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Milton J. Porsani
Universidade Federal da Bahia
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DE ÁGUA-SUBTERRÂNEA E
ESTUDOS GEOTÉCNICOS.
Outubro de 1994
Índice
1 O Método Gravimétrico 1
2 O Método Magnetométrico 15
i
ii ÍNDICE
2.3.4 Magneto-gradiômetros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
5 O Método da Eletroresistividade 53
6 O Método Eletromagnético 65
8 Bibliografia 85
Lista de Figuras
v
vi LISTA DE FIGURAS
Apresentação
Milton Porsani
Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Geofı́sica
Instituto de Geociências
Rua Caetano Moura 123
Universidade Federal da Bahia
CEP-40.210-340 Salvador, Bahia, Brasil.
e-mail: porsani@cpgg.ufba.br
xii LISTA DE FIGURAS
Introdução
O Método Gravimétrico
1
2 CAPÍTULO 1. O MÉTODO GRAVIMÉTRICO
(d = 4, 6 g/cm3 ).
Ainda não existem equipamentos para medir g com tal precisão, porém existem
instrumentos que podem medir a variação de g com precisão até maior do que
0, 01 mgal. Isto pode ser obtido medindo as variações diminutas do peso de
uma massa muito pequena quando deslocada de uma posição para outra. Os
instrumentos com essa finalidade são denominados de gravı́metros. Os mais im-
portantes são: o gravı́metro LACOSTE-ROMBERG e o gravı́metro WORDEN.
A haste está conectada à mola principal, a qual está conectada no extremo supe-
rior ao suporte logo acima do engate da haste. O momento, M, que a mola exerce
6 CAPÍTULO 1. O MÉTODO GRAVIMÉTRICO
Na prática torna-se mais satisfatório empregar uma força conhecida para trazer
a haste para sua posição de equilı́brio inicial, quando for defletida por alguma
variação de gravidade. O meio usual de se fazer isto é prender o extremo superior
da mola principal á cabeça de um micrômetro e medir o deslocamento necessário
para restaurar a haste à posição inicial em termos da leitura no micrômetro. No
gravı́metro WORDEN, a mola principal é acoplada no seu extremo superior às
duas molas subsidiárias e cada uma delas é presa a um micrômetro.
A “drift” pode variar um pouco de dia para dia e mesmo durante o curso de um
mesmo dia, razão pela qual deve-se repetir a medida na estação de referência
com a freqüência de algumas horas.
8 CAPÍTULO 1. O MÉTODO GRAVIMÉTRICO
1 dg
∆gL = ≈ 0.8119sen2φ
r dφ
É aplicada com o objetivo de trazer todas as medidas para uma mesma altitude
de referência. É realizada com o objetivo de eliminar o efeito da altitude das
estações de medidas, reduzindo todas as medidas a um mesmo nı́vel altimétrico.
Estações acima desse nı́vel apresentam medidas menores. Porque estão mais
distantes do centro de massa da Terra, precisam ser acrescidas de algum valor
para trazer as medidas como se tivessem sido feitas na altitude de referência, e
vice-versa para estações abaixo da altitude de referência.
1.4. CORREÇÕES NAS MEDIDAS GRAVIMÉTRICAS 9
Como já foi dito no inı́cio dessa seção, a gravimetria é um método para reconhec-
imento das grandes traços estruturais de uma bacia sedimentar. Na prospecção
do petróleo, a gravimetria é provavelmente o primeiro método geofı́sico a ser
empregado em uma região onde se sabe muito pouco sobre a geologia de subsu-
perfı́cie.
O Método Magnetométrico
15
16 CAPÍTULO 2. O MÉTODO MAGNETOMÉTRICO
Quando a área para a investigação magnética já foi selecionada, é então im-
plantada uma linha base, paralelamente à direção da estrutura que se deseja
investigar. E as medidas são feitas em intervalos regulares ao longo de travessas
perpendiculares à linha base. É escolhido um ponto de referência e os valores do
levantamento corresponderão às diferenças positivas ou negativas com relação
à estação de referência. Este ponto deverá estar situado longe da influência de
perturbações artificiais, tais como linhas de alta tensão, antenas retransmissoras,
etc. O ponto de referência pode ser qualquer ponto dentro da área levantada,
porém é conveniente escolhê-lo tão perto quanto possı́vel ou ao lado dela.
