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Lição 9 25 de maio a 1º de junho

O Dia do Senhor
(Sofonias e Naum)

Sábado à tarde Ano Bíblico: Ne 1-4

VERSO PARA MEMORIZAR: “O Senhor será terrível contra eles, porque aniquilará
todos os deuses da Terra; todas as ilhas das nações, cada uma do seu lugar, O
adorarão” (Sf 2:11).

Leituras da semana: Sf 1:14-18; Jl 2:1-11; Sf 2:1-3; Is 11:4; Sf 3:1-5; Is 62:5; Na 1–3

Pensamento-chave: O juízo está vindo, mas a graça e a misericórdia ainda estão


disponíveis aos que as buscam fervorosamente.

S
e os livros dos profetas fossem colocados em ordem cronológica, Sofonias estaria
entre Isaías e Jeremias. Durante o reinado de Manassés, o mais perverso rei de Judá,
a pregação de Sofonias deu apoio a Jeremias e, juntos, eles ajudaram a desencadear um
reavivamento durante o reinado de Josias, neto de Manassés.

A pregação de Sofonias condenou a extrema corrupção encontrada na sociedade judaica.


Ele apontou para a necessidade de arrependimento com base no fato de que o amor de
Deus ainda estava chamando Seu povo à humildade e fidelidade. Sua mensagem foi
dupla: há uma ameaça de um juízo iminente e universal, que incluirá até mesmo o povo
de Deus. No entanto, também há a promessa de que os salvos de todas as nações se
unirão ao remanescente de Israel em servir a Deus e desfrutar de Suas bênçãos. A lição
desta semana mostra que a mensagem de Sofonias ainda é importante para os que
proclamam a divina mensagem de esperança para o mundo caído.

Comentários de Ellen G. White

Estamos perto do fim dos tempos. Foi-me mostrado que os juízos de Deus já estão
caindo sobre a Terra. O Senhor nos advertiu quanto aos acontecimentos que estão
prestes a ocorrer. Luz irradia de Sua Palavra, contudo as trevas cobrem a Terra e densa
escuridão os povos. “Quando disserem: Há paz e segurança; então lhes sobrevirá
repentina destruição… e de modo nenhum escaparão” (1Ts 5:3).

É nosso dever inquirir a causa de tão terríveis trevas, a fim de podermos evitar os
caminhos pelos quais os homens acalentaram tão grande ilusão. Deus deu ao mundo
uma oportunidade de conhecer Sua vontade e a ela obedecer. Deu-lhe em Sua Palavra a
luz da verdade e lhe enviou advertências, conselhos e exortações; mas poucos
obedecerão à Sua voz. Como a nação judaica, a maioria dos cristãos professos se gloria
de suas vantagens superiores, porém não se mostra grata a Deus por essas grandes
bênçãos. Por causa de Sua graça infinita uma última mensagem de advertência é
enviada ao mundo, anunciando que Cristo está às portas e chamando a atenção para a
desprezada lei divina. Mas como os antediluvianos rejeitaram com zombaria a
advertência de Noé, assim os amantes dos prazeres hoje em dia hão de rejeitar a
mensagem dos fiéis servos de Deus. O mundo segue seu curso inalterado, absorvido
como sempre em seus negócios e prazeres, enquanto a ira divina está prestes a ser
derramada sobre os transgressores de Sua lei.

Nosso compassivo Redentor, prevendo os perigos que haveriam de cercar Seus


seguidores neste tempo, lhes dirige esta admoestação especial: “Tenham cuidado, para
não sobrecarregar o coração de vocês de libertinagem, bebedeira e ansiedades da vida, e
aquele dia venha sobre vocês inesperadamente. Porque ele virá sobre todos os que
vivem na face de toda a Terra. Estejam sempre atentos e orem para que vocês possam
escapar de tudo o que está para acontecer, e estar em pé diante do Filho do homem” (Lc
21:34-36). Se a igreja tomar um caminho idêntico ao do mundo, virá a partilhar a
mesma sorte; ainda mais: como recebeu maior luz, seu castigo será maior do que o dos
impenitentes (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 99, 100).

Domingo, 26 de maio Ano Bíblico: Ne 5–8

Dia de trevas
O
ponto central da mensagem de Sofonias é o “Dia do Senhor” (Sf 1:7). Para os
profetas bíblicos, o Dia do Senhor se refere a um período específico de tempo em
que Deus intervém nos assuntos humanos, para salvar e julgar. A maioria das pessoas do
antigo Israel acreditava que nesse dia o Senhor salvaria e exaltaria Israel, enquanto as
nações inimigas seriam destruídas para sempre. Para grande surpresa dos que o ouviam,
o profeta declarou que o Dia do Senhor seria de condenação até mesmo para o povo de
Deus (Sf 1:1-5), porque as pessoas haviam pecado contra Ele (Sf 1:17).

1. Compare Sofonias 1:14-18 com Joel 2:1-11 e Amós 5:18-20. Como eles descrevem
“o Dia do Senhor?”

Sofonias comparou o iminente juízo à destruição de toda forma de vida nos dias do
grande dilúvio (Gn 6–8). A lista da destruição em Sofonias 1:2, 3 foi organizada até certo
ponto em ordem inversa em relação à criação original de Deus: humanidade, animais
terrestres, aves do céu e peixes do mar (compare com Gn 1:20-27).

O profeta advertiu as pessoas de que elas não poderiam pagar para se livrarem do juízo
(Sf 1:18). Nem prata nem ouro os protegeriam da ira do Senhor. As pessoas
complacentes em Jerusalém afirmavam que Deus não fazia bem, nem mal. Elas
simplesmente não esperavam que o Senhor fizesse alguma coisa (Sf 1:12). Mas os juízos
divinos revelam quanto Deus trabalha ativamente para assegurar que haja um futuro para
Seu povo fiel.

