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A pessoa certa no lugar certo


Caroline Depieri Tofanelo
Publicado em 26.07.2010

Muitas vezes vemos líderes pensando em como colocar "a pessoa certa no lugar certo?" A resposta para essa
pergunta não é algo tão simples, primeiramente porque não existe a pessoa certa ou errada, e sim indivíduos com
características das mais variadas, competências, habilidades, e que podem ou não se enquadrar às necessidades do
posto que queremos preencher. É aí que vem o segundo ponto importante: como é este lugar certo exatamente?
Quais serão suas funções? Que tipo de perfil estamos procurando para ocupar esta cadeira, para realizar este
trabalho?

Se não tivermos esta resposta muito bem definida será difícil acertar na colocação da pessoa. Devemos considerar
que alguém que estava se destacando brilhantemente em seu trabalho, pelo qual parecia obviamente merecer uma
"promoção", pode ser um desastre em outra posição que talvez exija dele algo além do que ele possa corresponder,
ou até mesmo possa deixar a desejar, vindo a desmotivá-lo perante suas expectativas.

Então, em qualquer forma de colocação de pessoal, remanejamento ou seleção, devemos começar traçando o perfil
do profissional para nossa vaga e o que esperamos de seu desempenho. É preciso atentar-se a todos os aspectos do
trabalho que será realizado, tais como, grau de relacionamento com pessoas, necessidade de utilização de
informática e tecnologia, nível de instrução necessário, rotinas, carga horária, enfim...

Depois de descrita claramente a função, a questão será selecionar a pessoa adequada a ela. Será preciso falar em
público? Logo, não poderá ser alguém muito reservado, tímido. Haverá muitos controles rotineiros, organização de
documentos detalhados? Um candidato ansioso e mais ativo terá certa dificuldade nesta função. Exigirá redigir cartas,
documentos, ofícios? Será preciso ótimas habilidades de escrita para que o trabalho não seja comprometido.

Competências como estas e outras podem ser detectadas a partir de experiências anteriores, informações
curriculares, e sem dúvida em uma boa entrevista com os candidatos. Se for necessário é possível utilizar um roteiro
auxiliar, algumas questões formuladas anteriormente e já relacionadas às competências que queremos investigar,
para assim não deixarmos passar nenhum ponto importante na hora da entrevista. Apenas tomemos o cuidado de
não fazer anotações, asteriscos ou observações durante a conversa, pois isto pode deixar os entrevistados ainda mais
ansiosos, querendo tentar adivinhar o porquê de cada anotação e acabar não tendo o desempenho que poderiam nas
respostas.

Também existem ferramentas de traços de perfil comportamental ou até mesmo testes de personalidade que podem
ajudar na avaliação de candidatos, mas neste caso é preciso muita atenção na hora de verificar os resultados, pois
somente profissionais habilitados para a análise de cada material serão capazes de interpretá-los da forma correta. Ao
utilizar uma ferramenta que baixamos da internet, ou até mesmo ao reproduzir um teste que nós mesmos já
utilizamos, sem os devidos cuidados da interpretação, corremos o risco de "rotular" as pessoas, de dar devolutivas
erradas e ainda de perder talentos significativos pelo desconhecimento da ferramenta como um todo. Nestes casos, é
possível contar com o trabalho de agências, psicólogos ou consultores qualificados.

Nas instituições religiosas, justamente por lidar diretamente com a emoção e a espiritualidade das pessoas, o cuidado
deve ser ainda maior, pois além de um trabalho, elas podem estar a serviço de uma obra, podem buscar ali uma auto-
realização, algo que gostam de fazer realmente. Neste momento o direcionamento correto será fundamental para que
ela continue a desenvolver-se no que está buscando.

E gostar do que fazemos é fundamental para alcançarmos o sucesso e obter resultados positivos nos dias de hoje.
Quando gostamos de algo, seja na vida profissional ou pessoal, colocamos ali não apenas nossas habilidades e
conteúdos apreendidos, mas colocamos prazer, afeto, atenção, zelo, expectativas e dedicação. O trabalho deixa de
ser mecânico e monótono e passa a ser espontâneo, alegre.

De modo geral, para recrutar, avaliar e selecionar pessoas não existe fórmula, nem manual que se encaixe em todas
as situações. O que temos são técnicas, ferramentas e a experiência vivenciada que nos mostra que quanto maior o
levantamento de informações e o conhecimento do indivíduo que está sendo avaliado, mais provável de conseguirmos
um resultado positivo em colocá-lo no "lugar certo". Desta forma poderemos aproveitar ao máximo o desenvolvimento
de suas capacidades e permitir que cada vez mais ele consiga realizar-se em sua função.

Curriculum, competência e o emprego desejado


Ivan Postigo
Publicado em 26.07.2010

Quer esteja você procurando novas oportunidades ou não, sempre se depara com o assunto currículum.

Os modelos são variados, as teses sobre o que deve integrá-lo também.

Não faltam empresas especializadas na preparação do material, eu mesmo tenho uma infinidade de modelos. Quando
acho que já não há mais nada para aprender sobre o assunto, pronto, surge algo novo!

Deve ter fotografia ou não? Depende, você é bonito ou feio?

Foto em pé ou 3 x4? Você é alto ou baixo?

Idade? Esse é um detalhe delicado, depois da casa dos trinta já o consideram velho. Gostamos da sabedoria, mas
não temos a mesma consideração pelos sábios.

Nesse aspecto que você pode ouvir: - Idade não comprova sabedoria! Diz o velho ditado "o diabo é mais sábio por ser
velho do que por ser diabo!". Sabedoria é resultado da experiência, nesse caso "tempo de estrada" conta muito.

Informo que não sou fumante? Ser casado é uma referência importante? Filhos. Ter filhos deve mostrar
responsabilidade!

Um grande amigo não menciona que os têm. Quando lhe perguntam por que, ele diz: - Tenho seis, como você acha
que avaliarão essa questão? Jamais me chamarão para uma entrevista.

Beber nem pensar e quando lhe perguntarem você diz: - Socialmente!

Hobbies! Simples, passear com a família, cinema, leitura. Hum, e quem é paraquedista, conta ou não?

Isso é só o começo, ainda tem o capítulo instrução e experiência.

Na hora de falar da instrução como mostrar que freqüentou escolas pouco comentadas, mas muito boas, obtendo
sempre as melhores notas, se o concorrente, ainda que péssimo aluno, esteve em escolas consagradas? Você, uma
pessoa de família sem muitos recursos, apelou para as bibliotecas e sebos, tornando-se um autodidata, mas não tem
MBA. Leu tudo que encontrou, dos clássicos aos técnicos, passando pelas bulas dos remédios.

Chegou a hora de falar das experiências. Você é pau-para-toda obra, sem um "CV" encorpado, começou de baixo.
Tem muito para contar do que fez, mas pouco para falar de cargos que ocupou. A vontade de aprender, mais do que a
ausência de preguiça, o levou a "navegar" por todos os setores da empresa. Oportunidades por lá tem aparecido,
mas você já sentiu que para deslanchar na carreira vai ter que procurar novos ares. Essa é a razão de ter saído em
busca de informações para desenvolver um "CV" competitivo.

Ao nosso lado estava um consultor ouvindo a conversa que resultou neste artigo. Ele se lembrava de uma história
sobre comprovação de competência e tentava em encontrá-la na internet. Não demorou muito, nos trouxe uma folha e
disse: - Aqui está uma forma de demonstrar competência.

Lia-se:
Um lenhador, em busca de trabalho, chegou em uma região que estava sendo desmatada. Apresentou-se na empresa
carregando seu machado e pediu uma oportunidade para demonstrar sua competência.

As pessoas presentes riram de seu jeito simples e lhe explicaram que o trabalho era feito com motosserras, machado
era coisa do passado.

Precisando trabalhar disse que faria o serviço por um valor que considerassem justo, mais a refeição do dia.

Vendo que poderiam ter alguma vantagem, os responsáveis pela derrubada o contrataram e lhe deram uma área
aonde pudesse trabalhar e não incomodasse os demais.

Machado "comendo solto", as árvores iam caindo, levando o que encontravam pelo caminho. Experiente e
determinado, o lenhador limpava a área em volta e deixava os troncos prontos para que fossem puxados pelos
tratores.

Pouco antes do encerramento do expediente "os chefes" foram inspecionar o trabalho que ele havia feito e ficaram
espantados com tamanha perícia que o permitira abrir enorme clareira em uma mata fechada.

Curiosos queriam saber um pouco mais sobre o homem, onde vivera, que trabalhos fizera, do que gostava e como
adquirira tanta experiência e habilidade.

Calmamente respondeu todas as perguntas e disse que aprendera muito sobre madeira, técnicas de corte e
desenvolvera sua habilidade no deserto do Saara.

Os entrevistadores confusos, sem entender aquela afirmação, lhe disseram: - Não há floresta no deserto do Saara!

O lenhador olhou-os todos nos olhos e respondeu: Havia quando lá cheguei!

Depois que terminamos a leitura o consultor nos disse: - O aspecto mais importante não é a informação que você
coloca no currículum, mas a oportunidade de entregá-lo pessoalmente, com o machado nas mãos.

Ah! Vou comprar um machado!

Quando o poder corrompe


Esly Regina de Carvalho
Publicado em 26.07.2010

Escutei certa vez que se quisermos saber como é o caráter de uma pessoa, dê-lhe poder. Fiquei intrigada com o
pensamento. Normalmente pensaríamos que dinheiro ou sexo seriam mais capazes de deturpar a integridade do
caráter pessoal. Mas refletindo bem, achei que o comentário procede.

Com o poder as pessoas acham que podem conseguir as outras coisas, entre elas dinheiro, sexo, e fama. Pouco a
pouco, se descuidam vai corrompendo seus valores em função de se manter no poder: a fonte das outras coisas às
quais vai se acostumando rápido demais.

Poder significa a capacidade de controlar o meio-ambiente ou as ações de outras pessoas. Em si, não é
necessariamente bom nem mau, o que determina este juízo de valor é a maneira em que é empregado e para quais
finalidades.

Por que o poder tem o poder de corromper?