Se o retorno à estação base pode ser feito a intervalos curtos (1, 2 ou 3 horas) não
é necessário deixar o magnetômetro fixo numa estação base e o levantamento
pode ser realizado com um único equipamento.
Este instrumento consiste de uma haste imantada presa a um pivô numa posição
fora de seu centro de massa, conforme ilustrado na Figura 2.3.
2.3. PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DO MAGNETÔMETRO 19
Na mesma bobina onde foi criado o campo magnético artificial surgirá uma
diferença de potencial devida a precessão dos prótons. O valor do campo geo-
magnético torna-se proporcional à freqüência de precessão. Esta freqüência pode
ser medida com bastante exatidão. A precisão desse tipo de magnetômetro pode
alcançar 0,5 gamas. Este tipo de magnetômetro mede os valores absoluto do
campo geomagnético.
2.3.4 Magneto-gradiômetros
A variação diária solar é maior e mais rápida durante as horas do dia do que
a noite. Há um fato adicional significante que indica a estreita conexão com o
Sol. A amplitude deste tipo de variação é desde 50 até 100% maior em anos
de manchas solares máximo, do que em anos de mı́nima atividade das manchas
solares.
24 CAPÍTULO 2. O MÉTODO MAGNETOMÉTRICO
A Figura 2.8 mostra a curva de variação diurna, na qual é assumido que o campo
varia linearmente no intervalo entre duas observações consecutivas.
Para uma medida magnetométrica que tenha sido obtida no instante tl , a quan-
tidade, ∆H que deverá ser somada ou subtraı́da será dada por:
∆H = (tl − ti ) × αi + Fi
onde:
Ti+1 − Ti ∆Ti
αi = =
ti+1 − ti ∆ti
corresponde à taxa de variação do campo no intervalo ti+1 − ti .
Método Sı́smico de
Refração
A Figura 3.1 ilustra as curvas de tempo de chegada das ondas diretas, refratadas
e refletidas.
O tempo de chegada das ondas sı́smicas depende da velocidade com que elas
27
28 CAPÍTULO 3. MÉTODO SÍSMICO DE REFRAÇÃO
Figura 3.1: Curvas de tempo de trânsito para ondas diretas, refratadas após o
ângulo crı́tico e ondas refletidas (Sharma, 1982).
se propagam nos materiais terrestres, que por sua vez está relacionada com a
densidade e as propriedades elásticas dos materiais.
eletro-motriz, (f.e.m.), que é induzida, que por sua vez dá origem a uma corrente
elétrica que circulará até o aparelho registrador que é o sismógrafo.
O tempo de chegada das ondas depende das velocidades da onda sı́smica, que
está relacionada com a densidade e as propriedades elásticas dos materiais.
A Figura 3.7 mostra os tipos mais comuns de deformações elásticas que ocorrem
nos materiais terrestres.
s s
E(1 − σ) K + 43 µ
Vp = =
ρ(1 + σ)(1 − 2σ) ρ
r s
µ E (1 + σ)
Vs = =
ρ ρ 2
onde:
Vp − velocidade da onda longitudinal
Vs − velocidade da onda transversal
E − módulo de Young ou de Elasticidade
µ − Múdulo de Rigidez ou de Cizalhamento
K − módulo de Volume ou de Incompressibilidade
σ − coeficiente de Poisson
ρ − densidade
32 CAPÍTULO 3. MÉTODO SÍSMICO DE REFRAÇÃO
A lei de Snell pode ser vista como uma conseqüência da necessidade que uma
onda que cruza uma interface, tenha a componente da sua velocidade paralela a
interface tenha o mesmo valor em ambos os lados da interface. O movimento de
uma onda P é longitudinal de maneira que não existe polarização de uma onda
P. Entretanto, ondas S, que são transversas, são polarizadas e isto é necessário
para distinguir polarizações verticais e horizontais, denominadas ondas SV e
SH.
Em geral uma onda S pode ter tanto componentes SV quanto SH, e a polarização
se torna próxima a da SH, posto que o componente SV é diminuido na geração
da onda P. Por outro lado, ondas P geram SV mas não SH em uma interface.