Sofonias deixa claro que o juízo divino não é apenas punitivo, mas também corretivo. O
Senhor estende uma promessa de abrigo aos que O buscam (Sf 2:3). O Dia do Senhor é
mais do que o fim do mundo. É o começo do futuro estabelecimento do governo de
Deus, que durará para sempre.

Leia Sofonias 1:18. Que tipo de situações temos enfrentado nas quais todo o dinheiro do
mundo não poderia nos salvar?

Comentários de Ellen G. White

Pela boca do profeta Sofonias, o Senhor aponta os juízos com que Ele ferirá os
malfeitores:

“Inteiramente consumirei tudo sobre a face da Terra, diz o Senhor. Arrebatarei os


homens e os animais; consumirei as aves do céu, e os peixes do mar, e os tropeços com
os ímpios; e exterminarei os homens de cima da Terra, disse o Senhor.”

“E acontecerá que, no dia do sacrifício do Senhor, hei de castigar os príncipes, e os


filhos do rei, e todos os que se vestem de vestidura estranha. Castigarei também naquele
dia todos aqueles que saltam sobre o umbral, que enchem de violência e engano a casa
dos seus senhores…

“E há de ser que, naquele tempo, esquadrinharei a Jerusalém com lanternas, e castigarei


os homens que estão assentados sobre as suas fezes, que dizem no seu coração: O
Senhor não faz bem nem faz mal. Por isso será saqueada a sua fazenda, e assoladas as
suas casas; e edificarão casas, mas não habitarão nelas; e plantarão vinhas, mas não lhes
beberão o vinho.

“O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do
Senhor; amargamente clamará ali o homem poderoso. Aquele dia é um dia de
indignação, dia de angústia e de ânsia, dia de alvoroço e de desolação, dia de trevas e de
escuridão, dia de nuvens e de densas trevas. Dia de trombeta e de alarido contra as
cidades fortes e contra as torres altas. E angustiarei os homens, e eles andarão como
cegos, porque pecaram contra o Senhor; e o seu sangue se derramará como pó, e a sua
carne como esterco. Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia do furor do
Senhor; mas pelo fogo do Seu zelo toda esta Terra será consumida; porque certamente
fará de todos os moradores da Terra uma destruição total e apressada” (Sf 1:2, 3, 8-18).

Deus não pode ter paciência por muito mais tempo. Seus juízos já começam a cair em
alguns lugares, e logo Seu desagrado será manifesto em outras partes.

Haverá uma série de acontecimentos que revelarão que Deus é o Senhor da situação. A
verdade será proclamada em linguagem clara e inequívoca. Como povo, precisamos
preparar o caminho do Senhor sob a soberana direção do Espírito Santo. O evangelho
deve ser proclamado em sua pureza. A correnteza de águas vivas deve, em seu curso,
aprofundar-se e alargar-se. Em todos os campos, próximos e distantes, haverá homens
que serão chamados de detrás do arado e das profissões mais comuns em geral
preferidas, para se ligarem a homens experimentados e ser por eles instruídos. À medida
que aprendam a trabalhar e se tornem eficientes, proclamarão a verdade com poder. Por
causa das maravilhosas atuações da providência divina, montanhas de dificuldades
serão removidas e lançadas ao mar. A mensagem que tanta importância tem para os
habitantes da Terra, será ouvida e compreendida. Os homens discernirão a verdade. A
obra progredirá mais e mais até que a Terra inteira seja advertida. Então, virá o fim
(Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 95, 96).
Segunda, 27 de maio Ano Bíblico: Ne 9-11

Os humildes da Terra

E
m Sofonias 2:1-3, vemos o chamado do profeta ao arrependimento. Embora a
destruição fosse iminente, ainda havia tempo para se proteger da calamidade, mas
somente se a nação se arrependesse. Os ímpios que se recusassem a se arrepender, no dia
do juízo seriam consumidos como a palha. No Salmo 1:4 os ímpios também são
comparados à palha e, no fim, eles perecem.

Com as palavras “Buscai ao Senhor”, Sofonias estava encorajando os que se


humilhavam diante de Deus a se manterem firmes na fé. O profeta ensinou que buscar ao
Senhor é o mesmo que procurar justiça e humildade. Essa atitude de arrependimento era
essencial a fim de escapar do juízo vindouro.

2. Sofonias chama o povo arrependido de “mansos da Terra” (Sf 2:3). Como as


seguintes passagens lançam luz sobre essa expressão, que também é traduzida como
“humildes da Terra”? Mt 5:3; Sl 76:9; Is 11:4; Am 8:4

Os mansos são os que se mantêm fiéis a Deus e que são guiados e ensinados por Ele. O
salmista diz: “Bom e reto é o Senhor, por isso, aponta o caminho aos pecadores. Guia os
humildes na justiça e ensina aos mansos o Seu caminho” (Sl 25: 8, 9). Os humildes são
chamados a se prepararem para o juízo iminente, buscando a Deus, a justiça e a
humildade.

A possibilidade de sobrevivência para os mansos que são fiéis é expressa pela palavra
porventura. Sobrevivência dependia unicamente da graça divina, e a graça nunca deve
ser desprezada. Diante da destruição iminente, havia esperança para o futuro em Deus,
que é misericordioso. O Senhor havia prometido proteger todos que confiassem nEle (Jl
3:16; Na 1:7). Esse tipo de confiança expulsa a autossuficiência, a astúcia e o engano.

“Ninguém é aparentemente mais desamparado, e na realidade mais invencível, do que a


pessoa que sente sua nulidade e confia inteiramente nos méritos do Salvador. Pela
oração, pelo estudo de Sua Palavra, pela fé em Sua constante presença, a mais fraca das
criaturas humanas pode viver em contato com o Cristo vivo, e Ele a segurará com mão
que nunca a soltará” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 182). Qual tem sido
sua experiência com essas promessas maravilhosas? Como você pode aprender a ter esse
tipo de comunhão profunda com o Senhor?

