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XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no míni-


mo, em 50% à do normal;
Dia
D 3 XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3
a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário,
Constituição Federal: art. 6-17 com a duração de 120 dias;
Código Civil: art. 22-39
Os prazos da licença-adotante não podem ser inferiores ao
Código de Processo Civil: art. 26-69
prazo da licença-gestante, o mesmo valendo para as respectivas
Código Penal: art. 20-31
prorrogações. Em relação à licença-adotante, não é possível
Código de Processo Penal: art. 24-62
fixar prazos diversos em função da idade da criança
Controle
Con role de Leitura
L i ura adotada. STF. Plenário. RE 778889/PE (repercussão geral) (Info
817).
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

______Constituição Federãl______
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante in-
centivos específicos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no
mínimo de 30 dias, nos termos da lei;
CAPÍTULO II XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de nor-
DOS DIREITOS SOCIAIS mas de saúde, higiene e segurança;
(direitos de 2a dimensão) XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insa-
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o lubres ou perigosas, na forma da lei;
trabalho, a moradia, o transporte (EC 90/15), o lazer, a seguran- XXIV - aposentadoria;
ça, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nasci-
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. mento até 5 anos de idade em creches e pré-escolas;
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de trabalho;
outros que visem à melhoria de sua condição social: XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do em-
ou sem justa causa, nos termos de LC, que preverá indenização pregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado,
compensatória, dentre outros direitos; quando incorrer em dolo ou culpa;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de tra-
III - FGTS; balho, com prazo prescricional de 5 anos para os trabalhado-
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, ca- res urbanos e rurais, até o limite de 2 anos após a extinção do
paz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua fa- contrato de trabalho;
mília com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado
que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vincula- civil;
ção para qualquer fim; XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do tra- critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;
balho; XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e in-
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção telectual ou entre os profissionais respectivos;
ou acordo coletivo; XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que a menores de 18 e de qualquer trabalho a menores de 16
percebem remuneração variável; anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos;
VIII - 13° terceiro salário com base na remuneração integral ou XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo
no valor da aposentadoria; empregatício permanente e o trabalhador avulso.
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua re- domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII,
tenção dolosa; XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e,
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da re- atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simpli-
muneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da em- ficação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e
presa, conforme definido em lei; acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiarida-
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador des, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem
de baixa renda nos termos da lei; como a sua integração à previdência social.
XIII - duração do trabalho normal não superior a 8 horas diá-
rias e 44 semanais, facultada a compensação de horários e a DIREITOS DOS TRABALHADORES DOMÉSTICOS
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de
EFICÁCIA PLENA EFICÁCIA LIMITADA
trabalho;
XIV - jornada de 6 horas para o trabalho realizado em turnos • Salário-mínimo • Relação de emprego
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; • Irredutibilidade do protegida contra despedida ar-
XV - repouso semanal remunerado, PREFERENCIALMENTE aos salário bitrária ou sem justa causa, nos
domingos; • Garantia de salário, termos de lei complementar,
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nunca inferior ao mínimo, para que preverá indenização com- IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando
os que percebem remuneração pensatória, dentre outros direi- de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio
variável; tos; do sistema confederativo da representação sindical respectiva, in-
• 13° salário • Seguro-desemprego dependentemente da contribuição prevista em lei;
• Proteção do salário • FGTS
na forma da lei, constituindo • Remuneração do tra- Contribuição CONFEDERATIVA Contribuição SINDICAL
crime sua retenção dolosa balho noturno superior à do
• Duração do trabalho diurno Prevista na 1ª parte do art. 8º, Prevista na 2ª parte do art. 8º,
normal não superior a oito ho- • Salário-família IV, da CF/88. IV, da CF/88.
ras diárias e quarenta e quatro • Assistência gratuita
Também chamada de Também chamada de
semanais, facultada a compen- aos filhos e dependentes desde
“contribuição de assembleia”. “imposto sindical”, expressão
sação de horários e a redução o nascimento até 5 anos de
incorreta porque não é
da jornada, mediante acordo idade em creches e pré-escolas
imposto.
ou convenção coletiva de tra- • Seguro contra aci-
balho; dentes de trabalho, a cargo do NÃO é tributo. ERA considerada um TRIBUTO.
• Repouso semanal re- empregador, sem excluir a in- ERA uma contribuição
munerado, preferencialmente denização a que este está obri- parafiscal (ou especial).
aos domingos; gado, quando incorrer em dolo
Fixada pela assembleia geral do Era instituída por meio de lei
• Remuneração do ser- ou culpa
sindicato (obrigação ex (obrigação ex lege).
viço extraordinário superior, no
voluntate).
mínimo, em 50% à do normal;
• Férias anuais + 1/3 É VOLUNTÁRIA. ERA COMPULSÓRIA.
• Licença à gestante DIREITOS REGULAMENTA- A contribuição confederativa é ERA paga por todos aqueles
• Licença-paternidade DOS PELA LC 150/15 considerada como voluntária que faziam parte de uma
• Aviso prévio porque somente é paga pelas determinada categoria
• Redução dos riscos pessoas que resolveram econômica ou profissional, ou
inerentes ao trabalho, por meio (optaram) se filiar ao sindicato. de uma profissão liberal, em
de normas de saúde, higiene e A contribuição confederativa de favor do sindicato
segurança que trata o art. 8º, IV, da representativo da mesma
• Aposentadoria Constituição, só é exigível dos categoria ou profissão ou,
• Reconhecimento das filiados ao sindicato respectivo inexistindo este, à Federação
convenções e acordos coletivos (SV 40): correspondente à mesma
de trabalho Súmula vinculante 40: A categoria econômica ou
• Proibição de diferen- contribuição confederativa de profissional.
ça de salários, de exercício de que trata o artigo 8º, IV, da Não havia jeito: se o indivíduo
funções e de critério de admis- Constituição Federal, só é fosse metalúrgico, p. ex., ele
são por motivo de sexo, idade, exigível dos filiados ao sindicato tinha que pagar a
cor ou estado civil; respectivo. contribuição sindical, mesmo
• Proibição de qual- que não fosse filiado ao
quer discriminação sindicato. ERA um tributo.
• Proibição de trabalho
São compatíveis com a Constituição Federal os dispositivos
noturno, perigoso ou insalubre
da Lei nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista) que
a menores de dezoito e de
extinguiram a obrigatoriedade da contribuição sindical e
qualquer trabalho a menores
condicionaram o seu pagamento à prévia e expressa
de 16 anos, salvo na condição
autorização dos filiados. STF. Plenário. ADI 5794/DF, Rel. Min.
de aprendiz, a partir de 14
Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, julgado em 29/6/2018 (Info
anos
908).
*Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o
seguinte:
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a
I - a lei NÃO PODERÁ exigir autorização do Estado para a fun-
sindicato;
dação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competen-
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações
te, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na
coletivas de trabalho;
organização sindical;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical,
organizações sindicais;
em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do
econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos tra-
registro da candidatura a cargo de direção ou representação sin-
balhadores ou empregadores interessados, não podendo ser in-
dical e, se eleito, ainda que suplente, até 1 ano após o final do
ferior à área de um Município;
mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à orga-
ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou ad-
nização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, aten-
ministrativas;
didas as condições que a lei estabelecer.
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Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos traba- so ou tácito.


lhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os in- A pessoa se torna nacional naturalizado.
teresses que devam por meio dele defender.
*Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá
sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da
houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos
lei.
os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição.
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empre-
§ 2º A lei NÃO PODERÁ estabelecer distinção entre brasileiros
gadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interes-
natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constitui-
ses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e
ção.
deliberação.

Art. 11. Nas empresas de mais de 200 empregados, é assegura- § 3º São PRIVATIVOS DE BRASILEIRO NATO os cargos:
da a eleição de um representante destes com a finalidade exclu- I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
siva de promover-lhes o entendimento direto com os empre- II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
gadores. III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do STF;
CAPÍTULO III V - da carreira diplomática;
DA NACIONALIDADE VI - de oficial das Forças Armadas.
Art. 12. São brasileiros: VII - de Ministro de Estado da Defesa
I - natos:
O Conselho da República tem em sua composição 6 brasileiros
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de
natos
pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu
país (JUS SOLI); § 4º - Será declarada a PERDA DA NACIONALIDADE do brasilei-
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasi- ro que:
leira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em
Federativa do Brasil (JUS SANGUINI); virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe bra- II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
sileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei es-
competente OU venham a residir na República Federativa do trangeira;
Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a mai- b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao
oridade, pela nacionalidade brasileira (JUS SANGUINI); brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição
II - naturalizados: para permanência em seu território ou para o exercício de di-
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, reitos civis;
exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas
residência por 1 ano ininterrupto e idoneidade moral; Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Fede-
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na Re- rativa do Brasil.
pública Federativa do Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e § 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o
sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade hino, as armas e o selo nacionais.
brasileira. § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter
símbolos próprios.
É aquela que resulta de um fato natural (o
CAPÍTULO IV
nascimento).
DOS DIREITOS POLÍTICOS
A pessoa se torna nacional nato.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio univer-
Critérios para atribuição da nacionalidade ori-
sal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e,
ginária:
Nacionalidade nos termos da lei, mediante:
a) Critério territorial (jus soli): se a pes-
ORIGINÁRIA I - plebiscito;
soa nascer no território do país, será
(primária, II - referendo;
considerada nacional deste.
atribuída ou III - iniciativa popular.
b) Critério sanguíneo (jus sanguinis): a
involuntária)
pessoa irá adquirir a nacionalidade de seus
ascendentes, não importando que tenha REFERENDO PLEBISCITO
nascido no território de outro país.
Formas de consulta popular sobre determinado assunto.
No Brasil, adota-se, como regra, o critério
do jus soli, havendo, no entanto, situações Autorizado pelo Congresso Convocado pelo Congresso
nas quais o critério sanguíneo é aceito. Nacional (art. 49, XV, CF). Nacional (art. 49, XV, CF).

Nacionalidade É aquela decorrente de um ato voluntário Decreto legislativo.


