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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE

ESCOLA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

EDNEI MORAES

ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA

Trabalho do Curso de Arquitetura e


Urbanismo do Centro Universitário do
Norte - UNINORTE
Professor: Carlos Henrique Oliveira Mota
Matéria: Legislação e prática profissional

MANAUS
2020

1
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA

MANAUS
2020

1
RESUMO

O volume consiste na realização do estudo de viabilidade para um empreendimento


imobiliário localizado na Avenida Rodrigo Otávio, 40, no Bairro Japiim, zona Sul da cidade
Manaus/AM. O trabalho foi elaborado através de uma pesquisa sólida nas leis e normas
vigentes que consiste na análise da implantação do objeto proposto, uma Drogaria. Através
disso, chega-se à conclusão da importância de se ter um estudo técnico para qual tipo de
empreendimento nas zonas urbanas, conseguindo assim, ter a garantia que o mesmo seguirá
as normas vigentes as especificações urbanas estabelecidas em cada cidade, para
futuramente não haja contrariedade e possíveis obstáculos no seguimento da proposta. As
decisões sobre investimentos na construção civil devem ser tomadas após uma série de
estudos, esses estudos estão todos propostos na base referencial do presente trabalho.
Foram elaborados mapas esquemáticos, de setorização e de estudo do entorno e através
disso chegou-se à conclusão sobre a viabilidade do empreendimento imobiliário escolhido
para o estudo de caso.

Palavras-Chave: Viabilidade Técnica. Empreendimento. Leis. Normas.

MANAUS
2020
1. INTRODUÇÃO
O presente Memorial refere-se ao Estudo de Viabilidade Técnica para a implantação de
qualquer que seja o Empreendimento.
A princípio, primeiramente deve ser levado em conta a proposta não só arquitetônica,
mas também social. Fato abordado nos capítulos iniciais com os objetivos gerais e
específicos. Nos primeiros capítulos, aborda-se a justificativa do tema o bairro pretendido,
Japiim. O bairro em questão está localizado na zona Centro Sul de Manaus. De acordo com
o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população era de 15.116
habitantes em 2010. O bairro em si, apresenta características urbanas com predominância
de atividades comerciais, de conjuntos residenciais, e muitos prédios de
serviços.
Seguindo a metodologia de pesquisa, primeiramente foram feitos levantamento em
campos, através de observações diretas e fotografias para os fins de melhor entender a
característica da área em questão. Nos estudos dos capítulos seguintes, ao iniciar pelo
capítulo 2, a abordagem do estudo busca através das legislações que regem a Cidade de
Manaus, explanar as bases para este novo Empreendimento, foram postas as principais Leis
e Normas que estão diretamente ligadas a proposta em questão.
Do capitulo 3 ao 4, abordam os estudos e levantamentos técnicos feitos em campo,
seguindo os procedimentos realizados em experiências anteriores. Foi adotado um raio de
200 metros em torno do terreno em questão para analisar os usos e suas atividades, os
fluxos viários, os gabaritos de altura das edificações para analisar o impacto visual e
contraste entre as edificações, e as tipologias analisando o tipo de material
predominantemente usado nas edificações do entorno. Sendo de grande importância, pois
contém grande parte dos estudos necessários para a implantação do empreendimento.
Fechando o estudo, podemos apresentar as principais diretrizes para implantação de
qualquer que seja o Empreendimento a ser adotado no Terreno.

3
2. INFORMAÇÕES GERAIS DO IMÓVEL

O imóvel em questão está localizado na Av.Rodrigo Otavio, nº 40 no bairro Japiim.

Lote em questão. Figura 1: Mapa de localização. Fonte: Adaptado do Cadastral de Manaus

3. OBJETO

O presente memorial tem por objetivo definir os parâmetros urbanismos necessários


para aplicar qualquer Empreendimento no lote pretendido.

Nota: As informações detalhadas neste documento se encontram também preenchidas no formulário enviado -
Anexo I.

3.1. Objetivos Gerais


Reunir todas as variáveis para a implantação de empreendimento na devida área,
levando em consideração informações legais, ambientais, entre outros.
3.2. Objetivos Específicos
 Criar um modelo de referência no assunto, gerando integração com ao público e a
empresa, fortalecendo e incentivando o comércio no bairro;
 Criar um Estudo de Viabilidade que resulte em ambientes bem planejados e acessíveis.
 Citar limitações relacionadas à legislação, operações urbanas, zoneamento, entorno e etc.
4. DADOS DO IMÓVEL
Proprietário: Thiago Nogueira
Localização: Avenida Rodrigo Otavio, nº 40, bairro Japiim
CEP: 69.076-010
CPF: 098.653.222-65
IPTU: Matrícula nº 19614.
Área do Terreno (IPTU): 309 m²
Área Total Edificada (Registro de Imóveis): 230,00 m².
Área Total Edificada (IPTU): 230,00 m².
Área Total Edificada (Registro de Imóveis): Não Informado.
Área Total Edificada Existente: Não Informado.

