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FUNDAMENTO

DOS

VERBOS PORTUGUESES
O CONCRETO DA CONJUGAÇÃO
FICHA TÉCNICA

Título: Fundamento dos Verbos Portugueses


Autor: Paulo Nzungo
Copyright©2017 por Paulo Nzungo
1ª Edição: Dezembro 2017
Depósito Legal: 7546/2017
Tel: 944077071
Facebook: O ABC DA MATÉRIA

Direito Reservado: é proibida a reprodução desta obra, nenhuma


parte, quer uma página, quer um capítulo ou porção qualquer,
deveria ser reproduzida, nem por meios electrónicos, nem materiais
nem pelos de mais, sem a permissão antecipada do autor.

DIGITAÇÃO E CAPA: Paulo Nzungo.

IMPRESSÃO E ACABAMENTO
DOMINGOS DE OLIVEIRA
TEL: 924678220
ÍNDICE
Agradecimentos 4
Dedicatória 5
Palavra ao leitor 6
Introdução 8
Capítulo 1: Os modos e as terminações
Secção 1: A repartição dos modos e dos tempos 10
Secção 2: Formas nominais e suas terminações 12
Secção 3: Modo indicativo e suas terminações 14
Secção 4: Modo condicional e suas terminações 17
Secção 5: Modo conjuntivo e suas terminações 18
Secção 6: Modo imperativo e suas terminações 21
Capítulo 2: Classificação dos verbos
Secção 1: Verbo auxiliar e o verbo principal 23
Secção 2: Verbos impessoais, unipessoais, e defectivos 29
Secção 3: Verbos regulares e irregulares 36
Capítulo 3: Verbos regulares constantes
Secção 1: Conjugação das formas nominais 42
Secção 2: Conjugação do modo infinitivo 43
Secção 3: Conjugação do modo indicativo 44
Secção 4: Conjugação do modo condicional 48
Secção 5: Conjugação do modo conjuntivo 48
Secção 6: Conjugação do modo imperativo 51
Capítulo 4 Verbos com grafias justificáveis
Secção 1: A grafia da letra «c» 54
Secção 2: A grafia da letra «g» 56
Secção 3: Verbos que levam acento 59
Capítulo 5: Conjuntivo futuro irregular
Secção 1: Observação das irregularidades 65
Secção 2: Conjugação dos dezassete (17) 71
Capítulo 6: Verbos com grafias injustificáveis
Secção 1: Irregularidade na 1ªpessoa do presente 105
Secção 2: Irregularidade em 4 pessoa do presente 111
Secção 3: Irregularidade em 3 pessoas só do presente 113
Secção 4: Verbos que usam a vogal «i» 114
Secção 5: Irregularidade só na 3ª pessoa do presente 118
Secção 6: Irregularidade só na 2ª e 3ª pessoa 119
Apêndice1: Verbos defectivos com pessoas em desuso 122
Apêndice2: Quadro de particípios irregulares 124
Apêndice 3: Exercícios de aplicação 127
Bibliografia 135
Publicações 136
AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao Ancião dos Dias, o proprietário legítimo de
todas as coisas, o Senhor do Universo que não nos deixou sem
talento e nos deu o seu Espírito que chama o que não existe para
que exista, e por ser fonte donde saímos e pela qual vivemos e da
qual trabalhamos. Amém! (Rom4:17/Dan7:9)

*Pela assistência moral:

À família de Seba Nzungo e de Brigite Nzuzi por me ter


transmitido o sopro de vida, proveniente de Deus do Universo.

Ao Apóstolo Júlio Nzuzi, o Representante da Comunidade dos


Abençoados do Eterno (Luanda).

Às minhas queridíssimas Angélica Nzuzi e Ana Mbabo.


Ao casal Feliciana e Justino Mbiyeye,
Ao casal Nene e Eduardo Lunzitisa,
Ao casal Ndona e Manus Nzinga,
Ao casal Odete e Vicente Vambi.
Aos meus queridíssomos irmãos Elody e Manzambi.

