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VIVEMOS NO PAÍS mais católico e


mais espirita do mundo, o que por si só,
já é uma contradição.

Cerca de 70% da população se diz católica e cerca de 60% crê em


reencarnação. Somos um pais de católicos não praticantes, algo
inédito no mundo, um pais onde sua religião é um rotulo (etiqueta)
que se coloca em você por meio de um ritual chamado “batismo”.

Mesmo que você nunca vá à Igreja Católica e não concorde com


nenhum de seus valores e dogmas, ainda assim se considera
“católico não praticante” pelo simples fato de que foi batizado.

Por quê isso acontece aqui no Brasil? Pelo fato de que o batismo
assegura que as crianças estão protegidas do inferno e caso ve-
nham a morrer não vão para o “limbo”. Da mesma forma, deixam
de ser “pagãs” e “hereges”.

Mesmo que nin-


guém saiba, teolo-
gicamente, o que
quer dizer “inferno”,
“limbo”, “pagão” e
“herege”; todos tem
certeza que isso é
ruim e te condena
em vida e após a “morte”. E assim temos a receita de como manipu-
lar os números e fazer crer a toda uma população uma identidade
de uma religião que não é praticada nem por 10% destes 70% que
se denominam católicos.
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Religião não é um rótulo e sim alguma coisa que você crê e ou pra-
tica. Confunde-se ser católico com ser cristão, acreditar em Cristo.
Há um outro obstáculo ainda para a construção da pertença e
identidade umbandista: poucas pessoas sabem o que é Umbanda
e, ao se afirmar umbandista, é preciso explicar o que é isso. Muitas
pessoas não estão a fim de ficar explicando o que é sua religião e,
aí dizer que é “católico não praticante” encerra o assunto.
Outros preferem dizer que são espiritas, afinal a Umbanda trabalha
com espíritos, logo sou espírita, certo? ERRADO!
Embora os primeiros um-
bandistas se auto intitulas-
sem espiritas há um contex-
to de época para isso.
O espiritismo foi aceito e
regularizado muito antes
que a Umbanda e assim,
naquela época, afirmar que
se era espirita fornecia um
status legal e social.
No entanto, de fato e de direito, ser espirita é seguir a obra
codificada por Allan Kardec, na qual não se aceita ritual, magia,
divindades, altar, velas, símbolos e etc. entre outras coisas que
se chocam com a Umbanda.

E neste quadro, no panorama da religião, o que temos são prati-


cantes (médiuns, cambones, ogãs etc.) e frequentadores assíduos
e habituais, que em boa parte acreditam, participam e seguem a
Umbanda mas não assumem esta identidade religiosa.
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O que falta para
assumir identidade
e pertença religiosa Umbandista?
Para muitos falta ser batizado na Umbanda, por acreditar que só
um ritual pode trocar sua “identidade ou pertença sobrenatural”.

Não sabem que na maioria das religiões; como Judaismo, Islã e


Budismo; nem existe ritual de batismo, o que é uma marca do
cristianismo e das religiões cristãs.

Embora a Umbanda, em sua maioria de templos, se considere


cristã e adote o ritual de batismo; ser umbandista é apenas sentir
afinidade, praticar e/ou frequentar a Umbanda. Ser Umbandista
é crer na Umbanda, apenas isso e simples assim !!!
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CORES DE GUIAS e colares


é um assunto recorrente.

Consagrar uma guia, como são chamados os colares dentro da


Umbanda, é um procedimento correto, pois somente estando con-
sagrado poderá ser usado como protetor ou instrumento mágico
nas mãos dos Guias Espirituais.


O procedimento regular tem


sido o de lavá-los (purifi-
cação), de iluminá-los com
velas (energização) e de en-
tregá-los nas mãos dos Guias
Espirituais para que sejam
cruzados (consagração).

Eventualmente são deixados


nos altares por determinado
número de dias para receber uma imantação divina que aumenta
o poder energético deles.


Os Guias Espirituais sabem como consagrá-los espiritualmente,


imantando-os de tal forma que, após cruzá-los, estão prontos
para ser usados pelos médiuns como filtros protetores ou pelos
seus Guias como instrumentos mágicos, ainda que só uma minoria
utilize efetivamente com essa finalidade.

A maioria prefere usar como para raio protetor ou descarregador


das cargas energéticas negativas trazidas para dentro dos locais
de trabalhos espirituais pelos seus consulentes. Os procedimentos
consagratórios dos colares usados pelos umbandistas têm sido
estes e poucos têm mais alguns outros.

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Eles têm ajudado os médiuns durante
seus trabalhos e auxiliado os consulentes
a se proteger das pesadas projeções fluídicas
que recebem de pessoas ou espíritos no dia a dia.