É sedutor. Ver que se é capaz de fazer as pessoas obedecerem a seus comandos pode ser extremamente agradável,
especialmente quando consideramos o nível de egoísmo ao que os seres humanos costuma estar sujeitos.
O poder é uma forma de se mimar a si mesmo: de conseguir os desejos, as vontades e caprichos. Nem sempre estes
desejos são retos ou motivados pela integridade. É bem comum que o poder "suba para a cabeça" e mais uma vez, o
egoísmo aparece para reger as vontades.

Quem sabe um dos aspectos feios do poder é que vai mudando as pessoas ao ponto que podem ser capazes de ferir
e destruir aquilo e aqueles que mais amam. Muitas famílias se desfazem em função da corrida para alcançar ou se
manter no poder. Tenho um amigo que costuma citar as palavras: "Vaidade - meu pecado predileto", do filme,
Advogado do Diabo com Al Pacino e Keanu Reeves. E é essa vaidade que muitas vezes vai cegando as pessoas a
ponto de perderem os valores que as nortearam durante suas vidas.

O poder pode trazer dinheiro e a ilusão de que tudo está a seu alcance. Muitos esportistas que vieram de famílias
humildes perdem completamente a noção do que é o dinheiro e poucos anos depois que acaba sua capacidade de
praticar seu esporte descobrem que os anos de gastos desenfreados lhe devolveram à pobreza em que começaram a
vida. Poucos conseguem entender como é que alguém como Michael Jackson que ganhou o dinheiro com as vendas
milionárias das suas músicas, se encontrou aos 50 anos com tamanha dívida que nem as apresentações
programadas para os dias pouco antes da sua morte iriam conseguir zerar o monto dos gastos que ele gerou.

Poder também traz a sedução do sexo. Não falta gente para querer "subir na vida" às custas do dinheiro e poder dos
outros, inescrupulosamente. De repente, o "poderoso" se dá conta que não só gastou seu dinheiro, mas "gastou" sua
família e acaba sozinho, sem a estabilidade familiar da esposa e filhos que a retidão lhe assegurava.

E basta um mal passo para acabar com a fama... e fazer cair na infâmia, como vemos com frequencia entre os nossos
políticos e governantes.

Saber lidar bem com o poder não é impossível. Pode-se fazer muita coisa boa quando souber não se vender à
tentação do poder, mas é a verdadeira prova de fogo em relação à integridade do caráter.

Copeiros do Rei
Robson Wendell Martins de Carvalho
Publicado em 26.07.2010

O copeiro-chefe, todavia, não se lembrou de José, porém dele se esqueceu.(Gênesis 40.23)

Esse texto fala de uma situação na qual o copeiro-chefe de Faraó havia se metido em uma encrenca que o levou a
prisão. A função de copeiro era da mais alta confiança, pois cabia a ele fiscalizar constantemente, dentre outras
coisas, a comida e bebida servida a Faraó provando-a com antecedência para atestar se a mesma não havia sido
envenenada por inimigos assassinos.

Já na prisão o copeiro teve um sonho e José, filho de Jacó, interpretou dizendo que o significado do sonho seria que
em três dias, no aniversário de Faraó (um título equivalente a Rei), ele, o copeiro, seria restituído à sua função
tornando-se livre do cárcere.

Ao sair o copeiro, feliz da vida, fez uma promessa a José: a de interceder pelo mesmo diante de Faraó. Porém o
copeiro esqueceu-se do amigo nada mais nada menos do que dois longos anos (Gn 41.1).

Esse episódio nos lembra situações vividas por nós. Momentos em que tudo está bem, em que estamos embriagados
pelo sucesso, pela exaltação e honra, estamos tão felizes em termos saído do aperto, do estreito, da prisão, estamos
tão radiantes por estarmos na presença do Rei que nos esquecemos que tamanha vitória foi construída em regime de
mutirão. Mutirão esse que teve como participantes pais, esposa(o), filhos, amigos, pastores, líderes, intercessores...

Esse copeiro do rei bem pode ser eu ou você que, extasiados pela volúpia da conquista, esquecemos que deixamos
uma esposa(o) encarcerada(o) na cela do abandono e do desprezo, amargando a falta de reconhecimento depois de
tanto ter lutado e acreditado sozinha(o) que um dia iríamos "chegar lá". Sua paga é a indiferença e rejeição.
Esse copeiro do rei somos nós quando nos tornamos pais ausentes, que valorizamos tanto os projetos individuais que
nem nos damos conta do estrago que estamos fazendo na vida dos filhos que silenciosamente agonizam carecendo
de atenção, amor e amizade.

Esse copeiro somos nós quando vemos como antiquados, caretas e esclerosados pais amorosos que durante toda
uma vida lutaram, nos deram educação, pagaram o melhor colégio que podiam, e vislumbraram o nosso sucesso
mesmo quando nada de bom se via no horizonte da nossa vida.

Esse copeiro do rei somos nós que após termos ao nosso lado pastores e líderes que oraram por nós, acreditando
que tínhamos jeito, verdadeiros homens de Deus que nos abraçaram quando todos nos deram as costas e
encruzaram os braços para nós. Profetas que profetizaram o irreal que se tornou real, o que parecia impossível, mas
se fez possível, e hoje nem uma expressão de agradecimento, nenhuma palavra de reconhecimento é capaz de sair
de nossos lábios, pois a vibração da vitória nos trouxe um efeito colateral terrível - ingratidão e esquecimento.

Esse copeiro do rei sou eu, é você, somos nós que cometemos a maior das injustiças deixando Deus "encarcerado"
no calabouço do esquecimento do nosso coração, ao celebrarmos o sucesso alcançado, porém esquecendo-nos de
que "Dele e por Ele e para Ele são todas as coisas".

Enfim, os copeiros do rei são todos aqueles que, apesar de curados da lepra do fracasso, não aprenderam a
reconhecer que suas vitórias vieram do Senhor Jesus.

O copeiro do rei despertou depois de dois anos, e você, quanto tempo ainda levará para despertar e reconhecer que a
sua vitória foi construída graças a um mutirão de pessoas que o amam e cujo principal arquiteto é Deus?

Resiliência: Competência necessária


Adilson Romualdo Neves
Publicado em 12.07.2010

Resiliência é a competência do momento nas organizações. Da alta direção até o mais simples colaborador, as
notícias da moda são aquelas que envolvem essa questão. Porém, se você for procurar no dicionário, o termo está
descrito com foco na Física.

O termo resiliência provém do latim, do verbo resilire, que significa "voltar para trás" ou "voltar ao estado natural".
Historicamente, a noção de resiliência foi primeiramente utilizada pela Física e pela Engenharia, que entendia que a
palavra significava "propriedade pela qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a
tensão causadora da deformação elástica".

A área de Gestão de Pessoas tomou emprestada da Física o termo resiliência(capacidade dos materiais de resistirem
aos choques) e redefiniu seu significado: a capacidade do indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou
resistir à pressão de situações adversas no mundo corporativo. A característica dos gestores ou colaboradores
resilientes, capazes de vencer as dificuldades e os obstáculos por mais fortes e traumáticos que sejam.

Índice de Resiliência

O tema faz parte do mundo corporativo a ponto de existir o Questionário do Índice de Resiliência. Uma escala que
mensura sete fatores que constituem a resiliência. O escore final é medido e este resultado permite um
acompanhamento de melhoria da performance de resiliência das pessoas. Um método muito utilizado em Coaching.

1. Administração das emoções: a habilidade de nao agir impulsivamente e a capacidade de mediar os impulsos e as
emoções;
2. Controle dos impulsos: a habilidade de nao agir impulsivamente e a capacidade de mediar os impulsos e as
emoções;
3. Otimismo: a habilidade de ter a firme convicção de que as situações ou adversidades, por piores que sejam, podem
mudar com a esperança de um futuro melhor;
4. Análise do ambiente: a habilidade de identificar as causas dos problemas e das adversidades;
5. Empatia: a habilidade de ler os estados emocionais e psicológicos das pessoas;
6. Auto-eficácia: habilidade de ser eficaz nas ações, mantendo a integridade;
7. Alcance de pessoas: habilidade de conectar proativamente a outras pessoas de modo a viabilizar soluções para as
adversidades da vida.

Pesquisas conduzidas por Havard nos Estados Unidos indicam que um Gestor passa pela média de 23 adversidades
por dia, razão pela qual o índice de resiliência ser fator fundamental para transformação das barreiras em
oportunidades e resultados. Outro ponto que deve ser muito considerado é a constatação de que 80% das
competências podem ser perdidas diante das situações adversas, em especial em tempos de mudanças
organizacionais.

Resiliência e competências de gestão

Dentro da ótica de resultados, a resiliência pode ajudar no desenvolvimento de competências de gestão:

Resistência: Essa é a habilidade de manter o foco na luta para a superação das dificuldades. A persistência é um
caminho fundamental para ajudar o Gestor a encarar as situações adversas; tomar decisões necessárias, ainda que
impopulares; aprender com cada etapa para adquirir massa de conhecimento.

Durabilidade: Essa habilidade é capaz de nos ensinar que crises, infortúnios, dificuldades e intempéries tem uma
duração temporal capaz de tirar o Gestor da zona de conforto para um comportamento proativo.

Controle: A habilidade de compreender a natureza humana e manter uma visão positiva diante das dificuldades.

Responsabilidade: A habilidade de ser consciente diante de todas as situações, agindo com responsabilidade,
independente do tamanho da crise.

Em um mundo corporativo/associativo o gestor de sucesso precisa ser tolerante às mudanças comuns no ambiente
das organizações públicas, privadas e de Terceiro Setor. Deve ter consciência de que ninguém é resiliente sozinho,
embora a resiliência seja íntima e pessoal.

Um dos fatores de maior importância é o apoio e o acolhimento, feito em geral por um outro indivíduo, e essencial
para o salto qualitativo que se dá. Nesse ponto, as características Coach surtem grandes efeitos para o colaborador
que precisa desenvolver essa competência.

* Texto baseado em leituras, em especial do livro "Resiliência - A transformação como ferramenta para construir
empresas de valor", da Editora Gente.

Inimigos do potencial
Silvio Galli
Publicado em 12.07.2010

"Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.... Levando sempre no
corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo. Porque nós, que vivemos, somos sempre
entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa carne mortal. De modo que, em
nós, opera a morte, mas, em vós, a vida. Tendo, porém, o mesmo espírito da fé,como está escrito: Eu cri; por isso, é falei.
Também nós cremos; por isso, também falamos." II Coríntios 4: 7,10 -13

Vasos de Barro

Vemos na Bíblia relatos extraordinários que foram realizados por pessoas simples e comuns. Pessoas que não tinham
nada de extraordinário, mas que foram instrumentos para realizarem feitos que nunca foi visto ou ouvido.