SECUNDÁRIA da pessoa, que decide adquirir, para si, uma
Primeiro faz a lei ou ato Primeiro pergunta-se ao
(derivada, nova nacionalidade. A isso se dá o nome
administrativo e depois povo para depois fazer a lei
adquirida ou de naturalização.
pergunta para o povo. ou ato administrativo.
voluntária) Atenção: esse ato voluntário pode ser expres-
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Lei 9709/98. § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o


o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o 2° grau ou
Art. 2 Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao
por adoção, do Presidente da República, de Governador de Esta-
povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevân-
do ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os
cia, de natureza constitucional, legislativa ou administrati-
haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, salvo se
va.
já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
§ 1o O PLEBISCITO é convocado com anterioridade a ato le-
gislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto,
aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido. Súmula 6, TSE: São inelegíveis para o cargo de chefe do Execu-
tivo o cônjuge e os parentes, indicados no § 7º do art. 14 da
§ 2o O REFERENDO é convocado com posterioridade a ato le-
Constituição Federal, do titular do mandato, salvo se este, ree-
gislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva
legível, tenha falecido, renunciado ou se afastado definitiva-
ratificação ou rejeição.
mente do cargo até seis meses antes do pleito.
Art. 3o Nas questões de relevância nacional, de competência
do Poder Legislativo ou do Poder Executivo, e no caso do §
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condi-
3o do art. 18 da Constituição Federal, o plebiscito e o referen-
ções:
do são convocados mediante decreto legislativo, por propos-
I - se contar menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da
ta de 1/3, no mínimo, dos membros que compõem qualquer
atividade;
das Casas do Congresso Nacional, de conformidade com esta
II - se contar mais de 10 anos de serviço, será agregado pela
Lei.
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no
Art. 10. O plebiscito ou referendo, convocado nos termos da
ato da diplomação, para a inatividade.
presente Lei, será considerado aprovado ou rejeitado por
§ 9º LC estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos
MAIORIA SIMPLES, de acordo com o resultado homologado
de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a
pelo Tribunal Superior Eleitoral.
moralidade para exercício de mandato considerada vida pregres-
Art. 11. O referendo pode ser convocado no prazo de 30
sa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições con-
dias, a contar da promulgação de lei ou adoção de medida
tra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de
administrativa, que se relacione de maneira direta com a con-
função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.
sulta popular.
§ 10. (AIME) O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a
Justiça Eleitoral no prazo de 15 dias contados da diplomação,
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: instruída a ação com provas de abuso do poder econômico,
I - obrigatórios para os maiores de 18 anos; corrupção ou fraude.
II - facultativos para: § 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo
a) os analfabetos; de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou
b) os maiores de 70 anos; de manifesta má-fé.
c) os maiores de 16 e menores de 18 anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, du- Art. 15. É VEDADA A CASSAÇÃO de direitos políticos, cuja perda
rante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. ou suspensão só se dará nos casos de:
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em
I - a nacionalidade brasileira; julgado (em virtude de atividade nociva ao interesse nacio-
II - o pleno exercício dos direitos políticos; nal);
III - o alistamento eleitoral; II - incapacidade civil absoluta;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição (6 meses antes do III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto du-
pleito); rarem seus efeitos;
V - a filiação partidária (6 meses antes do pleito); IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
VI - a idade mínima de: alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
a) 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Se- V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
nador;
b) 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do
Súmula 9, TSE: A suspensão de direitos políticos decorrente de
Distrito Federal;
condenação criminal transitada em julgado cessa com o cum-
c) 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Dis-
primento ou a extinção da pena, independendo de reabilita-
trital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
ção ou de prova de reparação dos danos.
d) 18 anos para Vereador.
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis (estrangeiro e conscrito) e A suspensão de direitos políticos prevista no art. 15, III, da
os analfabetos. Constituição Federal, aplica-se no caso de substituição da
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos. STF.
Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou subs- Plenário. RE 601182/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac.
tituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um Min. Alexandre de Moraes, julgado em 8/5/2019 (repercussão
único período subsequente. geral) (Info 939).
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da Repúbli-
ca, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor
devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 meses antes na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que
do pleito. ocorra até 1 ano da data de sua vigência.
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SÚMULA SOBRE DIREITOS POLÍTICOS válidos em cada uma delas; ou


b) tiverem elegido pelo menos 11 Deputados Federais distribuí-
Súmula vinculante 18-STF: A dissolução da sociedade ou do
dos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação;
vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibi-
III - na legislatura seguinte às eleições de 2026:
lidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no
mínimo, 2,5% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos
CAPÍTULO V 1/3 das unidades da Federação, com um mínimo de 1,5% dos
DOS PARTIDOS POLÍTICOS votos válidos em cada uma delas; ou
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de parti- b) tiverem elegido pelo menos 13 Deputados Federais distribuí-
dos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime demo- dos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação.
crático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
humana e observados os seguintes preceitos:
I - caráter nacional; DIREITO A RECURSOS DO APOIAMENTO MÍNIMO PARA
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de enti- FUNDO PARTIDÁRIO E REGISTRAR O ESTATUTO
dade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; ACESSO GRATUITO AO
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; RÁDIO E À TELEVISÃO
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 3% dos votos válidos para CD Período de 2 anos
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir 1/3 das unidades da Federa- Eleitores NÃO filiados
sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação ção, com um mínimo de 2% 0,5% votos dados na para a CD
e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua OU 1/3 dos Estados (9E), com um
organização e funcionamento e para adotar os critérios de esco- pelo menos 15 Deputados Fe- mínimo de 0,1% do eleitorado
lha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, derais em cada um
VEDADA A SUA CELEBRAÇÃO NAS ELEIÇÕES PROPORCIO- 1/3 das unidades da Federa-
NAIS, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas ção.
em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo
seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade parti-
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organiza-
dária.
ção paramilitar.
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos
EC97/17 - Art. 2º A vedação à celebração de coligações nas previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e facul-
eleições proporcionais, prevista no § 1º do art. 17 da Constitui- tada a filiação, SEM PERDA DO MANDATO, a outro partido
ção Federal, aplicar-se-á a partir das eleições de 2020. que os tenha atingido, NÃO SENDO essa filiação CONSIDERA-
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade ju- DA para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário
rídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no TSE e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão.
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e
acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os parti-
dos políticos que alternativamente:
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no
mínimo, 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3
______Codigo Civil______
das unidades da Federação, com um mínimo de 2% dos votos
válidos em cada uma delas; ou CAPÍTULO III
II - tiverem elegido pelo menos 15 Deputados Federais distribu- DA AUSÊNCIA
ídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação. Seção I
Da Curadoria dos Bens do Ausente
EC97/17 Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela
Art. 3º O disposto no § 3º do art. 17 da Constituição Federal haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador
quanto ao acesso dos partidos políticos aos recursos do fundo a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de
partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão apli- qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a au-
car-se-á a partir das eleições de 2030. sência, e nomear-lhe-á curador.
Parágrafo único. Terão acesso aos recursos do fundo partidário e
à propaganda gratuita no rádio e na televisão os partidos políti- Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador,
cos que: quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não pos-
I - na legislatura seguinte às eleições de 2018: sa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no insuficientes.
mínimo, 1,5% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos
1/3 das unidades da Federação, com um mínimo de 1% dos Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e
votos válidos em cada uma delas; ou obrigações, conforme as circunstâncias, observando, no que for
b) tiverem elegido pelo menos 9 Deputados Federais distribuí- aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores.
dos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação;
II - na legislatura seguinte às eleições de 2022: Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no judicialmente, ou de fato por mais de 2 anos antes da declaração
mínimo, 2% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 da ausência, será o seu legítimo curador.
das unidades da Federação, com um mínimo de 1% dos votos
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§ 1o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente in- curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste
cumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não haven- essa garantia.
do impedimento que os iniba de exercer o cargo. § 2o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge (CAD), uma
§ 2o Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independen-
remotos. temente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente.
§ 3o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a es-
colha do curador. Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo
por desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para
JDC97 No que tange à tutela especial da família, as regras do lhes evitar a ruína.
Código Civil que se referem apenas ao cônjuge devem ser es-
tendidas à situação jurídica que envolve o companheiro, Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão
como, por exemplo, na hipótese de nomeação de curador dos representando ativa e passivamente o ausente, de modo que con-
bens do ausente tra eles correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele
forem movidas.

Cônjuge (não separado judicialmente ou de Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge (CAD) que for su-
fato por mais de 2 anos)/companheiro cessor provisório do ausente, fará seus todos os frutos e rendi-
CURADOR DOS mentos dos bens que a este couberem; os outros sucessores,
Pais
BENS DO porém, deverão capitalizar metade desses frutos e rendimen -
AUSENTE Descendentes tos, segundo o disposto no art. 29, de acordo com o representan-
Curador nomeador pelo juiz te do Ministério Público, e prestar anualmente contas ao juiz
competente.
Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a au-
Seção II
sência foi voluntária e injustificada, perderá ele, em favor do su-
Da Sucessão Provisória
cessor, sua parte nos frutos e rendimentos.
Art. 26. Decorrido 1 ano da arrecadação dos bens do ausente,
ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando 3
Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória poderá,
anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência
justificando falta de meios, requerer lhe seja entregue metade
e se abra provisoriamente a sucessão.
dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria.
Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se con-
Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do
sideram interessados:
falecimento do ausente, considerar-se-á, nessa data, aberta a su-
I - o cônjuge não separado judicialmente;
cessão em favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo.
II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários;
III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito depen-
Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, de-
dente de sua morte;
pois de estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as
IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas.
vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obriga-
dos a tomar as medidas assecuratórias precisas, até a entrega
Art. 28. A sentença que determinar a abertura da sucessão pro-
dos bens a seu dono.
visória SÓ PRODUZIRÁ EFEITO 180 DIAS DEPOIS DE PUBLICA-
DA pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder-
Seção III
se-á à abertura do testamento, se houver, e ao inventário e
Da Sucessão Definitiva
partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido.
Art. 37. 10 anos depois de passada em julgado a sentença que
§ 1o Findo o prazo a que se refere o art. 26, e não havendo inte-
concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interes-
ressados na sucessão provisória, cumpre ao Ministério Público
sados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das
requerê-la ao juízo competente.
cauções prestadas.
§ 2o Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o
inventário até 30 dias depois de passar em julgado a sentença
Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, pro-
que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-á à arreca-
vando-se que o ausente conta 80 anos de idade, e que de 5 da-
dação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos arts.
tam as últimas notícias dele.
1.819 a 1.823.