Mas esses cruzamentos ou consagrações, com finalidades es-


pecíficas e com imantação espiritual, são apenas o lado aberto
ou esotérico e, numa escala de 0 a 100, só obtêm 10% do poder
dos mesmos objetos que, se forem consagrados internamente
ou receberem uma consagração completa, terão 100% de poder.


Normalmente, consagram-se ou cruzam-


se colares a pedido dos Guias Espirituais e
cada linha tem suas cores de guias iguais
às dos seus Orixás regentes.

Como algumas cores de guias mudam


conforme a região, então eventuais alte-
rações de cores impedem a uniformização
da identificação dos Orixás simbolizados
nos colares usados pelos médiuns. Na
confecção dos colares, algumas regras
devem ser seguidas:

1ª — Os colares dos Orixás costumam ser de uma só cor.

2ª — Há algumas exceções (Obaluayê = preto e branco),


(Omolu = preto, branco e vermelho), (Nanã = branco, lilás e azul
claro), (Exu = preto e vermelho; preto; vermelho), (Pombagira
= vermelho; preto e vermelho; dourado).
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Enfim, há certa flexibilidade no
uso das cores de guias e colares
consagrados aos Orixás na
Umbanda. E isso se deve ao
fato de que eles, na verdade,
irradiam-se em padrões
vibracionais diferentes e
em cada um mudam as cores
das energias irradiadas.

Então, não podemos dizer


que estão erradas as cores usadas
na Umbanda. Apenas cremos que
deveríamos padronizá-las e não
recorrer ao uso individual delas.

Para a Umbanda, vamos dar as cores das guias


mais usadas ou aceitas pela maioria:

• Oxalá = branca • Nanã = lilás

• Iemanjá = azul leitoso • Omolu = branco-preto-vermelho

• Ogum = vermelho • Obaluayê = branco-preto

• Xangô = marrom • Exu = preto e vermelho

• Iansã = amarelo • Pombagira = vermelho

• Oxum = azul vivo • Oxóssi = verde

• Obá, Oxumaré, Oyá-Tempo (Logunan) e Egunitá (Oroiná)


não são cultuados regularmente.
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Como na Umbanda não são cultuados
regularmente, alguns Orixás foram
incorporados por nós, pois ocupam polos
energo-magnéticos nas Sete Linhas de
Umbanda. Então vamos dar as suas cores:

• Egunitá (Oroiná) = laranja

• Oyá-Tempo (Logunan) = fumê

• Obá = magenta

• Oxumaré = azul-turquesa

Recomendamos que os
umbandistas passem a usar
colares de pedras naturais sempre que
possível, porque só eles (e todos os elementos naturais) conse-
guem absorver e segurar as imantações divinas condensadas nas
suas consagrações “internas”.

Então, aqui há uma


relação das pedras
dos Orixás para seguir
as cores de guias:

• Oxalá = quartzo transparente

• Oiá-Tempo = quartzo fumê

• Oxum = ametista

• Oxumaré = quartzo azul

• Oxóssi = quartzo verde


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• Obá = madeira petrificada

• Xangô = jaspe marrom

• Egunitá (Oroiná) = ágata de fogo

• Ogum = granada

• Iansã = citrino

• Nanã = ametrino

• Iemanjá = água-marinha

• Obaluayê = quartzo branco e turmalina negra

• Omulu = ônix preto — ônix verde

• Exu = ônix preto — hematita — turmalina negra

• Pombagira = ônix — ágata

Outras pedras podem ser usadas,


pois a variedade de espécies é grande,
assim como é a de cores das guias em
cada espécie.

Texto extraído do Livro


”Formulário de Consagrações
Umbandistas”, Editora Madras.
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O FENÔMENO da materialização do
espírito é a maior prova da sua existência.
É quando ele toma forma densa, tornando-se
matéria e, consequentemente, visível a qualquer um,
independente de vidência mediúnica.

Interessante que ela pode ser parcial ou


total, ou seja: do corpo inteiro, ou apenas
um rosto ou outro membro qualquer. O
espírito se materializa, através do ecto-
plasma do médium. A lenda do lençol
que cobre o fantasma nasceu com a
materialização do rosto do espírito, pois
ele – o rosto, fica envolvido na densidade
do ectoplasma, semelhante a um lençol
branco.

Poucos são os paranormais com esta


faculdade de produzir ectoplasma sufi-
ciente para transformar uma energia es-
piritual em matéria. O Maury Rodrigues
da Cruz é um deles. Assisti vários trabalhos deste tipo realizados
por esse diferenciado médium e, embora impressionantes, eles
foram maravilhosos e deixaram marcas inesquecíveis na minha
jornada dentro do espiritismo, principalmente um deles que elegi
como o mais terrível e assustador.

Trabalhava normalmente nos meus afazeres profissionais, quando


recebi a visita do Maury. Seu rosto estava vermelho e seus lábios
inchados, cheios de aftas. Pediu-me para ajudá-lo a fazer um traba-
lho imediatamente, o que acalmaria as inconveniências causadas
pela sua mediunidade.
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Sua doença, segundo explicou,
era o excesso de ectoplasma que
acumulava em seu corpo, o qual deveria
ser expelido por um trabalho de materialização.