4.1. Registro Geral


Escritura pública de Compra e Venda lavrada no Cartório de Notas do 7º Ofício, folha 143 do
Livro 01, devidamente registrada no Cartório DE Registro DE Imóveis do Segundo Ofício na
ficha número 02 do Livro 02 do Registro Geral. Matricula número 63. R-10/63

Limites e confrontações:
Ao Norte: Com a Av. Rodrigo Otávio, por uma linha de 400,00 m;
Ao Leste: Com a Rua 01, da mesma quadra, por uma linha de 15,00 m;
Ao Sul: Com a Drogaria, também da mesma quadra, por uma linha de 15,00 m;
Ao Oeste: Clínica Veterinária Dr. Sócrates, também da mesma quadra, por uma linha de 20,00
m;

Quanto ao levantamento cadastral mais detalhado, podemos obtê-lo das seguintes


formas:
a) Através de solicitação de uma Certidão Vintenária do Cartório do 2º Ofício de registro de
imóvel.
b) Boletim de Informação Cadastral, através da SEMEF (Secretaria Municipal de Finanças),
que dá toda a informação necessária do imóvel. (Teria que abrir um processo para a
solicitação).

c)Em relação ao mapa cadastral, realizando um levantamento in loco das dimensões do


terreno e edificações, podendo ser um as built para ter todas as informações de medidas,
níveis, largura das ruas e etc.

Nota: As informações detalhadas (Boletim de Cadastro Imobiliário) da matrícula de IPTU nº 2090910. Encontra-
se encaminhada junto a este documento - Anexo II.

4.1.1. Certidão Negativa de Débitos

Foram localizados débitos lançados relativo a tributos municipais, inscritos ou não em


dívida ativa. Desta forma não foi possível emitir a Certidão Negativa mais atual da matricula
de IPTU referente.

Nota: Os débitos referentes a este IPTU encontram-se encaminhado junto a este documento - Anexo III.

5. LEGISLAÇÃO VIGENTE
5.1. Plano Diretor Urbano e Ambiental De Manaus
Instrumento de preservação dos bens ou áreas de referência urbana, previsto no artigo 182
§ 1º da Constituição Federal e no Estatuto da Cidade, é uma lei municipal que estabelece
diretrizes para a adequada ocupação do município. Ele determina o que pode e o que não
pode ser feito na nossa cidade, em se tratando de atividades e empreendimento a serem
realizados.

 Lei N° 671, de 04 de novembro de 2002


Plano Diretor Urbano e Ambiental: Estabelece diretrizes para o desenvolvimento da
Cidade de Manaus e dá outras providências relativas ao planejamento e à gestão do
território do Município.

 Lei n° 672, de 04 de novembro de 2002


Normas de Uso e Ocupação do Solo no Município de Manaus e outras providências.
 Lei n° 673, de 04 de novembro de 2002
Código de Obras e Edificações do Município de Manaus: Apresenta definição de
normas e procedimentos para a elaboração de projetos, licenciamento, execução,
utilização e manutenção das obras e edificações, públicas ou privadas, em todo o
território municipal.
 Lei n° 674, de 04 de novembro de 2002
Licenciamento e Fiscalização de Atividades em Estabelecimentos e Logradouros, que
integra o Conjunto de Posturas do Município de Manaus (Código Sanitário, Código
Ambiental, Código de Obras edificações e outros instrumentos e normas, de
competência do Município, relacionados à polícia administrativa) e outras
providências. Normas gerais de polícia administrativa, de competência do Município de
Manaus, para condicionar e restringir o uso de bens, atividades e direitos individuais
em benefício da coletividade.
 Lei complementar nº 002, de 16 de janeiro de 2014.
Dispõe sobre o Plano diretor Urbano e Ambiental do Município de Manaus e dá outras
providências.
 Lei nº 2.401, de 16 de janeiro de 2019
Dispõe sobre o reconhecimento e denominação de logradouro público como Praça de
Alimentação do Nova Cidade.

Nota 1: Toda a legislação vigente e seus anexos foi encaminhada junto a este documento no arquivo - Anexo
IV. Nota 2: O download direto da legislação online, pode ser feito através do
link:<http://implurb.manaus.am.gov. br/legislação/>.

