Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DE VEÍCULOS
1. INTRODUÇÃO
O presente documento tem por objetivo orientar o responsável legal e/ou o responsável técnico
quanto à apresentação das documentações necessárias para a abertura de processo
administrativo de licenciamento ambiental para a atividade de Lavagem de Veículos na
circunscrição do Município de Novo Hamburgo.
O desenvolvimento da atividade de lavagem de veículos leves (automóveis, motocicletas) e
pesados (ônibus, caminhões, tratores) de forma inadequada poderá causar impactos
ambientais negativos, como a contaminação do solo e dos recursos hídricos, bem como o uso
indiscriminado da água como recurso natural.
A qualidade adequada dos recursos hídricos é essencial para a manutenção do ecossistema,
sendo necessários o controle qualitativo e quantitativo das águas residuárias originadas nas
lavagens de veículos, priorizando a redução progressiva da carga poluidora lançada nos
corpos hídricos receptores do Município.
Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou
indiretamente, nos corpos hídricos, após o devido tratamento e desde que obedeçam às
condições, padrões e exigências dispostos nas resoluções e normas ambientais aplicáveis.
O licenciamento ambiental da atividade de Postos de lavagem de veículos no âmbito do
Município de Novo Hamburgo foi regulamentada pela Resolução CONSAM n°05, de
25/04/2017.
2. DEFINIÇÕES
2.1 Águas residuárias: São as águas que após a utilização antrópica têm as suas
características naturais alteradas.
2.2 Área de Preservação Permanente (APP): De acordo com o Código Florestal (Lei nº
4.771/65), são consideradas áreas de preservação permanente (APP) aquelas protegidas nos
termos da lei, cobertas ou não por vegetação nativa, com as funções ambientais de preservar
os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade e o fluxo gênico de
fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.
2.3 CONSAM: Conselho Municipal de Saneamento Ambiental.
2.4 Corpo Hídrico receptor: Corpo hídrico superficial (arroio, rio, etc) que recebe o
lançamento de águas residuárias/efluentes.
2.5 Licenciamento Ambiental: Procedimento administrativo realizado pelo órgão ambiental
que analisa legalmente e tecnicamente a instalação, ampliação, modificação e operação de
atividades e empreendimentos que utilizam recursos naturais, ou que sejam potencialmente
poluidores ou que possam causar degradação ambiental.
2.6 Licença Ambiental Única: Licença ambiental emitida para os empreendimentos e
atividades enquadradas nos portes mínimo, pequeno e médio, com potencial poluidor baixo ou
médio, sendo dispensadas as licenças prévia e de instalação.
2.7 Microempreendedor Individual (MEI): É o pequeno empresário individual que atenda aos
requisitos do artigo 3º, inciso III, da Lei Municipal n° 2020/2009.
2.8 Plano Diretor Urbanístico Ambiental (PDUA): O PDUA trata de um conjunto de diretrizes
que integram o sistema de planejamento municipal, regulamentando os espaços urbano e rural
referente à instalação de atividades, parcelamento do solo, sistema viário, instrumentos
urbanísticos de controle do uso e ocupação do solo e outros dispositivos de ordenação,
administração e organização da Cidade; definindo e estrutura o sistema de gestão para sua
operacionalização e estabelece disposições complementares e dá outrasprovidências.
2.9 Postos de Lavagem de Veículos: Estabelecimentos que realizam a higienização de
veículos por métodos convencionais (lavagem manual), lavagens ecológicas ou a seco,
lavagem a vapor, lavagem automática, lavagem self-service ou qualquer outra técnica
destinada a remover sujidades de veículos,
2.10 Responsável Técnico: É o profissional legalmente habilitado e registrado no Conselho
de classe respectivo, indicado pela empresa para responder por todas as
atividades/serviços/projetos/planos/programas elaborados e executados, e que possua
atribuições para o trabalho a que foi designado mediante registro específico (ART – Anotação
de Responsabilidade Técnica/RRT – Registro de Responsabilidade Técnica/AFT- Anotação de
Função Técnica).
2.11 Veículos leves: Veículos que correspondem a ciclomotor, motoneta, motocicleta,
triciclo, quadriciclo, automóvel, utilitário, caminhonete e camioneta, com peso bruto total – PBT
– inferior ou igual a 3.500 kg.
2.12 Veículos pesados: Veículos que correspondem a ônibus, micro-ônibus, caminhão,
caminhão-trator, trator de rodas, trator misto, chassi-plataforma, motor-casa, reboque ou
semirreboque e suas combinações.
POTENCIAL
CODRAM ATIVIDADE UNIDADE DE MEDIDA
POLUIDOR
LAVAGEM DE
3421-00 VEÍCULOS BAIXO ÁREA ÚTIL EM m2
PORTE
MÍNIMO PEQUENO MÉDIO GRANDE EXCEPCIONAL
DE 1.000,01 ATÉ ACIMA DE
ATÉ 100 DE 101 ATÉ 500 DE 500,01 ATÉ 1.000 2.500 2.500
4. PROCEDIMENTOS PRÉVIOS
II- Não será autorizada pela SEMAM a instalação de lavagens de veículos em Área de
Preservação Permanente (APP), isto é, em locais que se enquadrem no artigo 4° do Código
Florestal (Lei Federal 12.651/2012). É de inteira responsabilidade do proprietário ou do
responsável técnico a observância desse critério. Caso o estabelecimento esteja inserido em
Área de Preservação Permanente, o responsável legal deverá providenciar a desativação
imediata, sob pena de aplicação de multa e outras sanções previstas na legislação ambiental.
III- A regularização da edificação utilizada para a atividade deverá ser requerida junto à
Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação - SEDUH.
IV- Será admitida a modalidade de Licença Única nos casos de regularização de lavagens de
veículos já existentes e nas situações em que o empreendedor pretenda instalar todo o sistema
para lavagem de veículos, desde a rampa de lavagem, sistema de tratamento de águas
residuárias, estrutura (edificação) em local que obedeça ao PDUA e ao Código Florestal.
5. DIRETRIZES TÉCNICAS ESPECÍFICAS
III- Para os demais tipos de empreendedores não enquadrados no item I para qualquer porte
(mínimo/pequeno/médio/grande/excepcional) e para o MEI enquadrado no item II, além da
caixa de areia e do sistema de pré-tratamento água e óleo (CSAO), deverá ser projetado
sistema complementar para tratamento das águas residuárias, com a obrigatoriedade mínima
de reúso de 50% do efluente tratado. O projeto deverá prever medidor de vazão.
O projeto de todo o sistema de tratamento de águas residuárias deverá conter memorial
descritivo e Anotação de Responsabilidade Técnica, bem como deverá ser apresentado à
SEMAM, juntamente com as demais documentações necessárias para o licenciamento
ambiental da atividade (requerimento, formulário, etc.). O projeto deverá ser aprovado pela
equipe técnica da SEMAM.
Caso a tecnologia de tratamento apresentada dispense a instalação da caixa de areia e da
caixa separadora água e óleo, a equipe técnica da SEMAM poderá anuir mediante
fundamentação técnica, desde que a qualidade do efluente atenda à Resolução CONSEMA
355/2017 e a Resolução CONAMA 430/2011.