir para o desenvolvimento social nos territórios, prioritariamente


os mais vulneráveis.

• Fortalecer ações em Rede relacionadas à criança e ao adolescente,


idoso, pessoa com deficiência, mulher, adolescentes em cumprimento
de medidas socioeducativas e pessoas e famílias em situação de
vulnerabilidade e risco social.

43
• Ampliar as ações desenvolvidas em âmbito municipal no escopo da
prevenção, atenção e reabilitação de usuários de álcool e drogas.

• Aprimorar a gestão da Assistência Social a partir da instituição de uma


Política Municipal de Assistência Social e das funções essenciais de
gestão do Sistema Único de Assistência Social - SUAS.

1.4. Principais iniciativas:


• Reduzir a extrema pobreza;
• Complementar a renda para famílias em situação de extrema pobreza;
• Priorizar o acesso aos serviços ofertados pelas políticas públicas para
famílias em situação de extrema pobreza;
• Viabilizar ações de mobilização e inserção no mundo do trabalho para
pessoas em situação de extrema pobreza;
• Viabilizar atendimento em segurança alimentar;
• Realizar campanhas, eventos e ações permanentes no âmbito dos
direitos humanos;
• Criar o Observatório de Direitos Humanos;
• Ampliar a rede de atendimento de forma integrada, visando o
desenvolvimento nos territórios;
• Descentralizar e reordenar os serviços;
• Promover e articular ações continuadas de prevenção do uso de drogas,
de forma a informar, desestimular o uso inicial, incentivar a diminuição
do consumo e diminuir os riscos e danos associados ao seu uso
indevido;
• Instituir Curitiba Cuida – rede de Prevenção e cuidado aos usuários de
álcool e drogas;
• Adaptar ônibus para acolhimento itinerante para usuários de drogas;
• Viabilizar a Casa da Mulher Brasileira;
• Promover a política voltada para a Mulher;
• Construir a República para População em situação de rua;
• Reformar e ampliar o Liceu temático CIC – Vila Nossa Senhora da Luz e
Bairro Novo - Mecânica - Vila Tecnológica;
• Construir o Liceu Vila Leão;
• Construir os Centros de Referência da Assistência Social - CRAS: Bairro
Alto, Iguape, Monteiro Lobato, Aurora/ Formosa, Cachoeira;

44
• Reformar e ampliar o Centro Pop Bairro Novo e CRAS Umbará e
Barigui;
• Construir o Centro de Referência Especializado da Assistência Social
(CREAS) Boa Vista;
• Aprimorar a gestão do Sistema Único de Assistência Social no município
para qualificar e adequar a oferta de serviços para a população em
situação de vulnerabilidade e risco social;

45
0002 - PROGRAMA CURITIBA MAIS SEGURA

Órgão Gestor: Secretaria Municipal da Defesa Social – SMDS

Órgãos Envolvidos: Secretaria Municipal da Saúde – SMS; Secretaria


Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência – SEPcD; Secretaria
Municipal da Educação – SME; Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e
Juventude – SMELJ; Secretaria Municipal Extraordinária da Mulher – SMEM;
Secretaria Municipal de Trânsito – SETRAN e Gabinete de Gestão Integrada
de Segurança Pública Municipal – GGI

2.1 Justificativa

Dados do Instituto Sangari/SIM/SVS/MS mostram que com 55,9 assassinatos


para cada grupo de 100 mil habitantes ao ano, Curitiba no ano 2010 era a
sexta capital mais violenta do Brasil. Uma década antes, Curitiba ocupava o
vigésimo lugar com 26,2 assassinatos para cada grupo de 100 mil habitantes.

Segundo as estatísticas, grande parte do crescimento da violência na Região


Metropolitana de Curitiba (RMC) e em Curitiba está vinculada as drogas como
tráfico, relação traficante/usuários, comércio, enfim, a dinâmica/economia que
gira em torno desse negócio, especialmente da cocaína e crack. Não se trata
apenas de uma questão de polícia, o tema requer uma atenção mais ampla da
sociedade (família, escola, mídia, instituições religiosas etc.) para com o
usuário tanto em ações de prevenção como no tratamento especializado.

2.2. Objetivo geral

Contribuir com ações de prevenção para a redução das taxas de violência e


criminalidade e para a prevenção e respostas às situações emergenciais em
defesa civil.

46
Indicadores:

Unidade de Referência
Indicadores
Medida Data Índice (V0)

Flagrantes
registrados 23,09
Índice de efetividade preventiva 2012
/Ordens de flagrantes/O.S.
Serviço

Pessoas 63,32
Índice de sensibilização em
sensibilizadas por 2012 pessoas/100.000
defesa civil
100.000 hab. hab.

Recursos:

Tipo/Categoria Econômica Valor 2014 Valor 2015 - 2017


(R$) (R$)

Despesas Correntes 113.443.000 413.564.000

Despesas de Capital 9.003.000 25.455.000

Valores Globais do Programa 561.465.000

2.3. Objetivos específicos

• Viabilizar ações de Enfrentamento à Violência;


• Promover a Gestão integrada das políticas públicas de segurança,
promovendo a articulação com a sociedade civil e com o Conselho
Municipal de Segurança;
• Implantar o Sistema Curitiba de Controle Operacional – SCCO;
• Viabilizar a Infraestrutura Urbana de Segurança Pública;
• Viabilizar Gestão de Recursos da Segurança Pública;
• Implementar ações de Defesa Civil.

47
2.4. Principais iniciativas:

• Construir Portais de Segurança da Guarda Municipal (monitoramento


de vias de entradas e saída do município);
• Implantar a Academia da Guarda e Implantação da Escola de
Formação e Capacitação da Guarda Municipal;
• Implantar módulos e serviços de proteção ao cidadão;
• Adquirir equipamentos para vídeo-monitoramento (CIMEC);
• Adquirir rastreadores para veículos;
• Ampliar vídeo-monitoramento móvel (SIM SEG);
• Adquirir veículos com tecnologia embarcada;
• Adquirir armas e equipamentos de segurança;
• Criar o Observatório de Segurança Pública;
• Realizar ações de Prevenção à Violência realizadas pela Guarda
Municipal junto à comunidade (Programa Teatro de Fantoches e
Guarda Mirim);
• Elaborar Plano Municipal de Enfrentamento à Violência contra a
Mulher e outros Grupos Vulneráveis;
• Adequar a legislação e fiscalização em Grandes Eventos;
• Elaborar o Plano Integrado das Políticas Públicas de Segurança
Municipal;
• Implantar o Sistema Curitiba de Controle Operacional – SCCO;
• Elaborar o Plano Municipal de Defesa Civil com definição de
protocolos.

48
0003 - PROGRAMA CURITIBA MAIS SAÚDE

Órgão Gestor: Secretaria Municipal da Saúde – SMS

Órgãos Envolvidos: Fundação de Ação Social – FAS; Secretaria Especial dos


Direitos da Pessoa com Deficiência – SEPcD; Secretaria Municipal do
Abastecimento – SMAB; Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude –
SMELJ; Secretaria Municipal Extraordinária da Mulher – SMEM; Secretaria
Municipal de Recursos Humanos – SMRH; Secretaria Municipal de Finanças –
SMF; Secretaria Municipal de Obras Públicas – SMOP; Instituto de Pesquisa e
Planejamento Urbano de Curitiba – IPPUC; Secretaria Municipal da Defesa
Social – SMDS; Secretaria Municipal do Meio Ambiente – SMMA; Secretaria
Municipal da Educação – SME; Secretaria Municipal de Administração –
SMAD.

3.1. Justificativa

A saúde é reconhecida pela Constituição Federal como um direito de


cidadania, sendo um dever do Estado, garantido por meio da oferta de ações e
serviços de saúde. Cabe ao Sistema Único de Saúde (SUS) organizar essas
ações e serviços de forma regionalizada e hierarquizada, priorizando as
atividades preventivas e de promoção da saúde, sem prejuízo dos serviços
assistenciais e da participação comunitária.

Mais de duas décadas após o início da implementação do SUS, avanços


significativos podem ser observados, tal como a ampliação do acesso da
população às ações e serviços públicos de saúde. A implementação de ações
estratégicas, a exemplo da Política Nacional de Imunização e da Estratégia de
Saúde da Família, resultou na melhoria da qualidade de vida da população
brasileira.

A saúde é um importante cenário para o desenvolvimento de políticas públicas.


Diversos marcos legais devem ser considerados quando da análise do contexto
de implementação dessas políticas, tais como as leis federais
regulamentadoras 8.080/1990 e a 8.142/1990, e a Emenda Constitucional
29/2000.

Em 2012, a Lei Complementar 141/2012 trouxe avanços ao cenário das


políticas públicas de saúde, ao definir e listar, para fins de execução

49
orçamentário-financeira, quais despesas podem ser consideradas como ações
e serviços públicos de saúde. Além disso, estabeleceu o mínimo de recursos,
provenientes de tributos específicos, a ser aplicados pelos entes da Federação
em ações e serviços públicos de saúde.