Comentários de Ellen G. White

No sábado houve um decidido movimento com o objetivo de buscar a Deus, por aqueles
que desejavam ser atraídos a Ele. A instrução para nossos dias é: “Busquem o Senhor,
todos vocês, os humildes da Terra, vocês que fazem o que ele ordena. Busquem a
justiça, busquem a humildade…” Esse valioso tesouro da justiça e humildade não será
encontrado sem busca sincera e humilde. Não é algo que se desenvolva naturalmente no
coração humano. Deve haver esforços mais diligentes e perseverantes, desenvolvidos
por toda pessoa no sentido de obter a humildade e justiça de Cristo. Diz o profeta:
“Busquem o Senhor, todos vocês, os humildes da Terra, vocês que fazem o que Ele
ordena. Busquem a justiça, busquem a humildade; talvez vocês tenham abrigo no dia da
ira do Senhor.” Buscamos ao Senhor por meio de súplicas fervorosas, e Seu Espírito
Santo testemunhou a presença de Deus entre nós. Aqueles que, de coração, buscam ao
Senhor, certamente O encontrarão, pois Ele é socorro bem presente em todo tempo de
necessidade (Signs of the Times, 20 de abril de 1888).

Mansidão e humildade caracterizarão todos aqueles que obedecem à lei de Deus, todos
os que, submissos, tomarão o jugo de Cristo. Essas graças produzirão o desejável
resultado de paz no serviço de Cristo (Signs of the Times, 16 de abril de 1912).

Que todos examinemos o coração e, neste tempo solene, nos arrependamos dos nossos
pecados e nos humilhemos diante de Deus. A obra está entre Deus e o próprio coração.
É uma obra individual e todos têm muito o que fazer sem ser criticar o vestuário, os atos
e os motivos de seus irmãos e irmãs. “Busquem o Senhor, todos vocês, os humildes da
Terra, vocês que fazem o que Ele ordena. Busquem a justiça, busquem a humildade;
talvez vocês tenham abrigo no dia da ira do Senhor” (Sf 2:3). Eis nossa obra. Não é aos
pecadores que se dirige esta mensagem, mas a todos os mansos da Terra, que põem por
obra Seu juízo, ou que guardam Seus mandamentos. Há trabalho para todos e, se todos
obedecerem, veremos uma suave união nas fileiras dos guardadores do sábado”
(Testemunhos Para a Igreja, v, 1, p. 425, 426).

“Busquem o Senhor, todos vocês, os humildes da Terra, vocês que fazem o que Ele
ordena. Busquem a justiça, busquem a humildade; talvez vocês tenham abrigo no dia
da ira do Senhor.”
Essas palavras são dirigidas a nós, que nos reunimos nesta assembleia, que temos
executado Suas ordens e guardamos Seus mandamentos. Seria muito triste se
negligenciássemos ou nos recusássemos a buscar zelosamente o Senhor. Seria grande
erro desperdiçar esta oportunidade; pois há grandes bênçãos para todos aqueles que as
buscarem de todo o coração.

Pergunte-se cada um a si mesmo: “Tenho feito tudo o que posso para trazer luz e
liberdade a esta reunião?” Cada um de nós tem uma obra a realizar e ninguém a pode
fazer por nós. O Senhor Se agradaria de nos ver humilhando o coração diante dEle,
confessando nossos pecados e corrigindo cada erro que existe entre nós e nossos
irmãos. Há o perigo de que o adversário sugira que não necessitamos humilhar nosso
coração diante de Deus; que não necessitamos fazer confissão a nossos irmãos dos erros
que temos cometido contra eles, divulgando suas faltas, exagerando seus erros,
distorcendo suas palavras e alimentando inimizade em nosso coração contra eles.
Alguns têm abrigado tais sentimentos. Separação, preconceito e ciúme têm dominado
corações e o amor por Jesus e pelo semelhante tem sido suplantado por essas ervas
daninhas plantadas por Satanás. Irmãos, devemos nós permitir o triunfo do inimigo,
deixando de corrigir esses erros? Ou devemos nós, enquanto assistirmos a essas
reuniões, confessar nossas próprias faltas e perdoar nossos irmãos? Devemos aqui
buscar humildade? Devemos abrir nosso coração às suaves e puras influências do Sol da
justiça? O apóstolo nos exorta: “Sejam amáveis e corteses.” Deixemos que as
qualidades cristãs – amor, gentileza, bondade – tomem posse do nosso ser. Permitamos
que o caráter de Jesus brilhe através de nosso caráter, mostrando que temos a mente de
Cristo, que somos cheios de terna compaixão para com nossos irmãos (Review and
Herald, 4 de março de 1884).

Terça, 28 de maio Ano Bíblico: Ne 12, 13

Cidade corrupta

U
m provérbio chinês diz que a mancha mais escura no quarto está localizada logo
abaixo da vela. Esse provérbio pode ser aplicado à condição moral de Jerusalém no
tempo de Sofonias. O profeta havia acabado de fazer o pronunciamento dos juízos
divinos sobre os países vizinhos de Judá (Sf 2), como a Filístia, no oeste, Moabe e
Amom, no leste, Etiópia, no sul e Assíria, no leste. No entanto, ele não parou por aí e
passou a expor os pecados dos que habitavam na própria cidade de Deus na Terra,
Jerusalém.
3. Leia Sofonias 3:1-5. Quem está sendo condenado, e por quê? Como o povo de
Deus, tendo recebido tanta luz e verdade, pôde se tornar tão corrompido? Como
podemos evitar que a mesma coisa aconteça conosco?

A capital de Judá estava no centro das preocupações de Sofonias. Ele acusou seus líderes
a respeito da degradação moral da cidade. A corrupção surgiu diretamente do fracasso de
seus líderes em viver de acordo com as funções e responsabilidades que lhes haviam sido
designadas (compare com Jr 18:18; Ez 22:23-30). O tribunal corrupto dirigido pelos
príncipes foi comparado a “leões rugidores” e os juízes foram caracterizados como
“lobos do cair da noite.” O templo não estava em uma situação melhor porque os
sacerdotes não ensinavam a Palavra de Deus, e os profetas não falavam a verdade.