Personagens que maximizaram o potencial:


- um homem conseguiu através de sua liderança conduzir mais de três milhões de pessoas pelo deserto, sustentá-los
por 40 anos, atravessar no meio de um grande mar e conduzí-los à uma terra maravilhosa.
- Outro homem conseguiu através de sua oração fazer o sol parar e com apenas gritos e trombetas derrubar uma das
fortalezas do mundo antigo, considerada quase indestrutível.
- Ainda outro com apenas 300 soldados amedrontados vencerem um Exército poderoso de 135 mil guerreiros.
- Um adolescente raquítico e ruivo sem nenhum treinamento militar, consegue vencer numa batalha desigual um
grande gigante com apenas um estilingue e cinco pedrinhas. Este homens viveram o que está escrito em Efésios
3:20.

O trabalho do destruidor

O mundo é perito em abortar o potencial. Não fará nada para ajudá-lo a revelar e usar seu eu oculto, mas também irá,
provavelmente, desanimá-lo, medindo seus esforços contra os padrões de sucesso - padrões que ele produziu,
porque o mundo não sabe o que é o verdadeiro sucesso.

Tenha cuidado com estes padrões e com as palavras depreciativas daqueles que vivem por esses padrões porque, se
você permitir, eles irão minar sua jornada.
Você é responsável por liberar seu potencial. Ninguém mais pode ou irá fazê-lo por você.

Liberar um pouco do potencial, no entanto, não significa que você liberou todo seu potencial. Liberar todo o potencial
exige que você o descubra, proteja, cultive e compartilhe, obedecendo às leis da limitação relativas a ele. Estes são
pontos-chave para a maximização do potencial. Muitas vezes aquilo que deveria ocorrer não acontece, porque em
algum lugar entre o sonho e sua realização nossas grandes aspirações são esmagadas e destruídas. Este é o
trabalho do destruidor.

Os principais inimgos do potencial:

1 - DESOBEDIÊNCIA: Desobediência é quando entendemos algo da parte de Deus e não fazemos ou continuamos
no mesmo erro. A Bíblia repetidamente declara que a desobediência retém as bênçãos de Deus e derrama
abundantemente Suas maldições sobre nós. Isso é verdade, porque a desobediência traz para nossas vidas as
conseqüências naturais (ordenadas por Deus) de nossas ações.

Jonas aprendeu as conseqüências da desobediência quando embarcou em um navio na direção oposta da cidade
para a qual Deus o estava enviando. Quase perdeu sua vida por afogamento.

A desobediência sempre desperdiça o potencial e retarda a realização dos objetivos. Você não pode persistir na
desobediência e maximizar seu potencial. Para maximizar, sua vida deve se submeter à vontade de Deus em tudo.

2 - PECADO: Embora os efeitos da desobediência e do pecado sejam semelhantes, o pecado é uma doença mais
primária, porque é uma total rebelião contra a conhecida vontade de Deus, ou em outras palavras, uma declaração de
independência de sua Fonte.

O resultante afastamento de Deus destrói o potencial, porque não podemos conhecer a Deus se não tivermos Seu
Espírito. Ele é a senha para destravar seu potencial. O pecado, fundamentalmente, diz: "Eu sei como dirigir minha
vida melhor do que você, Deus".

Destruir seu relacionamento com Deus através do pecado é sempre suicídio. Você não pode se tornar quem Deus o
criou para ser, persistindo em se rebelar contra Ele. Sem o Espírito de Deus vivendo e trabalhando no seu interior,
você morrerá com seu potencial. O pecado tampa o poço do seu potencial. Para maximizar sua vida você deve evitar
se comprometer com o pecado.

3 - MEDO: Medo é não ter fé no impossível. É enfatizar tudo que poderia dar errado em vez de tudo que poderia dar
certo. Por exemplo, apesar de acidentes realmente acontecerem e os carros precisarem ser cuidadosamente
mantidos e conduzidos, o medo que nos impede de dirigir um automóvel imobiliza nosso potencial, porque limita
rigorosamente onde podemos ir.

É bem provável que Davi estivesse com medo quando enfrentou o gigante Golias com um estilingue e cinco pedras na
sua juventude. Todavia, ele dominou seu medo confiando em Deus, em vez de pensar em tudo que poderia dar
errado, libertou os israelitas da opressão de seus inimigos e honrou o nome de Deus.

Sua fé em Deus o estimulou a ir além da timidez em direção ao poder. Medo é considerar Golias demasiadamente
grande para ser atingido. Fé é ver Golias demasiadamente grande para não acertá-lo. Paulo escreveu para Timóteo
sobre esta capacidade de ir além do medo (II Tm.1.6-7).

A fé, nosso modo de operação dado por Deus, combate o medo e estimula a maximização do potencial. Quem teme
tentar nunca saberá o que poderia ter feito. Quem teme a Deus não tem nada a temer. Para maximizar sua vida você
deve neutralizar o medo com a fé. No Salmo 27:1-3 o salmista expressa sua confiança em Deus.

4 - DESÂNIMO: A maior parte das coisas de valor exige paciência e perseverança. Nenhum pianista toca
perfeitamente na primeira vez que põe a mão nas teclas, nem um atleta vence uma corrida na primeira vez que corre.
Existem muitos momentos de desânimo entre uma experiência inicial e o aperfeiçoamento de uma habilidade.

Infelizmente, muito potencial é sacrificado no altar do desânimo. Talvez você tenha experimentado este inimigo
quando notas musicais demasiadamente tristes dificultaram sua ambição de praticar, ou, a incapacidade de ganhar
um prêmio o tenha tirado da corrida. Mas reproduzir a música até acertar e correr diariamente são os únicos caminhos
para concretizar seu potencial.

Os pianistas de concerto e os atletas olímpicos não nascem assim. Eles vão além dos momentos de desânimo a fim
de aperfeiçoar suas habilidades naturais. A mesma atitude é requerida de você para maximizar seu potencial. Deus
não irá lhe dar um sonho a menos que Ele saiba que você tem os talentos, capacidades e personalidade para realizá-
lo. Suas ordens revelam o potencial que Ele lhe deu antes de seu nascimento.

Ainda que esteja se sentido desanimado para concluir a tarefa, deve começá-la. Faça o que precisa ser feito, não
importa quão difícil ou impossível às ordens de Deus pareçam. Então, o desânimo não terá oportunidade de destruir
seu potencial. Para maximizar sua vida você deve neutralizar o desânimo com a esperança.

5 - ADIAMENTO: Quantas vezes você demorou tanto para tomar uma decisão que alguém a tomou em seu lugar?
Quantas vezes você demorou tanto para concluir um projeto que era tarde demais para a sua finalidade? A maioria de
nós faz isso com mais frequência do que gostaria de admitir.

A procrastinação, o adiamento de uma ação até um momento posterior, mata o potencial. Se você esperar as
condições prefeitas, nunca fará nada (Ec 11:4).
A ação de adiar uma decisão com frequência tem origem no desânimo. Quando nos tornamos desanimados, paramos
de encontrar razões para fazer o que sabemos que podemos fazer. Então, Deus permite que sigamos nosso próprio
caminho e soframos as conseqüências.

Mais cedo ou mais tarde, iremos descobrir que perdemos muito porque nos recusamos a agir quando Deus o exigiu.
Com muita freqüência Ele encontrará outra pessoa para fazer o trabalho. O adiamento é um inimigo perigoso do
potencial. Consome a própria essência de nosso tempo e motivação. Para maximizar sua vida você deve destruir o
adiamento, eliminando todas as desculpas e motivos para não tomar uma atitude. Simplesmente faça-o! Adiar as
decisões consome a própria essência de nosso tempo e motivação.

6 - FRACASSOS PASSADOS: Com muita freqüência não estamos dispostos a assumir riscos no presente, porque
fracassamos no passado. O fracasso nunca é um motivo para parar de tentar. De fato, o fracasso oferece outra
oportunidade para desfrutar do sucesso. O apóstolo Paulo descobriu a verdade desse princípio quando encontrou
Jesus e deixou de perseguir a Cristo para pregar as boas novas da salvação de Deus (Fp 3:13-14).

Paulo estava ciente de suas falhas, mas se recusou a permitir que elas o impedissem de fazer o que ele sabia que
poderia realizar. Acreditou que Deus o qual o chamou para servi-lo realizaria nele e através dele tudo que tinha como
objetivo. Paulo confiou em um poder superior a ele mesmo. Paulo tinha cometido erros, mas em Cristo encontrou o
motivo e a força para se levantar e continuar. Você deve fazer o mesmo ou nunca verá seu pleno potencial. Recuse-
se a ser um perdedor, não importa quantas vezes tenha perdido. É melhor tentar e fracassar do que nunca tentar
nada. Lembre-se de que você não pode se desenvolver olhando no espelho retrovisor. Para maximizar sua vida deve
deixar o passado ser passado e deixá-lo para trás.

7 - A OPINIÃO DOS OUTROS: Abandonar os sonhos porque os outros os depreciam ou dizem que estamos loucos
por tentar, enfraquece o potencial. O mesmo ocorre se mudarmos nossos planos para satisfazer as idéias e
expectativas de nossa família, amigos e sócios de negócios. Satanás usa aqueles mais próximos de nós, cujo
opiniões valorizamos, para chegar ao nosso potencial. Ele mata nossa visão, abalando a fé em Deus e a confiança em
nós mesmos.

Em virtude do destruidor usar aqueles em quem mais confiamos para impedir-nos de transformar nossa visão em
realidade, devemos aceitar que ninguém está conosco exceto Deus. Não podemos confiar em nenhum ser humano
para proteger nosso potencial. Somente nós somos responsáveis.

Recusando-nos a permitir que os comentários depreciativos dos outros nos desanimem, separando-nos da influência
deles quando a visão se torna ameaçada e nos apegando às ordens e direções de Deus, podemos liberar a totalidade
do poder de Deus, no nosso interior.

Jesus demonstrou a importância de ignorar a opinião dos outros quando foi para Jerusalém durante a Páscoa e as
multidões acreditavam nEle por causa dos milagres que fazia (João 2:24-25). Ele tinha um bom motivo para ser
cauteloso com respeito à aceitação da afirmação da multidão, pois conhecia a natureza instável das pessoas. Não
confiava nos gritos de aprovação nem nos seus "tapinhas nas costas". Os elogios devem ser apreciados, mas não
necessários.