O SUS-Curitiba conta até setembro de 2013 com uma consolidada rede de


serviços de saúde: são 138 serviços próprios, divididos em 109 Unidades
Básicas de Saúde, oito Unidades de Pronto Atendimento, quatro Centros de
Especialidades Médicas, dois Centros de Especialidades Odontológicas, 12
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), dois Hospitais e um Laboratório de
Análises Clínicas. Somado a isso, de maneira complementar, a Secretaria
Municipal da Saúde (SMS) realiza contratos de prestação de serviços junto a
prestadores de serviços de saúde: clínicas especializadas, hospitais,
policlínicas e serviços de apoio diagnóstico e terapêutico.

Trata-se de uma complexa rede de serviços no contexto de uma capital de


Estado que possui gestão plena do sistema de saúde e que presta serviços em
todos os níveis de complexidade aos seus moradores e a cidadãos de outros
municípios, tendo em vista o grande acúmulo de tecnologias relacionadas à
saúde na cidade.

Entre os desafios apresentados atualmente estão a ampliação do acesso da


população aos serviços de saúde, a qualificação das ações desempenhadas e
a melhoria da integração do sistema de saúde junto à Região Metropolitana de
Curitiba (RMC).

Visando a melhorias no acesso à rede, a SMS objetiva ampliar o número de


Unidades Básicas de Saúde e adotar a Estratégia de Saúde da Família em
todo o município, de modo a aumentar significativamente a cobertura desse
modelo, que permite a qualificação do cuidado realizado a partir do
estreitamento da relação equipe-cidadão. Além disso, visa a aumentar o
número de ações ofertadas nas unidades de saúde e estender o horário de
funcionamento de parte destes serviços. Também será realizada a ampliação
do número de equipes de Núcleos de Apoio à Saúde da Família e de Atenção
Domiciliar, para dar suporte às equipes de Saúde da Família.

No Sistema de Urgência e Emergência, serão criadas duas novas Unidades de


Pronto Atendimento com funcionamento nas 24 horas de cada dia e nos sete
dias da semana para atender à população da região central e sul de Curitiba.
Já a atenção especializada ambulatorial e hospitalar passará por uma
adequação dos números, tipos, organização dos serviços e alinhamento às
políticas nacionais. A ampliação do número de serviços apresentados exigirá a

50
contratação de uma significativa parcela de servidores. No âmbito da Rede de
Atenção à Saúde Mental buscar-se-á ampliar e fortalecer o conjunto de
serviços que prestam atendimento ao público com sofrimento mental, inclusive
às pessoas com problemas relacionados ao abuso e álcool e outra drogas.

Deve-se ressaltar que as estratégias utilizadas pela SMS, no contexto de


implementação das políticas municipais de saúde, objetivam também a
integração regional do desenvolvimento dessa política, a partir da ampliação da
articulação da SMS junto à Secretaria de Estado da Saúde e às Secretarias de
Saúde dos municípios da Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

O Decreto Federal 7.508/2011 prevê a assinatura de Contratos Organizativos


de Ações Públicas da Saúde (COAP) nas regiões de saúde, como forma de
otimização das relações de prestação de serviços de saúde entre os
municípios que compõem as respectivas regiões.

Dado o contexto apresentado, a atual gestão da SMS elaborou o planejamento


das políticas municipais de saúde para o período de 2014 a 2017, de maneira
estratégica, tendo como foco a efetividade das ações a ser desempenhadas no
período. O citado planejamento é resultado de um processo de construção
participativa entre os gestores, trabalhadores e usuários do SUS-Curitiba, a
partir de diversos fóruns e espaços de trabalho propiciados visando a este
objetivo.

3.2. Objetivo geral

Ampliar o acesso, a qualidade e a resolutividade das ações e serviços de


saúde do Sistema Único de Saúde – SUS-Curitiba.

Indicadores:
Referência
Unidade de
Indicadores
Medida Data Índice (V0)

Cobertura populacional estimada


pelas equipes de Atenção % 2012 47,70
Básica.

51
Recursos:

Valor 2014 Valor 2015 - 2017


Tipo/Categoria Econômica
(R$) (R$)

Despesas Correntes 1.376.595.000 4.697.521.000

Despesas de Capital 41.762.000 49.130.000

Valores Globais do Programa 6.074.116.000

3.3. Objetivos específicos

• Organizar as redes de atenção à saúde com foco em acesso,


humanização, integralidade e resolutividade do cuidado;
• Organizar modelo de Vigilância em Saúde de maneira integrada à
Região Metropolitana, com foco na promoção da saúde e na redução de
riscos e agravos à saúde e à população, incorporando novas tecnologias
em saúde, valorizando práticas integrativas e qualificando a assistência
farmacêutica e laboratorial;
• Fortalecer a gestão participativa no SUS-Curitiba e qualificá-la sobre
infraestrutura e logística, fortalecendo a gestão orçamentária e financeira
exercida pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), buscando maior
eficiência e transparência do uso dos recursos. Estruturar e implementar
política de desenvolvimento de pessoas, fortalecendo a política de
integração Ensino-Serviço. Implementar as políticas de Comunicação e
Informação e de Informática da SMS.

3.4. Principais iniciativas:

• Construir o Hospital Norte;


• Implantar a Unidade de Pronto Atendimento - UPA Matriz;
• Construir a Unidade de Pronto Atendimento – UPA Tatuquara;
• Implantar o Instituto da Mulher;
• Construir 8 Unidades Básicas de Saúde;
• Reconstruir 4 Unidades Básicas de Saúde;
• Reformar 4 Unidades Básicas de Saúde;

52
• Implantar 4 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS);
• Construir 2 Unidades de Acolhimento Transitório (UA);
• Construir a sede própria da Central de Vacinas;
• Reformar 7 Unidades de Pronto Atendimento – UPA;
• Reconstruir a Unidade de Pronto Atendimento - UPA Pinheirinho;
• Implantar 3 Unidades Básicas de Saúde com funcionamento 24 horas
por dia, 7 dias por semana;
• Ampliar o horário de funcionamento de 9 Unidades Básicas de Saúde
até às 22h00;
• Implantar o Centro de Teleconsultoria;
• Ampliar o número de Equipes de Saúde da Família;
• Ampliaro número de Equipes de Apoio à Saúde da Família (NASF);
• Ampliar o número de Equipes de Saúde Bucal;
• Implantar Centros de Especialidades Odontológicas;
• Implantar nova Central de Regulação;
• Implantar Centros de Especialidades Médicas;
• Realizar consultas e exames especializados através de mutirões;
• Ampliar o número de leitos psiquiátricos em Hospital Geral;
• Implantar Residência Terapêutica de Alta Complexidade;
• Implantar residência terapêutica para moradores de Curitiba que estão
em situação de moradia em Casas de Custódia, e em situação de
cessação de periculosidade;
• Implantar Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde
(CIEVS) Municipal;
• Implantar Centro de Referência em Infectologia;
• Atualizar Código Sanitário Municipal;
• Implantar e manter Programas de Residência Médica e Multiprofissional.

53
0004 - PROGRAMA CURITIBA MAIS EDUCAÇÃO

Órgão Gestor: Secretaria Municipal da Educação – SME

Órgãos Envolvidos: Fundação Cultural de Curitiba – FCC, Fundação de Ação


Social – FAS, Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência –
SEPcD, Secretaria Municipal da Saúde – SMS; Secretaria Municipal do
Abastecimento – SMAB, Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude –
SMELJ; Secretaria Municipal Extraordinária da Mulher – SMEM; Secretaria
Municipal da Defesa Social – SMDS; Secretaria Municipal de Trânsito –
SETRAN e Secretaria Municipal do Meio Ambiente – SMMA.

4.1. Justificativa

A educação é um dos fatores determinantes da qualidade de vida da


população, com impacto evidente no trabalho, economia, pobreza, participação
política, índices de saúde, expectativa de vida, entre outros.

A política municipal de educação em Curitiba segue as diretrizes mundiais e


nacionais quanto à garantia do ensino de qualidade para toda a população,
implementada com base nos princípios norteadores propostos pela legislação
vigente e no Plano Nacional de Educação.

O principal objetivo da política educacional estabelecida para o plano de


governo do município de Curitiba trata da qualidade social da educação, por
meio do programa Curitiba Mais Educação, que prevê o desenvolvimento dos
projetos:

• Gestão educacional;
• Formação dos profissionais da educação;
• Prática pedagógica e prática avaliativa;
• Infraestrutura física, recursos humanos e recursos pedagógicos.

Historicamente, o acesso à educação ao Ensino Fundamental foi tema


prioritário (até os anos 1990). Hoje, com o acesso ao Ensino Fundamental
universalizado em Curitiba, outros desafios (legais e/ou pedagógicos) se
colocam na pauta das políticas públicas educacionais e para o programa
Curitiba Mais Educação:
54
• Busca da equidade entre as unidades educacionais que compõem a
Rede Municipal de Ensino - A qualidade na educação, que está para
além do acesso, passa a ser prioridade. Para tanto, faz-se necessária a
análise de fatores intervenientes para que a permanência do estudante
na escola e seu êxito sejam efetivos. Alguns desses fatores:
características de infraestrutura e recursos pedagógicos disponíveis,
projetos pedagógicos propostos, ações para formação inicial e
continuada dos professores, educadores e demais profissionais da
educação e ampliação de carga horária com a oferta de práticas
educativas em contraturno nas escolas;

• Expansão da oferta da Educação Infantil – O atendimento à legislação


que torna obrigatório o ensino a partir dos 4 anos de idade e a
ampliação da oferta de Educação Infantil, entendida como direito à
educação;

• Qualificação da prática pedagógica - Implantação do plano de formação


continuada para os profissionais da educação e criação de ações de
incentivo à pesquisa, ampliação de acesso à cultura e ao uso das
tecnologias de informação e comunicação na prática pedagógica;

• Qualificação da prática avaliativa – Implantação de um sistema próprio


de avaliação institucional e de avaliação do rendimento dos estudantes;

• Valorização dos profissionais da educação - Ampliação da hora atividade


para 33% da carga horária semanal para os professores e para os
educadores; análise e revisão do plano de carreira do magistério;
reformulação do plano de carreira dos educadores.