“Durante o reinado de Josias, a palavra do Senhor veio a Sofonias, especificando


claramente os resultados da continuada apostasia e chamando a atenção da verdadeira
igreja para a gloriosa perspectiva de além. Suas profecias de juízo impendente sobre Judá
se aplicam com igual força aos juízos que devem cair sobre um mundo impenitente por
ocasião da segunda vinda de Cristo” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 389).

Olhe ao seu redor. Por mais atraente que seja, o mundo está condenado à destruição
final. Não é preciso acreditar na Bíblia para ver como essa destruição pode acontecer
facilmente. Por que o Senhor é a nossa única esperança, e como podemos aprender a
confiar nEle mais e mais e não confiar nas coisas vãs e vazias deste mundo?

Comentários de Ellen G. White

Não foi Habacuque a única pessoa por meio de quem foi dada uma mensagem de
esperança e de um futuro triunfo, bem como de julgamento presente. Durante o reinado
de Josias, a palavra do Senhor veio a Sofonias, especificando claramente os resultados
da continuada apostasia e chamando a atenção da verdadeira igreja para a gloriosa
perspectiva de além. Suas profecias de juízo impendente sobre Judá se aplicam com
igual força aos juízos que devem cair sobre um mundo impenitente por ocasião da
segunda vinda de Cristo (Profetas e Reis, p. 389, 390).

Há muitos que professam guardar os mandamentos de Deus e estão se apropriando, para


uso próprio, dos meios que o Senhor lhes tem confiado e que deviam ser encaminhados
a Seu tesouro. Roubam a Deus nos dízimos e ofertas. Eles dissimulam e retêm de Deus
para seu próprio uso, atraindo carência e pobreza para si mesmos e trevas sobre a igreja.
Em sua avareza e dissimulação, roubam a Deus nos dízimos e nas ofertas.

Aqueles que trabalham no temor de Deus para livrar a igreja dos obstáculos, corrigir
erros, para que o povo de Deus possa ver a necessidade de aborrecer o pecado e para
que possam prosperar em pureza, e o nome de Deus seja glorificado, encontrarão
resistência entre os que não são consagrados. Sofonias descreve a verdadeira condição
dessa classe e os terríveis juízos que virão sobre ela. [Sofonias 1:12, 14-18 citado.]

É no momento do conflito que os verdadeiros porta-estandartes necessitam ser firmes e


tornar conhecida sua verdadeira posição. É então que a habilidade de cada soldado da
justiça é provada. Desertores jamais podem usar os lauréis da vitória. Os verdadeiros e
leais não ocultarão fatos, mas colocarão força e ânimo no trabalho e arriscarão tudo na
luta. Deus odeia o pecado, e serão amaldiçoados aqueles que condescendem com ele,
dizendo ao pecador: “está tudo bem”.

Confissões de pecados feitas no tempo certo serão aceitas por Deus que libertará Seu
povo. Mas, entre nós existem aqueles que confessarão como Acã, tarde demais para se
salvar. Deus poderá prová-los e submetê-los à outro teste para lhes mostrar que eles não
suportariam sequer um teste, uma única prova de Deus. Não estão em harmonia com a
justiça. Desprezam o correto testemunho que alcança o coração e se alegram em ver o
silêncio de alguém que devia reprová-los (Review and Herald, 23 de setembro de 1873).

Quarta, 29 de maio Ano Bíblico: Et 1–4

O maior deleite de Deus


“O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para salvar-te; Ele Se deleitará em ti
com alegria; renovar-te-á no Seu amor, regozijar-Se-á em ti com júbilo” (Sf 3:17).

N
a seção final de seu livro (Sf 3:9-20), Sofonias passa do tema da ira para o da
restauração. Além do juízo, chegamos aos objetivos finais de Deus. Quando as
nações forem disciplinadas, todas elas invocarão o Senhor e O servirão de todo o
coração. Os lábios do povo serão purificados para que todos adorem e louvem ao Senhor,
servindo-O. Um remanescente pequeno, e também humilde e fiel, sobreviverá em Judá e
tomará o lugar dos líderes orgulhosos.

Ainda mais importante, Deus habitará com Seu povo e corrigirá os erros do passado. Os
fiéis não mais precisarão viver com medo, porque o Senhor estará com Seu povo,
habitando no meio deles. Ele será seu Libertador e Salvador. “Serão apascentados, deitar-
se-ão, e não haverá quem os espante” (Sf 3:13).

Tais bênçãos normalmente fariam com que o povo de Deus se alegrasse nEle, mas o
profeta declarou que será Deus que Se regozijará neles. Seu amor e alegria em relação ao
Seu povo serão tão grandes que Ele exclamará com júbilo por causa deles.

4. Como o profeta Isaías descreve a alegria de Deus em Seu povo redimido? Is 62:5;
65:19

O grande Rei, o Guerreiro divino, protegerá e reivindicará Seu povo. Ele nos concederá
todos os benefícios de Sua vitória conquistada para nós na cruz. Ele exaltará o humilde e
transformará a vergonha, sofrimento e alienação em uma experiência de honra, bênçãos e
de Sua própria presença. O coxo e o rejeitado seriam destacados, um tema que está no
centro da mensagem proclamada por Jesus Cristo.

Mesmo em meio a essas advertências terríveis, o Senhor ofereceu esperança ao Seu


povo. Como podemos aprender a ter confiança na promessa da segunda vinda de Cristo?
Como podemos aprender a manter viva essa esperança, especialmente em momentos de
dificuldade, quando o mundo não nos oferece nada além de tristeza?