Você também deve ter cuidado para não permitir que as opiniões dos outros influenciem suas decisões. Não confie
nos outros para trabalhar para o seu bem. Com bastante freqüência as pessoas que você pensa que estão do seu
lado irão se voltar contra você e destruir o que tem trabalhado para realizar.

Lembre-se de que é preciso que você se apresente para um público de uma só pessoa, o Senhor Jesus Cristo.
Quando Ele aplaudir, então, você será vitorioso.

Gente cansada de Igreja


Entrevista com Israel Belo de Azevedo
Publicado em 26.07.2010

Seja pelo falso mito dos "súper-crentes", o excesso de trabalho e/ou a alta expectativa e exigências das pessoas,
vivemos dias em que somos pressionados (e porque não dizer "apressados") a fazer e ser o que esperam de nós.
Resultado: Gente cansada! Gente decepcionada!

Por isto e por outros fatores, há muita gente cansada de igreja também, gente que logo ficará cansada de Deus, gente
que logo se afastará de Deus, às vezes irremediavelmente.

Refletindo sobre esta situação é que entrevistamos o Pr.Israel Belo de Azevedo, graduado em Jornalismo, mestre em
Teologia, doutor em Filosofia e autor de livros, como O Prazer da Produção Científica, Olhar de Incerteza e Gente
Cansada de Igreja.

Pastor da Igreja Batista de Itacuruça, no Rio de Janeiro e diretor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil.

Em sua opinião, o que leva tanta gente a desistir de frequentar uma igreja?

Os fatores são internos e externos. Por internos, eu me refiro à própria condição do desistente
de igreja, não importa a situação da comunidade. Menciono as expectativas sobre a igreja
(líderes e membros) que não podem ser preenchidas, como atenção o tempo todo, e os
desgastes emocionais, não necessariamente ligadas à igreja. As pessoas imaginam que a igreja
seja uma organização perfeita e, quando descobrem que não é, desistem dela, por exemplo. As
relações humanas, como na vida conjugal, são muito difíceis sempre.

Por externos, menciono os abusos que as lideranças cometem, por autoritarismo ou por desvio
de conduta, sobre os membros e sublinho também a cultura da falta de compromisso e de
disciplina, vigente em nossos dias. Para que se comprometer, perguntam alguns. A relação de
troca acaba estressando os relacionamentos, que acabam extintos, em muitos casos. É mais fácil cobrar o que a
igreja pode fazer por mim do que me perguntar o que posso fazer por ela.

Sendo a decepção um dos motivos da desistência, como devemos lidar com ela em nossos relacionamentos e
na Igreja?

Não adianta pedir a um decepcionado que faça uma avaliação das causas de seu afastamento no calor da hora, ele
apenas fará girar a sua metralhadora, da qual ninguém escapa, exceto ele mesmo. Mas devemos nos perguntar: onde
falhamos. Como na vida conjugal, não apenas um lado falha. Os líderes precisam também tomar o cuidado para não
acharem que a artilharia está assestada contra ele. Também não podem achar que não é com eles o problema.

Se o líder é um pregador, deve saber que as pessoas vão ouvir o que quiserem ouvir, o que demanda, por parte dele,
um cuidado extremo. Uma vez, por exemplo, mencionei o valor da pontualidade. Depois de algum tempo, uma pessoa
voltara à igreja e achou que era para ela que eu estava falando. Foi quase impossível ela entender que a orientação
era para todos.

Uma das maiores dificuldades é equilibrar o respeito pelas pessoas e interesse por suas vidas. Uma pessoa
desaparece e ninguém a procura. O que isto significa: respeito ou desinteresse? Da parte dos membros em geral, eles
devem conferir o que ouviram. Da parte dos líderes, deve ter real interesse pelas pessoas.

Podemos afirmar que tem gente cansada de igreja dentro das Igrejas? Se sim, quais as suas características.

Sim, há, tanto dentro quanto fora. Os que já estão fora acham que a igreja prega uma coisa e vive outra, o que se
aplica a líderes e membros em geral. Os que ainda estão dentro vivem reclamando, mas ainda não desistiram. Ainda
bem.

Como a imagem da capa do seu livro ilustra, muitos cristãos estão parecidos com os fósforos apagados. A
que se deve tanto desânimo?

Um dos fatores é o sacerdotalismo, que tem dois autores: os membros e os líderes. Por um tempo, a idéia de um
sacerdote que ora por todos e que faz tudo é conveniente, embora contrária aos princípios das Sagradas Escrituras.
Precisamos dessacerdotizar a igreja. É difícil porque isto vem do judaísmo e foi reproduzido pelo catolicismo romano,
e somos todos um pouco judeus e um pouco católico-romanos. A maioria das pessoas não descobriu a riqueza de ser
seu próprio sacerdote. Outro fator é a dita vida moderna, com tantas exigências e tantas metas. As pessoas se
cansam da vida. Nem sempre a igreja consegue ser um lugar de descanso.

Como podemos agir para trazer de volta a chama do primeiro amor esquecido?
Esta é uma tarefa quase perdida. Rick Warren disse que é um esforço sem recompensa buscar os que se foram,
tendo estado um tempo na igreja. Sim, eles são muito críticos e muito amargos. No entanto, devemos desenvolver
ações neste sentido, mesmo que não dê resultado. Há alguns anos telefonei e escrevi para todos os afastados;
nenhum voltou. Assim mesmo, vamos fazer outro esforço neste sentido. Eles precisam saber que nos fazem falta.

Precisamos gastar tempo com os que estão na igreja, para que entendam o que é a fé cristã. Boa parte não sabe.

Que cristianismo estamos passando aos mais jovens? Que disposição os mais jovens têm para levar a
Palavra do evangelho de Cristo?

O problema, nesta área, não são os mais jovens, são os mais velhos.

Quais os conselhos que você daria para pastores e líderes cansados e/ou liderando gente cansada?

Quando meu pai morreu, no ano 2000, eu me lembro de poucas coisas do culto, que foi celebrado no próprio
cemitério. Eu não lembro de nenhuma palavra, mas lembro de um pastor que apenas me abraçou. Precisamos,
portanto, encontrar situações em que estejamos juntos. Precisamos fazer a igreja crescer: gente nova contagia; crente
velho se cansa um do outro. Precisamos rever sempre a nossa motivação: por que estamos na igreja? o que nos
move como líderes? qual é o nosso combustível: amor, sucesso, senso de missão ?

Sexualidade nas Igrejas


Entrevista com Roseli Kuhnrich de Oliveira
Publicado em 12.07.2010

Falar da sexualidade em algumas Igrejas ainda é um tabu. É assunto proibido ou vergonhoso. Sendo assim nossas
crianças, adolescentes, jovens e casais ficam à mercê do que dita a sociedade e mais ainda, às diferentes e
deturpadas informações nas novas tecnologias deste mundo contemporâneo.

Qual o papel da Igreja quanto a este assunto? Como abordá-lo? Como lidar com assuntos como a homossexualidade
e bissexualidade? Há uma separação entre espiritualidade e sexualidade?

Para comentar sobre estas perguntas entrevistamos Roseli Kühnrich de Oliveira, graduada em Psicologia pela
Universidade Paulista de São Paulo, especialista em Terapia Familiar e com mestrado em Teologia pela Escola
Superior de Teologia (EST), no Rio Grande do Sul.

Vice-presidente do Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos (CPPC Sul), e membro da Associação de


Assessoramento e Pastoral da Família (EIRENE).

Autora do livro "Cuidando de quem Cuida: um olhar de Cuidados aos que ministram a Palavra de Deus", Editora
Sinodal e co-autora em De Bençãos e Traições, a história das famílias de Abraão, Isaque e Jacó, Ed. Ultimato/
Esperança.

Para você, a Igreja necessita abordar o tema da sexualidade? Por quê?

Todos os assuntos que tratam do viver podem ser abordados pela Igreja, e as questões da
sexualidade estão presentes ao longo do ciclo da vida pessoal ou familiar. A igreja - se não é,
deveria ser - como Corpo de Cristo uma comunidade que não tem apenas um papel informador.
Deve-se falar das várias expressões da sexualidade, pois ela tem múltiplas facetas.

Fomos criados para relacionamentos, e a sexualidade vai sendo construída ao longo dos anos
recebendo contribuições da interação mãe e/ou, cuidador/a e filho/a, do relacionamento familiar,
da religiosidade, da cultura, das ciências, de todos os tipos de mídia, etc. Assim, as igrejas em
geral podem contribuir, pelo perfil pedagógico/formador que tem. Tanto no que se refere ao
conhecimento e funcionamento do corpo humano como no aspecto social, relacional, familiar e
espiritual, entendo que existe uma importante contribuição ao diálogo.

A maioria das igrejas aborda o tema de forma repressora ou de forma explicativa/orientada pelos princípios
bíblicos? Como devemos falar da sexualidade levando em conta os mais diferentes públicos que ela tem?

Durante muito tempo as igrejas mantiveram uma postura repressora. Posturas normativas geradas de interpretações
particulares e peculiares de textos bíblicos podem até agir na formatação do comportamento exterior, mas não
transformam o interior. Hoje, em algumas igrejas parece haver mais omissão do que repressão. Creio que através de
palestras e cursos com pessoas com postura cristã, gabaritadas ou profissionais da área ( psicólogos/as, médicos/as,
enfermeiros/as, e outros, ou seja, não somente por pastores/as), pode-se esclarecer as pessoas de diferentes faixas
etárias e culturais. A linguagem acessível, direta com o uso de ilustrações propicia dicussão dos temas e reflexão.

As discussões sobre a homossexualidade e bissexualidade são muito efervescentes dentro da sociedade,


como agir diante deste contexto?

Podemos ter diferenças de interpretação nas igrejas e podemos aprender a discutir idéias, sem massacrar,
ridicularizar, punir ou afrontar as pessoas, sejam elas nossos irmãos/ãs ou não. Os sãos não precisam de médico,
mas sim, os enfermos. Trabalhamos, evangelizamos e cuidamos de pessoas inteiras, e a sexualidade é bem mais do
que um encontro de genitálias.