4.2. Objetivo geral

Incrementar a qualidade e a equidade da educação ofertada pelo município de


Curitiba.

55
Indicadores:
Unidade de Referência
Indicadores
Medida Data Índice (V0)

1. Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (IDEB) - Nota 2011 5.8
Rede municipal: Anos Iniciais

2. Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (IDEB) - Nota 2011 4.7
Rede municipal: Anos Finais
3. Número de escolas da RME
com baixa proficiência em
língua portuguesa no 5º ano do Escolas 2011 71
ensino fundamental na Prova
Brasil
4. Número de escolas da RME
com baixa proficiência em
língua portuguesa no 9º ano do Escolas 2011 10
ensino fundamental na Prova
Brasil.
5. Número de escolas da RME
com baixa proficiência em
matemática no 5º ano do Escolas 2011 82
ensino fundamental na Prova
Brasil.
6. Número de escolas da RME
com baixa proficiência em
matemática no 9º ano do Escolas 2011 7
ensino fundamental na Prova
Brasil.

Recursos:

Tipo/Categoria Econômica Valor 2014 Valor 2015 - 2017


(R$) (R$)

Despesas Correntes 1.121.611.000 4.351.224.000

Despesas de Capital 55.768.000 164.439.000

Valores Globais do Programa 5.693.042.000

56
4.3. Objetivos específicos

• Gestão Educacional: Fortalecer agestão democrática da educação


promovendo a articulação com a sociedade civil, com o Conselho
Municipal de Educação e com os conselhos dos CMEIs e das
escolas municipais;

• Formação dos profissionais da educação da RME: Promover a


valorização dos profissionais da educação por meio de uma política
de formação continuada, voltada ao desenvolvimento profissional e
pessoal, e ao aprimoramento da qualidade da educação;

• Prática pedagógica e prática avaliativa: Qualificar a prática


pedagógica e a prática avaliativa existentes na Rede Municipal de
Ensino com a instituição de procedimentos próprios de avaliação em
larga escala e de avaliação institucional e com a revisão das
diretrizes curriculares municipais (currículo municipal) para a
Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação Especial;

• Infraestrutura física, dos recursos humanos e recursos pedagógicos:


Promover as condições necessárias à ampliação, manutenção e
melhoria da infraestrutura, dos recursos humanos e dos recursos
pedagógicos disponíveis, com vistas à qualidade da educação
municipal.

4.4. Principais iniciativas

• Elevar o índice mínimo de 25% para 30% destinados à educação, até


2016;
• Reformar e ampliar 11 CMEIs;
• Construir CMAE – CIC;
• Reformar e melhorar unidades educacionais municipais;
• Construir 05 Escolas Municipais de tempo integral;
• Construir 26 Quadras Cobertas;
• Construir 35 CMEIS;
• Ampliar/reconstruir 04 Escolas Municipais – tempo integral;
• Implantar 11 Bibliotecas e 2 gibitecas;
• Construir o Plano Municipal da Educação a partir das discussões e
proposições da CONAE 2014 - Etapa municipal e do Fórum
Municipal da Educação de Curitiba;

57
• Implantar a hora permanência com carga horária semanal
correspondente a 33% para os professores e educadores,
estabelecendo o redimensionamento dos profissionais nas escolas
municipais e nos CMEIs;
• Implantar um sistema municipal de avaliação institucional e
avaliação da aprendizagem do estudante;
• Transformar as 3 escolas municipais especializadas em escolas de
educação básica na modalidade da educação especial;
• Revitalizar a Rede Municipal de Bibliotecas Escolares de Curitiba;
• Melhorar a acessibilidade arquitetônica das escolas municipais;
• Instituir programa de formação continuada aos 18 mil profissionais da
educação;
• Reestruturar o Sistema Integrado de Transporte para o Ensino
Especial – SITES;
• Implantar projeto de equidade para as escolas municipais;
• Efetivar ações voltadas à política da educação especial na
perspectiva da uma educação inclusiva;
• Efetivar política de Educação de Jovens, Adultos e Idosos que
resulte em ampliação no número de matrículas;
• Implementar o projeto “Sustentabilidade – mais tempo de vida”;
• Revisar a lei de eleição de diretores escolares.

58
0005 - PROGRAMA CURITIBA MAIS NUTRIÇÃO

Órgão Gestor: Secretaria Municipal do Abastecimento – SMAB

Órgãos Envolvidos: Secretaria Municipal da Educação – SME; Fundação de


Ação Social – FAS; Secretaria Municipal da Saúde – SMS e Secretaria
Municipal do Esporte, Lazer e Juventude – SMELJ

5.1. Justificativa

O Programa Curitiba Mais Nutrição está pautado no conceito contido na Lei


11.346/2006 - LOSAN - Lei Orgânica da Segurança Alimentar que cita a
Segurança Alimentar e Nutricional como a “realização do direito de todos ao
acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade
suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo
como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a
diversidade cultural e que seja ambiental, cultural, econômica e socialmente
sustentáveis”. Desde fevereiro de 2010, com a aprovação da Emenda
Constitucional nº 64, a alimentação foi incluída entre os direitos sociais da
Constituição Federal, devendo o poder público adotar políticas e ações que se
façam necessárias para promover e garantir o direito humano à alimentação
adequada e a segurança alimentar e nutricional da população que é condição
fundamental para a fruição de todos os outros direitos humanos.

A inexistência de uma Política Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional,


formalmente descrita, gera uma falta de coordenação e articulação das ações
de Segurança Alimentar e Nutricional – SAN, ocasionando possíveis
sobreposições, ineficiência das ações e desperdício dos escassos recursos
públicos. Daí a necessidade de ações intersetoriais coordenadas e articuladas,
utilizando os recursos existentes em cada setor de modo mais eficiente,
direcionando-os para as ações que obedeçam uma escala de prioridades
estabelecidas em conjunto. A implementação da Câmara Intersetorial de
Segurança Alimentar e Nutricional - CAISAN e a elaboração do Plano Municipal
de Segurança Alimentar e Nutricional - SAN será um importante passo em
direção ao trabalho conjunto e intersetorial.

O acesso aos alimentos pela população deve ser garantido tanto de forma
econômica como física. O alimento deve estar disponível para todos,
priorizando grupos de baixa renda, em situação de vulnerabilidade social,
vitimas de desastres naturais, e para os que necessitam de dieta especial
(diabéticos, celíacos, intolerantes à lactose, outros).

59
O comportamento alimentar dos indivíduos é determinado por vários fatores
como estilo de vida moderno, a urbanização e o apelo comercial e publicitário,
favorecendo a redução do consumo de alimentos mais naturais. A longo prazo
esta situação trará prejuízos para a saúde e qualidade de vida da população
sendo este um dos principais desafios dos gestores públicos. Um dos prejuízos
para população é a ocorrência de Doenças Crônicas não Transmissíveis
(DCNT), a principal causa de mortes no Brasil (72% do total de óbitos em
2011). Uma das causas dessas doenças é a alimentação inadequada,
associada ao sedentarismo, que são fatores responsáveis, pela epidemia de
sobrepeso e obesidade, pela elevada prevalência de hipertensão arterial e pelo
colesterol alto. As consequências de padrões de consumo de alimentos
inadequados são consideradas graves, pois o peso dos brasileiros vem
aumentando nos últimos anos. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares
– POF 2008/2009, o excesso de peso destaca-se na região sul (56,8% de
homens e 51,6% de mulheres), que também apresenta os maiores percentuais
de obesidade (15,9% de homens e 19,6% de mulheres).

No tocante ao mercado consumidor, constata-se uma série de deficiências,


além de uma desarticulação fortalecida pela disputa de interesses econômicos
de mercado. Tal realidade restringe o acesso à informação ao consumidor e
exerce pressões que dificultam o exercício da escolha consciente e
corresponsável dos produtos a serem consumidos. Curitiba, como principal
mercado consumidor do estado, insere-se como um agente potencializador e
indutor do desenvolvimento da produção sustentável de alimentos, sobretudo
no âmbito regional, face a sua maior interação com a RMC e beneficiário que é,
dos recursos naturais localizados nessas áreas, principalmente pela sua
dependência dos recursos hídricos para abastecimento de água. É o desafio do
gestor realizar a promoção do desenvolvimento regional, posicionando o
consumidor curitibano como um agente ativo e consciente do seu papel na
sustentabilidade. Neste contexto a SMAB através dos seus equipamentos de
feiras livres, orgânicas, mercados públicos pode articular e implementar
políticas para promoção da comercialização de alimentos oriundos de cadeias
produtivas sustentáveis.