Fomos ao centro espírita. Era uma casa de madeira, com dois


andares. Na parte da frente ficava um auditório, onde estava a
cabina de materialização, uma confortável poltrona, cercada por
grossa cortina de veludo escuro. Durante um trabalho de mate-
rialização, o médium doador do ectoplasma deve ficar no escuro,
sem nenhuma luz. Após o auditório havia outra sala, uma ante-sala
e finalmente, na parte dos fundos, o quarto do Maury. Foi nele que
iniciamos o trabalho.

Seu quarto era simples, com uma cama, cômodo e um guarda


-roupas. Fechamos todas as janelas e as vedamos com um pano
preto para haver absoluta escuridão. Fiquei meio desconfiado, pois
nunca tinha participado tão diretamente de um trabalho de efeitos
físicos. O que amparava meu medo era que o Maury estava comigo.

Com a luz acesa incorporou o espírito do irmão Antonio Grim,


entidade diretora dos trabalhos de efeitos físicos.

-Salve, irmão Fernando – cumprimentou, carinhosamente. Não


tenha medo. Vou levar o médium para a cabina da materializações.
Sente-se na cama, e fique aguardando. Determinou.

Explicando a necessidade da escuridão absoluta para esse tipo de


trabalho, apagou a luz, fechou a porta e foi para o auditório. Ouvi os
seus passos caminhando pesadamente no piso levando o Maury.
Fiquei nervoso pois estava sozinho no quarto escuro.
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Valha-me Jesus!
O que estou fazendo aqui?
O cara é louco! O que pensa que sou? Meus pensamentos estavam
direcionados para esta linha na tentativa talvez de esconder o
medo. Foi quando ouvi um tipo de pequena explosão, exalando
um cheiro forte e azedo.

Ouvi alguém correr pelo quarto de um


lado para outro. Fiquei apavorado. Rezava.
Não em pensamento. Em voz alta mesmo.
Pai Nosso... e repetia:

Jesus, socorro! Um compartimento no


segundo andar de uma casa de madeira,
com assoalho de madeira e paredes
também de madeira, facilita para se ouvir
o espírito materializado, correndo e se
atirando, ora numa parede, ora noutra, e
se dando ao luxo ainda, quando passava
pela minha frente, de assoprar meu rosto
e bater em minha cabeça.

Foi uma experiência assustadora. De repente, aquela típica alma


do outro mundo, com massa corpórea, parou na minha frente. Senti
seu bafo, sei lá de quantos anos.

Sentou-se ao meu lado na cama. Já que Jesus não me ouvia, berrei:


Antonio Grim, venha depressa! Foi um alívio. O mesmo barulho que
ouvi no começo, repetiu-se e o quarto ficou silencioso. O irmão
Antonio Grim, voltando do cômodo onde foi no início, abriu a porta,
acendeu a luz, olhou-me e perguntou:

- Irmão Fernando, ficou com medo?


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Nunca fui grosseiro com as entidades.
Devotava, como ainda devoto, o meu
maior respeito por todas elas.
Mas não naquele dia. Respondi grosseiramente:

- O que o senhor acha?

Com a mesma paz que chegou, esboçando leve sorriso, despediu-


se. Voltou o Maury sobre o qual descarreguei toda minha ira e custei
a perceber que já não tinha as aftas.

Naquele dia, perdi totalmente o medo dos espíritos.

O Terreiro do Pai Maneco foi fundado por


Pai Fernando de Ogum, (Fernando Macedo
Guimarães) em 1987 e pratica a Umbanda Pés
no Chão, sem misticismos.
E, mesmo após o seu desencarne em 2012,
a casa continua a ter como premissas a obe-
diência aos espíritos, o respeito à natureza
e ao livre arbítrio. Não permite a cobrança
por atendimentos, não faz amarrações,
adivinhações, tampouco usa sangue em
seus trabalhos.

O texto “Como perdi o medo” faz parte do excelente livro


“Grifos do Passado” de autoria do Pai Fernando Guimarães
e que pode ser baixado gratuitamente no site:

www.paimaneco.org.br
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AI MEU DEUS!
Valei-me, meu Pai Ogum!
Proteção, Pai Oxalá! É Quaresma, SOCORRO!!!

É comum as pessoas terem muito medo desta época do ano. Há


terreiros que entram em recesso e não trabalham na Quaresma. Há
pessoas que se recolhem e nada fazem energética ou espiritual-
mente durante os quarenta dias após o Carnaval. Há médiuns que
cessam todas as atividades mediúnicas nesse período.

A PERGUNTA É: POR QUÊ?


Vamos entender o contexto.

