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Projetos unem solidariedade e


sustentabilidade na região de Bauru
E em Bauru, projeto da Unesp explora utilidades do
bambu.

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Sustentabilidade e preocupação com o meio ambiente são assuntos recorrentes em


empresas, instituições e governos, mas em poucos lugares consegue-se desenvolver um
trabalho social ligado a esses dois temas. A Associação dos Deficientes Físicos de
Lençóis Paulista (SP), Adefilp, e o Projeto Bambu, desenvolvido na Universidade
Estadual Paulista (Unesp), campus de Bauru, são exemplos desta iniciativa.

O projeto da Adefilp existe em Lençóis desde 11 de maio de 1997, são 15 anos de


trabalho atendendo pessoas com deficiência. Segundo José Carlos de Oliveira, fundador
da entidade, a intenção nunca foi depender de verbas governamentais e doações. “A
preocupação era dar sequência na vida, ter uma ocupação e qualidade de vida”, ressalta.

Assim, juntou-se a ideia social à preocupação ambiental e a partir de então, diversas


parcerias foram feitas para que os beneficiados pudessem desenvolver um trabalho que
gerasse renda, mas que não perdesse de vista a sustentabilidade. Surgiu então o projeto
“Transformando Lixo Reciclável em Moeda Social”.
Bambu sustentável
Já na região de Bauru, a iniciativa em destaque é o Projeto Bambu, criado em 1990 a
partir de uma pesquisa do Prof. Dr. Marco Antônio dos Reis Pereira, docente do
Departamento de Engenharia Mecânica, no campus da Unesp. Hoje, a iniciativa reúne
diversos professores e alunos. A partir do estudo, moradores do Assentamento Aimorés,
em Pederneiras, aprendem a lidar com a planta e gerar renda a partir de produtos
artesanais com o auxílio da Incubadora de Cooperativas Populares da Unesp, do grupo
agroecológico Viverde, entidade socioecológica, e do Projeto Taquara, composto por
alunos de Design e Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura, Artes e
Comunicação, também da Unesp.

Canecas, luminária, fruteira e até kit caipirinha são produzidos com o bambu.
(Foto: Divulgação)

Segundo José Maria Rodrigues, coordenador geral, o projeto é desenvolvido na cadeia


produtiva do artesanato e depois é gerada renda para subsidiar manutenção. Os
moradores participantes dividem o restante por partes iguais, o que auxilia na renda das
famílias, gerando trabalho e lazer.

Mas onde está a sustentabilidade do projeto? Pereira explica que o bambu é uma
madeira renovável. “A planta nasce todo ano e cresce 30 metro em 3 meses. Com isso,
sequestra muito carbono da atmosfera, melhorando a qualidade do ar. É uma cultura
perene, todo ano temos a mesma floresta, o que caracteriza um aspecto sustentável”.
Além disso, a planta tem milhares de utilidades e resistência adequada para o uso em
diversos tipos de produto. Desde a produção de papel, passando por móveis, artesanato,
pisos e cabos de ferramentas e até mesmo na estrutura de casas.

Na comunidade
Pereira conta que uma oficina de bambu foi construída para que os assentados
trabalhem dentro da comunidade. “Construímos a oficina, com a ajuda deles e doamos
120 mudas de bambus de boas espécies. É um projeto que tende a ir pra lá. Eles já
geram renda”, ressalta.

Toda a estrutura do galpão foi


construída com bambus.
(Foto: Divulgação/Projeto Bambu)

Os produtos são produzidos e catalogados pelo Projeto Taquara, que também realiza
oficinas para capacitação de qualquer interessado em cultivar mudas de bambu e no
desenvolvimento de produtos a partir da planta.

Serviço
Grupo Viverde
Informações: (14) 3103-6121 (ramal 6488)
E-mail: grupoviverde@gmail.com
Catálogo de produtos, acesse aqui.

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