5.2. Objetivo geral

Contribuir para a melhoria da situação de segurança alimentar e nutricional da


população mais vulnerável de Curitiba.

60
Indicadores:
Unidade de Referência
Indicadores
Medida Data Índice (V0)

1. Acesso a Frutas e Hortaliças -


FH por meio dos programas da
Toneladas 2012 43.585,71
Prefeitura Municipal de Curitiba.
(TONELADAS) -

2. Atendimentos realizados pelos


programas municipais
Atendimentos 2012 67.192.664
associados à Segurança
Alimentar e Nutricional.

Recursos:

Valor 2014 Valor 2015 - 2017


Tipo/Categoria Econômica
(R$) (R$)

Despesas Correntes 55.741.000 194.279.000

Despesas de Capital 2.327.000 13.170.000

Valores Globais do Programa 265.517.000

5.3. Objetivos específicos

• Aperfeiçoar a capacidade de gestão das ações de Segurança Alimentar


e Nutricional, atuando de forma intersetorial com o estabelecimento de
diretrizes e planos de forma compartilhada, permitindo um planejamento
sistêmico e organizado com a sociedade;
• Desenvolver uma agenda proativa e diversificada de ações de educação
alimentar e nutricional para a população, incentivando o auto cuidado e
autonomia para a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis e que
contribuam para a melhoria da qualidade de vida da população;
• Promover o acesso a alimentos de qualidade por meio da expansão dos
programas de SAN e criação de novas ações;
• Articular e implementar políticas para promoção da comercialização de
alimentos oriundos de cadeias produtivas sustentáveis.

61
5.4. Principais iniciativas:

• Implementar a Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e


Nutricional–CAISAN;
• Aderir ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional –
SISAN;
• Elaborar e implantar o Plano Municipal de Segurança Alimentar e
Nutricional;
• Realizar a Conferência Municipal de Segurança Alimentar e
Nutricional;
• Ampliar o número de participações nas atividades sistemáticas de
educação alimentar e nutricional ofertadas pela SMAB;
• Ampliar o número de ações de educação alimentar e nutricional
ofertadas pela SMAB;
• Ampliar do número de eventos/campanhas de Segurança Alimentar e
Nutricional e de promoção da alimentação saudável ofertados pela
SMAB;
• Estabelecer parceria com Instituições de Ensino Superior para
pesquisas em alimentação e nutrição;
• Realizar ações itinerantes de Educação Alimentar com unidades
móveis;
• Ampliar o número de pessoas beneficiadas nos Programas de
Agricultura Urbana;
• Ampliar a produção de alimentos (toneladas) nas áreas de plantio
cadastradas nos Programas de Agricultura Urbana;
• Ampliar o número de pontos de comercialização de Frutas e
Hortaliças com preços controlados pela SMAB;
• Reformar equipamentos da Rede Municipal de Abastecimento;
• Construir o Armazém da Família Jardim Gabineto;
• Reformar Armazéns da Família (Centenário e Bairro Alto);
• Adequar espaço para implantação do Restaurante Popular
Boqueirão.

62
0006 - PROGRAMA VIVA MAIS CURITIBA

Órgão Gestor: Fundação Cultural de Curitiba - FCC

Órgãos Envolvidos: Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude –


SMELJ; Secretaria Municipal Extraordinária da Copa do Mundo da FIFA 2014 e
Curitiba Turismo – Instituto Municipal de Turismo – CTUR.

6.1. Justificativa

As práticas culturais e esportivas e as atrações turísticas constituem


importantes agentes de mobilização social e identificação pessoal, capazes de
mediar à apropriação cidadã do lugar onde se mora ou vive, base para a
consolidação de uma prática comprometida com o bem estar da comunidade.

O tempo disponível para a coletividade parece cada vez mais escasso e em


que boa parte das pessoas prefere estar conectada ao mundo virtualmente,
configura um grande desafio para ações que tenham por objetivo mobilizar a
sociedade, mas, não o único. Ora, se é a população como um todo que se
pretende atingir, é preciso pensá-la integralmente, sem que nenhum de seus
estratos seja desconsiderado, o que implica garantir meios que permitam a
inclusão da pessoa com deficiência, como exemplo, e a oferta de ações
diversificadas capazes de atender a mais ampla demanda, ainda que alguns
grupos devam ser priorizados. Reconhecer tal demanda, por sua vez, exige a
escuta sensível da população a fim de, por um lado, identificar os seus anseios
e, por outro, descobrir e valorizar o que ela tem a oferecer.

A valorização da identidade local, no entanto, ganha proporções que


extrapolam os limites da comunidade se observada a sua relevância para a
elaboração de políticas públicas de cultura, esporte e lazer e para a indução do
turismo. É sob este prisma que essas áreas se aproximam, trazendo consigo o
cidadão curitibano, responsável por uma cidade que, embora sempre se
renove, guarda com orgulho a sua memória afetiva.

A articulação entre as diferentes instâncias da sociedade permite o


desenvolvimento de ações que proporcionam tanto uma melhor qualidade de
vida à população, quanto uma maior riqueza de experiências para o turista,

63
pois, uma cidade aprazível aos seus cidadãos será tanto mais atrativa aos
olhos externos.

6.2. Objetivo geral

Mobilizar os cidadãos para uma agenda proativa de ações e programação de


lazer, prática esportiva e atividade física, cultura e turismo, incentivando a
socialização e o fortalecimento de valores.

Indicadores:
Unidade de Referência
Indicadores
Medida Data Índice (V0)

Participações nas atividades


sistemáticas de esporte,
lazer, cultura e atividade Participações 2012 56% (1.000.000)
física ofertadas pela SMELJ
e pela FCC

Recursos:

Valor 2014 Valor 2015 - 2017


Tipo/Categoria Econômica
(R$) (R$)

Despesas Correntes 104.019.000 236.115.000

Despesas de Capital 3.741.000 21.499.000

Valores Globais do Programa 365.374.000

6.3. Objetivos específicos

• Ofertar uma agenda proativa e diversificada de ações e programação


de lazer, prática esportiva, atividade física e cultura, incentivando a
socialização, o fortalecimento de valores e a geração de fluxo
turístico, garantindo acessibilidade e acolhimento às pessoas com
deficiência e assegurar a ampla participação de cidadãos, sem
distinção de gênero, faixa etária, raça e etnia;
• Aperfeiçoar a capacidade de gestão, com o estabelecimento de
diretrizes e planos de forma compartilhada com a sociedade,

64
consolidando a participação popular na formulação, gestão e
avaliação das políticas públicas;
• Aperfeiçoar os mecanismos de fomento à cultura, à arte e ao esporte
de rendimento;
• Transformar Curitiba em destino referência no Turismo de Negócios
e Eventos, com a execução de políticas integradas com o trade
turístico e a inovação em produtos e equipamentos turísticos,
apresentados em um plano de divulgação para o Brasil e exterior;
• Articular, integrar e coordenar as políticas municipais e demais
instituições para a realização da Copa do Mundo 2014 em Curitiba,
viabilizando necessidades e oportunidades.

6.4. Principais iniciativas

• Implantar obras de infraestrutura e melhorias no município - COPA


2014;
• Reformar equipamentos culturais;
• Viabilizar a programação e calendário compartilhado para divulgação
o Viva Mais Curitiba;
• Promover a difusão cultural;
• Revisar a Lei Municipal de Incentivo a Cultura num processo
democrático e participativo, até 2015;
• Preservar, conservar e promover o acesso ao patrimônio cultural e
esportivo;
• Ampliar a ação educativa no tema Patrimônio Cultural;
• Regularizar e aprovar a Lei do Patrimônio Cultural de Curitiba;
• Implantar o Plano Municipal de Cultura;
• Realizar as Conferências Municipais de Cultura;
• Implantar o Sistema Municipal de Informações;
• Ampliar as parcerias no esporte, lazer e atividade física;
• Promover atividades sistemáticas de esporte, lazer e cultura;
• Promover atividades comunitárias de esporte, lazer e cultura
(voluntariado, Cultura Viva, torneios abertos, campeonatos de
corrida);
• Construir o Centro de Skatistas in door;
• Implantar e revitalizar equipamentos turísticos;
• Promover rotas gastronômicas e de compras;

65
• Promover Feiras de turismo, artes, artesanatos;
• Viabilizar o Plano de Marketing Turístico;
• Promover circuitos culturais temáticos.

66
0007 - PROGRAMA PORTAL DO FUTURO

Órgão Gestor: Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude - SMELJ

Órgãos Envolvidos: Agência Curitiba de Desenvolvimento – ACD; Fundação


Cultural de Curitiba – FCC; Fundação de Ação Social – FAS; Secretaria
Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência – SEPcD; Secretaria
Municipal da Defesa Social – SMDS; Secretaria Municipal da Educação – SME;
Secretaria Municipal da Saúde – SMS; Secretaria Municipal do Abastecimento
– SMAB; Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego - SMTE;Secretaria
Municipal Extraordinária da Mulher – SMEM; SecretariaMunicipal de
Administração – SMAD e Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de
Curitiba – IPPUC.

