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Função do Sistema Nervoso

O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente.


Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como
as condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem
a essas condições.

A unidade básica do sistema nervoso é a célula nervosa, denominada neurônio,


que é uma célula extremamente estimulável; é capaz de perceber as mínimas
variações que ocorrem em torno de si, reagindo com uma alteração elétrica que
percorre sua membrana. Essa alteração elétrica é o impulso nervoso.

As células nervosas estabelecem conexões entre si de tal maneira que um


neurônio pode transmitir a outros os estímulos recebidos do ambiente, gerando
uma reação em cadeia.

Neurônios: células nervosas

Um neurônio típico apresenta três partes distintas: corpo celular, dentritos e


axônio.

No corpo celular, a parte mais volumosa da célula nervosa, se localiza o núcleo e


a maioria das estruturas citoplasmáticas.

Os dentritos (do grego dendron, árvore) são prolongamentos finos e geralmente


ramificados que conduzem os estímulos captados do ambiente ou de outras
células em direção ao corpo celular.

O axônio é um prolongamento fino, geralmente mais longo que os dentritos, cuja


função é transmitir para outras células os impulsos nervosos provenientes do
corpo celular.

Os corpos celulares dos neurônios estão concentrados no sistema nervoso central


e também em pequenas estruturas globosas espalhadas pelo corpo, os gânglios
nervosos. Os dentritos e o axônio, genericamente chamados fibras nervosas,
estendem-se por todo o corpo, conectando os corpos celulares dos neurônios
entre si e às células sensoriais, musculares e glandulares.
Células Glia

Além dos neurônios, o sistema nervoso apresenta-se constituído pelas células


glia, ou células gliais, cuja função é dar sustentação aos neurônios e auxiliar o seu
funcionamento. As células da glia constituem cerca de metade do volume do
nosso encéfalo. Há diversos tipos de células gliais. Os astrócitos, por exemplo,
dispõem-se ao longo dos capilares sanguíneos do encéfalo, controlando a
passagem de substâncias do sangue para as células do sistema nervoso. Os
oligodendrócitos e as células de Schwann enrolam-se sobre os axônios de certos
neurônios, formando envoltórios isolantes.

Impulso Nervoso

A despolarização e a repolarização de um neurônio ocorrem devido as


modificações na permeabilidade da membrana plasmática. Em um primeiro
instante, abrem-se "portas de passagem" de Na+, permitindo a entrada de grande
quantidade desses íons na célula. Com isso, aumenta a quantidade relativa de
carga positiva na região interna na membrana, provocando sua despolarização.
Em seguida abrem-se as "portas de passagem" de K+, permitindo a saída de
grande quantidade desses íons. Com isso, o interior da membrana volta a ficar
com excesso de cargas negativas (repolarização). A despolarização em uma
região da membrana dura apenas cerca de 1,5 milésimo de segundo (ms).

O estímulo provoca, assim, uma onda de despolarizações e repolarizações que se


propaga ao longo da membrana plasmática do neurônio. Essa onda de
propagação é o impulso nervoso, que se propaga em um único sentido na fibra
nervosa. Dentritos sempre conduzem o impulso em direção ao corpo celular, por
isso diz que o impulso nervoso no dentrito é celulípeto. O axônio por sua vez,
conduz o impulso em direção às suas extremidades, isto é, para longe do corpo
celular; por isso diz-se que o impulso nervoso no axônio é celulífugo.

A velocidade de propagação do impulso nervoso na membrana de um neurônio


varia entre 10cm/s e 1m/s. A propagação rápida dos impulsos nervosos é
garantida pela presença da bainha de mielina que recobre as fibras nervosas. A
bainha de mielina é constituída por camadas concêntricas de membranas
plasmáticas de células da glia, principalmente células de Schwann. Entre as
células gliais que envolvem o axônio existem pequenos espaços, os nódulos de
Ranvier, onde a membrana do neurônio fica exposta.

Nas fibras nervosas mielinizadas, o impulso nervoso, em vez de se propagar


continuamente pela membrana do neurônio, pula diretamente de um nódulo de
Ranvier para o outro. Nesses neurônios mielinizados, a velocidade de propagação
do impulso pode atingir velocidades da ordem de 200m/s (ou 720km/h ).
Divisão,Partes,Funções gerais Sistema Nervoso

Sistema nervoso central (SNC)

Encéfalo

Medula espinal Processamento e integração de informações

Sistema nervoso periférico (SNP) Nervos

Gânglios Condução de informações entre órgãos receptores de estímulos, o


SNC e órgãos efetuadores (músculos, glândulas...)