*Pela assistência técnica:

Ao Doutor Nzinga Sungu Manus (MIREX/IBA) pelo duplo apoio


e acompanhamento contínuo.

Ao meu queridíssimo irmão, profeta Paulo Cabampa (BABA


PAUL) da Igreja Apostólica, pelo duplo apoio e acompanhamento
contínuo.

Ao Jurista, Mestre Ngoma Mbumba, professor de direito na


universidade Kimpa Vita/província do Úige, pela contribuição
científica sucinta, clara e benéfica na apresentação da obra.

A todos quantos não foram mencionados, por falta de espaço


nesta página, mas estes não faltam espaço no nosso coração.
DEDICATÓRIA

Dedicamos:

A todos os falantes da língua portuguesa, para que saibam que


tempo e que modo devem usar.

A todos os professores de língua portuguesa, para que estes


insistam em ensinar a conjugação como divisa de toda disciplina de
língua.

A todos os finalistas assíduos do médio que pretendem estudar


as línguas estrangeiras, porque não se aprende a segunda língua
sem dominar a primeira.

A todos os estudantes da faculdade que queiram um


conhecimento concreto, especialmente os de línguas para que lhe
sirva de espelho.

A todos os professores rigorosos, que o são não por conflito,


mas sim por amor à camisola. Pois se o rigor científico nas
instituições escolares extinguiu-se ao longo dos anos, deve-se
erradicar o conflito psicológico da mente do aluno, que confunde o
rigor científico com o ódio propriamente dito.
NOTA PRÉVIA
Que toda vanglória seja excluida por dizer que depois duma
infância cheia de rigor científico, rodeada de homens de letras, o facto
de ter ouvido o que é o modo, o tempo, o radical e o tema do verbo
em muitos debates, depois de ter permanecido mais de uma década
na carreira de professor de língua inglesa com muitas pesquisas na
literatura americana e nas técnicas de interpretação, é a face latente
de um recém-chegado no mundo da literatura.

As nossas “sequelas” científicas já não favoreceram quelquer


impossibilidade de publicação. A honra não é de ter tido áulas de
composição e dissertação, método de estudo e domínio da matéria,
criação de temas e génio de perguntas e respostas à escolha
múltipla, mas o orgulho presente é de exteriorizar o um grau literário.

A matéria que forma o embasamento deste manual provém da


dificuldade dos estudantes na tradução de expressões da língua
inglesa para a portuguesa, mas permaneceu em ‛‛pell-mell’’ desde o
ano 2010 nas nossas gavetas. Somente quando certos missonários
anglófonos de Cristo, que acham que os verbos portugueses têm
regras demasiadas, nos pediram provisoriamente um material diário
de português para anglófonos, então voltamos para os nossos
resumos e fizemos informalmente um fascículo sem pensamento
lucrativo.

Depois de meses, alguns amigos lusófonos, ao ver o material,


nos foram aconselhando para que a matéria se destinasse
primeiramente aos lusófonos, porque fomos além do que pediam os
anglófonos. Assim viemos a pensar que servisse ainda para os
lusófonos. Aquela obediência foi catalisadora desta obra de forma
que quando voltamos às gavetas acumuladas, automaticamente
produziu-se galardão.

O material não é menos que um tesouro, tendo sido preparado


por muitos anos, fruto dum coração assíduo à vontade de equipar os
alunos de centro de formação profissional e de escola académica
com ferramenta concreta.

O Thomas Jefferson disse: «As novas circunstâncias em que


nos encontramos fazem apelo a novas palavras, novas frases, e a
transferência de termos antigos para identificar novos objectos». Se
na leitura desta obra o leitor detectar termos usados pela primeira
vez ou nunca mais usados, lembre-se caríssimo leitor de que foi
uma circunstância científica que exige termo de identificação.