5.1.1. Da Área Urbana

De acordo com o Plano Diretor de Manaus o terreno situa-se no bairro Nossa Senhora
das Graças, zona Centro Sul, e pertence à área urbana, Setor Urbano 05.
O Setor Urbano 05 é uma unidade de uso diversificado, com verticalização média e
densidade alta, integração de atividades comerciais, de serviços e industriais compatíveis
com o uso residencial, compreendendo os bairros Japiim.

LEI Nº 1.838, DE 16 DE JANEIRO DE 2014.


CAPÍTULO II – DA ÁREA URBANA; Seção II – Da Área Urbana; Artigo 5º.
Nota: O mapa de setores urbanos e bairros encontra-se encaminhado junto a este documento - Anexo V.
Desta forma, podemos considerar os parâmetros do Setor Urbano 05, como um todo,
pois o imóvel está inserido fora das áreas lindeiras dos Corredores Urbanos.

Imóvel

Figura 2: Localização aproximada do Imóvel no Setor Urbano. Fonte: Plano Diretor (2014).

Figura 3: Localização aproximada do lote nos corredores urbanos. Fonte: Plano Diretor (2014).

LEI Nº 1.838, DE 16 DE JANEIRO DE 2014.


CAPÍTULO II – DA ÁREA URBANA; Seção III – Dos Corredores Urbanos; Artigo 6º.
Nota: O mapa de Corredores Urbanos encontra-se encaminhado junto a este documento no Anexo VI.

5.1.2. Uso e Ocupação Do Solo


O imóvel em questão situa-se no Setor Urbano 05, conforme sinalizado na cor Rosa
Turquesa no Anexo.
O Setor Urbano possui Densidade Alta e Verticalização Alta, sendo permitidos até 25
pavimentos. Coeficiente de Aproveitamento Máximo do Terreno (CAMT) de 4,8. Admitida
aplicação de Outorga Onerosa do Direito de Construir. O lote encontra-se em uma rua
caracterizada como Eixo de Atividade. Sendo a A. Rodrigo Otávio, 40 Bairro-Japiim .

(*)

Admitida aplicação de Outorga Onerosado Direitor de Construir e Transferencia doDireito de Construir, com Coefiente de Aproveitamente Básico do Terreno- CABT=3,0

Tabela 1: Intensidade de ocupação por Setores Urbanos.


Fonte: Plano Diretor de Manaus 2014, p.85.

Tabela 2: Uso e atividades por Setores Urbanos.


Fonte: Plano Diretor de Manaus 2014, p.88.

LEI COMPLEMENTAR Nº 002, DE 16 DE JANEIRO DE 2014.


Atualizando a Lei 672/02 de Uso e Ocupação do Uso e Ocupação do Solo. Anexo I e IV.

5.1.3. Taxa de permeabilidade

Taxa de Permeabilização é a relação entre áreas descobertas e permeáveis do terreno


e a sua área total, de forma a contribuir para o equilíbrio climático e favorecer o serviço de
drenagem natural de águas pluviais.
A Taxa de Permeabilização Mínima para todos os demais imóveis será de 15% (quinze
por cento), sendo que para loteamentos e condomínios de unidades autônomas horizontais,
cada lote deverá possuir a mesma taxa determinada.

NOTA: O uso de piso drenante é permitido dependendo da taxa de permeabilidade do piso. A prefeitura
recomenda o uso de áreas revestidas com vegetação para cumprir as exigências.

LEI Nº 1.838, DE 16 DE JANEIRO DE 2014; CAPÍTULO VI, ARTIGO 77.


Atualizando a Lei 672/02 DE 4 DE NOVEMBRO DE 2002.
5.1.4. Afastamentos e Recuos
Para abertura de vãos de iluminação e ventilação dos compartimentos das edificações,
deverão ser mantidos os afastamentos frontais, laterais e de fundos do lote, conforme o
Anexo XI da Lei de Uso e Ocupação do Solo no Município de Manaus, Tabela 3.

Tabela 3: Quadro de Verticalização das edificações.


Fonte: Plano Diretor de Manaus 2014, p.107.

Conforme atualização do Plano diretor, os Artigos 72, 73 e 74 da Lei 2.401 /2019,


vigora as seguintes alterações:
Art. 72. Em edificações situadas em lotes de esquina e com até 2 (dois) pavimentos, será
exigido o afastamento frontal de 5 m (cinco metros) para um dos logradouros públicos,
admitindo-se o afastamento frontal mínimo de 2 m (dois metros) para o outro logradouro,
inclusive o pavimento de subsolo.
§ 2.º Em edificações com até dois pavimentos, em que o lote possua frentes voltadas para
três logradouros públicos, será exigido o afastamento frontal de 5m (cinco metros) para um
dos logradouros públicos de maior nível hierárquico, admitindo-se o afastamento frontal
mínimo de 2m (dois metros) para os demais logradouros, inclusive o pavimento de subsolo.
Art. 73. As edificações horizontais com até 2 (dois) pavimentos estão isentas de um dos
afastamentos laterais, desde que este não apresente vão de abertura na lateral sem
afastamento, devendo os demais afastamentos observar as medidas especificadas no Código
de Obras e Edificações.
Parágrafo único. Estão isentos de afastamentos laterais os imóveis de até 2 (dois)
pavimentos e com testada igual ou inferior a 5m (cinco metros).