1 n 2 −1/2 −1/2 o
= x + h2 + (D − x)2 + h2
v1
Derivando T (S, R) com relação a variável x que controla o ponto de reflexão, e
igualando a zero, obtem-se,
dT (S, R) x D−x
=0= √ − p
dx 2
v1 x + h 2 v1 (d − x)2 + h2
como
x
√ = senθi
x2+ h2
e
D−x
p = senθr
(D − x)2 + h2
34 CAPÍTULO 3. MÉTODO SÍSMICO DE REFRAÇÃO
senθi senθr
=
vi vi
sen(i) V1
=
sen(r) V2
A refração total ou crı́tica vai ocorrer quando a razão entre as velocidades dos
meios for tal que o ângulo do raio refratado for igual a 90◦ . Neste caso o ângulo
de incidência é denominado de ângulo crı́tico, conforme ilustra a Figura 3.2.
Considerando a Figura 3.2 demonstre que a espessura h pode ser obtida a partir
da equação,
r
xc V2 − V 1
h=
2 V2 + V 1
3.3. PROCEDIMENTO DE CAMPO 35
Figura 3.8: Reflexão e refração de uma onda longitudinal incidente numa inter-
face separando dois meios com diferentes velocidades (Sharma, 1982).
3.4. SITUAÇÕES FAVORÁVEIS À APLICAÇÃO DA SÍSMICA DE REFLEXÃO39
Figura 3.12: Raio incidente e raios refratados segundo o ângulo crı́tico, V1 <
V2 (Adaptada de João C. Dourado).
3.4. SITUAÇÕES FAVORÁVEIS À APLICAÇÃO DA SÍSMICA DE REFLEXÃO41
Figura 3.13: Gráfico do tempo de percurso das ondas diretas e refratada sobre
uma camada horizontal de espessura h e velocidade V1 sobreposta ao substrato
de velocidade V2 .
42 CAPÍTULO 3. MÉTODO SÍSMICO DE REFRAÇÃO
Figura 3.15: Camada de baixa velocidade (V2 ) entre camadas de maior veloci-
dade. O método sı́smico de refração não pode determinar V2 (Sharma, 1982).
44 CAPÍTULO 3. MÉTODO SÍSMICO DE REFRAÇÃO
O Método Sı́smico de
Reflexão
a) estática para corrigir as variações nos tempos de chegada das reflexões de-
vidos à topografia e à presença da camada de baixa velocidade associada
ao manto de intemperismo (este tipo de correção não se aplica aos levan-
tamentos marinhos).
b) Normal “moveout” (NMO) utilizada para corrigir o atraso no tempo de
chegada das reflexões (t(x)), relativas ao tempo de incidência normal
(t(0)).
47
48 CAPÍTULO 4. O MÉTODO SÍSMICO DE REFLEXÃO
A Figura 4.3 mostra o caso de uma camada com um único refletor plano.
Uma vez estimada a velocidade NMO, os tempos de chegada das reflexões po-
dem ser corrigidos de forma a remover os efeitos do afastamento fonte-receptor,
4.2. LEVANTAMENTO SÍSMICO DE REFLEXÃO 49
Figura 4.2: Sismograma de campo com a presença de ruı́do coerente (A) (ground
roll) e efeitos da superfı́cie que causam distorções nas reflexões ao lado direito
da figura (B, C, D e E).
Os dados de reflexão podem ser usados para determinar a velocidade média, que
podem dar uma indicação da litologia. Esse método permite localizar e mapear
feições tais como anticlinais, falhas, domos de sal e recifes, sendo que muitas
destas estruturas podem estar associadas com a acumulação de petróleo e gás.
O método é pouco adequado a estudos crustais profundos e sua aplicabilidade
ótima está confinada a estudos de profundidade entre algumas centenas e poucos
milhares de metros.
Figura 4.6: Seção sı́smica de reflexão e sua correspondente seção geológica in-
terpretada (de Sharma, 1986).
54 CAPÍTULO 4. O MÉTODO SÍSMICO DE REFLEXÃO
Capı́tulo 5
O Método da
Eletroresistividade
Existem uma grande diversidade nos métodos elétricos. Um critério usado para
classificá-los é segundo a natureza artificial ou natural do campo eletromagnético
utilizado no método. Outro critério é se a investigação é pontual sobre o ter-
reno (conhecidos como sondagém elétrica ou eletromagnética) ou é horizontal
(neste caso caminhamentos elétricos ou eletromagnético). Outra possibilidade
de classificação desses métodos diz respeito às freqüências envolvidas. Quando
os campo eletro-magnético (c.e.m.) é constante (corrente continua) o método
é denominado “método elétrico”, e quando o campo é variável, método eletro-
magnético. Abaixo apresentamos os mais importantes métodos elétricos classi-
ficados segundo a natureza artificial ou natural dos campos.