Comentários de Ellen G. White

Nas palavras que proferimos diante do povo ou em nossas preces, Deus deseja que
ofereçamos inequívoca evidência de que temos vida espiritual. Pelo fato de não
pedirmos com fé, não desfrutamos a plenitude das bênçãos que o Senhor tem preparado
para nós. Se exercêssemos fé na palavra do Deus vivo, teríamos as mais ricas bênçãos
dEle. Desonramos a Deus por essa falta de fé; dessa forma não conseguimos
compartilhar vida com outros, mediante um testemunho vivo e edificante. Não podemos
dar o que não temos.

Se andarmos humildemente com Deus, se trabalharmos no espírito de Cristo, nenhum


de nós terá de carregar fardos pesados. Haveremos de depositá-los sobre o grande
Portador de fardos. Poderemos, então, esperar triunfos na presença de Deus, na
comunhão de Seu amor. Do início ao fim, toda reunião campal será uma festa de amor,
pois a presença de Deus estará com Seu povo.
Todo o Céu está interessado em nossa salvação. Anjos de Deus, milhares de milhares, e
dezenas de milhares vezes dezenas de milhares, são comissionados a ministrar em favor
dos que herdarão a salvação. Eles nos guardam do mal e fazem recuar as forças das
trevas que estão procurando destruir-nos. Não temos razão para ser gratos a cada
momento, até mesmo quando aparentes dificuldades existem em nosso caminho?

O próprio Senhor é nosso ajudador. “Cante, ó cidade de Sião; exulte, ó Israel! Alegre-
se, regozije-se de todo o coração, ó cidade de Jerusalém! … O Senhor, o seu Deus, está
em seu meio, poderoso para salvar. Ele Se regozijará em você; com o Seu amor a
renovará, Ele Se regozijará em você com brados de alegria” (Sf 3:14, 17). Esse é o
testemunho que o Senhor deseja que apresentemos ao mundo. Seu louvor deve estar
continuamente em nosso coração e lábios (Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 63, 64).

Dirijo-me ao povo de Deus que está hoje mantendo firme a sua confiança, que não se
apartará da fé que uma vez foi dada aos santos, que está em pé em meio das trevas
morais destes dias de corrupção. A Palavra do Senhor para vocês é: “Folgarei em
Jerusalém e exultarei no Meu povo” (Is 65:19). Não podemos ver aqui o paternal amor
de Deus expresso para com aqueles que se apegam à fé em justiça? Entre Deus e Seu
povo existe o mais íntimo relacionamento. Não somente somos alvo de Sua
misericordiosa graça, de Seu amor perdoador; somos mais do que isso. O Senhor Se
regozija em Seu povo. Nele Se deleita. Ele é o seu penhor. Ele embelezará a todo aquele
que O serve com inteireza de coração, com espírito de santidade. Ele os reveste de
justiça. Ama aos que cumprem Sua vontade, que Lhe refletem a imagem. Todos os fiéis
e verdadeiros são transformados à imagem de Seu Filho. Na sua boca não há engano,
pois estão sem falta diante do trono de Deus (Testemunhos Para Ministros e Obreiros
Evangélicos, p. 414, 415).

Quinta, 30 de maio Ano Bíblico: Et 5–7

Resposta à injustiça
5. Leia Naum 1–3. O que esses capítulos nos ensinam sobre o caráter de Deus?
Como podemos aplicar o que é visto ali à nossa compreensão dos eventos dos
últimos dias?
A
profecia de Naum é a Palavra de Deus contra os reinos deste mundo representados
por Nínive. Quando o profeta observou o mundo, viu a mão de Deus se movendo
contra o Império Assírio. Ele anunciou que sua capital, Nínive, em breve cairia, para
nunca mais se levantar novamente. Naum falou com absoluta confiança porque conhecia
o caráter de Deus e, pelo dom da profecia (Na 1:1), o Senhor lhe havia mostrado o que
aconteceria. O Senhor não deixará impune o culpado (Na 1:3; Êx 34:6, 7).

Os assírios tinham saqueado muitas nações e tinham desejo insaciável de poder. Sua
crueldade era notória. Como “navalha” de Deus (Is 7:20), eles haviam tosquiado
avidamente seus vizinhos. Então, chegou o momento de quebrar a navalha. Instrumentos
do juízo divino não estão isentos do julgamento. Nínive não mais existe, mas o
testemunho profético permanece vivo. Isso nos faz lembrar que, embora a justiça de
Deus pareça lenta, no fim das contas, nada pode impedi-la.

Como vimos em uma lição anterior, anos antes do tempo de Naum, os ninivitas, tendo
ouvido a pregação de Jonas, se arrependeram e Deus poupou a cidade. Mas o
arrependimento não durou. O povo voltou aos seus velhos caminhos. Muitos países que
haviam sofrido sob seu jugo opressivo teriam recebido a notícia da queda de Nínive com
estrondosa aclamação. Um mensageiro viria para trazer as boas notícias (Is 52:7) de que
o poder da Assíria estava quebrado e seus deuses haviam sido derrotados. O povo de
Deus poderia novamente adorar em paz (Na 1:15).

Ainda que a ira divina seja grande, maior é a ternura de Sua misericórdia. Ele protege os
que esperam a plenitude da Sua bondade. Naum ensina que Deus cuida dos que nEle
confiam, mas mostra que, com um dilúvio avassalador Ele perseguirá Seus inimigos com
trevas (Na 1:8). Deus estava por trás de tudo, pois Ele havia determinado que o dia do
juízo de Nínive havia chegado.

O profeta mostra que Deus tem grande poder. Diante dEle, toda a criação treme. Ele não
tolera o pecado para sempre. Ao mesmo tempo, Ele é o Salvador dos que confiam nEle.
Não há meio termo. Estamos de um lado ou do outro. Jesus disse: “Quem não é por Mim
é contra Mim” (Mt 12:30).

Comentários de Ellen G. White

A ascensão e a queda do império assírio são ricas em lições para as atuais nações da
Terra. A inspiração ligou a glória da Assíria no apogeu de sua prosperidade a uma nobre
árvore no jardim de Deus, mais alta que as outras ao seu redor.