A tradição de cultuar esse período do ano começou no paganismo


(bem antes de Cristo) e era a despedida do difícil período de sobre-
vivência no inverno e a preparação para a chegada da Primavera.
Mas só ganhou força e ficou conhecida como Quaresma com a
Igreja Católica.

Um número forte e re-


corrente na Bíblia é o 40:
40 dias de chuva durante
o dilúvio de Noé; 40 dias
Moisés ficou no Monte
Sinai para receber os 10
mandamentos; 40 anos
de peregrinação no de-
serto após o povo judeu
fugir do Egito... e há mui-
tos outros “quarentas”
importantes na Bíblia.
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Então surgiu os 40 dias antes


da Crucificação de Jesus, ou seja,
40 dias antes da Páscoa.

E o início da Quaresma é
no fim do Carnaval – que
vem do latim CARNE VALE
= “despedida da carne”.

No Carnaval bebemos,
comemos, rimos, nos di-
vertimos fazendo uma
intensa despedida da
vida profana, pois duran-
te a Quaresma a Igreja
Católica prescreve um período de jejuns, abstinência de carne,
penitências, mortificações do corpo (autoflagelação), caridade e
orações como uma preparação sofrida para celebrar a Morte e
Ressureição de Cristo.

Entendemos que
o Culto da Quares-
ma é Cristão e tem
valor no mundo
Cristão (religiões
cristãs) que repre-
senta hoje algo em
torno de 30% do
planeta.
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E as outras 70% de pessoas do
mundo (muçulmanos, budistas,
hinduístas, etc.)? Será que acham
que a Quaresma é época densa, de medo e temor?
Muitas pessoas cristãs (incluindo os umbandistas católicos) acredi-
tam que esse é um período denso, negativo, pesado, onde muitos
espíritos negativos estão rondando o mundo do Encarnados. Daí
o medo da Quaresma!
E por que eu estou falando tudo isso? Para dar a minha opinião, que
é só uma opinião, longe de se pretender uma verdade absoluta.
Acredito que não é
preciso uma data es-
pecífica para os sofre-
dores e trevosos virem
nos visitar.
Creio que o ônibus
do Umbral é “Linha
Circular”, ou seja, vem
e vai, vai e vem con-
tinuamente 24 horas
por dia e está sempre
lotado com gente pendurada na porta. Então, o movimento de
espíritos desequilibrados e negativados circulando entre nós é
intenso SEMPRE, independente de Quaresma, Carnaval, Finados,
Natal ou Páscoa.
No entanto, acredito que as mentes humanas juntas numa mesma
sintonia produzem o que chamamos de Egrégora: e se muitas
milhares de mentes acreditam que na Quaresma a energia fica
mais densa, tudo fica mais perigoso e devemos temer essa épo-
ca... pronto!
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A Egrégora da Quaresma está formada,
a energia ficou densa e a atuação dos
irmãozinhos do Umbral fica muito mais fácil
nessa névoa de receio e pavor. E aí o trabalho dos terreiros
umbandistas dobra, temos que fazer hora extra para
combater essa Egrégora do Baixo Astral entre nós.

Então SIM, eu trabalho na Quaresma!

SIM, meu terreiro trabalha na Quaresma!

SIM, meus filhos de fé trabalham na Quaresma!

Mas como eu não compartilho da crença de que a Quaresma é


um período denso e negativo, essa energia não entra em nosso
Solo Sagrado. Na verdade, ninguém sente nada de anormal ou
diferente durante esses 40 dias. Continuamos nossos trabalhos
espirituais normalmente, firmes, fortes, equilibrados, contentes,
felizes e leves, muito leves, pois não compartilhamos da crença
que Quaresma é época para se temer!
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ASSUNTO DE GRANDE provocação,
que mantém uma cisão de opiniões e
por isso se faz necessária a reflexão.

Ano após ano, a Quaresma sempre é assunto entre umbandistas


que se dividem em opiniões do tipo ‘pode ou não pode o terreiro
manter as atividades espirituais?’ Alguns grupos ainda consideram
que pode em casos de emergência. Penso então: ‘o que é um caso
de emergência?’ Como mensurar isso? É curioso que mesmo os
mais maleáveis, na prática, ficam receosos.
É certo que algo acontece nes-
te período, fruto de uma egré-
gora atmosférica que se cria
em torno do preceito católico.
A Umbanda é fortemente in-
fluenciada pelo Catolicismo
e acontecem duas situações
por herança cultural nos dias
de hoje.
Uma é que pela simples influência litúrgica de terreiros que ado-
tam pontualmente preceitos da Igreja, incorporam o recolhimento
das atividades neste período. Outra é que quando a religião ainda
era perseguida e mesclava-se os cultos era necessário seguir tal
preceito para não chamar atenção - isso foi mais predominante
nos Candomblés para ser mais exato.
O ponto nevrálgico da discussão - que fique claro, respeito todas
as particularidades da nossa plural religião - é se tem ou não fun-
damento tal preceito. Como dito acima é mera influência, mas é
curioso o discurso que justifica a adesão que muitas vezes é pura
fantasia mítica, e outras é uma suspensão de responsabilidade.
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Exemplo: ‘Os kiumbas (eguns)
ficam soltos’.