55
56 CAPÍTULO 5. O MÉTODO DA ELETRORESISTIVIDADE
Figura 5.1: Distribuição das resistividade elétrica nas rochas (de Griffths e King,
1972).
um modo geral existe uma faixa de valores de resistividade para cada tipo de
material terrestre. A Figura 5.1 mostra as resistividades para diferentes tipos
de materiais.
Figura 5.2: Configuração dos eletrodos de potencial (P1, P2) e de corrente (C1,
C2) para o arranjo Wenner (Grant e West, 1965).
onde,
ρ é a resistividade do semiespaço ,
I é a corrente elétrica ,
Existe uma variedade muito grande de arranjos de eletrodos para realização dos
caminhamentos elétricos. Dentro de um primeiro grupo, os eletrodos de corrente
permanecem fixos enquanto que o levantamento é realizado com os eletrodos de
potencial, conforme mostra a Figura 5.4.
Figura 5.6: Perfil de resistividade aparente obtido com o arranjo Wenner através
de um canal (Grant e West, 1965).
Os dados de uma SEV são representados por meio de uma curva em função
da distância entre os eletrodos. As resistividades aparentes corresponderão às
ordenadas e às distâncias AB/2, as abcissas. As escalas em ambos os eixos
são logarı́timicas. A curva assim obtida se denomina curvas de SEV, curva de
campo ou curva de resistividade aparente.
Figura 5.9: Curva tı́pica para modelo de quatro camadas de sondagem elétrica
vertical obtida com o arranjo Schlumberger. A figura ilustra o recurso utilizado
no campo denominado de ”embreagem”(Ward, 1990), que possibilita aumentar
o valor da diferença de potencial medido nos eletrodos MN, conferindo maior
estabilidade e confiabilidade às medias.
O método de SEV é aplicável quando a) o alvo tem posição mais ou menos hor-
izontal e cuja extensão é grande relativamente a abertura dos eletrodos AB, b)
a topografia do terreno é relativamente suave, principalmente para alvos pouco
profundos e c) quando as formações geológicas apresentam-se com razoável ho-
mogeneidade lateral. As SEVs não são pois recomendáveis para investigações
de filões mineralizados, diques, fraturas ou falhas com grandes inclinações.
Também é pouco útil para localizar corpos de pequena extensão lateral como
alvos com forma de bolsões. Por estes motivos, o método tem pouca aplicação
na prospecção mineral associada a rochas metamórficas ou cristalinas.
Nas regiões tectonicamente estáveis, como também nos casos onde as variações
laterais são suaves, pode-se diminuir a densidade e deve-se aumentar em caso
66 CAPÍTULO 5. O MÉTODO DA ELETRORESISTIVIDADE
contrário. A distribuição dos centros das SEVs e a orientação das linhas AB,
devem ser escolhidas de modo a permitir a melhor aproximação a condições de
homogeneidade lateral e relevo plano, evitando passar com os eletrodos A ou B
sobre falhas ou contatos geológicos aflorantes.
O Método Eletromagnético
69
70 CAPÍTULO 6. O MÉTODO ELETROMAGNÉTICO
Um campo magnético alternado induz uma corrente elétrica num corpo condutor
que por sua vez gera um campo magnético secundário, conforme ilustrado na
Figura 6.1.