Se o título desta edição fala mais do que convém, pelo menos


as verdades nela exibidas irão a aperfeiçoar-se no decorrer do
tempo. Nesta versão, usamos da força da observação, da coerência
da análise, e da proliferação da matéria. Analisamos a diversidade
para estabelecer uma marca única: Fundamento dos Verbos
Portugueses, encapado por si: Um material completo dos verbos
portugueses para quem usa a língua portuguesa.
INTRODUÇÃO

Se o que a literatura americana diz é verdade, que a gramática


é a ‛‛força motriz’’ do falante, e sabendo que o verbo não é só uma
das dez classes gramaticais, mas ainda a base da oração, então se
trata finalmente da ‛‛chave de ignição’’ da ideia que se comunica. Esta
temática é um pacote de perguntas e respostas, concebido a partir
das experiências vividas do contacto com os alunos e finalmente,
fruto de uma dedicação sincera ao ensino.

Notou-se que como utentes da língua portuguesa não


dominamos os modos da conjugação, nem soletramos devidamente
as terminações, e preferimos a literatura ao invés primeiramente da
reestruturação das classes gramaticais que a veiculam. Certas vezes
pensamos que há diferença entre classes gramaticais e partes do
discurso, ou entre pretérito e passado. É preciso que formemos uma
geração diferente, ensinada, treinada, pesquisadora e inventora.
Viemos por esta edição, não falar de toda gramática, mas da sua
parte fundamental que é a conjugação, como sintacticamente
falando, entendemos que o próprio discurso tem o verbo como
‛‛coração’’.

Tratamos no primeiro capítulo dos modos e das terminações do


verbo, esclarecendo aos estudiosos a definição da terminação, o
ponto inicial do verbo que é o infinitivo impessoal, os seus modos, a
repartição dos modos que são os tempos, e aproveitando salientar a
nomenclatura da matéria, porque a ciência se aprende com nomes.

No segundo capítulo consideramos o verbo em três aspectos


para não deixá-los confundidos: o primeiro aspecto relaciona o verbo
auxiliar e o principal; o segundo explica a suficiência e a insuficiência
da conjugação em termos de personalização, de tempos e de modos,
intentando saber se a dita insuficiência é um modelo ou insuficiência
no modelo (defectivo); o terceiro aspecto trata do verbo regular e o
irregular, deixando as metas a seguir para a repartição dos verbos
regulares e irregulares. Em termos de regularidade repartimos os
verbos em quatro estudos que também são os quatro próximos
capítulos.

No terceiro capítulo, primeiro capítulo dos verbos regulares,


abordamos uma conjugação inteira das três marcas infinitivas dos
verbos regulares no estrito sentido da palavra, mostrando como se
apresenta um verbo regular, que não deixe nenhuma sombra de
irregularidade, critério que irá a determinar outras discussões.

No quarto capítulo, segundo capítulo dos verbos regulares,


tratamos dos verbos geralmente que sofrem reajusto na grafia do
radical para estabilizar o fonema ou pôr as vogais em consonância,
mas que acrescentam todas as terminações ditas regulares.

No quinto capítulo, primeiro capítulo dos verbos irregulares,


projectamos linhas convergentes para dezassete modelos de verbos,
cuja maior convergência foca em quatro tempos, dois do conjuntivo
(futuro e imperfeito), e dois do indicativo (perfeito simples e mais que
perfeito simples). Resignamo-nos com este critério, sem outra forma
de procedimento para o quinto capítulo.

No sexto capítulo, segundo capítulo dos verbos irregulares, já


havendo circunscrito o primeiro capítulo dos irregulares, restará a
tratar dos verbos que têm outros tipos de instabilidade no radical,
diferente do reajusto gráfico do quarto capítulo, e injustificável pelas
regras da ortografia portuguesa.