Oras, sendo assim se faz mais necessário o trabalho espiritual


acontecer para garantir as defesas e a harmonia espiritual da
comunidade religiosa. Mas tem algo ainda mais amedrontador:
‘Os Guias de luz ficam recolhidos também!’ 


Isso não é verdade… Ocorre que todo argumento tenta apenas
validar a adesão ao preceito que não é da religião de Umbanda.
Sabemos que os praticantes de magia negativa usam este período
para intensificarem suas atividades nefastas e perversas, corro-
borando com o consciente coletivo e de certa forma alimentando
uma atmosfera mais densa nesta realidade vibratória.
Portanto, observando tal movimentação, o
mais natural na Umbanda é que se inten-
sifique as atividades da casa, estimulando
e mantendo a vigília espiritual e compor-
tamental de sua comunidade. A Umbanda
é uma religião mediúnica, que tem grande
atividade mágico-religiosa sua principal
atuação no combate às trevas; recolher-se
diante o enfrentamento não é da natureza
da Umbanda.
Acima de tudo, nada deve ser temido ao um-
bandista; um filho de Umbanda não deve temer espíritos vagantes
ou magias negativas ou qualquer discurso amedrontador, pois
além de ser típico de uma infantilidade espiritual indica também
grande desconhecimento.
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Os Orixás, os Guias espirituais e a
mediunidade não têm nenhuma
relação com a Quaresma e, para
confirmar isso, basta se permitir, é simples assim.
Eu vim de uma Umbanda do medo, onde a Quaresma é um terror!
Lembro-me que passava os dias quase enclausurado, tinha medo
de sair e “pá” pegar um obsessor. Com o tempo descobri que só me
pega aquilo que permito, que minha segurança é minha fé e meu
comportamento, que minha força é meu coração e que para espi-
ritualidade nossos dogmas terrenos são só nossos dogmas. Então
rompi com isso e pasmem! Continuo vivo e sem nenhum obsessor.
O estudo é o caminho para a saúde mental e espiritual de um
umbandista. Experimente estudar e sair da margem dos achismos
e das fantasias passadas boca a boca entitulados como tradição.
Folclore, Lendas e Mitologia também são um processo de tradição…

“A tradição de se fechar os Tem-


plos de Umbanda quando não havia
liberdade de crença não tem razão
de ser no mundo atual. Muito ao
contrário, é nessa época que NÃO
DEVEMOS PARAR; é nessa época em
que a Quimbanda maligna trabalha
à vontade, que o Templo deve estar
preparado para que, com o auxílio
das entidades de Luz, denunciar
qualquer trabalho negativo que tenha sido feito para
atrapalhar seus filhos de fé ou freqüentadores.”
– Pai Ronaldo Linares
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Alexandre Cumino escritor e dirigente


espiritual do Colégio de Umbanda
Pena Branca e também tutor do
curso Teologia de Umbanda (Tu) Rodrigo Queiroz, diretor
e idealizador da plata-
forma Umbanda EAD
NO DIA 11 DE MARÇO, a plataforma
de ensino à distância Umbanda EAD
realizou um evento inédito para seus
alunos matriculados no curso de
Teologia de Umbanda (Tu).
Denominado ‘Vivência’, o encontro
reuniu mais de 500 pessoas de todo
o País no Teatro Brigadeiro, em São
Paulo. Na pauta, Umbanda, pura e
simplesmente.
Não é de hoje que a Umbanda dá David Dias, tutor do
sinais de crescimento em todo o curso Zé Pelintra e os
mundo. Nós, do Umbanda, eu curto! Malandros foi o mestre
somos prova disso. de cerimônias
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Quando surgimos, apenas como


fanpage, em 2011, poucas iniciativas
similares existiam no Facebook.
Dentre elas, o Umbanda EAD
que já oferecia seus cursos a
milhares de interessados.

A plataforma Umbanda EAD é


pioneira no ensino da religião
totalmente online e deu mais
um passo à frente ao inovar com
um encontro sem precedentes para
Severino Sena abrilhantou
um curso até então somente à distância.
o evento com a Curimba
Tambor de Orixá

O encontro reuniu mais de 500 pessoas que vieram de todo o país


para participar da “Vivência” no Teatro Brigadeiro
32
Com a intenção de aproximar os
alunos e promover uma experiência
única, lotou um dos teatros mais
tradicionais da capital paulista
sem o auxílio de políticos,
conchavos ou favores.

Num evento com quase 4 horas


de duração, teve um pouco de tudo.