Sistema nervoso.

Sinapses: transmissão do impulso nervoso entre células

Um impulso é transmitido de uma célula a outra através das sinapses (do grego
synapsis, ação de juntar). A sinapse é uma região de contato muito próximo entre
a extremidade do axônio de um neurônio e a superfície de outras células. Estas
células podem ser tanto outros neurônios como células sensoriais, musculares ou
glandulares.

As terminações de um axônio podem estabelecer muitas sinapses simultâneas.

Na maioria das sinapses nervosas, as membranas das células que fazem


sinapses estão muito próximas, mas não se tocam. Há um pequeno espaço entre
as membranas celulares (o espaço sináptico ou fenda sináptica).

Quando os impulsos nervosos atingem as extremidades do axônio da célula pré-


sináptica, ocorre liberação, nos espaços sinápticos, de substâncias químicas
denominadas neurotransmissores ou mediadores químicos, que tem a capacidade
de se combinar com receptores presentes na membrana das célula pós-sináptica,
desencadeando o impulso nervoso. Esse tipo de sinapse, por envolver a
participação de mediadores químicos, é chamado sinapse química.

Os cientistas já identificaram mais de dez substâncias que atuam como


neurotransmissores, como a acetilcolina, a adrenalina (ou epinefrina), a
noradrenalina (ou norepinefrina), a dopamina e a serotonina.

Impulso Nervoso

Impulso nervoso.

Sinapses Neuromusculares

A ligação entre as terminações axônicas e as células musculares é chamada


sinapse neuromuscular e nela ocorre liberação da substância neurotransmissora
acetilcolina que estimula a contração muscular.

Sinapses Elétricas

Em alguns tipos de neurônios, o potencial de ação se propaga diretamente do


neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico, sem intermediação de
neurotransmissores. As sinapses elétricas ocorrem no sistema nervoso central,
atuando na sincronização de certos movimentos rápidos.

Sinapses Neuromusculares

A ligação entre as terminações axônicas e as células musculares é chamada


sinapse neuromuscular e nela ocorre liberação da substância neurotransmissora
acetilcolina que estimula a contração muscular.

Sinapses Elétricas

Em alguns tipos de neurônios, o potencial de ação se propaga diretamente do


neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico, sem intermediação de
neurotransmissores. As sinapses elétricas ocorrem no sistema nervoso central,
atuando na sincronização de certos movimentos rápidos.
Encéfalo

O encéfalo se aloja no interior do crânio, e a medula espinal no interior de um


canal existente na coluna vertebral. O encéfalo e a medula são formados por
células da glia, por corpos celulares de neurônios e por feixes de dentritos e
axônios.

Sistema nervoso central - substância branca e cinzenta

A camada mais externa do encéfalo tem cor cinzenta e é formada principalmente


por corpos celulares de neurônios. Já a região encefálica mais interna tem cor
branca e é constituída principalmente por fibras nervosas (dentritos e axônios). A
cor branca se deve a bainha de mielina que reveste as fibras.

Na medula espinal, a disposição das substâncias cinzenta e branca se inverte em


relação ao encéfalo; a camada cinzenta é interna e a branca, externa.

Meninges

Tanto o encéfalo como a medula espinal são protegidos por três camadas de
tecido conjuntivo (as meninges). A meninge externa, mais espessa, é a dura-
máter; a meninge mediana é a aracnóide; e a mais interna é a pia-máter,
firmemente aderido ao encéfalo e a medula. A pia-máter contém vasos sanguíneos
responsáveis pela nutrição e oxigenação das células do sistema nervoso central.

Sistema nervoso central

Entre a aracnóide e a pia-máter, há um espaço preenchido pelo líquido


cerebrospinal ou líquido cefalorraquidiano, que também circula nas cavidades
internas do encéfalo e da medula, esse líquido tem a função de amortecer os
choques mecânicos do sistema nervoso central contra os ossos do crânio e da
coluna vertebral.

Partes do encéfalo

Suas partes fundamentais são:

Lobo olfativo;

Cérebro;

Tálamo;

Lobo óptico;

Cerebelo;

Bulbo raquidiano (ou medula oblonga).


SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO

O Sistema Nervoso Periférico é constituído pelos nervos e gânglios nervosos e


sua função é conectar o sistema nervoso central às diversas partes do corpo
humano.

Nervos e gânglios nervosos

Nervos são feixes de fibras nervosas envoltas por uma capa de tecido conjuntivo.
Nos nervos há vasos sanguíneos, responsáveis pela nutrição das fibras nervosas.

As fibras presentes nos nervos podem ser tanto dentritos como axônios que
conduzem, respectivamente, impulsos nervosos das diversas regiões do corpo ao
sistema nervoso central e vice-versa.

Gânglios nervosos são aglomerados de corpos celulares de neurônios localizados


fora do sistema nervoso central. Os gânglios aparecem como pequenas dilatações
em certos nervos.

Nervos sensitivos, motores e mistos

Nervos sensitivos são os que contêm somente fibras sensitivas, que conduzem
impulsos dos órgãos sensitivos para o sistema nervoso central. Nervos motores
são os que contêm somente fibras motoras, que conduzem impulsos do sistema
nervoso central até os órgãos efetuadores (músculos ou glândulas). Nervos mistos
contêm tanto fibras sensitivas quanto motoras.

Sistema Nervoso Periférico

Sistema nervoso periférico.

Nervos cranianos

São os nervos ligados ao encéfalo, enquanto nervos ligados à medula espinal são
denominados nervos espinais ou raquidianos. Possuímos doze pares de nervos
cranianos, responsáveis pela intervenção dos órgãos do sentido, dos músculos e
glândulas da cabeça, e também de alguns órgãos internos.

Nervos espinais ou raquidianos


Dispõem-se em pares ao longo da medula, um par por vértebra. Cada nervo do
par liga-se lateralmente à medula por meio de duas "raízes", uma localizada em
posição mais dorsal e outra em posição mais ventral.

A raiz dorsal de um nervo espinal é formada por fibras sensitivas e a raiz ventral,
por fibras motoras.

Gânglios espinais

Na raiz dorsal de cada nervo espinal há um gânglio, o gânglio espinal, onde se


localizam os corpos celulares dos neurônios sensitivos. Já os corpos celulares dos
neurônios motores localizam-se dentro da medula, na substância cinzenta. Os
nervos espinais ramificam-se perto da medula e os diferentes ramos inervam os
músculos, a pele e as vísceras.

Fisiologia do sistema nervoso

Funções do encéfalo

As informações vindas das diversas partes do corpo, chegam até as partes


específicas do encéfalo, chamadas de centros nervosos, onde são integradas para
gerar ordens de ação na forma de impulsos nervosos que são emitidas às
diversas partes do corpo através das fibras motoras presentes nos nervos
cranianos e espinais.

O encéfalo humano contém cerca de 35 bilhões de neurônios e pesa


aproximadamente 1,4 kg. A região superficial do cérebro, que acomoda bilhões de
corpos celulares de neurônios (substância cinzenta), constitui o córtex cerebral. O
córtex cerebral está dividido em mais de quarenta áreas funcionalmente distintas.
Cada uma delas controla uma atividade específica.

Tálamo e Hipotálamo

Todas as mensagens sensoriais, com exceção das provenientes dos receptores


do olfato, passam pelo tálamo antes de atingir o córtex cerebral. Este é uma
região de substância cinzenta localizada entre o tronco encefálico e o cérebro. O
tálamo atua como estação retransmissora de impulsos nervosos para o córtex
cerebral. Ele é responsável pela condução dos impulsos às regiões apropriadas
do cérebro onde eles devem ser processados.

O hipotálamo, também constituído por substância cinzenta, é o principal centro


integrador das atividades dos órgãos viscerais, sendo um dos principais
responsáveis pela homeostase corporal. Ele faz ligação entre o sistema nervoso e
o sistema endócrino, atuando na ativação de diversas glândulas endócrinas. É o
hipotálamo que controla a temperatura corporal, regula o apetite e o balanço de
água no corpo e está envolvido na emoção e no comportamento sexual.

Tronco Encefálico

Formado pelo mesencéfalo, pela ponte e pela medula oblonga (ou bulbo
raquidiano), o tronco encefálico conecta o cérebro à medula espinal. Além de
coordenar e integrar as informações que chegam ao encéfalo, ele controla a
atividade de diversas partes do corpo.