Art. 39. Regressando o ausente nos 10 anos seguintes à abertura


Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, orde-
da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascen-
nará a conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a
dentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no esta-
extravio, em imóveis ou em títulos garantidos pela União.
do em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o
preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebi-
Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na posse dos bens do au-
do pelos bens alienados depois daquele tempo.
sente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores
Parágrafo único. Se, nos 10 anos a que se refere este artigo, o
ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos.
ausente não regressar, e nenhum interessado promover a su-
§ 1o Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não pu-
cessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio
der prestar a garantia exigida neste artigo, será excluído, man-
do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas res-
tendo-se os bens que lhe deviam caber sob a administração do
pectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da Uni-
ão, quando situados em território federal.
Dia 3 / 7

II - colheita de provas, salvo se a medida for adotada em pro-


cesso, em curso no estrangeiro, de competência exclusiva de

_____Codigo de Proçesso Civil____ autoridade judiciária brasileira;


III - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proi-
bida pela lei brasileira.
CAPÍTULO II
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL Art. 31. A autoridade central brasileira comunicar-se-á direta-
Seção I mente com suas congêneres e, se necessário, com outros órgãos
Disposições Gerais estrangeiros responsáveis pela tramitação e pela execução de pe-
Art. 26. A cooperação jurídica internacional será regida por trata- didos de cooperação enviados e recebidos pelo Estado brasileiro,
do de que o Brasil faz parte e observará: respeitadas disposições específicas constantes de tratado.
I - o respeito às garantias do devido processo legal no Estado
requerente; Art. 32. No caso de auxílio direto para a prática de atos que, se-
II - a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, re- gundo a lei brasileira, não necessitem de prestação jurisdicional, a
sidentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tra- autoridade central adotará as providências necessárias para seu
mitação dos processos, assegurando-se assistência judiciária cumprimento.
aos necessitados;
III - a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo pre- Art. 33. Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade
vistas na legislação brasileira ou na do Estado requerente; central o encaminhará à Advocacia-Geral da União, que requererá
IV - a existência de autoridade central para recepção e transmis- em juízo a medida solicitada.
são dos pedidos de cooperação; Parágrafo único. O Ministério Público requererá em juízo a medi-
V - a espontaneidade na transmissão de informações a autorida- da solicitada quando for autoridade central.
des estrangeiras.
§ 1o Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional Art. 34. Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser exe-
poderá realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por cutada a medida apreciar pedido de auxílio direto passivo que
via diplomática. demande prestação de atividade jurisdicional.
§ 2o NÃO SE EXIGIRÁ A RECIPROCIDADE referida no § 1o para
HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA. Seção III
§ 3o Na cooperação jurídica internacional não será admitida a Da Carta Rogatória
prática de atos que contrariem ou que produzam resultados in- Art. 36. O procedimento da carta rogatória perante o STJ É DE
compatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado JURISDIÇÃO CONTENCIOSA e deve assegurar às partes as ga-
brasileiro. rantias do devido processo legal.
§ 4o O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade § 1o A defesa restringir-se-á à discussão quanto ao atendimento
central na ausência de designação específica. dos requisitos para que o pronunciamento judicial estrangeiro
produza efeitos no Brasil.
Art. 27. A cooperação jurídica internacional terá por objeto: § 2o Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do mérito do
I - citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial; pronunciamento judicial estrangeiro pela autoridade judiciária
II - colheita de provas e obtenção de informações; brasileira.
III - homologação e cumprimento de decisão;
IV - concessão de medida judicial de urgência; Seção IV
V - assistência jurídica internacional; Disposições Comuns às Seções Anteriores
VI - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida Art. 37. O pedido de cooperação jurídica internacional oriundo
pela lei brasileira. de autoridade brasileira competente será encaminhado à autori-
dade central para posterior envio ao Estado requerido para lhe
Seção II dar andamento.
Do Auxílio Direto
Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida NÃO DECORRER Art. 38. O pedido de cooperação oriundo de autoridade brasileira
DIRETAMENTE de decisão de autoridade jurisdicional estran- competente e os documentos anexos que o instruem serão enca-
geira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil. minhados à autoridade central, acompanhados de tradução para
a língua oficial do Estado requerido.
Art. 29. A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo ór-
gão estrangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Es- Art. 39. O pedido passivo de cooperação jurídica internacional
tado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedi- será recusado se configurar manifesta ofensa à ordem públi-
do. ca.

Art. 30. Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz Art. 40. A cooperação jurídica internacional para execução de
parte, o auxílio direto terá os seguintes objetos: decisão estrangeira dar-se-á por meio de carta rogatória ou de
I - obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento ação de homologação de sentença estrangeira, de acordo com
jurídico e sobre processos administrativos ou jurisdicionais o art. 960.
findos ou em curso;
Art. 41. Considera-se autêntico o documento que instruir pedido
de cooperação jurídica internacional, inclusive tradução para a lín-
gua portuguesa, quando encaminhado ao Estado brasileiro por
Dia 3 / 8

meio de autoridade central ou por via diplomática, dispensando- § 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a
se ajuramentação, autenticação ou qualquer procedimento de ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se o autor
legalização. também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qual-
Parágrafo único. O disposto no caput não impede, quando neces- quer foro.
sária, a aplicação pelo Estado brasileiro do princípio da reciproci- § 4o Havendo 2 ou mais réus com diferentes domicílios, serão de-
dade de tratamento. mandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.
§ 5o A EXECUÇÃO FISCAL será proposta no foro de domicílio do
TÍTULO III réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado.
DA COMPETÊNCIA INTERNA
CAPÍTULO I Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre IMÓVEIS
DA COMPETÊNCIA é competente o foro de SITUAÇÃO DA COISA.
Seção I § 1o O autor pode optar pelo foro de DOMICÍLIO DO RÉU ou
Disposições Gerais pelo FORO DE ELEIÇÃO se o litígio NÃO RECAIR sobre direito
Art. 42. As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação
nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de terras e de nunciação de obra nova.
de instituir juízo arbitral, na forma da lei. § 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de si-
tuação da coisa, cujo juízo tem COMPETÊNCIA ABSOLUTA.
Art. 43. Determina-se a competência no MOMENTO DO RE-
GISTRO OU DA DISTRIBUIÇÃO da petição inicial, sendo irrele- AÇÕES FUNDADAS EM DIREITO REAL SOBRE IMÓVEIS
vantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorri-
das posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciá- REGRA EXCEÇÃO
rio ou alterarem a competência absoluta. Foro de SITUAÇÃO DA COISA Foro de DOMICÍLIO DO RÉU
ou pelo foro DE ELEIÇÃO se o
Art. 44. Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição litígio NÃO RECAIR sobre:
Federal, a competência é determinada pelas normas previstas - Direito de propriedade
neste Código ou em legislação especial, pelas normas de organi- - Vizinhança
zação judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos - Servidão
Estados. - Divisão e demarcação de ter-
ras
FPPC236. (art. 44) O art. 44 não estabelece uma ordem de preva- -Nunciação de obra nova
lência, mas apenas elenca as fontes normativas sobre compe-
AÇÕES POSSESSÓRIAS: Foro de SITUAÇÃO DA COISA (com-
tência, devendo ser observado o art. 125, § 1º, da Constituição
petência ABSOLUTA)
Federal

Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o


Art. 45. Tramitando o processo perante outro juízo, os autos se-
competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o
rão remetidos ao juízo federal competente se nele intervier a Uni -
cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou
ão, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações,
anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que
ou conselho de fiscalização de atividade profissional, na quali-
o espólio for réu, AINDA QUE O ÓBITO TENHA OCORRIDO NO
dade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações:
ESTRANGEIRO.
I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e aciden-
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio
te de trabalho;
certo, é competente:
II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho.
I - o foro de situação dos bens imóveis;
§ 1o Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apre-
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
ciação seja de competência do juízo perante o qual foi pro-
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos
posta a ação.
bens do espólio.
§ 2o Na hipótese do § 1o, o juiz, ao não admitir a cumulação de
pedidos em razão da incompetência para apreciar qualquer de-
Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro
les, não examinará o mérito daquele em que exista interesse
de seu último domicílio, também competente para a arrecada-
da União, de suas entidades autárquicas ou de suas empresas
ção, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições tes-
públicas.
tamentárias.
§ 3o O juízo federal restituirá os autos ao juízo estadual SEM
SUSCITAR CONFLITO se o ente federal cuja presença ensejou a
Art. 50. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro
remessa for excluído do processo.
de domicílio de seu representante ou assistente.
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real
Art. 51. É competente o foro de domicílio do réu para as causas
sobre BENS MÓVEIS será proposta, em regra, no foro de domi-
em que seja autora a União.
cílio do RÉU.
Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá
§ 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro
ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência
de qualquer deles.
do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele po-
ou no Distrito Federal.
derá ser demandado onde for encontrado ou no foro de do-
micílio do autor.
Dia 3 / 9

Art. 52. É competente o foro de domicílio do réu para as causas


em que seja autor Estado ou o Distrito Federal. Súmula 235-STJ: A conexão não determina a reunião dos pro-
Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o deman- cessos, se um deles já foi julgado.
dado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do au-
tor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda,
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 ou mais ações quando hou-
no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federa-
ver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pe-
do.
dido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.

Art. 53. É competente o foro:


Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e
sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação con-
reconhecimento ou dissolução de união estável:
tida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
contrário, as ações serão necessariamente reunidas.
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no anti-
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no
go domicílio do casal;
juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente.
d) de domicílio da vítima de violência doméstica e familiar,
nos termos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da
Art. 59. O REGISTRO OU A DISTRIBUIÇÃO da petição inicial tor-
Penha) (LEI 13894/19)
na prevento o juízo.
CFJ 108: A competência prevista nas alíneas do art. 53, I, do CPC
não é de foros concorrentes, mas de foros subsidiários.
Determina a competência
II - de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em REGISTRO/ DISTRIBUIÇÃO
que se pedem alimentos; Previne o juízo
III - do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica; Art. 60. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, co-
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a marca, seção ou subseção judiciária, a competência territorial do
pessoa jurídica contraiu; juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do imóvel.
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré socieda-
de ou associação sem personalidade jurídica; Art. 61. A ação acessória será proposta no juízo competente para
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe a ação principal.
exigir o cumprimento;
e) de residência do idoso, para a causa que VERSE SOBRE DI- Art. 62. A competência determinada em razão da matéria, da
REITO PREVISTO NO RESPECTIVO ESTATUTO; pessoa ou da função é inderrogável por convenção das partes.
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de
reparação de dano por ato praticado em razão do ofício; Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão
IV - do lugar do ato ou fato para a ação: do valor e do território (COMPETÊNCIA RELATIVA), elegendo
a) de reparação de dano; foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alhei- § 1o A eleição de foro só produz efeito quando constar de ins-
os; trumento escrito e aludir expressamente a determinado ne-
V - de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de gócio jurídico.
reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de § 2o O foro contratual OBRIGA OS HERDEIROS E SUCESSORES
veículos, INCLUSIVE AERONAVES. das partes.
§ 3o Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva,
Seção II pode ser reputada ineficaz DE OFÍCIO pelo juiz, que determina-
Da Modificação da Competência rá a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela cone- § 4o Citado, incumbe ao réu alegar a abusividade da cláusula de
xão ou pela continência, observado o disposto nesta Seção. eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão.