David Dias, tutor da plataforma, foi o


apresentador do evento e comandou
atrações como a Curimba Tambor de
Orixá, comandada pelo também tutor e
Paulo Mansur, o criador
ogã Severino Sena.
dos stand ups “Papo de
Paulo Mansur, o criador do Papo de Banda” e “Humor
de Santo”
Banda e Humor de Santo, o primeiro
stand-up comedy de Umbanda do mun-
do, fez um divertido pocket show para
os presentes.

Alexandre Takayama, advogado, conta-


bilista e também tutor, falou brevemente
sobre a importância da legalização e ad-
ministração dos Terreiros nos dias atuais.

Por fim, coube a Rodrigo Queiroz, diretor


e idealizador da plataforma Umbanda
EAD e a Alexandre Cumino, escritor e di-
rigente espiritual do Colégio de Umban- Alexandre Takayama,
da Pena Branca e também tutor do curso falou sobre legalização
Teologia de Umbanda (Tu) encerrarem e administração dos
o encontro. terreiros
w
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Alexandre Cumino
entrou no palco
batendo cabeça
e saudando a
todos da plateia.

Ambos falaram sobre


a importância do
evento, o crescimen-
to da religião e sobre
esta nova visão inte-
grativa da Umbanda,
onde todos somos
um, realinhando for-
ças e apontando para
um futuro brilhante
para a religião.

Fotos: Robson Andreani - Imagens da Minha Fé


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A JUREMA, SEM DÚVIDAS,
é a Cabocla mais conhecida dentro
da Umbanda e Catimbó. Mas quem é
essa Cabocla?

Os itãs contam que ela é filha de Tu-


pinambá, o grande cacique da tribo
mais conhecida do Brasil, mas isso
pode ser apenas uma referência à ori-
gem dessa linha, já que a falange dos
Caboclos nasce do contato do negro
com os indígenas nos Quilombos.

Viram que os índios cultuavam uma


árvore sagrada para eles, chamada
JUREMA, encontrada no Nordeste bra-
sileiro e que tem princípios psicoativos. Eles a usavam para rituais
de pajelança, onde conseguiam ter contato com os seus deuses.
Dessa forma, Jurema se tornou o sinônimo da morada dos Deuses,
como Aruanda ou Órum é para nós de matrizes Afro.

Por isso se diz que “Caboclo vem do Juremá”, que ele vem da terra
dos bons espíritos, onde estão nossas entidades. Jurema então se
tornou um título para as entidades que abrigam a força das matas.
Se mostra como uma mulher forte e guerreira, caçadora exímia e
companheira de Oxóssi.

A Cabocla Jurema é a representante das indígenas mulheres que


são tão fortes quanto os caciques, indo à caça e provendo o ali-
mento à tribo. Vem na vibração de Iansã e anda sempre com uma
onça pintada ao seu lado, então... NÃO MEXAM COM ELA!
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NOSSAS FAMOSAS YABAS (RAINHAS).
Nossa fé está cheia dessas mulheres
empoderadas e poderosas a quem chamamos de mães.

Está cheia dessa liberdade da mulher ser quem quiser ser, sem
seguir esteriótipos nem padrões. Temos o mais doce mimo de
Oxum até a braveza e fúria de Obá. O acalanto de Iemanjá e a
intempestividade de Iansã.

Já contei a você que mi-


nha consciência de igual-
dade nasceu na infância
quando minha mãe me
levava às casas de santo
e tinham os quadros ma-
ravilhosos com deusas de
seios nús ostentando as
forças da natureza. Essa
imagem para mim era
tão fascinante que cresci
aprendendo sobre ela, e
o mais importante: Como
respeitá-las.

Os itãs (lendas) estão cheios de feitos empoderados contra um


sistema machista muitas vezes imposto pelos próprios Orixás
masculinos, como quando Oxalá proibira qualquer mulher de
participar das decisões do mundo, cabendo a Oxum mostrá-lo o
quão errado ele estava, fazendo-o voltar atrás.

Ou mesmo a coragem de Oyá de ter para si o poder de todos os


Orixás masculinos, por não se sentir confortável de depender
deles para tudo.
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Ainda nesse empoderamento temos
Obá que desafia todos os moçoilos
a lutar contra ela vencendo um por um, mostrando o
quão sua espada era digna quanto a de qualquer outro.

Dentro de cada um de nós existe a força dessas deusas, o nosso


feminino que pode existir em maior ou menor proporção, mas está
lá. E cada força tem suas particularidades e belezas que a tornam
bela como é. Precisamos nesse mundo ainda muito machista abrir
os olhos e nos despir de certos preconceitos. O corpo feminino não
é fruto do pecado, como muitos pregam, mas o berço da vida que
deve ser celebrado, respeitado e protegido com todo o nosso amor.