“Considere a Assíria, outrora um cedro no Líbano, com belos galhos que faziam sombra
à floresta; era alto; seu topo ficava acima da espessa folhagem… todas as grandes
nações viviam à sua sombra. Era de uma beleza majestosa, com seus ramos que tanto se
espalhavam, pois as suas raízes desciam até as muitas águas. Os cedros do jardim de
Deus não eram rivais para ele, nem os pinheiros conseguiam igualar-se aos seus ramos,
nem os plátanos podiam comparar-se com os seus galhos; nenhuma árvore do jardim de
Deus podia equiparar-se à sua beleza. Eu o fiz belo com rica ramagem, a inveja de todas
as árvores do Éden, do jardim de Deus” (Ez 31:3-9).

Mas, em vez de usar suas bênçãos para benefício da humanidade, os monarcas da


Assíria se tornaram flagelo para muitas nações. Inclementes, sem nenhuma
consideração para com Deus ou por seus semelhantes, eles empregaram a política de
compelir todas as nações ao reconhecimento da supremacia dos deuses de Nínive, aos
quais eles exaltavam acima do Altíssimo. Deus lhes enviou Jonas com uma mensagem
de advertência, e por algum tempo eles se humilharam diante do Senhor dos exércitos,
buscando perdão. Porém, logo se voltaram para a adoração de ídolos e conquista do
mundo…

Com infalível exatidão, o Deus infinito ainda mantém uma conta com as nações.
Enquanto Sua misericórdia é oferecida, com chamados ao arrependimento, essa conta
permanece aberta; mas quando o débito chegar à soma fixada por Deus, o ministério de
Sua ira terá início. A conta será fechada, cessará a paciência divina. A misericórdia não
mais pleiteará em seu favor…

O orgulho da Assíria e sua queda servem como lição objetiva no tempo do fim (Review
and Herald, 3 de junho de 1915).

Causa-me admiração que Deus suporte a perversidade dos filhos dos homens por tanto
tempo, tolerando sua desobediência, abuso de Sua misericórdia, tolerando falso
testemunho contra Ele através das mais pecaminosas afirmações. Porém, os caminhos
de Deus não são nossos caminhos, e não devemos estranhar Sua amorosa paciência,
terna piedade e compaixão infinita. Ele tem dado inequívoca evidência de que é justo
como Seu caráter – tardio em irar-Se, mostrando misericórdia a milhares que O amam e
guardam Seus mandamentos (Manuscript Releases, v. 21, p. 243).

Sexta, 31 de maio Ano Bíblico: Et 8–10

Estudo adicional
C
om infalível exatidão, o Infinito ainda ajusta conta com as nações. Enquanto Sua
misericórdia é oferecida, com chamados para o arrependimento, essa conta
permanece aberta; mas quando as cifras alcançam certo montante estabelecido por Deus,
começa o ministério de Sua ira. A conta é encerrada. Cessa a divina paciência. A
misericórdia não mais pleiteia em seu benefício” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p.
364).

“Perante os mundos não caídos e o Universo celeste, o mundo terá de dar contas ao Juiz
de toda a Terra, o mesmo que eles condenaram e crucificaram. Que dia de acerto de
contas será esse! O grande dia da vingança de Deus! Cristo não estará então no tribunal
de Pilatos. Pilatos, Herodes e todos os que dEle zombaram, O açoitaram, rejeitaram e
crucificaram, então compreenderão o que significa sentir a ira do Cordeiro. Seus atos
aparecerão diante deles em seu verdadeiro caráter” (Ellen G. White, Testemunhos para
Ministros, p. 132).

Perguntas para reflexão

1. Algumas pessoas do tempo de Sofonias faziam coisas terríveis contra o Senhor e contra
seus compatriotas, enquanto outras eram complacentes quando tais males ocorriam. Qual
desses dois pecados é pior aos olhos de Deus?
2. Leia novamente o texto de Ellen G. White do livro A Ciência do Bom Viver, p. 182, citado
na lição de segunda-feira. O que significa confiar “inteiramente nos méritos do Salvador”?
Como essas palavras nos revelam a grande verdade da salvação pela fé unicamente em
Cristo, e por que essa verdade é tão central para nossas crenças?
3. Por que é tão fácil, especialmente para os que vivem na riqueza e conforto, esquecer sua
completa dependência de Deus? Como podemos nos proteger dessa ilusão fatal?
4. Pense mais sobre o Senhor Se alegrando e Se regozijando em Seu povo com brados de
alegria. Costumamos pensar em nós mesmos cantando e nos alegrando em Deus e no que
Ele fez por nós. O que significa que Ele Se alegra e Se regozija em nós com brados de
alegria? Como pode ser isso, considerando o estado patético em que nos encontramos?
Respostas sugestivas: 1. Será um dia de juízo, destruição, amargura e aflição; no dia do Senhor, a Terra seria assolada por um
exército de guerreiros poderosos, símbolo do exército do Senhor; o dia do Senhor seria como fugir de um leão e encontrar um
urso. 2. Somente os humildes serão salvos da ira divina e herdarão o reino de Deus; eles suportarão perseguição com paciência;
Deus dará a recompensa justa aos mansos e aos seus inimigos. 3. A cidade de Jerusalém, o povo judeu e seus líderes, porque se
afastaram de Deus e de Sua lei, e passaram a oprimir as pessoas. Eles preferiram o pecado em lugar da santidade. 4. Como o
noivo se alegra em sua noiva, assim Deus Se alegrará em Seu povo; em Jerusalém não se ouvirá mais a voz de choro nem de
clamor. 5. Deus é zeloso e vingador sobre a maldade das nações; é tardio em irar-Se e grande em poder; é justo e bom, uma
fortaleza no dia da angústia e conhece os que nEle se refugiam. O Senhor condenará os incrédulos e perversos e resgatará os
fiéis.