Art. 55. Reputam-se conexas 2 ou mais ações quando lhes for ABUSIVIDADE DA CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DE FORO
comum o pedido ou a causa de pedir.
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão ANTES DA CITAÇÃO APÓS A CITAÇÃO
conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado. Pode ser reputada ineficaz DE Cabe ao réu alegar na contes-
§ 2o Aplica-se o disposto no caput: OFÍCIO pelo juiz tação, sob pena de preclusão.
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento re-
lativa ao mesmo ato jurídico;
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo. SÚMULAS SOBRE COMPETÊNCIA
FPPC237. (art. 55, §2º, I e II) O rol do art. 55, § 2º, I e II, é exem- Súmula 1-STJ: O foro do domicílio ou da residência do
plificativo. alimentando é o competente para a ação de investigação de
§ 3o Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que paternidade, quando cumulada com a de alimentos
POSSAM GERAR RISCO DE PROLAÇÃO DE DECISÕES CONFLI- Súmula 33-STJ: A incompetência relativa não pode ser
TANTES OU CONTRADITÓRIAS caso decididos separadamente, declarada de ofício.
MESMO SEM CONEXÃO ENTRE ELES. [Teoria Materialista – O CPC/2015 prevê uma exceção a essa súmula no § 3º do art. 63
Conexão por Prejudicialidade] “§ 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se
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abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que relativos ao vinculo estatutário.
determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio Súmula 161-STJ: É da competência da Justiça Estadual autori-
do réu.” Assim, em regra, a incompetência relativa não pode zar o levantamento dos valores relativos ao PIS / PASEP e
ser reconhecida de ofício pelo juiz, ou seja, a própria parte FGTS, em decorrência do falecimento do titular da conta.
prejudicada é quem deverá alegar. EXCEÇÃO: o foro de eleição Súmula 218-STJ: Compete à Justiça dos Estados processar e
é uma regra de incompetência relativa. Mesmo assim, ela julgar ação de servidor estadual decorrente de direitos e
pode ser reconhecida de ofício pelo magistrado se o foro de vantagens estatutárias no exercício de cargo em comissão.
eleição for abusivo. Súmula 224-STJ: Excluído do feito o ente federal, cuja presença
Súmula 206-STJ: A existência de vara privativa, instituída por lei levara o Juiz Estadual a declinar da competência, deve o Juiz
estadual, não altera a competência territorial resultante das leis Federal restituir os autos e não suscitar conflito.
de processo. Súmula 270-STJ: O protesto pela preferência de crédito, apre-
Os Estados-Membros, suas autarquias e fundações, não possu- sentado por ente federal em execução que tramita na Justiça
em foro privilegiado (privativo) na capital, podendo ser deman- Estadual, não desloca a competência para a Justiça Federal.
dados em qualquer comarca do seu território onde a obrigação Súmula 363-STJ: Compete à Justiça estadual processar e julgar
tenha que ser satisfeita (art. 53, III, “d”, do CPC 2015). Assim, a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra
NÃO É VÁLIDA LEI ESTADUAL QUE PREVEJA FORO PRIVATI- cliente.
VO NA CAPITAL PARA AS DEMANDAS INTENTADAS CON- Súmula 505-STJ: A competência para processar e julgar as de-
TRA O ESTADO-MEMBRO. Vale ressaltar, no entanto, que se o mandas que têm por objeto obrigações decorrentes dos contra-
autor propuser a ação na capital do Estado, esta deverá tra- tos de planos de previdência privada firmados com a Fundação
mitar na Vara Especializada da Fazenda Pública. Rede Ferroviária de Seguridade Social – REFER é da Justiça es-
tadual.
SÚMULAS SOBRE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL Súmula 506-STJ: A Anatel não é parte legítima nas demandas
entre a concessionária e o usuário de telefonia decorrentes de
STF relação contratual.
Súmula vinculante 27-STF: Compete à Justiça Estadual julgar Súmula 553-STJ: Nos casos de empréstimo compulsório so-
causas entre consumidor e concessionária de serviço público de bre o consumo de energia elétrica, é competente a Justiça
telefonia, quando a Anatel não seja litisconsorte passiva ne- estadual para o julgamento de demanda proposta exclusiva-
cessária, assistente nem opoente. mente contra a Eletrobrás. Requerida a intervenção da União
Súmula 501-STF: Compete a justiça ordinária estadual o pro- no feito após a prolação de sentença pelo juízo estadual, os au-
cesso e o julgamento, em ambas as instâncias, das causas de tos devem ser remetidos ao Tribunal Regional Federal compe-
acidente do trabalho, ainda que promovidas contra a união, tente para o julgamento da apelação se deferida a intervenção.
suas autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia
mista. SÚMULAS SOBRE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL
Súmula 508-STF: Compete a justiça estadual, em ambas as
STF
instâncias, processar e julgar as causas em que for parte o Ban-
co do Brasil, S.A.. Súmula 517-STF: As sociedades de economia mista só tem foro
Súmula 516-STF: O Serviço Social da Indústria (SESI) está sujei- na justiça federal, quando a união intervém como assistente ou
to a jurisdição da justiça estadual. opoente.
Súmula 556-STF: É competente a justiça comum (justiça esta- Súmula 689-STF: O segurado pode ajuizar ação contra a insti-
dual) para julgar as causas em que é parte sociedade de eco- tuição previdenciária perante o juízo federal do seu domicílio
nomia mista. ou nas varas federais da Capital do Estado-Membro.
As sociedades de economia mista, ainda que mantidas pela Uni-
STJ
ão, não são julgadas pela Justiça Federal. Houve uma opção do
constituinte de não incluir tais empresas estatais no rol do art. Súmula 32-STJ: Compete à Justiça Federal processar justifica-
109 da CF/88. ções judiciais destinadas a instruir pedidos perante entidades
que nela tem exclusividade de foro, ressalvada a aplicação do
STJ
art. 15, II, da Lei 5010/66.
Súmula 15-STJ: Compete à Justiça Estadual processar e julgar Súmula 66-STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar
os litígios decorrentes de acidente do trabalho. execução fiscal promovida por conselho de fiscalização pro-
Válida, mas apenas nos casos de ação proposta contra o INSS fissional.
pleiteando benefício decorrente de acidente de trabalho. Súmula 82-STJ: Compete à Justiça Federal, excluídas as recla-
Súmula 34-STJ: Compete à Justiça Estadual processar e julgar mações trabalhistas, processar e julgar os feitos relativos à
causa relativa a mensalidade escolar, cobrada por estabeleci- movimentação do FGTS.
mento particular de ensino. Súmula 150-STJ: Compete à Justiça Federal decidir sobre a
Súmula 42-STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar existência de interesse jurídico que justifique a presença, no
e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de econo- processo, da união, suas autarquias ou empresas públicas.
mia mista e os crimes praticados em seu detrimento. Súmula 173-STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar o
Súmula 55-STJ: Tribunal Regional Federal não é competente pedido de reintegração em cargo público federal, ainda que o
para julgar recurso de decisão proferida por juiz estadual não servidor tenha sido dispensado antes da instituição do regime
investido de jurisdição federal. jurídico único
Súmula 137-STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar Súmula 254-STJ: A decisão do Juízo Federal que exclui da rela-
e julgar ação de servidor público municipal, pleiteando direitos ção processual ente federal não pode ser reexaminada no Juí-
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zo Estadual. competência absoluta quanto à relativa. TRANSLATIO IUDICI


Súmula 324-STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar FPPC488. (art. 64, §§3º e 4º; art. 968, §5º; art. 4º; Lei 12.016/2009)
ações de que participa a Fundação Habitacional do Exército, No mandado de segurança, havendo equivocada indicação
equiparada à entidade autárquica federal, supervisionada pelo da autoridade coatora, o impetrante deve ser intimado para
Ministério do Exército. emendar a petição inicial e, caso haja alteração de competên-
Súmula 349-STJ: Compete à Justiça Federal ou aos juízes com cia, o juiz remeterá os autos ao juízo competente
competência delegada o julgamento das execuções fiscais de
contribuições devidas pelo empregador ao FGTS. Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não
Súmula 365-STJ: A intervenção da União como sucessora da alegar a incompetência em preliminar de contestação.
Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) desloca a competência Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada
para a Justiça Federal ainda que a sentença tenha sido pro- pelo Ministério Público nas causas em que atuar.
ferida por Juízo estadual.
Súmula 570-STJ: Compete à Justiça Federal o processo e julga- Art. 66. Há conflito de competência quando:
mento de demanda em que se discute a ausência de ou o obs- I - 2 ou mais juízes se declaram competentes;
táculo ao credenciamento de instituição particular de ensino su- II - 2 ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um
perior no Ministério da Educação como condição de expedição ao outro a competência;
de diploma de ensino a distância aos estudantes. III - entre 2 ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião
ou separação de processos.
SÚMULAS SOBRE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada
deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir a outro juízo.
Súmula 368-STJ: Compete à Justiça comum estadual processar
e julgar os pedidos de retificação de dados cadastrais da Justiça CAPÍTULO II
Eleitoral. DA COOPERAÇÃO NACIONAL
Súmula 374-STJ: Compete à Justiça Eleitoral processar e julgar Art. 67. Aos órgãos do Poder Judiciário, estadual ou federal, es-
a ação para anular débito decorrente de multa eleitoral pecializado ou comum, em todas as instâncias e graus de jurisdi-
ção, inclusive aos tribunais superiores, incumbe o dever de recíp-
SÚMULAS SOBRE COMPETÊNCIA PELO FORO roca cooperação, por meio de seus magistrados e servidores.
DA SITUAÇÃO DA COISA
Art. 68. Os juízos poderão formular entre si pedido de coopera-
STF ção para prática de qualquer ato processual.
Súmula 363-STF: A pessoa jurídica de direito privado pode ser
demandada no domicílio da agência, ou estabelecimento, em Art. 69. O pedido de cooperação jurisdicional deve ser pronta-
que se praticou o ato. mente atendido, prescinde de forma específica e pode ser exe-
cutado como:
STJ I - auxílio direto;
Súmula 11-STJ: A presença da União ou de qualquer de seus II - reunião ou apensamento de processos;
entes, na ação de usucapião especial, não afasta a competên- III - prestação de informações;
cia do foro da situação do imóvel. IV - atos concertados entre os juízes cooperantes.
Súmula 238-STJ: A avaliação da indenização devida ao proprie- § 1o As cartas de ordem, precatória e arbitral seguirão o regime
tário do solo, em razão de alvará de pesquisa mineral, é proces - previsto neste Código.
sada no Juízo Estadual da situação do imóvel § 2o Os atos concertados entre os juízes cooperantes poderão
Súmula 376-STJ: Compete à turma recursal processar e julgar consistir, além de outros, no estabelecimento de procedimento
o mandado de segurança contra ato de juizado especial. para:
I - a prática de citação, intimação ou notificação de ato;
II - a obtenção e apresentação de provas e a coleta de depoimen-
Seção III
tos;
Da Incompetência
III - a efetivação de tutela provisória;
Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada
IV - a efetivação de medidas e providências para recuperação e
como questão preliminar de contestação.
preservação de empresas;
§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer
V - a facilitação de habilitação de créditos na falência e na recu-
tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício.
peração judicial;
§ 2o Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imedia-
VI - a centralização de processos repetitivos;
tamente a alegação de incompetência.
VII - a execução de decisão jurisdicional.
§ 3o Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos se-
§ 3o O pedido de cooperação judiciária pode ser realizado entre
rão remetidos ao juízo competente.
órgãos jurisdicionais de diferentes ramos do Poder Judiciário.
§ 4o Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão
os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompetente até
que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente. FPPC4. (art. 69, § 1º) A carta arbitral tramitará e será proces-
[TRANSLATIO IUDICI] sada no Poder Judiciário de acordo com o regime previsto no
Código de Processo Civil, respeitada a legislação aplicável.
FPPC5. (art. 69, § 3º) O pedido de cooperação jurisdicional po-
FPPC238. (art. 64, caput e §4º) O aproveitamento dos efeitos
derá ser realizado também entre o árbitro e o Poder Judiciá-
de decisão proferida por juízo incompetente aplica-se tanto à
rio.
Dia 3 / 12