O mesencéfalo é responsável por certos reflexos. A ponte é constituída


principalmente por fibras nervosas mielinizadas que ligam o córtex cerebral ao
cerebelo. O bulbo raquidiano participa na coordenação de diversos movimentos
corporais e possui importantes centros nervosos.

Cerebelo

É o responsável pela manutenção do equilíbrio corporal, é graças a ele que


podemos realizar ações complexas, como andar de bicicleta e tocar violão, por
exemplo. O cérebro recebe as informações de diversas partes do encéfalo sobre a
posição das articulações e o grau de estiramento dos músculos, bem como
informações auditivas e visuais.

Funções da medula espinal

A medula espinal elabora respostas simples para certos estímulos. Essas


respostas medulares, denominadas atos reflexos, permitem ao organismo reagir
rapidamente em situações de emergência. A medula funciona também como uma
estação retransmissora para o encéfalo. Informações colhidas nas diversas partes
do corpo chegam à medula, de onde são retransmitidas ao encéfalo para serem
analisadas. Por outro lado, grande parte das ordens elaboradas no encéfalo passa
pela medula antes de chegar aos seus destinos.

A parte externa da medula, de cor branca, é constituída por feixes de fibras


nervosas mielinizadas, denominados tratos nervosos, que são responsáveis pela
condução de impulsos das diversas regiões da medula para o encéfalo e vice-
versa.

Divisão funcional do SNP

As ações voluntárias resultam da contração de músculos estriados esqueléticos,


que estão sob o controle do sistema nervoso periférico voluntário ou somático. Já
as ações involuntárias resultam da contração das musculaturas lisa e cardíaca,
controladas pelo sistema nervoso periférico autônomo, também chamado
involuntário ou visceral.

SNP Voluntário

Tem por função reagir a estímulos provenientes do ambiente externo. Ele é


constituído por fibras motoras que conduzem impulsos do sistema nervoso central
aos músculos esqueléticos.

SNP Autônomo

Tem por função regular o ambiente interno do corpo, controlando a atividade dos
sistemas digestivos, cardiovascular, excretor e endócrino. Ele contém fibras
nervosas que conduzem impulsos do sistema nervoso central aos músculos lisos
das vísceras e à musculatura do coração.

Sistema Nervoso Autônomo

Sistema nervoso autônomo.

SNP Autônomo Simpático e SNP Autônomo Parassimpático

O SNP autônomo (SNPA) é dividido em dois ramos: simpático e parassimpático,


que se distinguem tanto pela estrutura quanto pela função. Enquanto os gânglios
da via simpática localizam-se ao lado da medula espinal, distantes do órgão
efetuador, os gânglios das vias parassimpáticas estão longe do sistema nervoso
central e próximos ou mesmo dentro do órgão efetuador.

As fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas inervam os mesmos órgãos, mas


trabalham em oposição. Enquanto um dos ramos estimula determinado órgão, o
outro o inibe. Essa ação antagônica mantém o funcionamento equilibrado dos
órgãos internos.

O SNPA simpático, de modo geral, estimula ações que mobilizam energia,


permitindo ao organismo responder a situações de estresse. Por exemplo, o SNPA
simpático é responsável pela aceleração dos batimentos cardíacos, pelo aumento
da pressão sanguínea, pelo aumento da concentração de açúcar no sangue e pela
ativação do metabolismo geral do corpo.

Já o SNPA parassimpático estimula principalmente atividades relaxantes, como a


redução do ritmo cardíaco e da pressão sanguínea, entre outras.

Mediadores químicos no SNPA Simpático e Parassimpático

Tanto nos gânglios do SNPA simpático como nos do parassimpático ocorrem


sinapses químicas entre os neurônios pré-ganglionares e os pós-ganglionares.
Nos dois casos, a substância neurotransmissora da sinapse é a acetilcolina. No
SNPA parassimpático, o neurotransmissor é a acetilcolina, como nas sinapses
ganglionares. Já no simpático, o neurotransmissor é, com poucas exceções, a
noradrenalina.

Acidente Vascular Cerebral (AVC)

É um distúrbio grave do sistema nervoso. Podem ser causados tanto pela


obstrução de uma artéria, que leva à isquemia de uma área do cérebro, como por
uma ruptura arterial seguida de derrame. Os neurônios alimentados pela artéria
atingida ficam sem oxigenação e morrem, estabelecendo-se uma lesão
neurológica irreversível. A porcentagem de óbitos entre as pessoas atingidas por
AVC é de 20 a 30% e, dos sobreviventes, muitos passam a apresentar problemas
motores e de fala.