Permitam caríssimos estudiosos da língua portuguesa que


formemos um manual com as metas que acabamos de traçar, e que
este convenha como uma marca simples e facilitadora de
aprendizagem da conjugação portuguesa.

O maior objectivo desta obra é que as nossas dúvidas sobre os


verbos sejam esclarecidas, pouco importa o nosso nível académico
ou a nossa área de trabalho, como também a sincera petição do autor
é que cheguem sugestões valiosas e conselhos específicos para a
sua melhoria contínua.

O manual é para todos falantes da língua portuguesa para


dominarem os modos e tempos; é para os professores de línguas
portuguesa e estrangeira, que devem não só dominar os modos e os
tempos, mas criar métodos; por último é para os finalistas do médio
e os estudantes da universidade, não só para que usem uma
expressão adequada, mas também para que solidifiquem as bases
para a assimilação fácil da matéria e melhor orientação das
pesquisas.
CAPÍTULO I

MODOS E TERMINAÇÕES

Quando se trata de terminação, deve se aprender a soletração


final do verbo que identifica cada tempo, significa algumas
consoantes e vogais que se acrescentam ao radical do verbo para
mostrar que o tempo mudou. Não se fala de terminação sem falar de
tempo, e não se fala de tempo sem saber a que modo pertence. A
soletração regular é conhecida como modelo principal ou o padrão,
que também, chama-se o paradigma. Quando um verbo segue
rigorosamente o dito paradigma, é chamado de verbo regular.
Quando apresenta mínimo afastamento, é considerado logo como
verbo irregular.

Definição: Pela definição o verbo regular é aquele que finda pelas


terminações estabelecidas para a regularidade. Assim se diz que
seguiu o paradigma. Todo verbo que deixa de seguir essas
terminações se afasta do paradigma e considera-se como verbo
irregular: Se acrescentam as terminações depois de tirar o AR, ou
ER, ou IR, que são as marcas das três conjugações no infinitivo.
1ª Conjugação: terminação do infinitivo «AR»:
Ex: Cantar, falar, andar.
2ª Conjugação: terminação do infinitivo «ER»:
Ex: Entender, defender, vender.
3ª Conjugação: terminação do infinitivo «IR»:
Ex: Partir, definir, aplaudir.

SECÇÃO 1: REPARTIÇÃO DOS MODOS E DOS TEMPOS

Como não se fala de tempo sem saber a que modo pertence, é


preciso classificar cada tempo no seu respectivo modo. Enquanto na
conjugação brasileira existem três modos (indicativo, conjuntivo, e
imperativo) e três formas nominais (infinitivo, particípio, e gerúndio),
na conjugação portuguesa existem duas formas nominais (particípio,
e gerúndio) e cinco modos (infinitivo, indicativo, condicional,
conjuntivo, e imperativo). Na conjugação brasileira, o condicional é
um tempo do modo indicativo, e é chamado «futuro do pretérito»,
para que o futuro seja um «futuro do presente».
1. A. Formas nominais:
O infinitivo tem uma forma pessoal e outra impessoal: Assim
sendo, a sua forma pessoal não será tratada entre as nominais, mas
na subdivisão do modo infinitivo. Logo ficaremos com duas formas
propriamente nominais:
1).Particípio: Contexto que exprime a participação numa actividade
já acontecida. Ex: feito/ entendido/ desaparecido.
2).Gerúndio: Contexto que exprime uma participação em decurso.
(Chamado em inglês «gerund» ou «present participle», em francês
«participe présent», que significa um particípio presente ou acção a
acontecer no momento da palavra, em decurso). Ex: fazendo.
a) Tempo presente (simples): Ex: fazendo
b) Tempo perfeito (composto): havendo /tendo + particípio
Ex: tendo feito.