mento.
Conduta: Comportamento humano vo-
________Codigo Penãl________ luntário psiquicamente dirigido a um fim,
socialmente reprovável.
OBS: para esta teoria, o dolo e a culpa
integram o fato típico (finalismo), mas
TEORIAS DA CONDUTA são novamente analisados no juízo da
culpabilidade (causalismo).
Idealizada por Von Liszt, Beling, Rad-
bruch. Ganham força e espaço na década de
Início do século XIX. 1970, discutidas com ênfase na Alema-
TEORIA Marcadas pelos ideais positivistas. nha.
CAUSALISTA Segue o método empregado pelas ciên- FUNCIONALISMO Buscam adequar a dogmática penal
(Causal-Naturalista/ cias naturais Teorias aos fins do Direito Penal.
Clássica/ Naturalísti- Crime: (Teoria tripartite) - Fato típico Funcionalistas Percebem que o Direito Penal tem neces-
ca/ Mecanicista) (conduta), Ilicitude e Culpabilidade sariamente uma missão e que seus insti-
Conduta: Movimento corporal voluntá- tutos devem ser compreendidos de acor-
rio que produz uma modificação no do com essa missão – (edificam o Direito
mundo exterior, perceptível pelos senti- Penal a partir da função que lhe é confe-
dos. rida).
Experimentação Conclusão: a conduta deve ser com-
preendida de acordo com a missão con-
Idealizada por Edmund Mezger.
ferida ao direito penal.
Desenvolvida nas primeiras décadas do
TEORIA século XX. ROXIN (ESCOLA DE MUNIQUE)
NEOKANTISTA Tem base causalista CRIME: fato típico (conduta), ilícito e
(Causal-Valorativa/ Fundamenta-se em uma visão neoclássi- REPROVÁVEL (imputabilidade, poten-
Neoclássica/ ca, marcada pela superação do positi- FUNCIONALISMO cial consciência da ilicitude, exigibili-
Normativista) vismo, introduzindo a racionalização do TELEOLÓGICO dade de conduta diversa e necessidade
método (Dualista/ da pena).
Conduta: Comportamento humano vo- Moderado/ OBS: Roxin busca a reconstrução do Di-
luntário causador de um resultado. Da Política Criminal/ reito Penal com base em critérios po-
Valoração Valorativo) lítico-criminais.
Missão do Direito Penal: proteção de
Criada por Hans Welzel.
bens jurídicos. Proteger os valores es-
Meados do século XX (1930 – 1960).
senciais à convivência social harmônica.
Percebe que o dolo e a culpa estavam in-
Conduta: Comportamento humano vo-
seridos no substrato errado (não devem
luntário causador de relevante e intolerá-
integrar a culpabilidade).
vel lesão ou perigo de lesão ao bem ju-
TEORIA FINALISTA Conduta: Comportamento humano vo-
rídico tutelado.
(Ôntico- luntário psiquicamente dirigido a um fim
Fenomenológica) (toda conduta é orientada por um que- JAKOBS (ESCOLA DE BONN)
rer). CRIME: fato típico (conduta), ilícito e
OBS: Para Welzel, toda consciência é in- culpável (imputabilidade, potencial
tencional. consciência da ilicitude e exigibilidade
OBS: Retira do dolo seu elemento nor- de conduta diversa).
mativo (consciência da ilicitude). OBS: Para Jakobs, o Direito Penal deve vi-
OBS: Culpabilidade formada apenas sar primordialmente à reafirmação da
por elementos normativos (potencial FUNCIONALISMO norma violada e ao fortalecimento das
consciência da ilicitude, exigibilidade SISTÊMICO expectativas de seus destinatários.
de conduta diversa, imputabilidade). (Monista/ Missão do Direito Penal: Assegurar a
OBS: Dolo normativo (consciência da ili- Radical) vigência do sistema. Está relativamente
citude) passa a ser dolo natural/valora- vinculada à noção de sistemas sociais
tivamente neutro (dolo sem consciência (Niklas Luhmann).
da ilicitude). Conduta: Comportamento humano vo-
Dica: supera-se a cegueira do causalismo luntário causador de um resultado vio-
com um finalismo vidente. lador do sistema, frustrando as expecta-
tivas normativas.
Desenvolvida por Wessels, tendo como
OBS: Ação é produção de resultado evi-
principal adepto Jescheck.
tável pelo indivíduo (teoria da evitabili-
A pretensão desta teoria não é substituir
dade individual).
as teorias clássica e finalista, mas acres-
OBS: O agente é punido porque violou a
TEORIA SOCIAL DA centar-lhes uma nova dimensão, qual
norma e a pena visa reafirmar a norma
AÇÃO seja, a relevância social do comporta-
violada.
Dia 3 / 13

TEORIA LIMITADA inevitável, exclui dolo e culpa; se evitá-


TEORIA Conduta: Movimento corporal voluntário DA vel, pune a culpa. Prevista na exposição
CAUSALISTA que produz uma modificação no mundo ex- CULPABILIDADE de motivos do CP.
terior, perceptível pelos sentidos. (prevalece no Apesar de previso no art. 20, §1° que o
Brasil) agente fica isento de pena, a conse-
TEORIA Conduta: Comportamento humano volun-
quência será a exclusão da tipicidade
NEOKANTISTA tário causador de um resultado.
(ausência de dolo e culpa).
TEORIA Conduta: Comportamento humano volun-
TEORIA EXTREMADA Equipara-se a erro de proibição. Se
FINALISTA tário psiquicamente dirigido a um fim (toda
DA CULPABILIDADE inevitável, isenta o agente de pena; se
conduta é orientada por um querer).
evitável, diminui a pena.
TEORIA SOCIAL Conduta: Comportamento humano volun-
TEORIA EXTREMADA De acordo com essa teoria, o art. 20,
DA AÇÃO tário psiquicamente dirigido a um fim, soci-
“SUI GENERIS” DA §1°, CP, reúne as duas teorias anteriores,
almente reprovável.
CULPABILIDADE seguindo a extremada, quando o erro é
FUNCIONALISMO Conduta: Comportamento humano volun- inevitável, e a limitada, quando o erro é
TELEOLÓGICO tário causador de relevante e intolerável le- evitável.
são ou perigo de lesão ao bem jurídico
tutelado. Erro determinado por terceiro
FUNCIONALISMO Conduta: Comportamento humano volun- § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.
SISTÊMICO tário causador de um resultado violador Erro sobre a pessoa
do sistema, frustrando as expectativas nor- § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é prati-
mativas. cado NÃO ISENTA de pena. Não se consideram, neste caso, as
condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra
quem o agente queria praticar o crime.
Erro sobre elementos do tipo
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de
Erro sobre a ilicitude do fato (ERRO DE PROIBIÇÃO)
crime exclui o dolo (SEMPRE), mas permite a punição por cri-
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro so-
me culposo, se previsto em lei.
bre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitá-
vel, poderá diminuí-la de 1/6 a 1/3.
ERRO DE TIPO ERRO DE PROIBIÇÃO Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente
Inevitável: exclui dolo e culpa Inevitável: isenta o agente de atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quan-
pena do lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa
consciência.
Evitável: pune a culpa, se pre- Evitável: diminui a pena
vista em lei Coação irresistível e obediência hierárquica
O agente NÃO SABE o que O agente SABE o que faz, Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em
faz. mas pensa que sua conduta estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de su-
é lícita perior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.