Algum dos fatores que predispõem ao AVC são a hipertensão arterial, a taxa
elevada de colesterol no sangue, a obesidade, o diabete melito, o uso de pílulas
anticoncepcionais e o hábito de fumar.

Ataques Epiléticos
Epilepsia não é um doença e sim um sintoma que pode ocorrer em diferentes
formas clínicas. As epilepsias aparecem, na maioria dos casos, antes dos 18 anos
de idade e podem ter causas diversas, tais como anomalias congênitas, doenças
degenerativas do sistema nervoso, infecções, lesões decorrentes de traumatismo
craniano, tumores cerebrais, etc.

Cefaléias

São dores de cabeça que podem se propagar pela face, atingindo os dentes e o
pescoço. Sua origem está associada a fatores diversos como tensão emocional,
distúrbios visuais e hormonais, hipertensão arterial, infecções, sinusites, etc.

A enxaqueca é um tipo de cefaléia que ataca periodicamente a pessoa e se


caracteriza por uma dor latejante, que geralmente afeta metade da cabeça. As
enxaquecas são freqüentemente acompanhadas de fotofobia (aversão a luz),
distúrbios visuais, náuseas, vômitos, dificuldades em se concentrar, etc. As crises
de enxaqueca podem ser desencadeadas por diversos fatores, tais como tensão
emocional, tensão pré-menstrual, fadiga, atividade física excessiva, jejum, etc.

Doenças degenerativas do sistema nervoso

Diversos fatores podem causar morte celular e degeneração, em maior ou menor


escala, do sistema nervoso. Esses fatores podem ser mutações genéticas,
infecções virais, drogas psicotrópicas, intoxicação por metais, poluição, etc. As
doenças nervosas degenerativas mais conhecidas são a esclerose múltipla, a
doença de Parkinson, a doença de Huntington e a doença de Alzheimer.

Esclerose Múltipla

Se manifesta por volta dos 25 a 30 anos de idade, sendo mais freqüente nas
mulheres. Os primeiros sintomas são alterações da sensibilidade e fraqueza
muscular. Podem ocorrer perda da capacidade de andar, distúrbios emocionais,
incontinência urinária, quedas de pressão, sudorese intensa, etc. Quando o nervo
óptico é atingido, pode ocorrer diplopia (visão dupla).

Doença de Parkinson

Manifesta-se geralmente a partir dos 60 anos de idade e é causada por alterações


nos neurônios que constituem a "substância negra" e o corpo estriado, dois
importantes centros motores do cérebro. A pessoa afetada passa a apresentar
movimentos lentos, rigidez corporal, tremor incontrolável, além de acentuada
redução na quantidade de dopamina, substância neurotransmissora fabricada
pelos neurônios do corpo estriado.

Doença de Huntington

Começa a se manifestar por volta dos 40 anos de idade. A pessoa perde


progressivamente a coordenação dos movimentos voluntários, a capacidade
intelectual e a memória. Causado pela morte dos neurônios do corpo estriado.
Pode ser hereditária, causada por uma mutação genética.

Doença de Alzheimer

O nome da doença surgiu por causa do neurologista alemão Alois Alzheimer. Esta
doença é uma demência que se manifesta por volta dos cinqüenta anos e se
caracteriza por uma deterioração intelectual profunda, desorientando a pessoa,
que perde progressivamente a memória, as capacidades de aprender e de falar.

Essa doença é considerada a primeira causa de demência senil. A expectativa


média de vida de quem sofre desta moléstia é entre cinco e dez anos, embora
atualmente muitos pacientes sobrevivam por 15 anos ou mais.

PS.: Demência senil - forma clínica de deterioração intelectual do idoso. Cerca de


10% de todas as pessoas maiores de 65 anos sofrem uma degeneração
intelectual significativa.

Através do Alzheiner, ocorre alterações em diversos grupos de neurônios do


córtex-cerebral, é uma doença hereditária, tendo origem por mutação gênica. É
uma demência degenerativa primária ainda pouco conhecida: pré-disposição
hereditária, fatores congênitos, perturbações metabólicas diversas, intoxicações,
infecções por vírus, etc. Uma anomalia enzimática parece ser uma provável causa
que transformaria, por fosforilação excessiva e inadequada, uma proteína normal
do cérebro (TAU) em proteína anormal (A68) encontrada nos neurofilamentos
encefálicos. Mas todas essas causas ainda são consideradas hipóteses.