7.1. Justificativa

Na busca de oportunidades, promoção de direitos, fortalecimento das


trajetórias dos jovens e de transformação dos territórios, o conjunto de
atividades de intervenção deve fundamentar-se na convergência das ações da
Prefeitura Municipal de Curitiba (PMC), no estabelecimento de parcerias, no
fortalecimento do diálogo com os jovens, para que eles sejam os verdadeiros
protagonistas de uma construção coletiva que enalteça a sua imagem, seu
pertencimento e efetiva inclusão social.

Nesta trajetória, a qualidade de vida dos jovens perpassa pela atuação dos
mesmos, em ações de transformação e superação da banalização de todas as
formas de preconceito, discriminação e violência e pela reconfiguração dos
espaços de convivência, oportunizando a qualificação profissional, aumentando
o nível de escolarização articulado com atividades de ciência, esporte, arte,
cultura e de lazer.

7.2. Objetivo geral

Fortalecer as trajetórias dos jovens, na busca de melhor qualidade de vida para


que sejam os verdadeiros protagonistas de uma construção coletiva que
enalteça sua imagem, seu pertencimento e efetiva inclusão social.

67
Indicadores:

Unidade de
Indicadores Referência
Medida
Data Índice (V0)

Jovens com idade entre 15 e 24


anos formados/capacitados para
Pessoas 2013 0
atuar na sociedade como
protagonistas juvenis.

Recursos:

Valor 2014 Valor 2015 - 2017


Tipo/Categoria Econômica
(R$) (R$)

Despesas Correntes 27.126.000 94.118.000

Despesas de Capital 9.712.000 17.042.000

Valores Globais do Programa 147.998.000

7.3. Objetivos específicos

• Ofertar espaços destinados ao desenvolvimento integral de


adolescentes e jovens, possibilitando a produção e acesso aos bens
materiais e imateriais da cultura, arte, esporte, ciência, educação e
tecnologia que favoreçam ações de formação pessoal, profissional e
política;
• Interagir com o público jovem através da rede mundial de
computadores e possibilitar um sistema de informações sobre as
ações da juventude ao público em geral;
• Ofertar atividades de ciência, esporte, cultura e lazer, articuladas e
que possibilitem uma participação social plena, intervindo no
processo ocioso que direciona os jovens para as vivências de
situações violentas;
• Valorizar o Protagonismo juvenil.

68
7.4. Principais iniciativas

• Implantar 9 Centros Integradores do Portal do Futuro;


• Implantar o Portal do Futuro Virtual;
• Criar a Rede de Protagonistas Juvenis;
• Formar grupos de jovens protagonistas;
• Revisar a Lei que cria o Conselho Municipal da Juventude;
• Criar o Programa de Voluntariado Jovem;
• Criar projeto para inclusão de jovens com deficiência;
• Construir 5 pistas de skate nos espaços Portal do Futuro;
• Construir os Clubes da Gente Santa Felicidade e Boa Vista;
• Construir quadra poliesportiva –Tatuquara;
• Reformar o Centro de Esporte e Lazer Plínio Tourinho;
• Concluir o Centro Cultural CIC;
• Construir o Centro de Esporte e Lazer - CEL Uberaba;
• Concluir o Clube Gente Tatuquara.

69
II. DIMENSÃO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

0008 - PROGRAMA CURITIBA CRIATIVA

Órgão Gestor: Agência Curitiba de Desenvolvimento S/A - ACD

Órgãos Envolvidos: Curitiba Turismo – Instituto Municipal de Turismo –


CTUR; Fundação Cultural de Curitiba – FCC e Secretaria Municipal de
Administração – SMAD.

8.1. Justificativa

A cada ano, a criatividade e o capital intelectual movimentam cerca de US$ 3


trilhões em negócios e já são responsáveis por 10% da economia mundial.
Para ampliar sua participação neste novo mercado, Curitiba aposta na
economia criativa, com base em inovações contínuas para conduzir a cidade a
um modelo de desenvolvimento sustentável.

O principal objetivo do Programa Curitiba Criativa é fortalecer essa nova


economia e melhor distribuir pela cidade os benefícios gerados pelos
empreendedores criativos. O nicho econômico planejado tem como essência a
valorização da cultura, elemento presente nas 13 áreas de atuação:
arquitetura, publicidade, design, artes, antiguidades, artesanato, moda, cinema
e vídeo, televisão, editoração e publicações, artes cênicas e performáticas,
rádio e softwares de lazer e música, áreas estas em que a cidade já possui
certo destaque.

A estratégia municipal é a de transformar Curitiba em uma smart city


econômica que rompa com um modelo que tinha nos clusters, os aglomerados
empresariais, o centro da atividade econômica. Para que isso ocorra é
importante entender como se desenvolveram as recentes iniciativas inovadoras
que a municipalidade apoiou.

Nesse aspecto, o caso da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) merece destaque


pela sua diferença, devido ao fato de que, mesmo concentrando grandes
complexos industriais inseridos na economia tradicional, ainda assim, esse
cluster "ortodoxo" também deu sinais de flexibilidade quando, nos anos 1980, a
CIC teve influência do movimento tecnológico direcionado à matriz produtiva de
software, uma novidade para a época.

A busca pela inovação na cidade continuou quando, após a criação do Parque


de Software localizado na CIC - que atraiu indústrias do setor eletroeletrônico -,
seguiu-se o fortalecimento da ideia da criação do Parque Tecnológico, já
adotado por inúmeras cidades no mundo. Surgia então o Curitiba TecnoParque
na região do Prado Velho, Rebouças e Jardim Botânico e que buscava

70
promover a integração entre empresas, universidades e instituições de
desenvolvimento e pesquisa, estimulando o desenvolvimento de setores de alta
tecnologia na cidade, com ênfase na pesquisa e na inovação tecnológica. Ele
saiu do papel em 2007.

Com essa nova iniciativa, procurou-se ampliar as áreas para esta nova
indústria e fugir dos limites da CIC, o que foi estimulado por benefícios em
Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Sobre Serviços (ISS)
para fomentar o desenvolvimento de empresas de base tecnológica e
instituições de ciência e tecnologia e, assim, difundir a cultura de conhecimento
e inovação de setores estratégicos de alta tecnologia no Município de Curitiba.

Essa nova economia, baseada na criatividade e na inovação, necessita de


acesso à tecnologia digital para se desenvolver. Para suprir essa demanda que
será crescente, a aposta da municipalidade está na "cidade digital", que só vai
funcionar com a constituição de uma poderosa infraestrutura tecnológica
baseada em meios digitais de alta capacidade de transmissão de dados e que
tenha segurança e qualidade. Assim se constituirá numa porta de entrada e em
um elo da corrente para que Curitiba produza, ocupe e desenvolva seus
talentos sem barreiras físicas e geográficas e sem correr o risco de eles serem
levados para longe daqui.

Nosso grande desafio, portanto, será contribuir para transformar os talentos


criativos e inovadores curitibanos em empreendedores de sucesso, bem como
atrair novos negócios da economia criativa para a nossa cidade. E consolidar e
fazer crescer os empreendimentos existentes. De forma equilibrada e
sutentável.

8.2. Objetivo geral

Reposicionar Curitiba no patamar das principais cidades inovadoras e criativas,


desenvolvendo a economia verde e criativa, aproveitando melhor os recursos e
fomentando as competências e o empreendedorismo local. Tratar o
desenvolvimento econômico como instrumento de desenvolvimento humano,
por meio da promoção de práticas e modos de vida sustentáveis, da
capacitação dos agentes econômicos e, principalmente, da harmonia entre
crescimento econômico, equidade social e conservação do patrimônio natural.

71
Indicadores:
Unidade de Referência
Indicadores
Medida Data Índice (V0)

Estabelecimentos formais de
tecnologia instalados na
cidade
Número de
2012 7315
(Ampliar o número de empresas
estabelecimentos formais de
tecnologia instalados na
cidade em 10% até 2017)

Recursos:

Valor 2014 Valor 2015 - 2017


Tipo/Categoria Econômica
(R$) (R$)

Despesas Correntes 7.746.000 21.785.000

Despesas de Capital 2.018.000 2.093.000

Valores Globais do Programa 39.186.000

8.3. Objetivos específicos

• Fortalecer a imagem da cidade como ambiente favorável ao


desenvolvimento de negócios e ampliar as parcerias estratégicas
para fins de desenvolvimento econômico do Município;
• Fortalecer a base empresarial existente e estimular o
empreendedorismo a partir do uso de mecanismos de fomento e
apoio, orientando e auxiliando na formalização de
microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas e na
implantação de arranjos produtivos inovadores nos bairros,
promovendo ao mesmo tempo a descentralização das atividades
conforme a vocação de cada região da cidade com a oferta de
empregos localmente diversificada;
• Fomentar novas alternativas de desenvolvimento econômico para a
cidade, aproveitando os recursos, competências e empreendedores
locais, em parceria com o setor empresarial e governos Federal e
Estadual, com ênfase na economia verde e criativa, articulando
cadeias integradas com abrangência na formação, criação,
produção, distribuição, acesso e gestão do conhecimento;

72
• Fomentar novas alternativas de desenvolvimento econômico para a
cidade, aproveitando os recursos, competências e empreendedores
locais, em parceria com o setor empresarial e governos Federal e
Estadual, com ênfase na economia digital, criando mecanismos de
acesso e capacitando usuários para a formação de redes de
negócios, e-commerce e uso de ferramentas digitais;
• Fortalecer o sistema público de emprego, trabalho e renda e a
economia popular e solidária, facilitando a inserção da população no
mercado de trabalho, incluindo pessoas com deficiência e
promovendo a qualificação com vistas às novas ocupações
profissionais.