Acho importante sim, esclarecer o texto bíblico, propiciar a reflexão e a discussão, uma vez que nossa presente época
reduziu a sexualidade a patamares primitivos. A excessiva erotização que atinge crianças e adultos tem deixado sua
marca perversa.

A busca pelo sentido da vida acaba sendo reduzida a atividade sexual sem intimidade e muitas vezes sem um prazer.
Adolescentes de nossas igrejas já tiveram mais parceiros sexuais do que muitos adultos. A busca de sensações que
visa mostrar que se está vivo, tem contribuído para o padrão bisexual. Uma das consequências da atividade sexual
prematura, onde ocorre o esvaziamento do sentido relacional do sexo, pode ser este.

Vários fatores, contribuem tanto para a homosexualidade quanto para a bisexualidade, contudo, entendo que muito
mais do que fazer palestras sobre namoro (a maior parte dos adolescentes nem sabe o que é isso), pode-se falar
sobre a dimensão da sexualidade no viver humano.

Como a sexualidade afeta os relacionamentos já que vivemos em uma época do "consumo" e do


"descartável"?

De várias formas, mas certamente conduz a uma desvalorização e banalização. O descartável vai de copos a corpos.
Sexualidade restrita ao fisiológico não gera intimidade existencial e companheirismo, ou seja, é nausea constante, que
não supre.

Há separação entre a sexualidade e a espiritualidade?

Como pessoas, somos um todo, pois são várias as dimensões que compõem o viver humano, ou seja, somos seres
bio-psico-sócio-eco-espirituais inseridos numa determinada sociedade, cultura, geografia e num determinado tempo
da história! Podemos dividir para efeitos de estudo, mas somos um todo indivisível! Somos convidados pela Palavra a
uma vida congruente, onde a transparência e verdade sejam muito mais de ações do que de palavras. É a verdade
que liberta, e confessar, traz luz e cura. Confessar não só pecados, mas desejos e impossibilidade de vencer sozinho
os desafios de uma vida pura.

O acesso fácil de informações pelas novas tecnologias atrapalha ou ajuda?

Depende da maturidade da pessoa, há casos de adolescentes que acessam sites pornográficos quando estão
buscando informações, o que obviamente lhes fornece imagens tangenciais e deturpadas. Por outro lado, é possivel
encontrar material de pesquisa séria e abalizada. Na minha experiência, eu diria que as famílias ainda tem dificuldade
de tratar das questões relativas ao sexo, e por diversas razões. Em alguns casos, o fator cultural e/ou religioso inibe,
em outros, por acharem que os filhos/as já receberam as informações e que simplesmente irão agir de acordo com o
figurino.

Existem também famílias onde o "ensino" é ministrado através das condutas disruptivas dos próprios pais. Práticas
de pais e mães que incluem pornografia, seja em revistas, filmes, internet, troca de casais, adultérios, mentiras,
enganos, etc, roubam a confiança dos filhos no que concerne ao laço que os une, e o pior, mostram a face cínica e
hipócrita que corrói a fé ingênua e faz pequeninos tropeçar. "MELHOR LHES FORA NÃO TER NASCIDO", diz a
Palavra.

Quais os conselhos para pastores e líderes no que tange ao tema "sexualidade nas igrejas"?

A igreja pode propiciar um interessante debate de pesquisas científicas recentes. Leia muito, atualize-se, busque
ajuda e conhecimento. Um pastor não precisa ser sexólogo, não precisa entender e dar aula de todos os assuntos,
mas pode buscar quem o faça e mais do que tudo, pode ser um pastor interessado por suas ovelhas.

Acompanhe a vida das famílias, visite, se interesse, celebre as conquistas de cada um/a e chore com os que choram.
Saiba os nomes de cada criança, adolescente, jovens, adultos e idosos! Seja Pastor de Gente! Vocês tem o privilégio
de acompanhar as famílias ao longo do ciclo vital, desde nascimentos, batismos, formaturas, casamentos,
celebraçoes até o culto fúnebre. Escute, escute muito e fale pouco. Em primeiro lugar, cuide a si próprio e da sua
família.

Ore muito: "guarda-nos do mal" . E ouse, torne seu ministério parecido com o de Jesus!

* Sugestão de Livros: "Sexo, desnudamento e mistério", de Ageu H. Lisboa; "Macho e Femea os criou", de Carlos Grzybowski,
"Aconselhamento Cristão Transformador", capitulos 8, 9 e 10, de Manfred Kohl e Antonio Carlos Barros

Avaliando as competências
Entrevista com Lincoln Bonesi
Publicado em 29.06.2010
Falar em avaliação gera um desconforto nas pessoas. Mas, a avaliação é um momento importante e de crescimento.
Ela oportuniza o autoconhecimento das competências, a valorização dos acertos e novos rumos para o que não foi
compatível com a função exercida.

Novos métodos de avaliação do desempenho surgem e se caracterizam pela auto-avaliação e autodireção das
pessoas, maior participação do funcionário em seu próprio planejamento de desenvolvimento pessoal; foco no futuro e
na melhoria contínua do desempenho.

No entanto, esta entrevista está focada em um deles: na avaliação por competências, que tem se mostrado um
importante meio para identificar os potenciais dos funcionários, melhorar o desempenho da equipe e a qualidade das
relações dos funcionários e superiores, e servir de estímulo nos esforços para alcançar resultados positivos e
satisfatórios para o indivíduo e organização.

O entrevistado é Lincoln Bonesi, especialista em Marketing, Comunicação e Negócios pelo INBRAPE e em Gestão
Contemporânea de Recursos Humanos pela Universidade Estadual de Londrina. Líder de célula, membro da 1ª Igreja
Presbiteriana Independente de Londrina-PR e gerente de Recursos Humanos da União Administradora de
Consórcios e Analista de PI. (Sistema "Predictive Index" - Management Resources).

Por que avaliar o desempenho dos liderados?

Basicamente tem como objetivo apontar de forma positiva as melhores práticas e atitudes na
função exercida, visando valorizar e estimular o "avaliado" na busca constante do
desenvolvimento profissional e pessoal. Também aponta situações onde o "avaliado" precisa se
desenvolver, se necessário for, além das orientações e acompanhamentos do seu líder, através
de cursos e treinamentos.

O que é avaliação de desempenho por competências? O que se pode verificar através


dela?

Nesse processo é importante deixar claro ao funcionário as competências necessárias para o


exercício da função, feito isso, é fundamental o acompanhamento do líder no desenvolvimento do liderado (Veja a
lista de competências na seção de downloads). É uma excelente base para gestão e gerenciamento, evitando
surpresas do tipo "não sabia ou nunca foi dito que precisava fazer isso", por exemplo.

Por onde começar?

A primeira coisa a fazer é o levantamento das competências da função, eleger de 7 a 10 competências e dar "peso a
elas" de 7 a 10, por exemplo. (Veja o modelo de gerenciamento da performance profissional na seção de
downloads). Sempre levando em consideração o tempo exigido, a responsabilidade e as habilidades necessárias.
Em seguida investir um bom tempo com o liderado para explicar e validar as competências que se espera para a
função que ele vai exercer e como vai ser o acompanhamento e o desenvolvimento.

Quem deve aplicar a avaliação aos líderes da igreja? E de quanto em quanto tempo?

O Pastor deverá fazer com a liderança da igreja, se for também o administrador da Igreja ele deve fazer com os
subordinados, se existir a figura do administrador, é ele e não o pastor que deve fazer com o pessoal do segundo
escalão: financeiro, administrativo, secretária, etc. Não é necessário fazer com a zeladora, vigia, por exemplo. Deve
ser feito semestralmente ou pelo menos uma vez por ano.

Quais os cuidados que se deve ter na implantação do processo de avaliação por competências?

Conversar com o funcionário/líder sobre as competências da função, o ideal é revisar suas rotinas antes. Uma
sugestão é que o funcionário/líder faça uma planilha semanal inserindo informações sobre o que está fazendo e o
tempo gasto na execução da tarefa, pode ser que ele esteja realizando tarefas que não sejam a ele atribuídas, ou
esteja gastando muito tempo na realização de algumas e pouco em outras. A partir destes dados, deve ser feita uma
reunião para tratar de cada competência, dar oportunidade para tirar dúvidas e sugestões. A avaliação deve ser feita
somente no próximo semestre, isso não significa que você não deva falar com ele sobre as competências durante seis
meses, pelo contrário, desta forma quando for avaliado, não terá tantas surpresas, pois as manutenções foram feitas
no decorrer do tempo.
Qual o papel do feedback em um processo de avaliação?

O feedback deve ser feito pelo líder com a presença de um mediador. O papel do mediador é a principio de observar,
se for necessária alguma intervenção quando não houver acordo ou entendimento sobre a avaliação ele o fará rápida
e objetivamente, caso isso não aconteça ele faz um breve comentário na finalização da avaliação demonstrando o
acordo entre as partes. O avaliado deve evitar ficar se justificando, não é o mais apropriado, ele deve procurar
entender o que tem que melhorar e ter atitudes para fazê-lo. Já o avaliador não deve usar esta oportunidade para
somente criticar o avaliado. O ideal é usar a estratégia do (+)(-)(+), ou seja, elogiar, apontar oportunidades de melhora
e finalizar elogiando os aspectos positivos.

Quais os conselhos para pastores e líderes que queiram se utilizar da avaliação por competências para seus
liderados.

O desafio é implantar e levar adiante o processo. É necessário um esforço para que todos se envolvam, senão acaba
virando um "eu faço que falo e você faz que escuta."

A briga pelo voto evangélico


Publicado em 03.08.2010
Os candidatos à Presidência estão de olho no voto dos evangélicos. Não por acaso. Juntos, os evangélicos
representam cerca de 25% do eleitorado brasileiro, que é de 135 milhões de pessoas. Ou seja, uma massa de 33
milhões de eleitores.

Na corrida por essa encorpada fatia do eleitorado, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) estão na frente. Eles
brigam ferozmente pelo apoio das gigantes Assembleia de Deus e Igreja Universal. Ironicamente, a candidata do PV,
Marina Silva, única evangélica da disputa, é quem tem mais dificuldades para costurar apoios com uma das frentes
religiosas.

