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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Aula 3
Solicitação Axial

Disciplina: Mecânica dos Sólidos II


Prof. Bruno César
brunocrv@ufrn.edu.br
SOLICITAÇÃO AXIAL
Deslocamentos em barras submetidas às cargas axiais
Considere-se o elemento de barra em equilíbrio submetido aos carregamentos axiais como se
segue:

N ( x) N ( x)

Onde:

 Alongamento do elemento de barra de comprimento L;


d  Alongamento do elemento infinitesimal na seção genérica distante “x” do extremo
esquerdo da barra.

Considerando-se o material no regime elástico linear (Lei de Hooke), a tensão e a deformação


no elemento infinitesimal são dadas por:

N  x d
 e 
A x dx
Deslocamentos em barras submetidas às cargas axiais (cont.)
Sendo “E” o módulo de elasticidade longitudinal da barra, pela lei de Hooke, pode-se escrever:

N  x d N  x  dx L
N  x  dx
  E  E  d    
A x dx EA  x  0
EA  x 

Na grande maioria das aplicações em engenharia, as peças apresentam trechos homogêneos


com esforço normal e área de seção reta constantes, ou seja:

T
1

2

n
N1L1 N 2 L2 NL
T  1   2    T   i i Para “n’ trechos homogêneos.
E1 A1 E2 A2 i 1 Ei Ai
Princípio da superposição dos efeitos
O princípio da superposição dos efeitos é aplicado às estruturas em regime elástico linear
que sofrem pequenos deslocamentos e afirma que qualquer efeito elástico (reação de
apoio, esforço interno, deslocamento, deformação e tensão) pode ser obtido na forma:
n
E   Ei
i 1
Onde: E – Efeito elástico que se deseja determinar (reação de apoio, esforço interno,
deslocamento, deformação e tensão);
i – Caso de carga incidente na peça.
Exemplo ilustrativo:
Problemas estaticamente indeterminados (cont.)
PROCEDIMENTO GERAL DE SOLUÇÃO (MÉTODO DAS FORÇAS):
1º Passo: Escolhe-se uma reação como REDUNDANTE ESTÁTICA*, por exemplo, RA.
Substitui-se o apoio pela reação redundante escolhida de forma se obter uma ESTRUTURA
ISOSTÁTICA EQUIVALENTE, ou seja:

Para que haja equivalência entre as barras,


obrigatoriamente deve se ter para a estrutura
isostática equivalente:

A  0 **Equação de compatibilidade

Estrutura Isostática Equivalente da barra AB


biengastada.

* Reações além do necessário para se garantir o equilíbrio estático de uma estrutura.


** Para o problema exemplificado, entende-se que o deslocamento no ponto “A” é nulo em razão do engaste.
8.3. Problemas estaticamente indeterminados (cont.)
2º Passo: Determina-se a equação de compatibilidade empregando-se princípio da
superposição do efeitos*, ou seja:

 A(ii )
 (i )
A

Sendo assim, a equação de compatibilidade é dada por:

 A   A(i )   A(ii )  0

* É aplicado para estruturas no regime linear (lei de hooke) e que sofrem pequenos deslocamentos em face
das suas dimensões.
Problemas estaticamente indeterminados (cont.)
3º Passo: Determinam-se os deslocamentos para cada situação de carregamento (i) e (ii)
através do uso da Lei de Hooke, ou seja:

Pb R L
 A(i )   ;  A(ii )  A
EA EA
E monta-se a equação adicional, através da substituição dos valores acima na equação de
compatibilidade, portanto:

Pb RA L Pb
   0  RA L  Pb  RA  
EA EA L

Neste caso, a outra reação encontra-se através da equação de equilíbrio, ou seja:

Pb  L  b  Pa
RA  RB  P   RB  P  RB  P   
L  L  L

Uma vez determinadas TODAS as reações do problema, o problema hiperestático está


resolvido
Tensões em seções inclinadas
Considere agora a barra tracionada abaixo onde se destaca um plano inclinado “pq”,conforme
ilustrado:

Ao longo do plano inclinado, o esforço normal “P” pode ser decomposto em componentes
transversais e normais ao plano “pq”, ou seja:
Tensões em seções inclinadas
Observa-se, dessa forma, que no plano inclinado existem tensões de cisalhamento e normais,
conforme expressões:

N P cos  P cos 2  V Psen Psen cos 


    ;    
A1 A / cos  A A1 A / cos  A
Para as expressões das tensões em plano inclinados, a seguinte convenção de sinal é aqui
adotada:
LOGO :
Psen cos 
  
A
P cos 2 
 
A
Sabendo que  x  P / A e que cos 2   1  cos 2  / 2 , sen cos   sen2 / 2 , temos:

x
    x cos  
2
1  cos 2 
2
x
    x sen cos    sen2
2
Tensões em seções inclinadas
TENSÕES NORMAIS MÁXIMAS E DE CISALHAMENTO:

 max    (  00 )   x
x
 max    (  45 )  
0

2
Ruptura por cisalhamento:

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