Art. 74. Os Afastamentos da Edificação de imóveis, para cada Setor Urbano, Corredor
Urbano, assim como para cada Zona de Transição, serão especificadas no Código de Obras e
Edificações.
§ 2.º Nos corredores urbanos, será exigido afastamento frontal mínimo de 5m (cinco
metros), inclusive no subsolo, visando às áreas de manobra de veículos e ao aumento da
caixa viária, até que seja implantado o Plano de Alinhamento e Passeio.

Nota 1: O uso do o recuo frontal para estacionamento é permitido. E para este admite-se no mínimo 5m de recuo.

LEI Nº 2.401, DE 16 DE JANEIRO DE 2019.


Atualizando a Lei 1.838, DE 16 DE JANEIRO DE 2014.

O imóvel em questão está localizado em uma área


com vias de intenso tráfego, no qual é deve-se obedecer
ao recuo de 5m da Avenida Rodrigo Otávio.
Caso seja solicitado pelos órgãos, é provável que
seja necessário solicitar junto ao Instituto Municipal de
Mobilidade Urbana (IMMU), um Estudo viabilidade de
Tráfego para a Viabilidade das vias.

NOTA: O Requerimento Padrão para a Análise de Tráfego encontra-se encaminhado junto a este documento -
Anexo VII.
5.1.5. Vagas de Estacionamento

Para o imóvel em questão, leva-se em consideração o Uso padrão de Comércio


varejista de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas, com 01 vaga/75m² de
área construída e no mínimo 2 vagas individuais.
As edificações de uso comercial, serviços ou industrial, com previsão de armazenagem
de material, segundo seu porte e suas atividades, deverão ser dotadas de área para carga e
descarga de material, de acordo com o estabelecido na Lei de Uso e Ocupação do Solo.
Para efeito de enquadramento das atividades e das vagas de garagem e
estacionamento, considera-se:
I – área útil principal: o somatório das áreas construídas utilizadas na atividade principal,
excluídas áreas de apoio ou de serviços;
II – área bruta locável: o somatório da área total construída de lojas.
Respeitando as porcentagens mínimas de vagas, deverão ser previstos para as
edificações de acesso público:
 3% das vagas exigidas por lei para cadeirantes nos estacionamentos de 10 a 100 vagas ou,
no mínimo, 1 vaga;
 5% das vagas exigidas por lei para idosos

LEI Nº 2.401, DE 16 DE JANEIRO DE 2019.


Atualizando a Lei 672/02 DE 4 DE NOVEMBRO DE 2002.

O dimensionamento de vagas para garagem ou estacionamento de veículos deverá


atender as exigências abaixo:

Tabela 4: Dimensões de vagas de estacionamento.


Fonte: Plano Diretor de Manaus 2014.

LEI COMPLEMENTAR Nº 003, DE 16 DE JANEIRO DE 2014; ARTIGO 80.


Atualizando a Lei 672/02 DE 4 DE NOVEMBRO DE 2002.
Conforme o Artigo 87 da Lei 2.401 /2019:
Art. 87. Nas vias coletoras e arteriais do sistema viário não será admitido estacionamento
com acesso direto da via à vaga por sobre o passeio público, devendo esta ser inserida
dentro dos limites do lote em questão, exceto os imóveis com testada inferior a 15 m (quinze
metros), ou aqueles em que esteja devidamente autorizado pelo órgão municipal de trânsito.

LEI Nº 2.401, DE 16 DE JANEIRO DE 2019.


Atualizando a Lei 1.838, DE 16 DE JANEIRO DE 2014.

5.1.6. Iluminação e Ventilação Mecânica

Quanto a este item a Iluminação e Ventilação Mecânica, poderá ser natural com 1/4
do compartimento, e artificial ou mecânica com área de uso como depósito e WC.

LEI COMPLEMENTAR Nº 003, DE 16 DE JANEIRO DE 2014; ARTIGO 61.


Atualizando a Lei 672/02 de Uso e Ocupação do Uso e Ocupação do Solo.