O maior imbróglio está na Assembleia de Deus. A igreja é dividida em duas partes - a Convenção Nacional das
Assembleias de Deus no Brasil (Ministério de Madureira) e a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil
(CGADB). No total, a instituição conta com 16 milhões de seguidores, sendo que a corrente majoritária, a CGABD,
liderada pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa, conta com 10 milhões. Neste campo, é o tucano José Serra
quem tem vantagem, já que é amigo do pastor e contou com seu apoio no segundo turno das eleições de 2002.

De acordo com o presidente do Conselho de Comunicação da CGADB, pastor Mesquita, a Assembleia de Deus "não
apoia nenhum candidato oficialmente". Ele afirma que a ala majoritária "demonstra apoio a José Serra e proximidade
com ele". "Há uma resistência da CGADB a Dilma Rousseff, que é muito progressista e liberal em assuntos como
aborto e casamento gay. Não negamos direitos a niguém. Eles [os homossexuais] têm direito de fazer o que
quiserem, mas não absorvemos essas ideias e somos totalmente contrários a elas".

A outra ala da Assembleia de Deus, conhecida como Ministério Madureira, conta com 6 milhões de seguidores e está
com Dilma. Neste sábado, o deputado federal Pastor Manoel Ferreira (PR-RJ), líder da convenção nacional, organizou
um evento em Brasília com fieis de diversas igrejas evangélicas para apoiar a petista, como Assembleia de Deus,
Sara Nossa Terra e Igreja Universal do Reino de Deus. Segundo o deputado-pastor, o apoio à ex-ministra foi
negociado e eles teriam recebido a promessa de Dilma de que um eventual governo petista deixaria questões
polêmicas como a legalização do aborto e a união civil entre homossexuais para serem discutidas apenas pelo
Congresso.

A escolha de Marina - Enquanto isso, a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, não encontra apoio oficial nem
mesmo na igreja à qual pertence. A verde é da Assembleia de Deus desde 1997 e, segundo a CGADB, "a igreja
deveria ter amadurecimento para anunciar um apoio oficial a Marina". Segundo representantes da convenção, a igreja
poderia exigir dela um governo norteado pelos "ensinamentos cristãos". Mas não foi isso que aconteceu.

A assessoria de Marina Silva, por sua vez, afirma que a candidata defende um estado laico e não discrimina a fé.
"Marina reconhece que os evangélicos são um público a quem ela deve atenção por fazer parte dele, mas não faz um
direcionamento específico para nenhum grupo religioso".
Universal e a confusão de Dilma - A ex-ministra ganhou - mais uma vez - uma herança do governo Lula: o apoio da
Igreja Universal. Com 13 milhões de fieis, a instituição apoiou Lula em 2002 e 2006. Um dos elos de Dilma com a
igreja é o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) que, de acordo com sua assessoria, tem uma amizade "antiga e pública"
com o presidente Lula. Além disso, quando defende a ideia de que o aborto deve ser tratado como questão de saúde
pública, e não rejeitado por princípio, a candidata petista não se choca frontalmente com os preceitos do líder da
Universal, o pastor Edir Macedo, que se diz favorável à prática em diversas situações.

Essa não é, obviamente, a posição da Igreja Católica. Nesta semana, o bispo de Guarulhos (SP), dom Luiz Gonzaga
Bergonzini, defendeu o boicote à candidatura de Dilma por considerar que o PT é a favor da interrupção da gravidez.
Para tentar resolver esse impasse, Lula interveio: nomeou seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, um ex-
seminarista, para aproximar a petista da Igreja Católica.

Gays impedidos de doar sangue


Publicado em 03.08.2010
Por cinco anos, o publicitário paulistano Marcelo (nome fictício), de 24 anos, doou sangue uma vez por semestre. Mas
há um ano ele teve de abandonar a prática. Foi nesse tempo que Marcelo deixou de namorar mulheres e passou a se
relacionar com homens.

- Eu poderia até mentir na hora de preencher o formulário, já que ninguém vai verificar isso. Mas essa não é uma
atitude correta. É uma pena porque era algo que gostava de fazer e achava até divertido.

No Brasil, por normas do Ministério da Saúde e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), homens que
fazem sexo com outros homens (grupo conhecido por HSH) são impedidos de doar sangue por um período de 12
meses após a última relação sexual. A justificativa do governo para limitar especificamente esse público, medida que
tem apoio de vários especialistas, são estudos que indicam que a prevalência do HIV é maior entre os gays.

Uma consulta pública sobre as novas regras para a doação terminou nesta segunda-feira (2). Para aumentar os
estoques dos hemocentros, o ministério pretende incluir como possíveis doadores os jovens de 16 e 17 anos
(mediante autorização dos pais) e os idosos entre 65 e 68 anos.

No entanto, existe uma série de proibições que o governo deve manter - e até ampliar -, como a que impede Marcelo
de continuar indo aos hemocentros duas vezes por ano.

De acordo com o advogado Gustavo Bernardes, coordenador geral da organização Somos, os homens que estão na
mesma situação de Marcelo devem levar essa "discriminação oficial" ao Ministério Público com o objetivo de
questionar essa proibição.

- Isso é uma homofobia oficial. Em alguns Estados, o Ministério Público já entrou com ação contra a restrição. As
pessoas precisam levar ao conhecimento do MP, porque [o veto] não se justifica mais do ponto de vista científico, e
tem caráter moralista.

Para Gustavo Menezes, assessor jurídico do Cads (Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual, ligado à
prefeitura de São Paulo) e coordenador do CCH (Centro de Combate à Homofobia), as pessoas que se sentirem
lesadas podem questionar a constitucionalidade desse veto.

Esse é o mesmo caminho sugerido por Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis e Transexuais).

- Qualquer pessoa que se sinta lesada ou prejudicada deve procurar seus direitos, seja junto ao Ministério Público, na
Justiça ou qualquer outro órgão apropriado de defesa dos direitos.

A atitude de recorrer à Justiça, no entanto, terá mais efeito se for realizada por meio de ações coletivas, e não
somente por ações isoladas. Essa é a opinião da advogada Patrícia Rios, do Grupo Pela Vidda do Rio de Janeiro e do
de Niterói.
- As questões coletivas, maiores, têm muito mais efeito que as ações individuais. Devemos tentar desconsiderar essa
norma enquanto sociedade civil organizada. Temos que procurar o Ministério Público para desconstruir [esse veto] em
conjunto. A constituição não permite discriminação em nenhuma forma.

Proibição contradiz políticas de combate ao preconceito

Marcelo diz que nunca teve uma relação homossexual sem camisinha, postura que não adotava de modo tão enfático
quando se relacionava com mulheres.

- Eu tenho consciência de que o sexo anal traz mais riscos de infecção, então passei a me proteger mais do que
antes. Com algumas mulheres eu cheguei a transar sem camisinha, dependendo da intimidade, mas com homens,
não.

O publicitário conta que se sente injustiçado pelo fato de não poder mais doar sangue, apesar de, segundo ele, ter um
comportamento sexual mais seguro do que a maior parte dos seus amigos heterossexuais.

É por atitudes como a de Marcelo que a epidemia da Aids mudou o perfil que apresentava nos anos 80 e deixou de
afetar somente os homossexuais. Atualmente não existem mais grupos de risco na prevenção à doença, diz
Bernardes.

- Todos nós corremos risco de nos infectarmos. A Aids está disseminada em toda a população.

Prova disso é que, no Brasil, dados do Ministério da Saúde mostram que, há mais de uma década, são identificados
mais casos de Aids entre os homens heterossexuais do que entre os homossexuais e bissexuais juntos (veja no
gráfico abaixo).

Diante da mudança no perfil da doença, Patrícia afirma que proibir os gays de doar sangue é um retrocesso, já que
terão que continuar lidando com o estigma da Aids.
- Estamos retornando e reafirmando preconceitos históricos.

No entanto, mesmo com essa alteração epidemiológica, a Aids continua sendo uma doença com maior prevalência
entre os HSH.

Pesquisa realizada pelo Departamento de DST/Aids em dez cidades brasileiras mostrou que a prevalência do HIV
nesse grupo (entre os homens com mais de 18 anos) foi estimada em 10,5%. Já na população masculina em geral, de
15 a 49 anos, a estimativa é de 0,8%.

Revisão da norma

Durante a Conferência Internacional da ONU sobre Aids, realizada no mês de julho em Viena (Áustria), um dos
maiores pesquisadores sobre o assunto no mundo, o canadense Mark Wainberg, criticou o fato de, em 2010, vários
países ainda manterem o veto baseado em conceitos do início da década de 80.

Para o médico infectologista Esper Kallás, da USP (Universidade de São Paulo), isso indica que a regra deveria ser
revista e que cada caso seja avaliado individualmente. A vulnerabilidade de um indivíduo à doença é definida por
fatores como o número de parceiros sexuais, o uso de preservativos e histórico de infecções por outras DSTs, diz o
especialista.

- Você tem casos de casais gays que são estáveis e têm um risco de exposição muito baixa ao vírus, enquanto
heterossexuais adotam comportamentos de risco e correm um risco altíssimo. Por isso, uma regra horizontal que
proíbe todos os homens que fazem sexo com outros homens de doar sangue deveria ser revista. A análise deve ser
individual.

Apesar disso, a ABHH (Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia) apoia a atitude do ministério de manter
a proibição nas novas regras sobre o assunto. O hematologista João Carlos Pina Saraiva, diretor de comunicação da
associação, diz que os dados sobre a doença ainda não permitem acabar com a proibição.

- Nós ainda não temos dados epidemiológicos consistentes que neguem a proibição. Essa instrução não tem cunho
preconceituoso e é uma opção que tem de ser respeitada. O que todos pretendemos é preservar a qualidade do
sangue, o que passa por analisar as evidências. Não podemos fugir delas.

Se a regra for mantida, Gustavo Menezes, do Cads, espera que os motivos da proibição fiquem bem claros para a
sociedade.

- Se ela for mantida, é preciso saber o porquê, quais as razões que a justificam. Que os gestores de saúde se
manifestem, porque não dá mais pra ficar na suposição.

Fonte: R7, 03/08/2010

Autora declarou não ser mais cristã


Publicado em 03.08.2010

Anne Rice, autora de "Entrevista Com o Vampiro," citou os sentimentos "antigay" e "antifeminista" dos cristãos como
uma de suas razões para deixar a fé cristã.

A Igreja Unida de Cristo (UCC) está tentando fazer Anne Rice juntar-se ao seu rebanho após a autora de Entrevista
Com o Vampiro ter anunciado sua decisão altamente difundida de "deixar de ser Cristã," semana passada.