1. B. Modos propriamente ditos:


1º). Modo infinitivo: estilo que não determina o tempo da acção,
nem do seu começo, nem do seu fim. (modo infinito)
a) Infinitivo Impessoal
b) Infinitivo Pessoal
2º). Modo Indicativo: Contexto que indica uma acção habitual no
passado, presente e futuro.
a) Tempo presente
b) Pretérito perfeito simples
c) Pretérito perfeito composto
d)Pretérito imperfeito
e) Pretérito mais que perfeito simples
f) Pretérito mais que perfeito composto
g) Pretérito mais que perfeito anterior
h) Futuro imperfeito ou simples (Futuro do presente simples)
i) Futuro perfeito ou composto (Futuro do presente composto)
3º). Modo condicional: contexto que depende de uma condição.
a) Condicional presente (futuro do pretérito simples)
b) Condicional perfeito (futuro do pretérito composto).
4º). Modo Conjuntivo: contexto que dá uma ordem atenuada, um
convite, ou uma exigência.
a)Tempo presente.
b) Pretérito perfeito composto
c) Pretérito Imperfeito
d) Pretérito Mais que perfeito
e) Futuro simples
f) Futuro composto
5º). Modo Imperativo: estilo que dá ordem absoluta.
CAPÍTULO II

CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS


Neste capítulo vamos classificar os verbos em três aspectos:
no primeiro, iremos estudar os dois verbos que se combinam para
um acompanhar outro. O verbo principal que traz a ideia em foco, e
o verbo auxiliar que acompanha o principal e facilita a arquitectura
gramatical.

No segundo aspecto, trataremos do uso de pessoas: veremos


um verbo que usa todas as pessoas ou pessoal, um verbo que não
usa pessoas ou impessoal, e um verbo que somente usa as terceiras
pessoas quer do singular como do plural, chamado também verbo
unipessoal. Neste mesmo aspecto veremos que há verbo nos três
modelos de uso de pessoas (uso de pronomes pessoais sujeitos),
que apresenta falta ou insuficiência segundo o seu modelo
respectivo, que pode ser de pessoas, ou de tempos ou de modos:
são ditos verbos defectivos.

O terceiro aspecto é o mais abrangente em que se trata das


terminações; este é que agrupa os verbos regulares, que seguem
o paradigma ou a regra geral, e os verbos que se afastam do
paradigma, que são chamados de verbos irregulares.

Essas três abordagens nos apresentam uma ideia clara para


melhor distinguir o tratamento dos verbos neste capítulo.

SECÇÃO 1: VERBO AUXILIAR E VERBO PRINCIPAL

O verbo principal é aquele que se apresenta sob forma de um


particípio ou um gerúndio (o verdadeiro verbo que se conjuga dentro
de um composto) e o seu auxiliar se apresenta sob forma de um
tempo simples do indicativo, do condicional ou do conjuntivo (o verbo
que aparece na construção da frase).
CAPÍTULO III

VERBOS REGULARES CONSTANTES


As terminações de que falamos no primeiro capítulo, são das
três conjugações regulares. Esses verbos que têm estabilidade na
sua própria grafia e nas terminações identificadoras de cada tempo.
Estes que são indiscutivelmente regulares, e que dizem sim e
somente sim às regras de terminação, devem ser a única referência
para determinar a regularidade dos outros. Para esses verbos, o
nosso maior problema é somente dominar as respectivas
terminações: Não querendo incluir os irregulares nesse grupo de
verbos, todo verbo com mínima instabilidade gráfica ou justificação
qualquer, já ficará por ser tratado nas três outras classificações, que
são os três próximos capítulos.