Erro sobre os elementos objeti- Erro quanto à ilicitude da con-


Causa legal de EXCLUSÃO DA CULPABILIDADE por inexigibi-
vos do tipo duta
lidade de conduta diversa.
Má interpretação sobre os FA- Afasta a POTENCIAL CONS-
TOS CIÊNCIA DA ILICITUDE. Exclusão de ilicitude
Não há erro sobre a situação Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato :
fática, mas não há a exata I - em estado de necessidade;
compreensão sobre os LIMI- II - em legítima defesa;
TES JURÍDICOS DA LICITUDE III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercí-
da conduta. cio regular de direito.
Exclui CRIME Exclui PENA Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses des-
te artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.
Descriminantes putativas
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justifi-
cado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se exis- O rol do art. 23 não é taxativo, pois admite causas supralegais,
tisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando como consentimento do ofendido.
o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo. As fontes das causas de justificação são:
- A lei (estrito cumprimento de dever legal e exercício regular de
direito),
O ERRO sobre os PRESSUPOSTOS FÁTICOS deve ser tratado
- A necessidade (estado de necessidade e legítima defesa)
como erro de tipo ou de proibição?
- A falta de interesse (consentimento do ofendido).
O erro sobre os pressupostos fáticos
Os efeitos das causas excludentes de antijuridicidade se es-
deve equiparar-se a ERRO DE TIPO. Se
tendem à esfera extrapenal. (CPP, art. 65. Faz coisa julgada
Dia 3 / 14

no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato pratica- por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio
do em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável
cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito). exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha
o dever legal de enfrentar o perigo.
RELAÇÃO ENTRE TIPICIDADE E ILICITUDE § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito
VON BELING (1906) ameaçado, a pena poderá ser reduzida de 1/3 a 2/3.
A tipicidade não tem qualquer re-
lação com a ilicitude. Exige saída cômoda (commodus discessus).
TEORIA DA AUTONOMIA CUIDADO: excluída a ilicitude o
Perigo iminente não configura estado de necessidade.
OU ABSOLUTA fato permanece típico.
INDEPENDÊNCIA Ex: Fulano mata Beltrano – temos
um fato típico. Comprovado que TEORIA DIFERENCIADORA TEORIA UNITÁRIA
Fulano agiu em legítima defesa, CPM arts. 39 e 45 CP art. 24, §2°
exclui a ilicitude, mas permanece o
Estado de necessidade justifi- Estado de necessidade justifi-
fato típico.
cante cante
MAYER (1915) Exclui a ilicitude Exclui a ilicitude
A existência de fato típico gera Bem jurídico: vale + ou = (vida) Bem jurídico: vale + ou = (vida)
presunção de ilicitude. Bem sacrificado: vale – (patri- Bem sacrificado: vale – (patri-
- Relativa dependência. mônio) mônio)
CUIDADO: excluída a ilicitude, o
Estado de necessidade excul- #E no caso do bem protegido
fato permanece típico.
pante valer menos que o bem sacri-
Ex: Fulano mata Beltrano. Compro-
Exclui a culpabilidade ficado? Pode servir como dimi-
TEORIA DA va a tipicidade, presume-se a ilici-
Bem jurídico: vale - (patrimô- nuição de pena.
INDICIARIEDADE OU tude. Fulano tem que provar que
nio)
RATIO COGNOSCENDI agiu em legítima defesa. Compro-
Bem sacrificado: vale + (vida)
Adotada no Brasil vando, desaparece a ilicitude, mas
o fato continua típico.
De acordo com a maioria da dou- Legítima defesa
trina, o Brasil seguiu a TEORIA DA Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando MO-
INDICIARIEDADE, isto é, provada DERADAMENTE dos MEIOS NECESSÁRIOS, repele injusta
a tipicidade, presume-se relati- agressão, atual OU IMINENTE, a direito seu ou de outrem.
vamente a ilicitude, provocando Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput des-
inversão do ônus da prova nas te artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de
descriminantes. segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a
vítima mantida refém durante a prática de crimes. (LEI
MEZGER (1930) 13964/19)
TEORIA DA ABSOLUTA A ilicitude é essência da tipicida-
DEPENDÊNCIA OU de, numa relação de absoluta de-
Não exige saída cômoda (commodus discessus).
RATIO ESSENDI pendência.
CUIDADO: excluída a ilicitude, ex- O uso moderado é dos meios necessários e não dos meios dis-
clui-se o fato típico (tipo total in- poníveis.
justo).
Chega no mesmo resultado da 3ª TÍTULO III
teoria, mas por outro caminho. DA IMPUTABILIDADE PENAL
De acordo com essa teoria, o tipo Inimputáveis
penal é composto de elementos Art. 26 – [CRITÉRIO BIOPSICOLÓGICO] É isento de pena o
positivos (explícitos) e elementos agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
negativos (implícitos). incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão,
TEORIA DOS ELEMENTOS ATENÇÃO: para que o fato seja inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
NEGATIVOS DO TIPO típico, é preciso praticar os ele- determinar-se de acordo com esse entendimento. (Causa de ex-
mentos positivos do tipo, e não clusão da culpabilidade)
praticar os elementos negativos Redução de pena
do tipo. Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de 1/3 a 2/3, se
Ex: matar alguém. o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por de-
Elementos positivos: matar alguém. senvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteira-
Elementos negativos: estado ne- mente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determi-
cessidade/legítima defesa. nar-se de acordo com esse entendimento.

Menores de 18 anos
Estado de necessidade
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pra-
tica o fato para salvar de PERIGO ATUAL, que não provocou
Dia 3 / 15

Art. 27 - [CRITÉRIO BIOLÓGICO] Os menores de 18 anos deiro reforço do princípio constitucional


são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas esta- da individualização da pena.
belecidas na legislação especial.
TEORIA PLURALISTA A cada um dos agentes se atribui con-
Emoção e paixão (TEORIA DA duta, razão pela qual cada um responde
Art. 28 - NÃO EXCLUEM a imputabilidade penal: CUMPLICIDADE- por delito autônomo. Haverá tantos
I - a emoção ou a paixão; DELITO DISTINTO ou crimes quanto sejam os agentes que
Embriaguez TEORIA DA concorrem para o fato.
II - a embriaguez, VOLUNTÁRIA OU CULPOSA, pelo álcool AUTONOMIA DA Cada um responde pelo seu crime. Ado-
ou substância de efeitos análogos. CONCORRÊNCIA) tada pelo CP em casos excepcionais.
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez com- Tem-se um crime para os executores
pleta, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao do núcleo e outro aos que não o rea-
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de enten- lizam, mas concorrem de qualquer
der o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com TEORIA DUALISTA modo. Divide a responsabilidade dos
esse entendimento. autores e dos partícipes.
§ 2º - A pena pode ser reduzida de 1/3 a 2/3, se o agente, Crime único para autores principais
por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não (participação primária) e outro crime
possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade único para os autores secundários/par-
de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acor- tícipes (participação secundária).
do com esse entendimento.

PUNIÇÃO DO PARTÍCIPE
Quando se fala em embriaguez, trabalha-se com a TEORIA DA
AÇÃO LIVRE NA CAUSA (“ACTIO LIBERA IN CAUSA”), segun- TEORIA DA Para punir o partícipe, basta que o
do a qual na embriaguez, o livre-arbítrio não é aferido no mo- ACESSORIEDADE fato principal seja típico.
mento da prática da conduta, mas sim se ação foi livre no MÍNIMA
momento da ingestão da substância.
TEORIA DA Para punir o partícipe, basta que o
TÍTULO IV ACESSORIEDADE fato principal seja típico e ilícito, in-
DO CONCURSO DE PESSOAS MÉDIA / LIMITADA dependentemente da culpabilidade e
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime (PREVALECE) da punibilidade do agente.
incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabi-
TEORIA DA Para punir o partícipe, basta que o
lidade. (TEORIA UNITÁRIA)
ACESSORIEDADE fato principal seja típico, ilícito e cul-
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena
pode ser diminuída de 1/6 a 1/3. MÁXIMA pável.
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime (EXTREMADA)
menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será au- TEORIA DA Para punir o partícipe, o fato principal
mentada até 1/2 (metade), na hipótese de ter sido previsível o
HIPERACESSORIEDADE deve ser típico, ilícito, culpável e pu-
resultado mais grave.
nível.

A codelinquência será configurada quando houver reconheci-


mento da prática da mesma infração por todos os agentes. Circunstâncias incomunicáveis
Depende de cinco requisitos para sua configuração: Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições
a) pluralidade de agentes culpáveis; de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
b) relevância causal das condutas para a produção do resultado;
c) vínculo subjetivo; Casos de impunibilidade
d) unidade de infração penal para todos os agentes; e Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio,
e) existência de fato punível. salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o
crime não chega, pelo menos, a ser tentado (PARTICIPAÇÃO
IMPUNÍVEL)
CONCURSO DE AGENTES

_____Codigo de Proçesso Penãl____


O crime é único para todos os con-
correntes.
Regra no CP.
A pena será aplicada na medida da
TÍTULO III
culpabilidade de cada agente. O juiz
DA AÇÃO PENAL
TEORIA MONISTA fixará a pena levando em consideração
(UNITÁRIA OU circunstâncias relacionadas ao fato, à AÇÃO PENAL PÚBLICA AÇÃO PENAL PRIVADA
IGUALITÁRIA) vítima e ao agente. Divide-se em: Divide-se em:
Segundo Luiz Regis Prado, o CP adotou a) ação penal pública incondi- a) ação penal privada persona-
a teoria monista de forma matizada cionada; líssima;
ou temperada, já que estabeleceu cer- b) ação penal pública condici- b) ação penal privada propria-
tos graus de participação e um verda-
Dia 3 / 16

onada; mente dita; ARQUIVAMENTO MP deixa de oferecer a denúncia por en-


c) ação penal pública subsidiá- c) ação penal privada subsidiá- INDIRETO tender que o juízo perante o qual oficia é
ria da pública. ria da pública. incompetente.

A peça acusatória é a denún- A peça acusatória é a queixa- Se o arquivamento partir diretamente do


cia. crime. PGR ou do PGJ, O TRIBUNAL NÃO PODE-
*Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br ARQUIVAMENTO RÁ INVOCAR O ART. 28 do CPP. Caberá,
ORIGINÁRIO porém, no âmbito federal, recurso admi-
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida nistrativo à Câmara de Coordenação e
por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei Revisão.
o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação
MP oferece a denúncia em face de apenas
do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
um ou alguns dos crimes nele narrados ou
§ 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado
ARQUIVAMENTO dos acusados, deixando de oferecer, sem
ausente por decisão judicial, o direito de representação passará
IMPLÍCITO OU motivo justificado, pelos outros.
ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (CADI)
TÁCITO STF: O sistema processual penal brasileiro
§ 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detri-
não prevê a figura do arquivamento im-
mento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Municí-
plícito de inquérito policial.
pio, a AÇÃO PENAL SERÁ PÚBLICA.