Salve a força de todas as rainhas que me trouxeram aqui a escrever


esse texto a vocês. Salve a força de todas as Yabás do Órum (céu)
e do Ayê (Terra). Axé!
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DENTRE TODAS AS MARAVILHAS
criadas pela Natureza, o universo
feminino e tudo que lhe diz respeito
se destaca pela beleza e complexidade.
É lindo, mas pode ser cruel.

O universo feminino é mesmo uma dá-


diva, mas não tem sido fácil: a indústria da
moda, da beleza, a educação que recebe-
mos, a competição vazia entre nós, o medo
de que ‘ela seja melhor do que eu’, o ódio
ao corpo, o foco no externo e o resultante
conflito entre o que eu sou e o que eu quero
ser, ou pior, entre o que querem que eu seja.
Vamos organizar toda essa bagunça.
Em primeiro lugar, quando lemos um artigo
como esse, a nossa primeira reação pode
ser a de uma negação total de tudo isso, em
pensamentos do tipo:
– “Eu já superei tudo isso”;
– “Eu não sou assim, mas a minha vizinha é,
ela é invejosa”;
– “Infelizmente muitas mulheres hoje ainda
vivem em competição”.
Enfim, a sua mente vai criar uma série de subterfúgios para que
você não olhe para todo esse lixo emocional, mas vamos lá. Cá
entre nós, só pode ser curado o que é visto; o que permanece
oculto apodrece por dentro.
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Se pudéssemos fazer um exercício
para avaliar como anda sua relação de
amizade com você mesma você toparia?

O exercício é o seguinte: aonde estiver, você vai fechar os olhos


por um instante e vai se imaginar sendo mãe de si mesma, como
se você tivesse dado a luz a si mesma e durante a vida toda, até
hoje, fosse você mesma a sua própria mãe.

Que tipo de mãe você seria? Uma


mãe amável e compreensiva ou uma
mãe severa e punitiva? A sua resposta
será o termômetro para sabermos
como anda sua relação de amizade
consigo mesma.

Nesses anos de trabalho, fica muito


claro que muitas das dificuldades do
universo feminino que carregamos
como mulheres estão conectadas
com os desafios vividos pela nossa
ancestralidade, o que não implica necessariamente que a sua mãe
e a sua avó são culpadas pelas escolhas que você tem feito hoje.

Em muitos casos, quando o assunto ancestralidade vem à tona nas


aulas, prontamente algumas irmãs se retiram da responsabilidade
de tomar decisões importantes nas suas vidas por acreditarem que
seus problemas são por causa da mãe ou da avó.

Existem sim processos de honra e fidelidade que nos mantém co-


nectadas a elas, mas sejamos honestas, nem tudo é “culpa” delas.
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Essa informação de que a
ancestralidade conta muito no universo
feminino é uma chave importante para os
processos de cura feminina, mas acreditar que tudo vem da
ancestralidade é também retirar-se do papel de agente de
transformação da própria vida. Ainda que sua mãe tivesse uma
grande dificuldade em se sentir segura nos relacionamentos e
você compartilhe do mesmo sentimento, hoje, o que você vai
fazer em relação a isso?

As relações mãe e filha nem sem-


pre são fáceis. É na figura materna
que depositamos todas as nossas
expectativas. Podemos esperar
qualquer atitude de desprezo,
julgamento, punição de quem
quer que seja, mas a mãe não pode
errar e deve estar sempre pronta a
ajudar, quase que como uma figura
perfeita e não-humana.

É importante ter o ‘colinho’ da ma-


mãe, mas nem sempre é possível.
Esperamos muito de todo mundo e venho propor uma prática muito
simples e efetiva: dê a você aquilo que não lhe foi dado.

Antes de questionar se é possível se amar e se acolher se você


não foi amada e acolhida, experimente! (Você não vai tentar, vai
experimentar.) A mente é mesmo muito ardilosa quando o assunto
é autossabotagem, e por vários motivos você vai criar empecilhos
quando o assunto for ser feliz, sobretudo aplicável ao universo
feminino.
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O Xamanismo tem me ensinado
muito sobre a importância da prática,
pelo fato de ter vindo de uma formação extremamente
intelectualista e questionadora.
Antes de praticar ou experimentar eu questionava muito, criava
muros atrás de muros, infinitos obstáculos quando o assunto era
fazer alguma coisa em meu benefício, e o estudo das tradições
nativas foi me mostrando que quanto mais se pensa, menos se faz.
Sem autoacolhimento e sem amizade consigo mesma, nenhum
casamento será suficientemente bom.
O amor da mamãe e do papai sempre estarão em falta, toda ami-
zade será dispensável e passaremos uma vida ou muitas vidas
projetando nos outros aquele amor que não temos por nós mesmas.
Veja como é nocivo este processo:
NÃO ME AMO, NÃO ME ACEITO,
NÃO ME ACOLHO, NÃO ME RESPEITO,
NÃO ME SINTO SEGURA,

POR ISSO…
ACREDITO QUE VOCÊ NÃO ME AMA,
NÃO ME ACEITA, NÃO ME ACOLHE,
NÃO ME RESPEITA, NÃO FAZ COM
QUE ME SINTA SEGURA.