5.1.7. Acessos
Para os acessos de veículos ao empreendimento deverão ser projetados de modo que
a soma total das larguras das faixas de entradas ou saídas não ultrapasse 12 m (doze
metros), sendo obrigatória a instalação de sinaleiras para pedestres, nos casos de oficinas e
concessionárias de automóveis, garagens ou estacionamento com mais de 6 (seis) vagas para
veículos;

LEI COMPLEMENTAR Nº 003, DE 16 DE JANEIRO DE 2014; ARTIGO 83.


Atualizando a Lei 672/02 DE 4 DE NOVEMBRO DE 2002.

5.1.8. Sanitários
As lojas com área útil acima de 200 m² (duzentos metros quadrados) deverão ter, em
cada pavimento, sanitários separados por sexo, proporcionais ao movimento previsto de
usuários permanentes e visitantes, destinando o mínimo de 1(um) sanitário para portadores
de necessidades especiais.

NOTA: Os banheiros para funcionário e público pode ser junto, contanto que sejam separados por sexo.

LEI COMPLEMENTAR Nº 003, DE 16 DE JANEIRO DE 2014; ARTIGO 115.


Atualizando a Lei 672/02 DE 4 DE NOVEMBRO DE 2002.
5.1.9. Pé direito

Os compartimentos de permanência prolongada deverão ter pé-direito mínimo de


2,80 m (dois metros e oitenta centímetros), e os de permanência transitória, pé-direito
mínimo de 2,40 m (dois metros e quarenta centímetros).

LEI COMPLEMENTAR Nº 003, DE 16 DE JANEIRO DE 2014; ARTIGO 54.


Atualizando a Lei 672/02 DE 4 DE NOVEMBRO DE 2002.

6. NORMAS
6.1. NBR 9050- Acessibilidade A Edificações, Mobiliário, Espaços E Equipamentos Urbanos
Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao
projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos às condições de acessibilidade.

6.1.1. Rebaixamento das Calçadas

As calçadas devem ser rebaixadas junto às travessias de pedestres sinalizadas com ou


sem faixa, com ou sem semáforo, e sempre que houver foco de pedestres.
Os rebaixamentos de calçadas devem ser construídos na direção do fluxo da travessia
de pedestres. A inclinação deve ser constante e não superior a 8,33 %.
Os rebaixamentos de calçada podem estar localizados nas esquinas, nos meios de
quadra e nos canteiros divisores de pistas.
Os rebaixamentos de calçadas podem ser executados conforme exemplos A, B, C e D.

Figura 05: Rebaixamentos A.


Fonte: NBR 9050, 2015.
Figura 06: Rebaixamentos B.
Fonte: NBR 9050, 2015.

Figura 07: Rebaixamentos C.


Fonte: NBR 9050, 2015.

Figura 08: Rebaixamentos D.


Fonte: NBR 9050, 2015.
6.1.2. Área para Manobra sem Deslocamento

As medidas necessárias para a manobra de cadeira de rodas sem deslocamento,


conforme a Figura 03, são:
a) para rotação de 90° = 1,20 m x 1,20 m;
b) para rotação de 180° = 1,50 m x 1,20 m;
c) para rotação de 360° = diâmetro de 1,50 m.

Figura 09: Área para manobra de cadeira de rodas sem deslocamento.


Fonte: NBR 9050, 2015.

6.1.3. Acessos - Condições Gerais

Nas edificações e equipamentos urbanos todas as entradas devem ser acessíveis, bem
como as rotas de interligação às principais funções do edifício.
Na adaptação de edificações e equipamentos urbanos existentes deve ser previsto no
mínimo um acesso, vinculado através de rota acessível à circulação principal e às circulações
de emergência, quando existirem. Nestes casos a distância entre cada entrada acessível e as
demais não pode ser superior a 50m.

6.1.4. Vagas para Veículos

As vagas para estacionamento de veículos que conduzam, ou seja, conduzidos por


pessoas com deficiência devem:
a) ter sinalização;
b) contar com um espaço adicional de circulação com no mínimo 1,20 m de largura, quando
afastada da faixa de travessia de pedestres. Esse espaço pode ser compartilhado por duas
vagas, no caso de estacionamento paralelo, ou perpendicular ao meio fio, não sendo
recomendável o compartilhamento em estacionamentos oblíquos;
c) ter sinalização vertical para vagas em via pública, e para vagas fora da via pública;
d) quando afastadas da faixa de travessia de pedestres, contiver espaço adicional para
circulação de cadeira de rodas e estar associadas à rampa de acesso à calçada;
e) estar vinculadas a rota acessível que as interligue aos polos de atração;
f) estar localizadas de forma a evitar a circulação entre veículos.

Figura 10: Vagas de Estacionamento.