Art. 25. A representação será irretratável, DEPOIS DE OFE- ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO POLICIAL
RECIDA a denúncia.
ANTES DA LEI 13964/19 DEPOIS DA LEI 13964/19

MP requeria o arquivamento MP ordena o arquivamento e


CPP LEI MARIA DA PENHA
ao juiz, que homologava ou remete os autos à instância de
A representação será irretra- Só será admitida a renúncia à não. revisão ministerial para fins de
tável, DEPOIS DE OFERECIDA representação perante o juiz homologação
a denúncia. ANTES DO RECEBIMENTO da
Arquivamento realizado na Arquivamento realizado no
denúncia
justiça âmbito do MP

Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com STF suspendeu a eficácia da
o auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria expedi- alteração do procedimento
da pela autoridade judiciária ou policial de arquivamento do
inquérito policial (art. 28,
caput))
Processo judicialiforme. Artigo não recepcionado pela CF/88.

Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciati- Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o
va do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública, investigado confessado formal e circunstancialmente a
fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e
e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção. com pena mínima inferior a 4 anos , o Ministério Público poderá
propor ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL, desde que
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime,
quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e
do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à alternativamente: (LEI 13964/19)
autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na
revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei. impossibilidade de fazê-lo; (LEI 13964/19)
(LEI 13964/19) II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo
Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do
crime; (LEI 13964/19)
STF suspendeu a eficácia da alteração do procedimento de III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por
arquivamento do inquérito policial (art. 28, caput)). MEDIDA período correspondente à pena mínima cominada ao delito
CAUTELAR NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 6.298
diminuída de 1/3 a 2/3, em local a ser indicado pelo juízo da
execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar dezembro de 1940 (Código Penal); (LEI 13964/19)
com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do
30 dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à art. 45 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
revisão da instância competente do órgão ministerial, (Código Penal), a entidade pública ou de interesse social, a ser
conforme dispuser a respectiva lei orgânica. (LEI 13964/19) indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente,
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detri- como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos
mento da União, Estados e Municípios, a revisão do arquiva- aparentemente lesados pelo delito; ou (LEI 13964/19)
mento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada
do órgão a quem couber a sua representação judicial. (LEI pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatível
13964/19) com a infração penal imputada. (LEI 13964/19)
Dia 3 / 17

§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se requerer a remessa dos autos a órgão superior, na forma do
refere o caput deste artigo, serão consideradas as causas de art. 28 deste Código. (LEI 13964/19)
aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto. (LEI
13964/19) ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL
§ 2º O disposto no caput deste artigo NÃO SE APLICA nas
seguintes hipóteses: (LEI 13964/19) RESOLUÇÃO 181/17 DEPOIS DA LEI 13964/19
I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Pena mínima inferior a 4 Pena mínima inferior a 4
Especiais Criminais, nos termos da lei; (LEI 13964/19) anos anos
II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos
probatórios que indiquem conduta criminal habitual, Crime não for cometido com Investigado confessado
reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações violência ou grave ameaça a formal e circunstancialmente
penais pretéritas; (LEI 13964/19) pessoa, o investigado tiver a prática de infração penal
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 anos anteriores ao confessado formal e circuns- sem violência ou grave
cometimento da infração, em acordo de não persecução tanciadamente a sua prática ameaça
penal, transação penal ou suspensão condicional do processo;
CONDIÇÕES: CONDIÇÕES:
e (LEI 13964/19)
I – reparar o dano ou restituir I - reparar o dano ou restituir
IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica
a coisa à vítima, salvo impos- a coisa à vítima, exceto na
ou familiar, ou praticados contra a mulher por razões da
sibilidade de fazê-lo; impossibilidade de fazê-lo;
condição de sexo feminino, em favor do agressor. (LEI
II – renunciar voluntariamen- II - renunciar
13964/19)
te a bens e direitos, indicados voluntariamente a bens e
§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por
pelo Ministério Público como direitos indicados pelo
escrito e será firmado pelo membro do Ministério Público,
instrumentos, produto ou pro- Ministério Público como
pelo investigado e por seu defensor. (LEI 13964/19)
veito do crime; instrumentos, produto ou
§ 4º Para a homologação do acordo de não persecução penal,
II – prestar serviço à comuni- proveito do crime;
será realizada audiência na qual o juiz deverá verificar a sua
dade ou a entidades públicas III - prestar serviço à
voluntariedade, por meio da oitiva do investigado na presença
por período correspondente comunidade ou a entidades
do seu defensor, e sua legalidade. (LEI 13964/19)
à pena mínima cominada ao públicas por período
§ 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as
delito, diminuída de 1/3 a correspondente à pena
condições dispostas no acordo de não persecução penal,
2/3, em local a ser indicado mínima cominada ao delito
devolverá os autos ao Ministério Público para que seja
pelo Ministério Público; diminuída de 1/3 a 2/3, em
reformulada a proposta de acordo, com concordância do
IV – pagar prestação pecuniá- local a ser indicado pelo juízo
investigado e seu defensor. (LEI 13964/19)
ria, a ser estipulada nos termos da execução, na forma do art.
§ 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução
do art. 45 do Código Penal, a 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de
penal, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para que
entidade pública ou de inte- 7 de dezembro de 1940
inicie sua execução perante o juízo de execução penal. (LEI
resse social a ser indicada pelo (Código Penal);
13964/19)
Ministério Público, devendo a IV - pagar prestação
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não
prestação ser destinada prefe- pecuniária, a ser estipulada
atender aos requisitos legais ou quando não for realizada a
rencialmente àquelas entidades nos termos do art. 45 do
adequação a que se refere o § 5º deste artigo.
que tenham como função pro- Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
§ 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao
teger bens jurídicos iguais ou dezembro de 1940 (Código
Ministério Público para a análise da necessidade de
semelhantes aos aparentemen- Penal), a entidade pública ou
complementação das investigações ou o oferecimento da
te lesados pelo delito; de interesse social, a ser
denúncia. (LEI 13964/19)
V – cumprir outra condição indicada pelo juízo da
§ 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de não
estipulada pelo Ministério Pú- execução, que tenha,
persecução penal e de seu descumprimento. (LEI 13964/19)
blico, desde que proporcional preferencialmente, como
§ 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no
e compatível com a infração função proteger bens jurídicos
acordo de não persecução penal, o Ministério Público deverá
penal aparentemente pratica- iguais ou semelhantes aos
comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior
da. aparentemente lesados pelo
oferecimento de denúncia. (LEI 13964/19)
delito; ou
§ 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal
V - cumprir, por prazo deter-
pelo investigado também poderá ser utilizado pelo Ministério
minado, outra condição indi-
Público como justificativa para o eventual não oferecimento
cada pelo Ministério Público,
de suspensão condicional do processo. (LEI 13964/19)
desde que proporcional e com-
§ 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não
patível com a infração penal
persecução penal não constarão de certidão de antecedentes
imputada.
criminais, exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º deste
artigo. (LEI 13964/19) NÃO CABÍVEL: NÃO CABÍVEL:
§ 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, I – for cabível a transação pe- I - se for cabível transação
o juízo competente decretará a extinção de punibilidade. (LEI nal, nos termos da lei; penal de competência dos
13964/19) II – o dano causado for supe- Juizados Especiais Criminais,
§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em pro- rior a 20 salários mínimos ou nos termos da lei;
por o acordo de não persecução penal, o investigado poderá a parâmetro econômico diver- II - se o investigado for
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so definido pelo respectivo ór- reincidente ou se houver Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 e maior de 18
gão de revisão, nos termos da elementos probatórios que anos, o direito de queixa poderá ser exercido por ele ou
regulamentação local; indiquem conduta criminal por seu representante legal.
III – o investigado incorra em habitual, reiterada ou
alguma das hipóteses previs- profissional, exceto se Não existe mais representante legal de pessoa natural que já
tas no art. 76, § 2º, da Lei nº insignificantes as infrações completou 18 anos. Por consequência, não existe mais a
9.099/95; penais pretéritas; possibilidade de dupla legitimação para o oferecimento de
IV – o aguardo para o cum- III - ter sido o agente queixa: ou o ofendido é menor de 18 anos e só o seu
primento do acordo possa beneficiado nos 5 anos representante tem legitimação (art. 33, CPP); ou ele já
acarretar a prescrição da pre- anteriores ao cometimento completou esta idade e o exercício do direito de queixa é
tensão punitiva estatal; da infração, em acordo de exclusivamente seu.
V – o delito for hediondo ou não persecução penal, *http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitu-
equiparado e nos casos de in- transação penal ou ra&artigo_id=143
cidência da Lei nº 11.340, de suspensão condicional do
7 de agosto de 2006; processo; e Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito
VI – a celebração do acordo IV - nos crimes praticados no de queixa, terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente
não atender ao que seja ne- âmbito de violência domésti- mais próximo na ordem de enumeração constante do art. 31, po-
cessário e suficiente para a ca ou familiar, ou praticados dendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na ação, caso o
reprovação e prevenção do contra a mulher por razões querelante desista da instância ou a abandone.
crime. da condição de sexo femini-
no, em favor do agressor. Art. 37. As fundações, associações ou sociedades legalmente
constituídas poderão exercer a ação penal, devendo ser represen-
Caberá RESE da decisão, des-
tadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem
---------------------------------- pacho ou sentença que recusar
ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes.
---------------------------------- homologação à proposta de
-- acordo de não persecução
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu
penal, previsto no art. 28-A
representante legal, decairá no direito de queixa ou de repre-
desta Lei.
sentação, se não o exercer dentro do prazo de 6 meses, conta-
do do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pú- caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o ofereci -
blica, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Mi- mento da denúncia.
nistério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denún- Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de
cia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, for- queixa ou representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos
necer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, arts. 24, parágrafo único, e 31.
no caso de negligência do querelante, retomar a ação como
parte principal (AÇÃO PENAL INDIRETA) Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido,
pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, me-
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para repre- diante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Mi-
sentá-lo caberá intentar a ação privada. nistério Público, ou à autoridade policial.
§ 1o A representação feita oralmente ou por escrito, sem as-
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declara- sinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu represen-
do ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou tante legal ou procurador, será reduzida a termo, perante o juiz
prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descenden- ou autoridade policial, presente o órgão do Ministério Público,
te ou irmão (CADI) quando a este houver sido dirigida.
§ 2o A representação conterá todas as informações que pos-
Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento sam servir à apuração do fato e da autoria.
da parte que comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para § 3o Oferecida ou reduzida a termo a representação, a auto-
promover a ação penal. ridade policial procederá a inquérito, ou, não sendo competente,
§ 1o Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder prover remetê-lo-á à autoridade que o for.
às despesas do processo, sem privar-se dos recursos indispensá- § 4o A representação, quando feita ao juiz ou perante este
veis ao próprio sustento ou da família. reduzida a termo, será remetida à autoridade policial para que
§ 2o Será prova suficiente de pobreza o atestado da autori- esta proceda a inquérito.
dade policial em cuja circunscrição residir o ofendido. § 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito,
se com a representação forem oferecidos elementos que o ha-
Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mental- bilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a de-
mente enfermo, ou retardado mental, e não tiver representante núncia no prazo de 15 dias.
legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito
de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os
de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz juízes ou tribunais verificarem a existência de crime de ação públi-
competente para o processo penal. ca, remeterão ao Ministério Público as cópias e os documentos
necessários ao oferecimento da denúncia.
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Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a EXPOSIÇÃO DO DENÚNCIA