8.4. Principais iniciativas:


• Implantar Liceus Temáticos;
• Estruturar Espaços do Empreendedor em 09 locais;
• Viabilizar o Centro de Convenções de Curitiba;
• Implantar SINE Móvel;
• Fortalecer o sistema público de emprego;
• Promover Fórum Municipal de Qualificação;
• Implantar em parceria postos de atendimento ao trabalhador;
• Incentivos Fiscais e Empresariais;
• Incentivos Tributários e Fomento para a Economia Verde e Economia
Criativa;
• Revisar e adequar os instrumentos fiscais utilizados como incentivos
empresariais no município (ISS, IPTU, ITBI);
• Viabilizar a regularização fundiária da Cidade Industrial de Curitiba;
• Implantar Laboratório de Tecnologia e Cultura e de Centro de
Economia Criativa;
• Implantar o Centro de Prospecção, Articulação e Pesquisas
Tecnológicas Avançadas para a Sustentabilidade e Economia Verde;
• Implantar o Programa Mulher Empreendedora;
• Implantar Ruas Digitais;
• Implantar a Rede Urbana Digital;
• Elaborar Plano de Divulgação de Curitiba como ambiente de
negócios;
• Implantar a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas no Município;
• Criar um portal de negócios e de investimentos empresariais;
• Implantar o Observatório das Profissões do Futuro.
73
III. DIMENSÃO DESENVOLVIMENTO URBANO E AMBIENTAL

0009 - PROGRAMA CURITIBA METRÓPOLE

Órgão Gestor: Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba –


IPPUC.

Órgãos Envolvidos: Companhia de Habitação Popular de Curitiba – COHAB;


Secretaria Municipal de Assuntos Metropolitanos – SMAM; Secretaria Municipal
do Meio Ambiente – SMMA; Secretaria Municipal do Urbanismo – SMU e
Urbanização deCuritiba S. A. – URBS.

9.1. Justificativa

A Região Metropolitana de Curitiba tem hoje um crescimento aproximado de


1,25% a.a. e Curitiba, 0,99% a.a. O crescimento registrado nas últimas
décadas, no entanto, provocou o extravasamento de Curitiba sobre o Núcleo
Urbano Central da Região Metropolitana de Curitiba - NUC. Muitas dessas
cidades, como Fazenda Rio Grande, Colombo, Almirante Tamandaré e Pinhais
funcionam fortemente como cidades-dormitórios, pressionando Curitiba nas
áreas de transporte, educação, saúde e trabalho. Pressão esta que ocorre
também nos municípios de Araucária e São José dos Pinhais.

Boa parte dos municípios do Núcleo Urbano Central (NUC) está conurbada
com Curitiba. Não há, no entanto, projetos de compatibilização dos
zoneamentos e dos usos do solo. Não há compatibilização, tampouco, do
planejamento de trabalho, de meio ambiente, de lazer, educação, etc.

9.2. Objetivo geral

Melhorar a qualidade do espaço urbano com um planejamento articulado com a


Metrópole.

Indicadores:
Unidade Referência
Indicadores de
Medida Data Índice (V0)

Índice de Desenvolvimento de % 2009 63,16%


Curitiba (IDC)

74
Recursos:

Valor 2014 Valor 2015 - 2017


Tipo/Categoria Econômica
(R$) (R$)

Despesas Correntes 32.009.000 120.923.000

Despesas de Capital 121.149.000 159.665.000

Valores Globais do Programa 433.746.000

9.3. Objetivos específicos

• Promover o Planejamento Urbano Municipal e Metropolitano;


• Garantir o Uso e Ocupação do Solo conforme legislação;
• Garantir a Habitação de Interesse Social.

9.4. Principais iniciativas

• Viabilizar a regularização fundiária e urbanização de 10.000


atendimentos;
• Construir 12.000 unidades habitacionais com ações de
desenvolvimento social e recuperação ambiental;
• Promover ações de comemorações dos 50 anos do IPPUC;
• Revisar Plano Diretor de Curitiba;
• Atualizar a Legislação e Parcelamento do Solo;
• Implementar o Plano Municipal de Desenvolvimento Urbano
Sustentável;
• Revisar os Planos Setoriais e Regionais;
• Revisar o Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo;
• Regularizar novos instrumentos de política urbana;
• Implementar o Programa Pedagogia Urbana;
• Viabilizar a nova política de resíduos sólidos para a Região
Metropolitana de Curitiba;
• Viabilizar Convênios e Consórcios Metropolitanos;
• Viabilizar convênio para monitoramento da qualidade do ar, sonoro e
arqueológico;

75
• Implantar Sistema Georeferenciado de Informações Metropolitanas;
• Implantar o Museu do Urbanismo – Escola do Urbanismo.

76
0010 - PROGRAMA MOBILIDADE URBANA INTEGRADA

Órgão Gestor: Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba –


IPPUC.

Órgãos Envolvidos: Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com


Deficiência – SEPcD; Secretaria Municipal de Trânsito – SETRAN; Secretaria
do Governo Municipal – SGM; Secretaria Municipal de Assuntos Metropolitanos
– SMAM, Secretaria Municipal de Obras Públicas – SMOP e Urbanização de
Curitiba S. A. – URBS.

10.1. Justificativa

O crescimento da cidade ao longo das últimas décadas e seu extravasamento


sobre o Núcleo Urbano Central da Região Metropolitana de Curitiba - NUC –
tem exigido, da cidade-polo, planejamento e ação integrados, na priorização do
transporte coletivo e dos transportes não motorizados, para a Região
Metropolitana de Curitiba - RMC, com a implantação de políticas sustentáveis
de acessibilidade e circulação de pessoas e bens. A cidade polo deve
desenvolver uma dinâmica de vida urbana na cidade e propor ações para a
RMC, que impactem diretamente na redução dos deslocamentos urbanos para
as atividades de trabalhar, habitar, recrear-se e circular.

A política de mobilidade urbana sustentável deve ter como finalidade


“proporcionar o acesso amplo e democrático ao espaço urbano, priorizando os
modos de transporte coletivo e os não-motorizados, de forma segura,
socialmente inclusiva e sustentável”- (Secretaria Nacional de Transporte e da
Mobilidade Urbana – SeMob).

O problema de mobilidade na Região Metropolitana se deve a alguns fatores,


prioritariamente:

1. Concentração do trabalho na cidade polo e em outras duas cidades


metropolitanas (Araucária e São José dos Pinhais);
2. Existência de tarifa única independentemente da distância percorrida,
levando à exaustão do modelo de subsídio interno (os trajetos mais
curtos pagam os mais longos);
3. Pouca oferta de ciclovias e localização inadequada para servir aos
diferentes deslocamentos diários;
4. Malha de calçadas insuficiente e/ou em condições precárias;
5. Inexistência de normas eficientes para o deslocamento de mercadorias.

77
10.2. Objetivo geral

Garantir mobilidade urbana e metropolitana de qualidade na cidade priorizando


o transporte coletivo, com a integração de todos os modais de transporte, de
modo a enfrentar conjuntamente as causas e os efeitos do desenvolvimento
urbano no trânsito e no transporte urbano de passageiros e mercadorias.
Promover uma mobilidade segura e com educação para o trânsito.

Indicadores:
Unidade de Referência
Indicadores
Medida Data Índice (V0)
Índice de Mobilidade Urbana e % 2010 60,4%
Transporte Integrado

Recursos:
Valor 2014 Valor 2015-2017
Tipo/Categoria Econômica
(R$) (R$)
Orçamentário 1.841.659.000 6.500.807.000
Despesas Correntes 1.193.576.000 4.037.794.000
Despesas de Capital 648.083.000 2.463.013.000
Não Orçamentário 95.240.000 1.096.944.000
Valores Globais do Programa 9.534.650.000

10.3. Objetivos específicos

• Melhorar a fluidez no trânsito atuando nos gargalos do trânsito de


maneira a racionalizar caminhos, deslocamentos e criar conforto aos
usuários, através de mecanismos efetivos de melhoria contínua;
• Manter e melhorar a infraestrutura viária (malha viária, sinalização,
iluminação, viadutos, pontes e trincheiras);
• Aperfeiçoar e modernizar a infraestrutura viária da cidade (malha
viária, sinalização, iluminação, vias);
• Aumentar a capacidade de tráfego de vias existentes, prevendo-se
sua integração ao uso do solo e transporte público;
• Requalificar o espaço viário público, melhorando a acessibilidade e a
segurança dos transeuntes;

78
• Completar e integrar a Linha Verde com novas trincheiras, viadutos e
passarelas e principalmente com o transporte coletivo;
• Garantir a implantação do desenho universal dos meios de
transporte, edificações, espaços públicos e vias de circulação;
• Garantir e melhorar a atratividade, regularidade e acessibilidade do
transporte coletivo;
• Repensar os deslocamentos dos usuários nos sistemas de transporte
coletivo urbano e metropolitano, buscando alternativas mais rápidas,
econômicas e sustentáveis;
• Adequar e expandir as diretrizes em relação ao transporte comercial;
• Propor a melhoria da funcionalidade dos serviços táxi, transporte
escolar e fretamento, com a adequação/revisão das legislações,
possibilitando a ampliação das frotas e a melhoria nos serviços
prestados;
• Aumentar a segurança no trânsito por meiode ações educativas de
prevenção e de fiscalização;
• Melhorar a infraestrutura de áreas preferenciais de mobilidade não
motorizada.