Quando manifesto a intenção de sair


desse padrão de mendicância emo-
cional, e passo a me responsabilizar pela nutrição daquilo que me
falta, passando a agir como uma parceira de mim mesma, a atitude
dos outros em relação a mim, não deixa de ser importante, mas
fica secundária e não uma questão de vida ou morte.
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Quando me responsabilizo por meus
processos de dor, saio da posição de
vítima do mundo e passo a ser um fator
agente de mudança na minha vida.
Passo a ser minha melhor amiga.

ME AMO, ME ACEITO,
ME ACOLHO, ME RESPEITO,
ME SINTO SEGURA,
POR ISSO …
NÃO ESPERO QUE VOCÊ
FAÇA POR MIM,
ALGO QUE JÁ ESTÁ FEITO.

Vamos praticar?
1. Faça uma lista de tudo aquilo que
você espera que os outros façam
por você, coloque tudo nessa lista.
2. Para cada item, você fará a pergunta:
“Como posso fazer isso por mim?”

Exemplos:
– Gostaria de ter reconhecimento no trabalho. Como posso reco-
nhecer meu trabalho?
– Gostaria que meu companheiro me respeitasse. Como posso me
respeitar neste relacionamento?

Boa prática, muito autoacolhimento para você e


esteja preparada para os resultados!
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46

Uma certa vez fui convidado a ir em


uma palestra espírita. Como a pessoa
que me convidou participava da antiga
casa onde fui feito, minha mãe no santo
me pediu pra ir. Fui eu com toda boa vontade,
mas com ressalvas.

Cheguei lá e fui muito bem recebido (é um fato: eles realmente


acolhem muito bem as pessoas), assinei o livro, deixei telefone ...

Entrei no salão e aguardei. Fui contando a quantidade de pessoas


e, de longe, muito cheio, havia mais de 250.

Aí começa uma prece, é


demais “ritos espíritas”
(embora digam que não
tenham). A palestra era
sobre as relações de
nós encarnados e os
espíritos.

Quem ministrou era uma


senhora que era presidente do centro, muito articulada, e que
sempre ao falar, citava uma parte do livro dos médiuns ou dos
espíritos. Acho que tentando legitimar sua palestra e as afirma-
ções que fazia.

Em dado momento, ela conta que ali, naquele centro, em uma


sessão, estava presente um médium novo que havia vindo dá
Umbanda e que na mesa, havia se aproximado dele um espírito
que se denominava “João Caveira”.
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Ela deu uma pausa e contou que
aquele espírito acompanhava o rapaz
no antigo terreiro de Umbanda que o rapaz
frequentava, e lá se manifestava no jovem, de
forma bizarra, prejudicando aquele médium,
pois o fazia beber e fumar, enquanto mediunizado,
e lidando com energias espirituais densas e perigosas.

Dito isso, ela foi narrando como


“converteu” o “Exu João Cavei-
ra” a alcançar um patamar de
consciência espiritual e largasse
aquela forma pensamento que o
submeteram, de Caveira, e Exu,
e assumisse a sua real persona-
lidade de João Carlos, o transformando de fato em um mentor
espiritual para aquele rapaz. Isso tudo carimbando com diversas
passagens dos livros de Kardec.

No final, é claro, falou que a Umbanda ainda iria evoluir, e assim


como os espíritos que lá se manifestavam. E que um dia iriam
alcançar a doutrina espírita e a mensagem de Jesus.

Quando cheguei no terreiro e minha mãe no santo me perguntou


como foi, e eu disse:
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- Bem, em síntese, tudo que a gente
faz aqui está errado e um dia vamos evoluir.
Mas foi bom a senhora não ter ido.

Quando ela perguntou o por quê, eu disse:

- Se a senhora fosse, e o seu Sete fosse junto, ele não ia gostar


muito do que falaram.

Ela riu e falou:

- Imagino. Mas na
hora do sufoco é
aqui que param para
que nós possamos
ajudar.

Fato: uns três anos


depois aquela se-
nhora, que ministrou
a palestra, foi lá. De-
sesperada porque o
filho estava obsedia-
do, e nada do que
fizeram no centro adiantou.

Em síntese: o filho dela melhorou, ela agradeceu muito, mas não


mudou a postura. É claro que ninguém no centro espírita sabia
que ela tinha ido ao terreiro e feito os ebós, descarrego etc.que a
preta-velha tinha mandado e feito.

Historinha real que faz pensar sobre esses contrapontos que


existem por aí. Seja de fora para dentro, ou entre nós mesmos, nos
preconceitos inter e intra-religiosos.
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