Fonte: NBR 9050, 2015.
6.1.5. Instalações sanitárias

As instalações sanitárias acessíveis nas edificações e espaços de uso público e coletivo


devem estar distribuídas nas proporções e especificidades construtivas estabelecidas.
O número mínimo de sanitários acessíveis está definido na Tabela 05.

Tabela 05: Número mínimo de sanitários acessíveis.


Fonte: NBR 9050, 2015.

Em espaços de uso público ou uso coletivo que apresentem unidades autônomas de


comércio ou serviços, deve ser previsto à no mínimo um sanitário por pavimento, localizado
nas áreas de uso comum do andar. Quando o cálculo da porcentagem de 5 % de peças
sanitárias do pavimento resultar em mais do que uma instalação sanitária ou fração, estas
devem ser divididas por sexo para cada pavimento.

6.2. NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edifícios


Esta Norma fixa as condições exigíveis que as edificações devem possuir:
a) a fim de que sua população possa abandoná-las, em caso de incêndio, completamente
protegida em sua integridade física;
b) para permitir o fácil acesso de auxílio externo (bombeiros) para o combate ao fogo e a
retirada da população.

Componentes da saída de emergência


A saída de emergência compreende o seguinte:
a) acessos ou rotas de saídas horizontais, isto é, acessos às escadas, quando houver, e
respectivas portas ou ao espaço livre exterior, nas edificações térreas;
b) escadas ou rampas;
c) descarga.
6.2.1. Escadas

Em qualquer edificação, os pavimentos sem saída em nível para o espaço livre exterior
devem ser dotados de escadas, enclausuradas ou não, as quais devem:
a) quando enclausuradas, ser constituídas com material incombustível;
b) quando não enclausuradas, além da incombustibilidade, oferecer nos elementos
estruturais resistência ao fogo de, no mínimo, 2 h;
c) ter os pisos dos degraus e patamares revestidos com materiais resistentes à propagação
superficial de chama, isto é, com índice "A" da NBR 9442;
d) ser dotados de guardas em seus lados abertos;
e) ser dotadas de corrimãos;
f) atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da descarga, mas terminando
obrigatoriamente no piso desta, não podendo ter comunicação direta com outro lanço na
mesma prumada.

7. ESTUDO DO ENTORNO
7.1. Terreno
Área Total: 309 m² (IPTU).
Área edificada: 230,00 m².
Situação da Quadra: Av. Rodrigo Otávio
Ocupação do Terreno: Edificado.
Topografia: Plana.
Limitação: Aberto, sem muro.
Figura 11: Croqui de Localização do lote. Sem Escala.
Fonte: Mapa Cadastral de Manaus, 2015.

Figura 12: Imóvel Av. Rodrigo Otávio.


Figura 13: Imóvel vista Av.Rodrigo Otávio sentido centro – bairro.

Figura 14: Imóvel vista Av.Rodrigo Otávio bairro – centro.

O entorno do imóvel é de uso misto, onde é possível destacar vários pontos de


comércio e serviços como Supermercados, lojas, petshops, restaurantes, clínicas, escritórios,
bancos, construtoras, lanchonetes, drogarias e outros.
Em maioria as edificações vizinhas são aparentemente de dois pavimentos ou mais,
com predominância de uso de residencial, comercial, serviço, o que influencia no constante
fluxo de pedestres e veículos.
Figura 15: Imóvel vista frontal Av.Rodrigo Otávio.

Figura 16: Vista área do imóvel Av. Rodrigo Otávio.


Volumetria do projeto

7.2. Fluxo Viário


Segundo o código de Código de
Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503, de 23
de setembro de 1997), do artigo 60,
classificam as vias de acordo com a sua
utilização e da as definições para cada
via em referência.
As vias principais
classificadas como Arteriais, Coletoras e
Locais, segundo suas hierarquias, considerando as dimensões das caixas viárias e os seus
fluxos, e apresentam um bom escoamento das águas pluviais.

Figura 17: Hierarquia das Vias.


Fonte: Adaptado do Cadastral de Manaus, 2020.

A avenida Rodrigo Otávio, é uma via Coletora, possui mãos no sentido Bairro/ Centro
e Centro/ Bairro e é uma das principais vias de ligação entre o bairro Distrito Industrial e
adjacentes, uma das principais vias arteriais da Cidade. Seu fluxo é intenso, muito
movimentada por veículos e pedestres. Não há semáforos, sinalização é feita por placas e
faixas.
Figura: 18 - Trânsito típico às 7:00 hs da manhã.

Fonte:Google EarthMaps, 2020.

Figura 19 - Trânsito típico às 17:00 hs da tarde.

Fonte:Google EarthMaps, 2020.


Figura 20: Uso do solo.
Fonte: Adaptado do Cadastral de Manaus, 2020.