10.4. Principais iniciativas

• Implantar iluminação pública e iluminação decorativa;


• Implantar a manutenção da malha viária (distritos);
• Implantar e renovar a pavimentação 400 km – alternativa e definitivo;
• Viabilizar a manutenção de obras de arte;
• Implantar o Plano Estratégico de Calçadas em parceria com a
comunidade (calçadas novas e recuperação de calçadas existentes);
• Aquisição de software para o Sistema de Monitoramento e Informações
de Trânsito;
• Executar obras de circulação em vias do Município (alças da trincheira
Ceasa, desapropriação alças e de outras vias de circulação);
• Implantar Binários, Trinários, Terceiro Anel, Ligações Metropolitanas;
• Revitalizar do Contorno Sul;
• Implantar obras de infraestrutura e melhorias no Município - COPA 2014;
• Revitalizar vias com pavimentação definitiva;
• Concluir o Corredor Aeroporto - Rodoferroviária;
• Concluir o Corredor Marechal Floriano;
• Concluir a implantação da Linha Verde;

79
• Concluir a reforma da Rodoferroviária e acessos;
• SIM-CCO Complementação Equipamentos - compra e instalação
• Viabilizar o subsidio permanente da tarifa mantendo sua modicidade;
• Bilhetagem Eletrônica;
• Ampliar, relocar e implantar Estações Tubo;
• Concluir a reforma e ampliação do Terminal Santa Cândida;
• Construir e revitalizar 10 Terminais;
• Ampliação e reforma de terminais;
• Implantar FAIXAS EXCLUSIVAS para ônibus;
• Requalificar Terminal Guadalupe e Anel Metropolitano;
• Ampliar a Integração Metropolitana– RIT;
• Estudo de novos modais e alternativas de deslocamento e de
segregação;
• Implantação do METRÔ;
• Viabilizar Plano de melhoria na fluidez do trânsito - Inovação tecnológica;
• Viabilizar Plano gestor de sinalização - viária e semafórica;
• Promover ações de Educação para o Trânsito;
• Implementar as ações previstas no Projeto Vida no Trânsito;
• Viabilizar o Plano Estratégico de Acessibilidade;
• Implantar Calçadões nas regionais;
• Construir de ciclovias, ciclorrotas e ciclofaixas - 300 km;
• Viabilizar a infraestrutura de apoio às bicicletas (bicicletários – estações-
paraciclos);
• Rever o Plano Diretor Cicloviário;
• Aumentar a capacidade do BRT;
• Ampliar a capacidade da Linha Inter 2.

80
0011 - PROGRAMA CURITIBA MAIS VERDE

Órgão Gestor: Secretaria Municipal do Meio Ambiente – SMMA

Órgãos Envolvidos: Companhia de Habitação Popular de Curitiba – COHAB;


Secretaria do Governo Municipal – SGM; Secretaria Municipal de Assuntos
Metropolitanos – SMAM; Secretaria Municipal da Defesa Social – SMDS;
Secretaria Municipal de Obras Públicas – SMOP e Secretaria Municipal da
Saúde – SMS.

11.1. Justificativa

O crescimento da cidade submete os recursos naturais a graves pressões e a


capacidade de proteção ambiental fica comprometida. Curitiba, com seus 432
km² de território e uma população de quase 1.800.000 habitantes, submete
suas cinco sub-bacias hidrográficas e a cobertura florestal remanescente, da
ordem de 17% do município a um processo continuo de degradação e
exposição da população mais carente a eventos catastróficos como
alagamentos, vendavais, deslizamentos e vazamentos de substâncias
perigosas, o que confere um sentimento de insegurança. As perdas de vidas e
de patrimônio e a pressão sobre os recursos públicos justificam a adoção de
medidas de redução dos riscos. Estes podem ser diminuídos pelas ações de
controle ambiental exercidas pelo poder público e pela participação da
sociedade civil.

11.2. Objetivo geral

Promover o desenvolvimento sustentável, incentivando a inclusão social e


associado à manutenção do meio ambiente equilibrado. Bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, o meio ambiente impõe, ao poder
público e à coletividade, o dever de defendê-lo, preservá-lo e recuperá-lo.

81
Indicadores:
Referência
Unidade
Indicadores de
Medida Data Índice (V0)
1. Cobertura florestal - % do
território coberto por % 2010 23,52%
floresta
2. Concentração de poluentes Dias =
no ar - dias dos ano com 2012 358 dias sem infração
unidade
qualidade do ar adequada
3. Lixo reciclável em relação
ao total do lixo coletado-
Porcentagem de resíduos
sólidos urbanos na cidade % 2012 22,36%
que são classificados,
separados e destinados
para reuso ou reciclagem
4. Qualidade da água dos rios
monitorados em Curitiba – Ligações 2013 80.000
Identificação de Ligações
irregulares de esgoto

Recursos:

Tipo/Categoria Econômica Valor 2014 Valor 2015 - 2017


(R$) (R$)

Despesas Correntes 337.695.000 1.205.167.000

Despesas de Capital 323.883.000 569.165.000

Valores Globais do Programa 2.435.910.000

11.3. Objetivos específicos

• Promover o controle ambiental e a recuperação, conservação e


monitoramento do patrimônio natural;
• Recuperar, conservar e monitorar o patrimônio ambiental;
• Viabilizar a manutenção dos equipamentos públicos e melhoria dos
serviços da SMMA;
• Viabilizar incentivos a construções sustentáveis, ao consumo racional
de energias, e uso de energias renováveis, e o uso de ocupação do
solo;

82
• Identificar as fragilidades do sistema municipal de alerta e resposta a
desastres;
• Implantar uma política pública de controle ético de populações de
animais urbanos, por meio de programas permanentes, massivos e
continuados de castração (esterilização cirúrgica) de cães e gatos;
• Viabilizar ações de Educação para a Sustentabilidade.

11.4. Principais iniciativas

• Implantar a Política Municipal de Gestão Ambiental Sustentável;


• Implementar o Programa de medição e divulgação de qualidade do
ar;

• Aperfeiçoar e atualizar a legislação municipal ambiental;


• Incrementar o Programa de Despoluição Hídrica;
• Revitalizar a Bacia do Rio Barigui – Implantação dos Parques Rio
Bonito e Rua Paulo Roberto Biscaia e conclusão dos Parques
Guairacá e Ananai;

• Revitalizar a Bacia do Rio Barigui - ações de desenvolvimento


ambiental - PDH, Olho D'água;
• Realizar obras de drenagem de Bacias Hidrográficas;
• Executar obras de drenagem e de prevenção de riscos naturais -
Bacias Iguaçu, Atuba, Belém, Barigui e Ribeirão dos Padilhas;
• Implantar obras de revitalização do Parque dos Tropeiros;
• Implantar obras de revitalização do Parque Tingui;
• Implantar o Parque Campo do Santana;
• Implantar o Parque Vista Alegre;
• Revitalizar o Jardim Botânico;
• Revitalizar o Zoológico;
• Revitalizar o Passeio Público;
• Concluir o Parque da Imigração Japonesa;
• Viabilizar melhorias no sistema de tratamento de resíduos do aterro
da Caximba (drenagem e vala séptica);

• Implantar os Centros (Estações) de Sustentabilidade;

83
• Reformar os Cemitérios Água Verde, Boqueirão, Santa Cândida e
São Francisco de Paula;

• Implantar o Cemitério Zona Sul;

• Realizar obras de saneamento;

• Revitalizar o Horto da Barreirinha;


• Implementar Política Municipal de Defesa Animal;
• Monitorar a Fauna e Flora;
• Viabilizar a Gestão de Riscos e Desastres Naturais;
• Implantar o Programa Vila Sustentável;

• Implantar o Programa Metropolitano da Conservação da


Biodiversidade.

84
IV. DIMENSÃO GOVERNANÇA PARTICIPATIVA

0012 - PROGRAMA CURITIBA PARTICIPATIVA

Órgão Gestor: Instituto Municipal de Administração Pública – IMAP

Órgãos Envolvidos: Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão –


SEPLAN; Secretaria Municipal de Administração – SMAD; Secretaria do
Governo Municipal – SGM; Secretaria Municipal de Finanças – SMF; Secretaria
Municipal de Recursos Humanos – SMRH; Procuradoria Geral do Município –
PGM; Secretaria Municipal Extraordinária de Relações com a Comunidade –
SERCOM; Secretaria Municipal Comunicação Social – SMCS; Instituto de
Previdência dos Servidores do Município de Curitiba – IPMC; Instituto Curitiba
de Saúde – ICS e Secretaria Municipal Extraordinária de Relações
Institucionais – SERIN.