Para a maior parte de tempos, tiraremos primeiramente a


terminação do infinitivo para as três conjugações (ar, er, ir). Depois
de ter tirado essa marca infinitiva (ar, er, ir), ficaremos com o radical
que é a soletração inicial ao qual se acrescentam as terminações do
tempo que pretendemos conjugar. Para os quatro tempos que são o
infinitivo pessoal, o conjuntivo futuro, o condicional simples e o
futuro simples, o infinitivo impessoal que é a forma inicial do verbo,
é também o ponto de partida dos quatro tempos supracitados: quer
dizer a partir da soletração do infinitivo impessoal se acrescentam as
terminações:

SECÇÃO 1: CONJUGAÇÃO DAS FORMAS NOMINAIS

1. A. Particípio
1ªconjugação: ar: <comprado
2ªconjugação: er: <vendido
3ªconjugação: ir: <partido
CAPÍTULO IV

VERBOS COM GRAFIAS JUSTIFICÁVEIS

Alguns verbos têm instabilidade na sua própria grafia (no


radical), mas não nas terminações identificadoras de cada tempo,
porque seguem as terminações. Como a dita alteração é justificável
pelas regras da ortografia portuguesa, assim classifiquemo-los e
façamos dos mesmos um capítulo inteiro, no qual mostraremos a
diferença entre a irregularidade propriamente dita (o não
cumprimento das terminações) e a modificação causada pela
discordância gráfica (alteração do radical).
Nós focaremos na alteração justificável da grafia do radical: que
qualificamos de grafias de alterarão justificável, chamada por
alguns estudiosos de discordância gráfica em relação à forma
inicial do radical. Esta é a imperfeição que nós identificamos nesses
verbos; assim nós qualificamo-los de verbos regulares
inconstantes, porque soletram toda a terminação dos verbos
regulares, mas cumprindo ainda outra tarefa: alteram a grafia do
radical de um tempo para outro.
A instabilidade gráfica não deve ser qualificada como
irregularidade propriamente dita, porque ela cumpre neste caso, as
regras das convenções gráficas da língua portuguesa. Essa tarefa de
reajusto gráfico é para evitar o contacto de certas consoantes e
vogais (troca do «g» por «j», eliminação ou inserção de uma vogal ou
da cedilha, etc.): Há combinação que pode alterar a pronúncia como
também não cumprir a regra da ortografia portuguesa. É preciso
inserir outra vogal para isolar o contacto duma consoante e duma
vogal que produzem um fonema não desejado ou eliminar
simplesmente a vogal desnecessária da grafia. Há também
combinação em que não há nem forma de inserir nem de eliminar a
vogal, a menos que se possa substituir a consoante por outra para
se conformar à pronúncia (como também a colocação ou eliminação
da cedilha no «ç»). Por fim, pode haver acento sobre a vogal para
marcar a consonância vocálica.
A maior parte desses verbos apresentam alterações no
conjuntivo presente, na afirmativa e na negativa do imperativo:
Vejamos uma lista de casos em que antes de colocar a terminação
identificadora de cada tempo, é preciso cumprir ainda uma pequena
tarefa: A dita tarefa tem sucintamente o objectivo comum de reajustar
a grafia para se conformar ao fonema desejado. Eis alguns casos:
SECÇÃO 1: A GRAFIA DA LETRA «C»

Os verbos que levam a letra «c» apresentam-se sob três


grafias: são verbos em «-cer, -çar, -car». É preciso conhecer as
grafias da consoante «c», para a sua escrita correcta.

1). O «C» QUE LEVA A CEDILHA: «CER»

Os verbos que recebem a cedilha na consoante «c» são verbos


em «cer»:

Para manter o fonema [s], a consoante «c» do verbo conhecer


leva a cedilha:
CAPÍTULO V

FUTURO DO CONJUNTIVO IRREGULAR

Neste capítulo, apresentamos dezassete (17) modelos de


verbo que têm irregularidade no tempo futuro do modo conjuntivo; Os
mesmos são: Caber, comprazer, dar, dizer, estar, fazer, haver, ir,
poder, pôr, querer, saber, ser, ter, trazer, ver, vir.
CAPÍTULO VI