Poucos dias depois do anúncio de Rice, a UCC de 1,1 milhões de membros lançou a campanha "Você Gostaria da
UCC, Anne Rice " no Facebook para oferecer suporte à aclamada autora e apresentar a ela e a outros o corpo da
Igreja historicamente liberal.

"Muitos de nós que somos Cristãos compartilhamos os valores de inclusão e razão de Anne Rice," comentou o diretor
de comunicação da UCC, o reverendo J. Bennett Guess, que iniciou a campanha no Facebook. "É importante que ela
e os outros saibam que uma Igreja como a UCC existe."

Nesta quarta-feira passada, Rice declarou em sua página de fãs no Facebook que "deixa de ser Cristã," após achar
"simplesmente impossível ... ‘pertencer' a este briguento, hostil, polêmico, e merecidamente grupo infame."

"Por dez anos ..., eu tentei," a autora de 68 anos de idade, escreveu. "Eu não. Eu sou uma intrusa. Minha consciência
não permitirá nada mais."

Depois de ter crescido em um lar católico como uma criança que volta a Nova Orleans, Rice veio a rejeitar sua fé
quando ela tinha 18 anos para ganhar a liberdade e a busca do conhecimento.

Em 1998, no entanto, após quase quatro décadas de negação a Deus, a "atéia Cristo-assombrada" por longo tempo
retornou à Igreja Católica, dizendo que ela estava finalmente pronta para entregar-se a Ele.

Desde então, ela dedicou o seu tempo a escrever livros que são "diretamente a Deus e dedicados a Jesus Cristo," em
vez dos romances de vampiros em que ela ganhou fama e riqueza.

Embora algumas visualizações do anúncio de Rice como o abandono da autora de sua relativamente recente fé, Rice
deixou claro no dia após seus comentários, de que sua fé em Cristo "é central para a minha vida."

"Minha conversão de uma atéia pessimista perdida em um mundo que eu não entendia, para uma crente otimista em
um universo criado e sustentado por um Deus amoroso é fundamental para mim," ela esclareceu em sua página de fã
no Facebook, quinta-feira.

Mas para a ex-autora de Vampiros, "seguir a Cristo não significa seguir os Seus seguidores."

"Cristo é infinitamente mais importante que o Cristianismo, e sempre será, não importa o que o Cristianismo é, foi, ou
poderia tornar-se," concluiu.

À luz disto, o reverendo Geoffrey A. Black, ministro geral e presidente da UCC, estendeu a mão da denominação para
Rice, anotando quantos no corpo da Igreja podem "compreender e apreciar a sua insistência em que ela deve seguir
um Deus de amor, justiça e inclusão."

"Estou certo de que o repúdio público de Anne Rice ao Cristianismo tem sido uma tarefa difícil, mas um passo,
aparentemente, necessário para ela viver autenticamente como uma pessoa de fé e razão," comentou Black em uma
declaração pública de sexta-feira.

"Muitas vezes temos nos confundido em seguir a Cristo com a defesa da Igreja institucional, e nós temos,
desnecessariamente, insistido que é preciso ser de uma mente, em vez de um só coração," continuou Black, cuja
denominação foi o primeiro principal corpo da Igreja a apoiar o casamento homossexual.

"Eu, juntamente com muitos na UCC, compartilhamos o compromisso de Anne Rice de um relacionamento pessoal
com Cristo, que afirma a vida em sua plenitude e diversidade, não negando a sua realidade, por vezes, belas e
complexas."

A UCC, que gabou-se por sua inclusão, historicamente, tem favorecido a visão progressista ou liberal em questões
sociais, tais como os direitos civis, direitos dos homossexuais, direitos das mulheres e do aborto.

Em 2005, a denominação tornou-se o primeiro grande corpo cristão nos Estados Unidos fazendo uma declaração de
apoio aos "direitos iguais para todas as pessoas, independentemente do sexo."

Desde a aprovação da resolução, no entanto, o corpo da Igreja tem assistido a uma queda grande de adesão.

Em 2000, a denominação perdurou por mais de 6.000 Igrejas. Em 2008, o ano de seu mais recente relatório anual, o
corpo da Igreja alegou ser composta por cerca de 5.320 Igrejas.

Apesar de um declínio contínuo ser esperado, Black disse, no ano passado após a sua eleição, que o "grande
sangramento acabou."

O presidente recém-estabelecido também disse que acredita que a tendência pode ser revertida à medida que as
Igrejas UCC dêem as boas-vindas aos imigrantes, às famílias monoparentais e às pessoas de cor.
Ele disse que há uma vontade "dentro do corpo da Igreja de ser uma vanguarda" de reintrodução às pessoas a um
Deus que ainda fala."

Além de Rice, a UCC está esperando que a sua mais recente campanha chegue aos outros que possam ter se
desencantado com os estereótipos colocados sobre a Igreja.

"Esperamos que essas declarações tais como as de Anne desafiem e alterem as nossas definições de discipulado
cristão e, no processo, alterem a própria Igreja," afirma Black.

Black, que foi empossado como presidente da UCC e ministro geral em abril, assumiu oficialmente o comando da
denominação, em outubro do ano passado.

Fonte: Christian Post

O conteúdo das notícias é de responsabilidade de seus respectivos autores e veículo de comunicação, não refletindo
necessariamente a opinião do Instituto Jetro.

Evangélicos querem cancelar o 'Queime um Alcorão'


Publicado em 03.08.2010

O corpo da maior nação evangélica está incitando a Igreja da Flórida a cancelar os seus planos e voltar atrás com
relação ao dia internacional do "Queime um Alcorão."

Os planos para queimar o livro sagrado do Islã no nono aniversário do 11 de setembro mostra "desrespeito" pelos
Muçulmanos e só "exacerbará as tensões" entre Cristãos e Muçulmanos no mundo das relações, declarou a
Associação Nacional de Evangélicos (NAE), na quinta-feira.

"Parece que a queima proposta do Alcorão está enraizada em vingança," disse o presidente da NAE Leith Anderson,
em um comunicado. "Mas a Bíblia diz que os Cristãos devem ter certeza de que ninguém paga de volta mal por mal,
mas sempre tentam ser gentis uns com os outros e todos os outros "(1 Tessalonicenses 5:15)."

O Dove World Outreach Center, uma Igreja não-denominacional em Gainesville, na Flórida, anunciou, recentemente,
que iria sediar um evento de queima do Alcorão em sua propriedade da Igreja no cumprimento de aniversário dos
ataques terroristas de 11/09, para alertar os Norte-americanos sobre os perigos do Islamismo.

Em uma entrevista com o The Christian Post, esta semana, o Pastor Sênior Dr. Terry Jones explicou, "Nós só fizemos
porque sentimos que é preciso haver um clamor contra o Islã, porque o Islã está se apresentando como uma religião
‘de paz.'"

O Dove World Outreach Center tem uma história de provocação e protestos públicos contra o que considera pecado.
No passado, ele colocou um sinal sobre a sua propriedade de leitura, "o Islã é do Diabo," e juntou-se à extremista
Igreja Batista de Westboro, em protesto contra a homossexualidade. Sua finalidade, como a Igreja explica em seu site,
é fazer com que os Cristãos defendam a verdade da Bíblia.

"A mensagem da verdade que só existe um caminho para Deus, apenas um caminho para a salvação, e que é através
do sangue de Jesus. Através do arrependimento dos seus pecados e nascer de novo. é tempo de unir todos os
Cristãos, para pararmos de sermos passivos e egoístas e levantarmos e lutarmos pela verdade."

"Qualquer religião que professa outra coisa senão essa verdade é do diabo."

Não surpreendentemente, não houve protestos públicos contra o evento previsto da queima do Alcorão e, no passado,
contra os sinais de que o "Islã é do Diabo".
O Conselho de Relações Americo-Islâmicas, o maior grupo de defesa Muçulmana da nação, tinham planos para
combater o Dia Internacional do "Queime um Alcorão," com um jantar em 11 de setembro.

O Pastor de Orlando, Joel Hunter de Northland, uma Igreja distribuída, que é membro do Conselho de Administração
NAE, comentou: "Temos que reconhecer que a luta contra o fogo com fogo só constrói um grande incêndio."

"O Amor é água que acabará por evitar a destruição," disse ele.

Ao pedir a Igreja de Gainesville para cancelar o evento, o NAE, o que representa mais de 45 mil Igrejas locais em
mais de 40 denominações, mencionou a sua resolução de 1996, sobre a perseguição religiosa. Na resolução, o corpo
evangélico se comprometeu a "combater a perseguição religiosa sofrida pelos nossos irmãos e irmãs cristãos, sempre
que isso ocorrer em todo o mundo."

"Se as pessoas estão cumprindo as obrigações da consciência, a história ensina a necessidade urgente de promover
o respeito e a proteção do direito de todas as pessoas a praticar a sua fé," diz a resolução.

Muçulmanos em todo o mundo seriam profundamente ofendidos pela queima do Alcorão, assim como os cristãos
seriam profundamente ofendidos se um outro grupo queimasse Bíblias, o NAE sublinhou.

Fonte: Christian Post

Governo quer proibir pais de dar palmada em crianças


Publicado em 13.07.2010

Pais, professores, cuidadores de menores em geral podem ficar proibidos de beliscar, empurrar ou mesmo dar
"palmadas pedagógicas" em menores de idade. Um projeto de lei que proíbe a prática do castigo físico será assinado
amanhã pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para marcar os 20 anos de vigência do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA).

A medida visa garantir o direito de uma criança ou jovem de ser educado sem o uso de castigos corporais ou
"tratamento cruel e degradante". Atualmente, a Lei 8.069, que institui o ECA, condena maus-tratos contra a criança e
o adolescente, mas não define se os maus-tratos seriam físicos ou morais. Com o projeto, o artigo 18 passa a definir
"castigo corporal" como "ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física que resulte em dor ou
lesão à criança ou adolescente". Para os infratores, as penas são advertência, encaminhamento a programas de
proteção à família e orientação psicológica.

"A definição proposta se aplica não só para o ambiente doméstico, mas também para os demais cuidadores de
crianças e adolescentes - na escola, nos abrigos, nas unidades de internação. O projeto busca uma mudança
cultural", diz a subsecretária nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Carmen Oliveira.
Segundo ela, "1/3 das denúncias no Disque 100 refere-se à violência doméstica, seja na forma de negligência ou de
maus tratos".

