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Nome: Adrielle Caroline Magalhães Série: 2º Etim Comunicação Visual

(Jean Paul Sartre)

Pensamentos relacionados com a liberdade


Os pensamentos de Jean Paul Sartre pertencem a corrente filosófica existencialista,
que segundo o dicionário é um: “conjunto de teorias formuladas no século XX, com
forte influência do pensamento de Kierkegaard 1813-1855, que se caracterizam pela
inclusão da realidade concreta do indivíduo (sua mundanidade, angústia, morte etc.)
no centro da especulação filosófica, em polêmica com doutrinas racionalistas que
dissolvem a subjetividade individual em sistemas conceituais abstratos e
universalistas.” Os pensadores que também pertencem a essa corrente foram grandes
influenciadores de Sartre. Um dos precursores, Kierkegaard, aqui já citado, dizia que a
compreensão da vida humana como um todo deve se iniciar a partir da observação
particular de cada um pela sua própria vida. Já Nietzsche deixou ensinamentos sobre a
utilização da filosofia, que, segundo ele, é a procura pelo sentido da vida em todos os
seus aspectos. Também podemos citar Husserl, que dizia que os nossos sentidos
deveriam ser as ferramentas usadas para a compreensão do mundo.
Na somatória de todos esses e outras mais filosofias, temos a de Jean. Segundo o
pensador, deve-se dar prioridade às coisas materiais e concretas a qualquer outra
essência, que se possa atribuir a vida, possível. Portanto, sua linha de pensamento
chegava a indefinição do ser, que resulta em escolhas consecutivas que levam a
essência de cada um, as quais, acabam e permitem uma conclusão de quem se é, após
a morte apenas. A partir do momento em que se é pensado que se deve escolher para
se construir uma essência, concluímos que estamos condenados à liberdade. Segundo
o autor: “Se realmente a existência precede a essência, o homem é responsável pelo
que é. Desse modo, o primeiro passo do existencialismo é o de pôr todo homem na
posse do que ele é, de submetê-lo à responsabilidade total de sua existência.”
Se a existência e a construção do ser depende de todas as escolhas feitas e não possui
uma definição imediata, então o ser é apenas uma condição. Condição essa que nos
apresenta a liberdade de escolher entre tantas opções ou nenhuma delas (nesse
último caso há a reinvenção de si mesmo) o que ser, a cada momento. Em
contrapartida, também nos é colocada a obrigação de ter uma decisão em todos os
momentos. E isso nos aprisiona até o momento em que há o fim.
Relação com a sociedade atual brasileira

No mês de agosto temos duas datas importantíssimas para a comunidade lésbica. A


primeira delas é o “Dia Nacional do Orgulho Lésbico”, comemorado no dia 19. Essa
data passou a ser comemorada depois da morte da ativista Rosely Roth, que liderou a
primeira manifestação de mulheres lésbicas no Brasil, acontecida no ano de 1983, em
São Paulo, no Ferro’s Bar. Além disso, há o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, que
acontece no dia 29. Essa data é dedicada ao dia que aconteceu o 1º Seminário
Nacional de Lésbicas – Senale, ocorrido no ano de 1996.

As datas que foram citadas não são desnecessárias. Pelo contrário, apesar de tanto
tempo debatendo sobre os mesmos assuntos, ainda se faz muito necessária a luta
contra a inviabilização de mulheres lésbicas em nosso país.
A luta pela autoaceitação e pela aceitação integral, quase impossível, da sociedade é
constante na vida de pessoas LGBTQIA+. Essa pressão é ainda maior quando se fala
sobre a letra L da comunidade. Isso porque, além dos “preconceitos tradicionais”
sofridos e movidos, em grande parte dos casos, por posicionamentos políticos,
ideológicos e religiosos, mulheres que se atraem e se relacionam com outras mulheres
ainda sofrem com a aplicação violenta do fetichismo masculino por relacionamentos
lésbicos.

A autoaceitação, a aceitação de que nem sempre todos vão te olhar e te julgar da


melhor forma e o ato de se assumir, mesmo entre tantas dificuldades é extremamente
difícil, mas acima disso, é libertador. Entretanto, assim como na filosofia de Sartre, é
obrigatório que se saiba lidar com as escolhas que a liberdade te oferece. A liberdade
de ser quem é se torna uma prisão, ao se dar conta de que todas as violências serão
sofridas por apenas aquela pessoa, e que as mesmas são praticadas por milhares de
outras pessoas, que são movidas por suas próprias ideologias e não são atingidas, em
momento algum, pela orientação sexual alheia.

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