VERBOS COM GRAFIAS INJUSTIFICÁVEIS


Quando há terminações idênticas entre o infinitivo pessoal e o
futuro do conjuntivo, e que haja no radical uma variação não
justificável segundo a regra gráfica ou da escrita do português, quer
dizer não há forma de justificar a grafia, independentemente do facto
que se coloquem as terminações identificadoras de cada tempo ou
não, quer dizer mesmo quando há terminações regulares: o verbo
será classificado no sexto capítulo.
Quando um verbo não apresenta irregularidade no «conjuntivo
futuro», e que nós queiramos concretamente saber se é regular ou
não, basta verificar o seu presente do indicativo ou do conjuntivo: Se
estes dois tempos forem regulares, então este é geralmente um
verbo regular.
Esta constatação nos quer instruir que para confirmar a
regularidade de um verbo, é preciso:

1º) Em primeiro lugar, ir à busca dos tempos que dependem do


conjuntivo futuro, que são: o perfeito simples, o mais que perfeito
simples, o imperfeito do conjuntivo, e naturalmente o próprio futuro
do conjuntivo que é o espelho desta espécie de irregularidade.
Este caso já foi tratado no capítulo 5.

2º) Em segundo lugar, será preciso observar os tempos que


dependem do presente do indicativo : são os tempos «conjuntivo
presente», e as duas derivadas do imperativo que são a afirmativa e
a negativa do imperativo e sem esquecer o próprio presente do
indicativo que é o espelho desta observação. São verbos que têm
irregularidades não notórias. Este é o caso em foco neste capítulo.
Como muito frequentemente esses verbos, quando não
mostram irregularidade no presente do indicativo, a expõem no
presente do conjuntivo, e sabendo que as duas derivadas do
imperativo dependem do conjuntivo presente, assim iremos insistindo
somente nos quatro tempos: o presente do indicativo, o presente do
conjuntivo, e as duas derivadas do imperativo.
Os tempos não tratados neste sexto capítulo deverão ser
referidos no terceiro capítulo. Dentre esses verbos de irregularidades
latentes temos verbos em ER, e IR:
Assim classifiquemo-los e façamos deles um capítulo inteiro, no
qual mostraremos pelo radical do verbo, a diferença entre a
irregularidade propriamente dita (o não cumprimento das
terminações) e uma alteração convencional do radical (discordância
gráfica ou reajusto ortográfico da língua portuguesa).
Nós focaremos na alteração injustificável da grafia do radical:
que qualificamos de grafias de instabilidade injustificável, e
ajuntaremos todos os verbos cujas irregularidades são latentes no
futuro do conjuntivo, em outros termos não aparecem neste tempo,
porque ele fica confundido com o infinitivo pessoal (tendo a mesma
soletração). As irregularidades desses verbos aparecem nos tempos
e modos espalhados.

SECÇÃO 1: IRREGULARIDADE NA 1ªPESSOA


(do presente)
Existem verbos que apresentam a mesma forma na 1ª pessoa
do indicativo presente, em todas as pessoas do conjuntivo presente,
e no imperativo (excepto nas segundas pessoas do singular e do
plural da forma afirmativa).

1. A. Verbos que usam consoantes:

1]. O «l» que muda em «lh»: valer


O Verbo valer muda o «l» do radical em «lh» na 1ª pessoa do
indicativo presente, em todas as pessoas do conjuntivo presente, e
no imperativo (excepto nas segundas pessoas do singular e do plural
da forma afirmativa).
Ex: Equivaler (valer, sendo um verbo defectivo, preferimos equivaler).
APÊNDICE 3

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
A- AS PERGUNTAS

A quantas perguntas consegue o nosso leitor responder? Será


que, o verbo de que faz emprego, conhece o seu modo e o seu
tempo? Aqui estão quarenta exercícios, dum modelo proporcionado,
para concretizar e testar o seu conhecimento dos verbos:

01. Escolhe o modo e o tempo do verbo ser, na conjugação:


«se eu não fosse»:
A. Modo indicativo, tempo presente.
B. Modo conjuntivo, tempo mais que perfeito.
C. Modo conjuntivo, tempo imperfeito.
D. Modo imperativo, tempo presente.
E. Modo condicional, tempo presente.
F. Modo indicativo, tempo futuro.
G. Modo indicativo, tempo mais que perfeito.