Será necessário o testemunho de terceiros - vizinhos, parentes, funcionários, assistentes sociais - que atestem o
castigo corporal e queiram delatar o infrator para o Conselho Tutelar. Vale lembrar que, no caso de lesões corporais
graves, o responsável é punido de acordo com o Código Penal, que prevê a pena de 1 a 4 anos de prisão para quem
"abusa dos meios de correção ou disciplina", com agravante se a vítima for menor de 14 anos. As informações são do
jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão, 13/07/2010


Fé é prioridade de poucos nos EUA
Publicado em 27.07.2010

Embora os Estados Unidos sejam conhecidos mundialmente como sendo um país religioso, poucos Americanos
dizem que a fé é a prioridade principal de suas vidas.

Aproximadamente 90 por cento dos Americanos, de acordo com o CIA World Factbook, se identificam com a
religião. Porém, apenas 12 por cento dos Americanos adultos dizem que a fé é a prioridade principal de suas vidas, de
acordo com um novo estudo apresentado segunda-feira pelo Grupo Barna.

Aproximadamente três quartos da população Norte-americana é Cristã.

"A distância é grande entre aqueles que se auto descrevem afiliados ao Cristianismo e os que declaram a fé sua
mais alta prioridade," comentou David Kinnaman, presidente do Grupo Barna, em um comunicado. "Quando se trata
de por que a religião americana parece tão meramente superficial, este defasamento entre o que as pessoas chamam
a si mesmos e o que priorizar seja talvez o mais revelador."

Os 12 por cento que dizem que a fé é a maior prioridade em sua vida foi acima de nove por cento em 2008, mas
abaixo de 16 por cento em 2006.

Olhando para a demografia da fé cristã, os evangélicos são os mais propensos a dizer que a fé é a maior prioridade
na vida (39 por cento), enquanto os católicos são os menos prováveis (quatro por cento), de acordo com o estudo do
Barna.

Notadamente, o estudo destaca que a porcentagem de católicos que dizem que a fé é a prioridade em sua vida é
apenas ligeiramente superior que a dos adultos "sem Igreja" (dois por cento).

Aproximadamente um em cinco protestantes (18 por cento) e fiéis (18 por cento) - cuja freqüência de
comparecimento à igreja não foi definido - dizem que a fé é a maior prioridade em sua vida.

O estudo Barna, realizado de 27 janeiro a 2 de fevereiro, utilizando uma amostra aleatória de 1.006 adultos
americanos, buscou-se identificar a forma como a problemática da economia tem impactado as prioridades dos Norte-
americanos.

De longe, a mais alta prioridade para os Norte-americanos é a família. Quarenta e cinco por cento dos Norte-
americanos dizem que sua família é o aspecto mais importante em sua vida.

A segunda prioridade mais importante é a saúde / lazer / estilo de vida equilibrado (20 por cento), seguido pela
riqueza / profissão / ganhar dinheiro / sucesso / finanças (17 por cento), e da fé (12 por cento).

Em termos de mudança de prioridade - um possível efeito da economia - o estudo do Barna descobriu que nos
últimos dois anos, a percentagem de Norte-americanos que dizem que as finanças são a sua prioridade máxima
aumentou de 12 por cento em 2008 para 17 por cento em 2010.

Também, mais Norte-americanos agora dizem que a saúde e o estilo de vida equilibrado (20 por cento versus 15
por cento) ou a fé (12 por cento versus 9 por cento) é sua prioridade principal comparado aos dois anos anteriores.

Curiosamente, há uma queda no número de Norte-americanos que dizem que família é sua prioridade máxima (45
por cento versus 52 por cento). No entanto, a família continua a ser a prioridade mais importante, para os Norte-
americanos.

"A sabedoria popular diz que quando a economia declina, as pessoas se concentram mais no que é "básico," como
a família e fé," comentou Kinnaman, que dirigiu o estudo. "Esta pesquisa põe o pensamento em questão, ou nos leva
a refletir que a economia não tem sido ruim o suficiente para causar uma significativa re-priorização da família e da
fé."
Ele também observou que a fé é "a mais volátil" das prioridades no estudo Barna. A fé é a única prioridade que
caiu a partir de 2006, depois cresceu "sugerindo a incerteza sobre a interação entre fé e finanças."

"As pessoas não estão se voltando para outros - como membros da família ou de Deus - em face dos ensaios
econômicos," disse Kinnaman. "Em vez disso, eles estão se concentrando cada vez mais sobre si mesmos, tentando
resolver seus problemas sendo mais "equilibrados" ou simplesmente "trabalhando mais duro."

"[A] economia revelou Norte-americanos com fixação pelo individualismo e suas ilusões de ser auto-suficientes,"
acrescentou.

O grupo Barna, um grupo de pesquisa e investigação focado nas tendências culturais e religiosas, planeja divulgar
um relatório mais aprofundado sobre o impacto da economia sobre a crença religiosa e comportamental.

Fonte: Creio, 27/07/2010

O conteúdo das notícias é de responsabilidade de seus respectivos autores e veículo de comunicação, não refletindo
necessariamente a opinião do Instituto Jetro.

Senado aprova licença-maternidade de 6 meses


Publicado em 13.07.2010
Projeto que prevê alteração de lei facultativa para obrigatória segue para análise da Câmara dos Deputados.

O Senado aprovou proposta de emenda constitucional (PEC) que amplia de quatro para seis meses o prazo de
licença-maternidade. A proposta, que obteve 54 votos favoráveis e nenhum contrário, segue para a análise da
Câmara dos Deputados.

O projeto de autoria da senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) modifica a Constituição para tornar obrigatória a licença
de 180 dias para empresas públicas e privadas. Na prática, a proposta amplia o alcance da Lei 11.770, de 2008, de
autoria da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), que faculta às empresas a concessão da licença de seis meses. Em
contrapartida, a norma garante a dedução das despesas extras do imposto de renda.

A senadora, que era médica pediatra antes de ingressar na política, não acredita que as empresas ofereçam
resistência à ampliação do prazo. Ela argumenta que a taxa de natalidade do país, atualmente de 1,9 filho por casal,
vem caindo sistematicamente. Ela também afirma que as experiências recentes mostram que a mãe que passa mais
tempo com o filho, retorna mais produtiva ao trabalho. E acrescenta que o ciclo de seis meses de amamentação
garante mais saúde ao recém-nascido e, com isso, reduz as faltas da mãe ao trabalho.

Fonte: Revista Veja, 08/07/2010

Executar muitas tarefas pode ser estressante


Publicado em 06.07.2010

Quem quer fazer tudo ao mesmo tempo acaba não fazendo nada direito. O ditado é velho, mas está cada vez mais
atual num mundo em que, só no ano passado, os internautas enviaram 90 trilhões de e-mails e tinham cerca de 234
bilhões de sites por onde navegar. Isso sem contar os vários aparelhos e mídias empenhados numa luta desenfreada
pela atenção das pessoas. Assim, embora muitas pareçam conseguir realizar múltiplas tarefas simultâneas com
sucesso, pesquisas recentes mostram que o que fazem é ficar alternando entre uma e outra, num processo que pode
vir a prejudicar seu desempenho em todas elas.
Em um estudo da Universidade de Stanford, nos EUA, cerca de 100 estudantes foram divididos em dois grupos. Um
era composto pelos chamados "multitarefadores pesados", pessoas que têm hábito de se dedicar a mais de uma
tarefa ao mesmo tempo. Já o outro era composto de indivíduos ditos "normais", isto é, que só fazem atividades
simultâneas de vez em quando. Após uma série de testes, os cientistas ficaram surpresos aos constatar que os
multitarefadores pesados na verdade distraem-se com mais facilidade e são menos hábeis em filtrar informações
irrelevantes do que os demais.

Só um pensamento de cada vez

- Não é novidade nenhuma tentar fazer várias coisas ao mesmo tempo e não conseguir. A limitação da capacidade de
atenção é intrínseca ao cérebro. Só conseguimos pensar conscientemente em uma coisa de cada vez. Assim como a
física afirma que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, a neurociência diz que dois pensamentos não
ocupam nosso cérebro ao mesmo tempo - explica a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, professora do Instituto
de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Algumas pessoas, no entanto, são capazes de alternar a atenção entre uma tarefa e outra de forma rápida e eficiente,
mas são muito poucas. Chamadas de "supertarefadoras", elas conseguem, por exemplo, dirigir e falar ao celular ao
mesmo tempo sem que isso implique em piora no tempo de reação para frear o veículo, o que aumenta os riscos de
acidente, ou no desempenho da memória na conversa pelo telefone, como mostrou outra pesquisa feita nos EUA. De
acordo com o estudo, conduzido pela Universidade de Utah, apenas 2,5% das pessoas têm essa capacidade.

Filipe Couto, professor e coordenador de Língua Portuguesa e Literatura do Colégio PH, parece ser um destes raros
casos. Acelerado e de pensamento ágil, ele dá aulas, coordena o trabalho de 30 professores e 40 monitores de todas
as unidades do colégio e do curso, além de cuidar da elaboração de apostilas, provas e simulados, das páginas da
instituição nas redes sociais e dos eventos culturais com os alunos. Isso enquanto também toca sua vida pessoal,
escreve poesias (já lançou um livro com elas) e edita dois blogs sobre artes e variedades.

- Criou-se um mito com relação aos profissionais multitarefa, mas só é possível ser eficiente em todas se elas tiverem
alguma integração entre si - considera.

Fonte: O Globo, 06/07/2010

Davi: a escolha do Senhor!


Davi era apenas um adolescente. Entra em casa, ainda cheirando a ovelhas e um ancião derrama óleo sobre a sua
cabeça: "Você será o próximo rei de Israel". O que fez Davi? O que você faria numa situação dessas? Ele não foi
correndo até uma loja para experimentar uma coroa. Não mandou fazer um novo jogo de cartões de visita, dizendo:
"mude de pastor para rei-eleito". Não mandou polir um carro novo e correu pelas ruas de Belém gritando: "Sou o
escolhido de Deus, vocês estão vendo o substituto de Saul". O que ele fez? Ele voltou para o rebanho. Julgo que essa
era um das razões dele ser um homem segundo o coração de Deus. Charles R. Swindoll em Davi: um homem
segundo o coração de Deus.

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