12.1. Justificativa

Curitiba sempre foi reconhecida como uma cidade inovadora, com soluções
criativas para resolver seus problemas e que sempre propiciou à população
uma boa qualidade de vida. Entretanto, a cidade cresceu. Hoje é uma
metrópole com um conjunto complexo de problemas que envolvem grandes
desafios econômicos e sociais, onde cada vez mais o cidadão espera da
administração municipal, respostas mais rápidas e efetivas. Isso requer
participação cidadã.

Na capital paranaense, os mecanismos de participação vêm sendo


operacionalizados por meio de audiências e de consultas públicas, das
solitações diretas às Administrações Regionais, do Serviço 156, das redes
sociais, da formação de conselhos e da realização de fóruns e conferências,
entre outros, porém, observa-se que essa participação nem sempre ocorre com
envolvimento e empoderamento da comunidade, na seleção de temas de seu
interesse e coparticipação na gestão das politicas públicas instaladas.

Esse programa visa ampliar essa participação e aprofundar a ideia de


empoderamento, na perspectiva de que as pessoas são portadoras de
capacidades com o poder de mudar sua realidade, definindo os rumos do
desenvolvimento de suas vidas e de sua cidade.

O Programa Curitiba Participativa pretende inovar nessa relação que envolve o


poder público e a sociedade, tendo como eixo principal, a ampliação das

85
formas de participação e dando um salto qualitativo quando estabelece outra
postura na relação Administração Pública e Cidadão.

Na perspectiva de aproximação entrepoder público e população, os processos


de trabalho precisam ser revistos para aperfeiçoar fluxos, dando destaque a
uma efetiva atuação intersetorial voltada à solução de temas transversais. Isso
requer o comprometimento de gestores e servidores na qualificação do gasto e
no aperfeiçoamento dos procedimentos de decisão e de divulgação de
resultados, num ambiente de transparência.

Ainda na busca pela qualidade, os servidores precisam ser estimulados a


inovar e a adotar atitudes que realmente resultem em qualidade na prestação
de serviços públicos.

Permeando o conjunto de iniciativas inovadoras, a tecnologia disponibilizada na


administração municipal deve ser modernizada, de forma que agregue
inteligência à gestão no sentido de auxiliar na tomada de decisão e não
meramente para controlar procedimentos.

A dimensão do processo democrático aumenta na medida em que a


participação cidadã favorece a ampliação do conhecimento em torno de
normas e decisões político-administrativas, estimulando a resolução de
problemas em conjunto, mediante acordos mútuos baseados numa relação de
credibilidade e confiança.

Diante deste cenário, a intervenção sobre o problema se justifica uma vez que
se deseja uma cidade com uma democracia participativa e com qualidade na
administração pública, onde a população seja corresponsável pela formulação
e implementação das políticas públicas, para alcançar a eficiência e a eficácia
desejáveis. A meta é ultrapassar as velhas disfunções burocráticas para chegar
a uma administração pública moderna, aberta e transparente, que estimule a
participação deliberativa de seus vários parceiros, a começar pelos cidadãos e
pelos servidores públicos. Entre as estratégias possíveis para o
desenvolvimento do programa, apresentam-se como imprescindíveis as
premissas da Administração Deliberativa e uma efetiva atuação intersetorial,
com foco na transversalidade.

12.2. Objetivo geral

Aperfeiçoar a capacidade de atendimento às demandas da população e os


canais de comunicação com a sociedade.

86
Indicadores:

Unidade de Referência
Indicadores
Medida
Data Índice (V0)
1. Índice de engajamento e Pontos 2013 1,18
participação cidadã
2. Índice de satisfação do Ponto 2011 0,71
servidor

3. Índice de demanda do 156 Pontos 2012 66

Recursos:

Tipo/Categoria Econômica Valor 2014 Valor 2015 - 2017


(R$) (R$)

Despesas Correntes 1.374.929.000 4.952.883.000

Despesas de Capital 17.994.000 43.240.000

Valores Globais do Programa 6.407.040.000

12.3. Objetivos específicos

• Promover o aperfeiçoamento das estruturas e funcionamento dos


órgãos/entidades da PMC, com vistas à agilidade e flexibilidade das
ações da Administração Municipal numa perspectiva de atuação
intersetorial;
• Fortalecer e valorizar o papel do servidor público municipal,
oportunizando melhoria de suas condições de vida e de trabalho;
• Promover o alinhamento das diretrizes de governo com uma agenda
estratégica junto a todos os órgãos e que contemple a
implementação e a avaliação do Plano de Governo;
• Aperfeiçoar a gestão financeira, tributária, da dívida ativa e do gasto
público do município de Curitiba;
• Implantar uma efetiva governança de TI no município e disponibilizar
ao cidadão o acesso à informação e a serviços de qualidade;

87
• Realizar a gestão da informação integrando as demandas oriundas
dos diversos pontos de contato com o cidadão para a efetividade das
respostas;
• Ampliar a participação popular efetiva na formulação e no
acompanhamento das políticas públicas;
• Padronizar a divulgação das políticas públicas municipais aos
cidadãos, com uniformidade de direcionamento de comunicação,
promovendo ações de caráter preventivo e educativo;
• Articular relações políticas e institucionais nas diferentes esferas de
governo e sociedade civil organizada, para fortalecer e integrar
órgãos públicos e privados, além de promover parcerias, entre eles.

12.4. Principais iniciativas

• Construir a Rua da Cidadania Cajuru;


• Construir a Rua da Cidadania Tatuquara;
• Implantar as Subprefeituras;
• Requalificar as Ruas da Cidadania - obras de reforma;
• Reformar e adaptações em próprios municipais;
• Contratar 3.600 novos servidores públicos;
• Criar a carreira do gestor público;
• Viabilizar o Plano de Capacitação dos Servidores;
• Aperfeiçoar o sistema previdenciário;
• Viabilizar o Plano de Prevenção à Saúde do Servidor;
• Viabilizar a programação pública de investimentos;
• Aperfeiçoar a Gestão de Compras;
• Revisar o Código Tributário Municipal;
• Atualizar cadastro mobiliário e imobiliário (contribuintes, atividades e
físico);
• Atualizar plantas de valores ITBI/IPTU;
• Atualizar e implantar ativos de rede, sistemas e equipamentos de
informática - Administração eletrônica / Governo eletrônico;
• Viabilizar Projeto Cidade Inteligente/Governo Eletrônico;
• Divulgar campanhas informativas e educativas de utilidade pública;
• Viabilizar o Sistema de Gestão das demandas da população;
• Implantar o Sistema Municipal de Defesa do Consumidor –
PROCON;

88
• Fortalecer os Conselhos Municipais de Políticas Públicas;
• Revitalizar o Palácio 29 de Março;
• Implantar o Programa de Modernização da Administração Pública e
Tributária – PMAT;
• Implantar a Regional do Tatuquara.

89
Anexo III - Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado
ANEXO III

I. PROGRAMAS DE GESTÃO, MANUTENÇÃO E SERVIÇOS AO ESTADO

Os Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado contemplam


despesas destinadas ao apoio e à manutenção da ação governamental ou,
ainda, àquelas não tratadas nos Programas Temáticos.

0013 - PROGRAMA LEGISLATIVO MUNICIPAL

Órgão Gestor: Câmara Municipal

Objetivo geral: Legislar sobre matérias de competência do Município, apreciar


proposições em geral, apurar fatos determinados, exercer sua atribuição de
fiscalização e controle dos atos do Poder Executivo e desempenhar as demais
prerrogativas constitucionais legais e regimentais do órgão.

Indicadores: Proposições apreciadas.

Recursos:

Valor 2015 - 2017


Tipo/Categoria Econômica Valor 2014 (R$)
(R$)

Despesas Correntes 130.441.000 508.534.000

Despesas de Capital 3.470.000 7.300.000

133.911.000 515.834.000
Valores Globais do
Programa
649.745.000

90
0000 - PROGRAMA DE OPERAÇÕES ESPECIAIS

Órgão Gestor: Secretaria Municipal de Finanças – SMF

Objetivo geral: Realizar despesas que não contribuam para a manutenção das
ações de governo, das quais não resulte um produto e não gerem
contraprestação direta sob a forma de bens e serviços.

Recursos:

Valor 2015 - 2017


Tipo/Categoria Econômica Valor 2014 (R$)
(R$)
Despesas Correntes 156.702.000 430.622.000
Despesas de Capital 128.160.000 344.258.000
284.862.000 774.880.000
Valores Globais do
Programa 1.059.742.000

9999 - RESERVA DE CONTINGÊNCIA

Órgão Gestor: Secretaria Municipal de Finanças – SMF

Objetivo geral: Reservar recursos orçamentários para atendimento de


desequilíbrio entre a receita e a despesa pública, de passivos contingentes e
outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

Recursos:

Tipo/Categoria Econômica Valor 2014 (R$) Valor 2015 - 2017 (R$)

Reserva 103.550.000 342.129.000


Valores Globais do
445.679.000
Programa

91

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