Auxiliar para o professor


Resumo da Lição
TEXTO-CHAVE: Sofonias 3:12, 13, 17

O ALUNO DEVERÁ...
Saber: Que os juízos de Deus mostram Sua grandeza para com todas as pessoas.
Muitas, de diferentes nações, virão e O reconhecerão.

Sentir: Alegria no fato de que Deus mostra Seu incomparável amor por Seu povo, ao
salvá-lo, deleitar-Se nele, acalmar suas ansiedades e Se alegrar nele com cânticos.
Fazer: Confiar, obedecer e adorar a Deus, como parte do Seu povo remanescente, e
servir ao próximo, em resposta à Sua imensa bondade.

ESBOÇO
I. Saber: Conhecer a Deus conduz à adoração
A. A partir do livro de Sofonias, demonstre que Deus quer salvar todos.

B. Como o verdadeiro conhecimento de Deus leva à verdadeira adoração?


II. Sentir: Deus Se alegra e canta
A. O que você sente ao saber que Deus Se alegra e canta por causa de Seu povo?
B. Como os pais acalmam seus filhos quando eles estão ansiosos, experimentam o
fracasso, ou estão com problemas? Como Deus supera as habilidades humanas para
confortar? Qual é a diferença da resposta do Pai celestial ao lidar com Seus filhos?
III. Fazer: Viver a ética do remanescente
A. Como podemos mudar nosso comportamento, em lugar de apenas fazer ajustes?

B. O que significa dizer que o remanescente não cometerá injustiça?


C. Como sua igreja seria diferente se ninguém mentisse ou se comportasse de maneira
enganosa?

RESUMO: O Deus vivo é o Deus de todas as nações. Ele não somente ama a todos,
mas deseja que todos sejam salvos. Ele Se deleita quando uma pessoa responde ao Seu
amor, vai a Ele, torna-se uma nova pessoa, e O adora.

Ciclo do aprendizado
Motivação

Focalizando a Palavra: Sofonias 2:11; 3:12, 13, 17


Conceito-chave para o crescimento espiritual: Sofonias apresentou um
Deus maravilhoso que julgará o mundo inteiro. Ele não apenas anunciou a
vinda do Dia do Senhor, mas declarou quem (e como) poderá suportar o dia
do juízo. Em resultado, o remanescente fiel de todas as nações virá e adorará
o único Deus verdadeiro.
Só para o professor: A lição desta semana enfatiza a imagem de Deus como
Juiz que convida as pessoas a se arrependerem. Esse Deus preserva e salva os
remanescentes das nações e de Judá, abraçando-os com Seu amor
incomparável e alegre.

Discussão de abertura

Geralmente, a reação ao juízo de Deus é o medo. Um pregador, que perguntou a pessoas


de todos os continentes do mundo sobre o que elas achavam do juízo de Deus, disse o
seguinte: “Independentemente de etnia, idade, sistema político e formação educacional,
a resposta foi unânime: ‘Medo!’” Qual é a sua primeira reação, sentimento e
pensamento, quando ouve que Deus irá julgá-lo?

Lembre-se sempre de que não somos salvos por causa dos nossos sentimentos, mas por
causa da Palavra de Deus. O Senhor disse que, se confessarmos os nossos pecados, Ele
nos purificará de toda injustiça (1Jo 1:9). Por isso, podemos confiar nessa promessa.
Podemos crer que Deus salva os pecadores arrependidos (Sf 2:3; 3:12, 13, 17). O
significado do nome do profeta Sofonias (O Senhor esconde ou abriga) é uma poderosa
mensagem. O Senhor esconde os que se escondem nEle no Dia do Senhor. Ele protege,
abriga e salva. Todos que confiam no nome do Senhor serão escondidos e redimidos.
Portanto, não precisamos temer o juízo de Deus.

Perguntas para discussão:

1. Qual é a sua única esperança no juízo divino?

2. Como as pessoas podem ser salvas? O que a cruz e a vitória de Jesus no Calvário têm
a ver com isso?

Compreensão

Só para o professor: O profeta Sofonias era da linhagem real do rei


Ezequias. Ele viveu no sétimo século antes de Cristo, no tempo da
decadência moral e espiritual e declínio político do povo de Deus. Ele
provavelmente tenha despertado a última reforma entre o povo de Deus em
Judá e exercido influência positiva sobre o rei Josias (641-609 a.C.), que
realizou reavivamento e reforma espirituais. Durante seu reinado, o livro da
lei foi encontrado e o monarca quis fazer tudo de acordo com a Palavra de
Deus (2Rs 23:1-25; 2Cr 34:29-32; 34:1-33).

Comentário Bíblico
A expressão “O Dia do Senhor” ocorre sete vezes no livro de Sofonias (Sf 1:7, 8, 14
[duas vezes], 18; 2:2, 3). Será um dia terrível, um dia da ira de Deus, e esse dia de juízo
está próximo.

Sofonias mencionou a palavra remanescente três vezes (Sf 2:7, 9; 3:13). O


remanescente será formado pelas pessoas resgatadas e salvas no fim.

Quando as pessoas estão em situação muito difícil, da qual não há escapatória, a única
solução é a oração, súplica pela graça e misericórdia de Deus, em atitude de
arrependimento. Em Seu amor, Deus responde ao coração contrito e às ações humildes.

A mais bonita e encorajadora imagem de Deus no livro de Sofonias é apresentada no


capítulo 3:17, que resume bem as atividades únicas de Deus por Seu povo fiel.

I. O Senhor é um guerreiro poderoso

(Recapitule com a classe Êx 15:3.)

Deus é por nós. Ele é um poderoso guerreiro que luta por nós e derrota nossos inimigos.
O pecado, o mal, Satanás e seus aliados não podem prevalecer sobre o povo de Deus. O
Senhor traz vitória e salvação.

