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STROHSCHOEN, Andreia Aparecida Guimarães. SILVA, Luciana Leandro.

O
Ensino de Matemática no Contexto da Educação Inclusiva. REVEMAT,
Florianópolis (SC), v.15, n.1, p.1-16, 2019.
Sobre as autoras:
Andreia Aparecida Guimarães Strohschoen, possui graduação em Licenciatura
em Ciências com habilitação Plena em Biologia pelo Centro Universitário
UNIVATES desde o ano de 1998, possui especialização em Planejamento e
Gestão Ambiental pelo Centro Universitário UNIVATES (2000). Luciana
Leandro Silva possui graduação em Licenciatura Plena em Educação Física
pela Universidade Federal do Amazonas (2002) e mestrado em Ensino de
Ciências Exatas pelo Centro Universitário UNIVATES (2014).
Sobre o artigo:
O artigo em questão propõe-se a refletir sobre o ensino de matemática no
contexto da Educação Inclusiva, estando dividido em cinco tópicos: “o ensino
de Matemática e a inclusão de pessoas com deficiência”, “caminhos
percorridos na investigação”, “resultados e discussão”, “considerações finais” e
“referências”. Possuindo ao todo dezesseis páginas, apresentando-se ainda
por uma leitura de fácil e simples entendimento.
No primeiro tópico “O Ensino de Matemática e a inclusão de pessoas com
deficiência”, as autoras informam que o artigo faz parte da dissertação de
mestrado “O Jogo de Bocha adaptado como recurso no ensino da Matemática
para alunos com Paralisia Cerebral”, relacionada ao Programa de Pós-
graduação Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Exatas, proveniente
ao Centro Universitário UNIVATES, pauta-se em entender a formação
pedagógica dos docentes que atuam em turmas que possuem alunos com
paralisia cerebral, de maneira essencial em instituições de educação básica do
município de Boa Vista no estado de Roraima. Segundo as autoras mesmo que
sejam levadas em conta as abordagens teóricas dos temas inclusão e
concretização da prática pedagógica, as dificuldades na atuação docente
havendo ligação com suas limitações do conhecimento, do saber e da atuação
no âmbito escolar para com discentes com deficiências persistem.
As autoras explicitam sobre a educação direcionada para indivíduos com algum
grau de deficiência, na qual nota-se o esforço de políticas públicas que tornam
possíveis caminhos para que hajam oportunidades de acesso à educação e
ensino a esses indivíduos. Contudo chamam atenção para há necessidade de
aumento da qualidade de estruturação dos currículos e de práticas
pedagógicas que permitam ao professor em formação encontra-se habilitado a
envolver-se e trabalhar com a dimensão da educação em conformidade com a
realidade e particularidades que emanam do dever de lecionar a pessoas com
deficiência.
As autoras argumentam ainda sobre a participação do docente e sua
importância na execução da educação inclusiva, estas o apresentam como “o
mediador direto” de tal execução, possuidor de habilidades essenciais para o
êxito do exercício da educação, expõem o professor como principal “agente
transformador”, tendo este à sua disposição a autonomia para estimular a
inclusão, devendo seguir deste o compromisso para com o pleno desenrolar de
um ensino de qualidade. Quanto a esta questão as autoras informam é preciso
levar em conta a habilidade, o querer e as condições didático-pedagógicas que
o docente tem e/ou necessita de ampliar em sua formação para que haja de
fato uma educação respaldada com atributos de qualidade, apontam para a
problemática da falta de uma infraestrutura no âmbitos das instituições de
ensino que ofereça segurança aos professores para o firmamento das aulas.
Por fim, esclarecem sobre a importância da realização do emprego da
interdisciplinaridade no oficio do profissional do saber, em especial para
alcançar na aprendizagem de alunos com deficiência aspectos sociais,
motores, afetivos e cognitivos, no quesito formação de docentes discorrem da
importância e necessidade da existência de um raciocínio centrado na atitude,
ousadia e no empenho na busca por conhecimento que ultrapassa o
pensamento fechado sobre a formação do currículo.
No segundo tópico “caminhos percorridos na investigação” as autoras explicam
mais sobre a metodologia utilizada para a realização do estudo, neste foi
aplicado uma abordagem qualitativa, objetivando primordialmente em
compreender o público alvo pesquisado, entendendo suas motivações, valores,
percepções e atitudes. Foi realizada uma pesquisa de campo, esta pautou-se
em explorar e investigar em especifico da instrução técnica e pedagógica para
a educação inclusiva acerca da formação dos professores de Matemática,
Educação Física, professores Auxiliares e professores da sala de Recurso
Multifuncional.