8. CONSTITUIÇÃO DA EDIFICAÇÃO EXISTENTE


O lote em questão trata-se de uma área que composta por 1 via principal no bairro
Japiim, com uso atual de Restaurantes, pontos comerciais e residenciais. Deste lote pode ser
feita locação total para a implantação do empreendimento.
Área bem localizada, em uma das mais movimentadas vias de Manaus e próximo à
Supermercados, Restaurantes, Escritórios, Consultórios e Condomínio de alto padrão da
região.
A edificação existente consiste em um imóvel em alvenaria e estacionamento para
veículos. Os limites do imóvel são abertos, sendo murado apenas nos limites com os
vizinhos. Que será inteiramente demolida para dá lugar a um novo Empreendimento
O Empreendimento a ser construído vai ocupar o espaço da antiga edificação, obedecendo
novos afastamentos e dignando-se ao uso comercial, funcionando como uma drogaria sem
manipulação. A área em questão destina-se à Manutenção das atividades existentes,
integração de atividades comerciais, de serviços industriais, e atividades que sejam
compatíveis com o uso de serviços, condicionados com a legislação local. Com as atividades
de tipo 1, tipo 2 e tipo 3.
Confirma-se a predominância do uso comercial, residencial multifamiliar e serviço, por se
tratar de uma área com vários prédios e serviços em geral. Os gabaritos das edificações no
entorno são diferenciados, sendo que o Plano Diretor Urbano e Ambiental de Manaus, para
esta área é permitida uma verticalização alta, de até 8 pavimentos.
Mas como a edificação possui apenas 2 pavimentos, atende a Legislação do município.

8.1 - CONSTITUIÇÃO DA EDIFICAÇÃO A SER CONSTRUÍDA:


O imóvel a ser construído trata-se de uma edificação térrea comercial. contendo dois pavimentos. A
área construída do pavimento térreo é de 94,63 m², totalizando 230,00 m² de área construida.

Figura 21: Implantação.


Fonte: Adaptado do Cadastral de Manaus, 2020.
Respeitando a Legislação Municipal de ordenamento Urbano para a área do bairro Japiim.

Figura 21: Quadro de áreas.


Fonte: Adaptado do Cadastral de Manaus, 2020.

8.2 - CONSTITUIÇÃO DA EDIFICAÇÃO A SER CONSTRUÍDA:


8.2.1 – PAREDE DE ALVENARIA:
As paredes externas serão executadas com tijolos cerâmicos 18x18 e as internas, deverão ser
executadas em parede em dry-wall, obedecidos os alinhamentos, dimensões e espessuras indicadas
no Projeto Arquitetônico.
8.2.2 – ARGAMASSAS:
As superfícies internas da ampliação que não levarem revestimentos especiais serão chapiscadas,
emboçadas e rebocadas. O chapisco será de cimento e areia traço 1:3 e o emboço de cimento, areia
e cal em pó traço igual a 1:5:0,20, perfeitamente prumadas para receberem o reboco.
8.2.3 – CONTRAPISOS:
A camada impermeabilizadora deverá ser lançada de forma contínua sobre lastro de brita de
espessura igual a 6 cm. O concreto do contra piso deverá ter espessura mínima a 5 cm e, conter
impermeabilizante.
8.2.4 – PISOS CERÂMICOS:
Nas dependências indicadas em planta baixa, nas dimensões indicadas no projeto executivo.
Assentados com juntas retas e rejuntadas com cimento e corantes.
8.2.5 – INSTALAÇÃO E PROTEÇÃO:
Ficarão a cargo do executor todas as providências correspondentes às instalações provisórias, como
andaimes, tapumes de proteção de obra, instalação da obra, instalações provisórias, galpão e placas.
Durante a execução da obra, o terreno deverá ser cercado com tapumes ou cerca provisória,
mantendo um portão fechado à chave, conforme Código de Posturas.
8.2.6 – INSTALAÇÕES:
Serão executadas rigorosamente de acordo com os Projetos e Memoriais Descritivos específicos e de
acordo com as Normas da ABNT e Legislações vigentes.
a. CERTIDÃO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
É uma certidão que rege informações básicas sobre o uso e ocupação do solo de um
determinado imóvel sem especificações quanto a permissibilidade da atividade.

NOTA: Esta certidão terá que ser protocolada junto à IMPLURB, para isso tem que ser formalizado o processo,
seguindo a listagem de documentos enviados no - Anexo VIII.

b. PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Conforme consulta realizada não existe nenhum bem tombado ou patrimônio próximo
ao local de estudo que imponha alguma restrição.

c. APROVAÇÃO DE PROJETO ARQUITETÔNICO


Análise de projeto arquitetônico para obra destinada ao uso COMERCIAL ou SERVIÇO
com a respectiva concessão de alvará de construção para início da obra.