Em seu cântico de vitória em Êxodo 15, Moisés expressou a ideia de que Deus é um
guerreiro (Êx 15:3). Ele derrotou o exército do antigo Egito e derrubou o orgulho e
arrogância humanos. A grandeza de Sua majestade destruiu todos os Seus adversários.
Ele é o Vencedor, não por causa de Sua força, mas por Sua força moral e o poder do Seu
amor.

Pense nisto: Jesus é por você. Ele luta por sua salvação porque não quer perdê-lo,
enquanto Satanás deseja destruí-lo. Quais são as armas divinas contra Satanás? Qual é a
base do status divino de Vencedor sobre Satanás?

II. O Senhor Se deleita em você


(Recapitule com a classe Lc 15:7.)

A imagem divina de Sofonias é muito pessoal. É como se o Senhor estivesse nos


dizendo: “Pode ser que algumas pessoas desprezem você e não o levem a sério. Eu Sou
diferente. Você tem enorme valor para Mim. Eu o amo tanto que até morri por você! Eu
o amo mais do que você ama a si mesmo. Eu, seu Deus, regozijo-Me em você!”

Jesus declarou a razão pela qual Deus Se alegra: “Digo-vos que, assim, haverá maior
júbilo no Céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que
não necessitam de arrependimento” (Lc 15:7).

Pense nisto: Deus Se deleita em Seus fiéis seguidores. O que a descrição feita por
Sofonias nos revela sobre quem Ele é? Que razão Jesus deu para a alegria de Deus sobre
nós?

III. O Senhor o renovará com Seu amor

(Recapitule com a classe Sf 3:17.)

Deus nos fala em Sua linguagem de amor, assim como um pai, com toques amorosos,
beijos e palavras gentis, acalma um filho que está aflito, chorando, com medo e
decepcionado, até que ele fique tranquilo e durma em seus braços, confiando e
descansando nesse amor. Da mesma forma, Deus dá a Seus filhos a certeza de que eles
estão seguros e protegidos em Seu amor e, assim, Ele nos acalma.

Essa expressão bíblica (“renovar-te-á no Seu amor” [verso 17]) também pode ser
traduzida de maneira diferente, que traz outra importante nuance do amor de Deus. A
New American Standard Bible [Nova Bíblia Americana Padrão] traduz a expressão da
seguinte maneira: “Ele Se acalmará em seu amor”. Essa ambiguidade textual
provavelmente seja intencional para lembrar vários sentimentos positivos. O texto diz
que o Senhor “o acalmará com Seu amor” (NKJV; NVI). Assim, depois de assegurar
que nos ama com amor eterno, Ele Se acalma, de modo que descansemos em Seus
braços de amor e desfrutemos o calor de Sua presença.

Pense nisto: Que palavras ou ações de Deus fazem você se sentir seguro em Seus
braços de amor? Como Deus nos acalma com Seu amor? O que significa o fato de que
Deus Se acalma depois de nos assegurar Seu amor?

IV. O Senhor Se alegra em você com júbilo


(Recapitule com a classe Ap 15:3.)

Uma função desse júbilo é expressar amor. Deus manifesta Seu amor e alegria em nós.
Ele canta um cântico especial sobre cada um de nós!

Outra função do cântico de júbilo é expressar vitória. Veja, por exemplo, o cântico de
Moisés e o cântico do Cordeiro (Gn 49; Êx 15; Ap 15:3).

Pense nisto: Por que recebemos a graça de Deus? Podemos recebê-la por mérito
pessoal?

Pergunta para discussão: Existe algum lugar em que talvez possamos nos esconder de
Deus? Sofonias não diz que podemos nos “esconder” de Deus ou do Dia do Senhor, a
fim de evitá-lo. Ele enfatiza que poderemos ser “escondidos” naquele dia, o que
significa só poderemos ser abrigados “no Senhor”, a fim de ser protegidos e salvos.

Discussão: Você não precisa ficar aterrorizado com o juízo de Deus. Ao contrário, você
pode ter plena confiança, ousadia e alegria da salvação diante do juízo divino. Isso é
possível porque o significado primário do juízo divino é justificar, salvar e libertar as
pessoas que têm fé nEle. Comente com a classe textos bíblicos como Gênesis 15:6,
Salmo 76:8, 9, Isaías 35:4, Daniel 7:22, João 5:24, 1 João 2:28 e 4:17. Enfatize a
esperança e o Deus que ama as pessoas, quer salvá-las e expressar Sua misericórdia
duradoura, e que não Se alegra com a punição, condenação ou destruição (Ez 18:23,
32). Destaque a singularidade da calorosa imagem descrita por Sofonias 3:17. Analise
cada expressão com muito cuidado e em linguagem criativa, de modo que aqueles que o
ouvem vejam, entendam e sejam tocados pela beleza e amor do nosso Deus.

Aplicação

Só para o professor: Deus Se deleita e Se alegra em Seu povo. O que você


pode fazer para que os membros de sua classe sejam mais animados e felizes
em suas interações e relacionamentos com outras pessoas da igreja?

Aplicação prática

Peça que diferentes membros da classe leiam Sofonias 3:17 em diferentes traduções da
Bíblia (se possível). Compare as diferenças, explique-as e aplique as nuances à vida
real, a fim de obter melhor compreensão do caráter amoroso de Deus.

Criatividade
Só para o professor: Deus Se alegra com cânticos por causa de Seu povo.
Destaque a importância de cantar no culto.

Atividades

Como deve ter sido o casamento antes da entrada do pecado? Que princípios devem ter
governado o relacionamento? O que um casal pode fazer hoje para refletir esses
princípios?

1. Pergunte aos alunos se eles conhecem algum hino sobre a alegria de Deus em Seu
povo. Cante o hino com a classe ou com toda a igreja, durante a Escola Sabatina.

2. Peça que os membros da classe componham letras de músicas com base na esperança
que podemos encontrar no juízo, especificamente no fato de que somos escondidos em
Cristo e abrigados no Senhor. Compartilhe as letras com a classe e com toda a igreja,
durante o programa da Escola Sabatina.

Informativo Mundial das Missões

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