A maioria das pesquisas com métodos EMs são executadas mais com o objetivo
de localizar as posições dos corpos condutores do que determinar suas profundi-
dades. São empregadas tanto fontes fixas, quanto móveis. Os métodos de fontes
fixas são idealizados de modo que o TX fica fixo numa única posição, enquanto o
RX se desloca sobre a área pesquizada. Os métodos de fontes móveis envolvem o
deslocamento tanto do TX quanto do RX. Nestes métodos o acoplamento entre
a fonte e o condutor é variável, o que pode causar a variação na resposta que não
estão associados ao condutor de subsuperfı́cie e que dificultam a interpretação.
penetração.
c) a área esteja preparada isto é, no caso do levantamento terrestre, que estejam
previamente abertas picadas e amarradas a uma linha base (normalmente
paralela ao “strike” e coincidente com a posição esperada para as anoma-
lias) as quais estarão piqueteadas na posição em que serão obtidas as
medidas (este procedimento poderá ser dispensado caso este seja o único
método a ser aplicado). O espaçamento entre os perfis, tanto quanto entre
os pontos de observação, dependem do grau de detalhe pretendido como
também do sistema que será aplicado. No caso das bobinas coplanares
verticais, o TX precisa estar paralelo ao “strike” (de modo que as linhas
de força cortem o plano que contém o presumı́vel depósito) o que fará
com que as observações sejam tomadas a intervalos relativamente maiores
ao longo dos perfis do que a separação entre perfis. No caso do Turam,
o cabo ficará extendido paralelamente ao “strike” e o levantamento será
realizado perpendicularmente.
No caso do levantamento ser realizado com duas bobinas (por exemplo, Slin-
gram), o espaçamento entre elas e a freqüência precisam ser escolhidos de modo
a assegurar as melhores respostas. Como as freqüências (geralmente em número
pequeno) são fixas resta o recurso de variar a distância entre as bobinas.
6.5. SITUAÇÕES FAVORÁVEIS PARA APLICAÇÃO DO MÉTODO EM77
O método pode além de sua aplicação à prospecção mineral, também ser apli-
cado à prospeção de água subterrânea e nesse caso pode ser empregado no ma-
peamento de fraturamentos em regiões cristalinas como também no mapeamento
de estruturas resistivas encaixadas em ambientes condutores, ex: paleocanais em
meio argiloso.
78 CAPÍTULO 6. O MÉTODO ELETROMAGNÉTICO
O sistema é bastante versátil no que diz respeito aos diferentes arranjos entre
RX, TX, freqüência e espaçamento entre TX-RX. Os equipamentos geofı́sicos
EMs possuem grande portabilidade e e são adaptáveis a levantamentos terrestres
e aéreos.
O Método da Polarização
Induzida
81
82 CAPÍTULO 7. O MÉTODO DA POLARIZAÇÃO INDUZIDA
ρb − ρa ρb − ρa
EF = ou × 100
ρb ρb
EF
FM = × 2π × 105 = 2π × 105 (σa − σb )
ρa
Dois fenômenos dão lugar a Polarização Induzida, PI, com intensidade suficiente
para ser detectada sobre o terreno.
c) Nas áreas de bons contatos, sem ruı́do de fundo, com altas resistividades
nas camadas superficiais.
Figura 7.7: Método para representar os dados obtidos com o arranjo dipolo-
dipolo na forma de uma pseudo-seção (Ward, 1990).
serpentina, etc., que não podem ser diferenciadas das anomalias originadas
por mineralizações metálicas. Não permite saber qual o mineral metálico re-
sponsável pela anomalia. O fenômeno de polarização de membrana impede que
os efeitos de PI possam ser considerados como prova inequı́voca da presença de
minerais com condução eletrônica.
A seção obtida com o traçado dos contorno dos valores de resistividade é denom-
inada de pseudo-seção. Esta por sua vez não é uma verdadeira representação da
distribuição de resistividades em subsuperfı́cie, contudo nos permite saber so-
bre a distribuição relativa das resistividades dos materiais do subsolo, conforme
ilustra a Figura 7.8.
7.7. INTERPRETAÇÃO QUALITATIVA 89
Consiste na busca de anomalias, isto é, das regiões onde o parâmetro represen-
tativo do fenômeno de PI, toma valores que superam em 2 ou 3 vezes ao menos o
valor normal ou de fundo observado na área. As anomalias separadas nos diver-
sos perfis são levadas ao mapa de trabalho, donde se unem aquelas que ocorrem
em perfı́s contiguos. A escolha das anomalias mais promissoras deve levar em
conta a intensidade e a extensão das anomalias e também as informações decor-
rentes da aplicação de outros métodos geofı́sicos e da geologia.
O transmissor será colocado num ponto do perfil, protegido do sol e chuva, que
7.11. PROCEDIMENTO DE ESCRITÓRIO 91
Bibliografia
93
94 CAPÍTULO 8. BIBLIOGRAFIA