02. Escolhe o modo e o tempo do verbo ter, na conjugação:


«se ele tiver»:
A. Modo indicativo, tempo presente.
B. Modo conjuntivo, tempo mais que perfeito.
C. Modo conjuntivo, tempo imperfeito.
D. Modo imperativo, tempo presente.
E. Modo condicional, tempo presente.

03. Escolhe o modo e o tempo do verbo ser, na conjugação:


«Eu fui»:
A. Modo indicativo, tempo presente.
B. Modo conjuntivo, tempo mais que perfeito.
C. Modo conjuntivo, tempo imperfeito.
D. Modo indicativo, tempo perfeito simples.
E. Modo condicional, tempo presente.
F. Modo indicativo, tempo futuro.
G. Modo indicativo, tempo mais que perfeito.
H. Modo imperativo, tempo presente.

04. Escolhe o modo e o tempo do verbo falar, na conjugação:


«vós faláveis»:
A. Modo indicativo, tempo presente.
B. Modo conjuntivo, tempo mais que perfeito.
C. Modo conjuntivo, tempo imperfeito.
D. Modo imperativo, tempo presente.
E. Modo condicional, tempo presente.
F. Modo indicativo, tempo futuro.
G. Modo indicativo, tempo mais que perfeito.
H. Modo indicativo, tempo futuro perfeito.

05. O que é um verbo regular?

A. Um verbo que não segue a regra geral.


B. Um verbo que se usa conforme às regras gerais.
C. Um verbo que acompanha um outro.
D. Um verbo que apresenta pessoas em desuso.
E. Um verbo que só se conjuga na terceira pessoa do singular.
F. Um verbo que se conjuga nos dois números da terceira pessoa.

06. Quais são os dois verbos que têm mesma soletração no futuro do
conjuntivo?

A. Verbo Ir e verbo Ser.


B. Verbo Ter e verbo Estar.
C. Verbo Vir e verbo Ver.
D. Verbo Dizer e verbo Falar.

07. Qual é a 1ªpessoa do singular do indicativo presente do verbo


comer?
A. Nós comemos. D. Eu como.
B. Eu comesse. E. Que nós comêssemos
C. Eu tenho comido. F. Que eu coma.

08. Qual é a 1ªpessoa do indicativo presente do verbo mentir no


singular?
A. Nós mentimos. D. Eu minto.
B. Que nós mentíssemos. E. Que nós mintamos
C. Nós temos mentido. F. Que eu minta.

09. Como se conjuga o verbo andar, no conjuntivo presente, na


3ªpessoa do singular, do género feminino?

A. Ele anda. D. Que ele ande.


B. Que ele andasse. E. Que eles andassem.
C. Eu tem andado.
B- TABELA DE RESPOSTAS

01.C. Modo conjuntivo, tempo imperfeito.


02.F. Modo conjuntivo, tempo futuro.
03.D. Modo indicativo, tempo perfeito simples.
04.I. Modo indicativo, tempo imperfeito.

À venda:
Livraria Mensagem (Mutamba, Luanda, Angola)
Livraria Sons da Graça (Entrada da UTANGA, Palanca,
Luanda, Angola)
Livraria Heberilton (Passadeira do Mundo Verde, Sede da
Igreja Maculusso, Luanda, Angola).
Na faculdade de letras (Universidade Augostinho Neto,
Luanda)
Facebook: O ABC DA MATÉRIA
TEL: +244-944077071

NB: Não é obra inteira, nem nos últimos capítulos as


páginas são contadas como na versão à venda, é amostra.
É para permitir ao leitor saboriar o gosto do
conhecimento.

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