NOTA: A lista de documentos para a emissão do referido documento encontra-se encaminhado junto a este
documento no - Anexo IX.
d. ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO

Emissão de alvará de construção, autorizando o início da construção de obra


anteriormente aprovada destinada ao uso comercial.
NOTA: A lista de documentos para a emissão do referido documento encontra-se encaminhado junto a este
documento no - Anexo X.

e. ENGENHO PUBLICITÁRIO
Meio de obter licença para instalação de engenhos publicitários como: painéis ou
placas, letreiros, tabuletas, relógios digitais, totens, balões infláveis, banners, pinturas em
edificações, outdoors, mupi, faixas, cartazes, estandertes, flâmulas, backlights, frotlights,
painéis eletrônicos, cavaletes e similares, que contenham mensagens e imagens
publicitárias.

NOTA: A lista de documentos para a emissão do referido documento encontra-se encaminhado junto a este
documento no - Anexo XI.

f. ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO

O Alvará de Funcionamento é um documento de extrema importância exigido pela


SEMEF (Secretaria Municipal de Finanças Públicas), a quem deseja abrir todo e qualquer
estabelecimento, independente do ramo.
Somente após a liberação deste documento, o comércio estará legalmente apto ao
funcionamento.

NOTA: A lista de documentos para a emissão do referido documento encontra-se encaminhado junto a este
documento no - Anexo XII.

g. HABITE-SE
Documento expedido pelo IMPLURB que certifica a conclusão da obra comercial,
conforme projeto anteriormente aprovado, possibilitando a averbação da construção
perante o Cartório Imobiliário competente. O referido documento atesta que a obra está
apta a ser habitada.

NOTA: A lista de documentos para a emissão do referido documento encontra-se encaminhado junto a este
documento no - Anexo XIII.

h. LICENÇA DE DEMOLIÇÃO
É necessária para autorizar a demolição e posteriormente para a solicitação da
Certidão de Demolição.

NOTA: A lista de documentos para a emissão do referido documento encontra-se encaminhado junto a este
documento no - Anexo XIV.

i. CERTIDÃO DE DEMOLIÇÃO
É o documento expedido pelo IMPLURB que certifica a execução da demolição parcial
ou total de edificações em geral.
Em relação aos resíduos, se o Empreendimento envolver atividades como Farmácia
com manipulação de medicamentos, será necessário o Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos (PGRS).
Quanto ao Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC), será de
responsabilidade da empresa que irá fazer a demolição e a retirada do entulho.

NOTA: A lista de documentos para a emissão do referido documento encontra-se encaminhado junto a este
documento no - Anexo XV.

9. LICENÇA AMBIENTAL

A licença ambiental, não será necessário, pois irá ser implantado uma drogaria sem
manipulação e a mesma não se enquadra neste quesito.

10. LICENÇA SANITÁRIA

A Licença Sanitária é um documento necessário para as empresas que desenvolvem


atividades econômicas passíveis de Licenciamento Sanitário. É destinado a empresas novas
constituídas e empresas que ainda não possuem a Licença Sanitária.

Documentação Necessária:
É preciso apresentar cópias dos seguintes documentos:
 CNPJ e Inscrição Municipal (cadastro no sistema ICAD);
 Requerimento Interno Preenchido e Assinado;
 Se procurador, apresentar cópia de procuração reconhecida em cartório juntamente
documento oficial de identificação com foto.
Obs: Caso seja necessário, documentos complementares poderão ser solicitados.

11. CORPO DE BOMBEIROS

O AVCB consiste no Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros. Trata-se de um


documento que atesta a vistoria realizada no local em relação à conformidade com as regras
de segurança e prevenção de incêndios.
NOTA: A lista de documentos para a emissão do referido documento encontra-se encaminhado junto a este
documento no - Anexo XVI.

12. INFORMAÇÕES GERAIS

Sistemas de drenagem de águas pluviais, drenos do ar condicionado, sistemas de


águas servidas das pias serão despejadas em caixa coletora e encaminhados para a rede
pública via sarjeta.
As instalações hidrosanitária de chuveiros e sanitários são despejados em caixa
coletora e encaminhados para o sistema de Fossa e Sumidouro.

13. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao concluir este Memorial Técnico, sobre os dados levantados, descrições e execução


das atividades. Afirmamos que de acordo com as Normas vigentes da Legislação Urbanística,
é possível implantar um empreendimento no referido Lote.

Ednei Moraes
Arquiteto e Urbanista
CAU: 00000-00

Manaus, 10 de Dezembro de 2020.

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