FATO criminoso, com todas as suas circunstâncias, a QUALIFICA-
ÇÃO DO ACUSADO ou esclarecimentos pelos quais se possa RÉU PRESO RÉU SOLTO
identificá-lo, a CLASSIFICAÇÃO do CRIME e, quando necessá- 5 dias 15 dias
rio, o ROL DAS TESTEMUNHAS.
Art. 47. Se o Ministério Público julgar necessários maiores
Art. 42. O Ministério Público NÃO PODERÁ DESISTIR da
esclarecimentos e documentos complementares ou novos ele-
ação penal.
mentos de convicção, deverá requisitá-los, diretamente, de quais-
quer autoridades ou funcionários que devam ou possam fornecê-
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com po-
los.
deres especiais, devendo constar do instrumento do mandato o
nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime
tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser
obrigará ao processo de todos, e o Ministério Público velará
previamente requeridas no juízo criminal.
pela sua INDIVISIBILIDADE.

Para o STJ, “menção ao fato criminoso” significa que, na


O PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE APLICA-SE TAMBÉM
procuração, basta que seja mencionado o tipo penal ou o
PARA A AÇÃO PENAL PÚBLICA (“DENÚNCIA”)?
nomen iuris do crime, NÃO PRECISANDO IDENTIFICAR A
CONDUTA. SIM NÃO
Para o STF, “menção ao fato criminoso” significa que, na
O princípio da indivisibilidade O princípio da indivisibilidade é
procuração, DEVE SER INDIVIDUALIZADO O EVENTO
é aplicado tanto para as ações aplicado apenas para as ações
DELITUOSO, não bastando que apenas se mencione o nomen
penais privadas como para as penais privadas, conforme
iuris do crime.
ações penais públicas. prevê o art. 48 do CPP.
Caso haja algum vício na procuração para a queixa-crime, esse
vício deverá ser corrigido antes do fim do prazo decadencial Havendo indícios de autoria Ação penal privada: princípio
de 6 meses, sob pena de decadência e extinção da contra os coautores e da INdivisibilidade.
punibilidade. partícipes, o Ministério Público Ação penal pública: princípio
STF. 2ª Turma. RHC 105920/RJ, Rel. Min. Celso de Mello, julgado deverá denunciar todos eles. da DIvisibilidade.
em 8/5/2012 (Info 665).
É o entendimento de Renato É a posição que prevalece no
O vício na representação processual do querelante é sanável, Brasileiro, Fernando da Costa STJ e STF.
desde que dentro do prazo decadencial. STJ. 5ª Turma. AgRg no Tourinho Filho, Aury Lopes Jr.
REsp 1392388/MG, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em e outros.
18/08/2015. *Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br

É desnecessário o reconhecimento de firma em procuração


outorgando poderes especiais para a defesa de interesses em O QUE ACONTECE SE A AÇÃO PENAL PRIVADA NÃO FOR
juízo. Precedentes. (HC 119.827/SC, Rel. Min. Jorge Mussi, PROPOSTA CONTRA TODOS?
Quinta Turma, julgado em 15/12/2009) OMISSÃO VOLUNTÁRIA OMISSÃO INVOLUNTÁRIA
*Informações retiradas do site www.dizerodireito.com.br (DELIBERADA)

Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for privativa Se ficar demonstrado que o Se ficar demonstrado que a
do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério Público, a querelante (aquele que propõe omissão de algum nome foi
quem caberá intervir em todos os termos subsequentes do pro- ação penal privada) deixou, de involuntária, então, neste caso,
cesso. forma deliberada, de oferecer o Ministério Público deverá
a queixa contra um ou mais requerer a intimação do
Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o autores ou partícipes, neste querelante para que ele faça o
réu preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do caso, deve-se entender que aditamento da queixa-crime e
Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 houve de sua parte uma inclua os demais coautores ou
dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se hou- renúncia tácita. partícipes que ficaram de fora.
ver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar- Se o querelante deixou, Se o querelante fizer o
se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público rece- deliberadamente, de oferecer aditamento: o processo
ber novamente os autos. queixa contra um dos autores continuará normalmente.
§ 1o Quando o Ministério Público dispensar o inquérito poli- ou partícipes, o juiz deverá Se o querelante se recusar
cial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data rejeitar a queixa e declarar a expressamente ou
em que tiver recebido as peças de informações ou a representa- extinção da punibilidade permanecer inerte: o juiz
ção para todos (arts. 104 e 109, V, deverá entender que houve
§ 2o O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, do CP). renúncia (art. 49 do CPP).
contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os Assim, deverá extinguir a
autos, e, se este não se pronunciar dentro do tríduo, entender-se- punibilidade em relação a
á que não tem o que aditar, prosseguindo-se nos demais termos todos os envolvidos.
do processo. *Tabela retirada do site www.dizerodireito.com.br
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Art. 49. A RENÚNCIA ao exercício do direito de queixa, em Art. 59. A aceitação do perdão fora do processo constará de
relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá. declaração assinada pelo querelado, por seu representante legal
ou procurador com poderes especiais.
Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração assinada
pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante
poderes especiais. queixa, considerar-se-á PEREMPTA a ação penal:
Parágrafo único. A renúncia do representante legal do I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover
menor que houver completado 18 anos não privará este do o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
direito de queixa, nem a renúncia do último excluirá o direito II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua inca-
do primeiro. pacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo,
dentro do prazo de 60 dias, qualquer das pessoas a quem cou-
Art. 51. O PERDÃO concedido a um dos querelados apro- ber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36 - CADI;
veitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em relação III - quando o querelante deixar de comparecer, sem moti-
ao que o recusar. vo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar pre-
sente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas ale-
Art. 52. Se o querelante for menor de 21 e maior de 18 gações finais;
anos, o direito de perdão poderá ser exercido por ele ou por IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se
seu representante legal, mas o perdão concedido por um, ha- extinguir sem deixar sucessor.
vendo oposição do outro, não produzirá efeito.
Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer
Extirpada do ordenamento jurídico a figura do representante extinta a punibilidade, deverá declará-lo de ofício.
legal do maior de 18 anos plenamente capaz, a legitimação para Parágrafo único. No caso de requerimento do Ministério Pú-
conceder e aceitar o perdão, na vigência do novo Código Civil, blico, do querelante ou do réu, o juiz mandará autuá-lo em apar-
agora passa a ser exclusivamente do querelante e do querelado tado, ouvirá a parte contrária e, se o julgar conveniente, concede-
maior, respectivamente. rá o prazo de 5 dias para a prova, proferindo a decisão dentro de
Nesse caso, só quem pode conceder ou aceitar o perdão é o 5 dias ou reservando-se para apreciar a matéria na sentença final.
ofendido que se encontra com 18 anos de idade, que é
plenamente capaz para todos os atos, inclusive no âmbito Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente à
processual penal. Do contrário, haverá, por força da lei processual vista da certidão de óbito, e depois de ouvido o Ministério Pú-
penal, um retrocesso social, ou seja, continuará o ofendido sendo blico, declarará extinta a punibilidade.
tratado como menor no processo penal e dependendo dos pais
para tudo, mas não mais o será e dependerá pelo NCC. (RANGEL, AÇÃO DE Aplica medida de segurança
2005, p. 241) PREVENÇÃO PENAL
*http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitu-
AÇÃO PENAL EX OFFICIO Processo judicial judicialiforme e
ra&artigo_id=143
HC de Ofício

Art. 53. Se o querelado for mentalmente enfermo ou retar- Havendo inércia do MP, outro ór-
dado mental e não tiver representante legal, ou colidirem os inte- AÇÃO PENAL PÚBLICA gão oficial poderia promover a
resses deste com os do querelado, a aceitação do perdão caberá SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA ação penal. Ex: no DL 201, se o
ao curador que o juiz lhe nomear. MPE for inerte, o MPF pode iniciar
a persecução penal.
Art. 54. Se o querelado for menor de 21 anos, observar-se- AÇÃO PENAL INDIRETA MP assume a ação penal privada
á, quanto à aceitação do perdão, o disposto no art. 52. subsidiária.

Art. 55. O perdão poderá ser aceito por procurador com Primariamente o crime é processa-
poderes especiais. AÇÃO PENAL do mediante ação privada e, secun-
SECUNDÁRIA dariamente, por ação penal públi-
Art. 56. Aplicar-se-á ao perdão extraprocessual expresso o ca. Ex: S714/STF (crimes contra a
disposto no art. 50. honra de funcionário público)
-MP propõe ação privada, quando
Art. 57. A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão to- AÇÃO PENAL ADESIVA vislumbrar interesse público
dos os meios de prova. -Conexão entre delitos de ação pe-
nal pública e ação privada.
Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração expressa
nos autos, o querelado será intimado a dizer, dentro de 3 dias, AÇÃO PENAL POPULAR HC e crimes de responsabilidade.
se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o
seu SILÊNCIO IMPORTARÁ ACEITAÇÃO. SÚMULAS SOBRE AÇÃO PENAL
Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a pu-
nibilidade. STF
Súmula 594-STF: Os direitos de queixa e de representação po-
dem ser exercidos, independentemente, pelo ofendido ou
por seu representante legal.
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Súmula 714-STF: É concorrente a legitimidade do ofendido,


mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à repre-
sentação do ofendido, para a ação penal por crime contra a
honra de servidor público em razão do exercício de suas
funções.
STJ
Súmula 234-STJ: A participação de membro do Ministério Pú-
blico na fase investigatória criminal NÃO ACARRETA O SEU IM-
PEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO para o oferecimento da denúncia.
Súmula 542-STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão cor-
poral resultante de violência doméstica contra a mulher É
PÚBLICA INCONDICIONADA.

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