Não existe uma prevenção possível para esta doença. Só um tratamento médico-
psicológico intensivo do paciente, que visa mantê-lo o maior tempo possível em
seu tempo normal de vida. Com a ajuda da família e a organização de uma
assistência médico-social diversificada é possível retardar a evolução da doença.

Em 1993, a Food and Drug Administration autorizou a comercialização nos


Estados Unidos, do primeiro remédio contra a doença - THA (tetrahidro-amino-
acrime) ou tacrine.

Doenças infecciosas do sistema nervoso


Vírus, bactérias, protozoários e vermes podem parasitar o sistema nervoso,
causando doenças de gravidade que depende do tipo de agente infeccioso, de
seu estado físico e da idade da pessoa afetada.

Diversos tipos de vírus podem atingir as meninges (membranas que envolvem o


sistema nervoso central), causando as meningites virais. Se o encéfalo for
afetado, fala-se de encefalites. Se a medula espinal for afetada, fala-se de
poliomielite. Infecções bacterianas também podem causar meningites.

O protozoário Plasmodium falciparum causa a malária cerebral, que se


desenvolve em cerca de 2 a 10% dos pacientes. Destes, cerca de 25% morrem
em conseqüência da infecção. O verme platelminto Taenia solium (a solitária do
porco) pode, em certos casos, atingir o cérebro, causando cisticercose cerebral. A
pessoa adquire a doença através da ingestão de alimentos contaminados com
ovos de tênia. Os sintomas são semelhantes aos das epilepsias.

Composição do sistema linfático

Capilares linfáticos;

Sistema de vasos linfáticos;

Linfonodos ou gânglios linfáticos;

Baço.

O fluído (linfa) dos tecido que não volta aos vasos sanguíneos é drenado para os
capilares linfáticos existentes entre as células. Estes se ligam para formar vasos
maiores que desembocam em veias que chegam ao coração.

Capilares Linfáticos

Eles coletam a linfa (um líquido transparente, levemente amarelado ou incolor -


99% dos glóbulos brancos presentes na linfa são linfócitos) nos vários órgãos e
tecidos. Existem em maior quantidade na derme da pele.

Vasos Linfáticos

Esses vasos conduzem a linfa dos capilares linfáticos para a corrente sanguínea.
Há vasos linfáticos superficiais e vasos linfáticos profundos. Os superficiais estão
colocados imediatamente sob a pele e acompanham as veias superficiais. Os
profundos, em menor número, porém maiores que os superficiais, acompanham
os vasos sanguíneos profundos.

Todos os vasos linfáticos têm válvulas unidirecionadas que impedem o refluxo,


como no sistema venoso da circulação sanguínea.

Gânglio Linfático

Em diversos pontos da rede linfática existem gânglios (ou nodos) linfáticos


(pequenos órgãos perfurados por canais). A linfa, em seu caminho para o coração,
circula pelo interior desses gânglios, onde é filtrada. Partículas como vírus,
bactérias e resíduos celulares são fagocitadas pelos linfócitos existentes nos
gânglios linfáticos.

Sistema Linfático: Gânglios Linfáticos.

Os gânglios linfáticos são órgãos de defesa do organismo humano e produzem


anti-corpos. Quando este é invadido por microorganismos, por exemplo, os
glóbulos brancos dos gânglios linfáticos, próximos ao local da invasão, começam a
se multiplicar ativamente para dar combate aos invasores. Com isso, os gânglios
incham, formando as ínguas. É possível, muitas vezes, detectar um processo
infeccioso pela existência de gânglios linfáticos inchados.

Sistema Linfático: Baço.

Baço

O baço está situado na região do hipocôndrio esquerdo, entre o fundo do


estômago e o músculo diafragma. É mole e esponjoso, fragmenta-se facilmente, e
sua cor é vermelho-violácea escura. No adulto, mede cerca de 13 cm de
comprimento e 8 a 10 cm de largura. O baço reconhecido como órgão linfático
porque contém nódulos linfáticos repletos de linfócitos.
Bibliografia
Google.com...

http://www.webciencia.com/11_ 29disturbios.htm#ixzz34dmziTUb

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