Informam que neste artigo apresenta-se somente um recorte possuindo as
percepções e concepções dos docentes, estes responderam questões acerca
de sua formação acadêmica e a continuidade dessa, nas suas participações
em processos de especialização e aprimoramento de conhecimentos voltados
à área da Educação Especial, como cursos e disciplinas, buscou-se também
por meio dessas questões explorar temáticas como incentivos governamentais
recebidos para atuar nessa área, as dificuldades enfrentadas pelos
profissionais no âmbito da sala de aula, problematizando quais possíveis
métodos e artifícios devem ser adotados para que aconteça de fato a inclusão
de alunos portadores de deficiência física na instituições de ensino do municio
o qual o estudo está direcionado. No terceiro tópico do estudo, “resultados e
discussão”, são apresentados e apontados os dados das pesquisas realizadas,
foram utilizados quadros para melhor sistematiza-los. Dentre os assuntos
abordados, pode perceber-se que os docentes entrevistados, apresentaram
falta de conhecimento acerca dos tipos de deficiência, das diferenças entre
deficiência física e intelectual, especialmente no que diz a respeito à paralisia
cerebral, possuindo estes noções equivocadas sobre a mesma.
Segundo as autoras no tópico quatro “considerações finais”, os resultados
apresentados no estudo indicam que nos cursos de ensino superior os quais os
docentes estudaram, propuseram a inclusão de uma disciplina e conteúdos
relacionados a educação superior como foi exposto no tópicos anterior,
entretanto as autoras esclarecem que para futuros professores em formação
essa condição de instrução não é o suficiente, evidenciando uma falta de
preparação para com o desenvolver do fazer docente com alunos deficientes,
tendo em vista assim deste modo a necessidade de haver melhores
qualificações para que a inclusão possa de fato ocorrer. Atentam ainda para a
importância da continuidade da formação pedagógica dos docentes e que esta
tem de ser parte integrante das suas rotinas para que exista modificação do
ensino para os indivíduos com deficiência.
Em síntese durante o estudo constatou-se em especial em intuições de ensino
básico do município de Boa Vista no estado de Roraima, a precisão de
aperfeiçoamento a formação pedagógica dos docentes que atuam em turmas
as quais hajam alunos com paralisia cerebral. As autoras concluem o estudo
refletindo sobre a necessidade de ser repensada a formação inicial pelos
professores formadores e os órgãos repensáveis pela inclusão, em prol de
existir a sistematização da qualificação especifica na área através da
“valorização profissional e melhoria da estruturação escolar para uma
educação de qualidade”, discorrem ainda sobre o buscar constante da
formação continuada e prol do cumprimento do papel docente e a importância
de estar familiarizado desde da formação profissional do mesmo do professor
que iria trabalhar no contexto da inclusão, identificando qual o interesse e
vontade deste em promover “praticas interdisciplinares” para que os alunos
estejam incluídos, autoras informam que é no nível superior que surge ou
desenvolve-se o querer trabalhar com as deficiências, deste modo sendo
importante para o real exercício do ensino e aprendizagem, tanto conteudista
quanto significativa dos discentes com deficiência.
O estudo evidencia-se extremamente importante no tange a dimensão da
educação inclusiva, ao meu ver consegue estabelecer-se de maneira clara e
fiel com o proposto em seu princípio, possibilita condições favoráveis para a
reflexão acerca do ato de lecionar a pessoas com deficiências, da
necessidades e especificidades demandadas nesse processo educativo, como
também direcionamento a um melhor entendimento do papel e função do
docente no âmbito da promoção da inclusão. É possível a compreensão
também de que as autoras desenvolvem de maneira interessante através
desse estudo e dos dados que dele obtiveram, discussões relevantes acerca
da importância de haver um educação continuada, da interdisciplinaridade, da
urgência da sistematização da qualificação especifica e da estruturação escolar
no ensino e aprendizagem acadêmicos voltados a instrução do fazer docente
de profissionais da educação para discentes com deficiência presentes no
sistema de ensino público, observa-se assim uma real preocupação a favor do
aumento expressivo e real de uma educação pública verdadeiramente
adequada e de qualidade a pessoas com deficiências.

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