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Curso Online

DE PERTO TODO
MUNDO É NORMAL
Neurociências, antidepressivos e
subjetividade no século XXI
Adriano Aguiar é psiquiatra, com mestrado em
psicologia e doutorado em neurociências e
psicanálise pelo Instituto de Medicina Social da UERJ
e pela Universidade de Genebra, na Suíça.

Atualmente é professor convidado da


disciplina Neurociências, Psiquiatria e Psicanálise do
mestrado profissional em Saúde Mental do Instituto
de Psiquiatria da UFRJ.

Trabalha há mais de 15 anos com a formação de


médicos psiquiatras e outros profissionais de saúde
mental, tendo sido responsável pela criação de 2
programas de Residência Médica em Psiquiatria
(CPRJ e HU-UFRJ).

É autor do livro "A Psiquiatria no Divã. Entre as


Ciências da Vida e a Medicalização da Existência",
uma referência na área, contando com cerca de 200
citações em publicações científicas.

É membro da Escola Brasileira de Psicanálise e


da Associação Mundial de Psicanálise.
Email: adriano@adrianoaaguiar.com.br
www.adrianoaaguiar.com.br
CRM-RJ 5263867-6 | RQE 17117

PROGRAMA DO CURSO

09/02 - O que é ser normal?


Ontem, hoje, em um futuro breve…

23/02 - Psiquiatria, psicanálise e a
loucura de cada um

09/03 - Neurociências e
subjetividade: você é o seu cérebro?

23/03 - O lugar dos antidepressivos na


sociedade atual

06/04 - Entre as ciências da vida e a


medicalização da existência

20/04 - Sofrimento psíquico e


biopolítica no século XXI: o que fazer?

Informações Práticas
Quem pode fazer o curso?
O curso é aberto para qualquer pessoa
que tenha interesse no tema, além
de psiquiatras, psicólogos
e profissionais de saúde.

O curso é todo online?


Sim. O curso é online mas acontece ao
vivo, através da plataforma Zoom, não
são aulas gravadas. Cada aula
tem uma duração média de 2h com
espaço para perguntas e respostas  

Terei acesso à gravação das


aulas?
Sim. Os alunos terão acesso à gravação
das aulas e poderão assistir quantas
vezes quiserem até 30 dias após o fim do
curso. 

O curso oferece certi cado?


Sim. Será entregue por via digital um
certificado de conclusão de curso.

fi

Informações Práticas

Qual a duração do curso?


As aulas ao vivo acontecerão sempre
na terça-feira às 20h a cada 2
semanas, durante 3 meses.
** Veja na programação do curso as datas e
temas de cada aula.

E se eu não gostar do curso ou


achar que não é para mim?
Não tem problema. Você pode se
inscrever para garantir a sua vaga, assistir
à aula inaugural e se não gostar fazer o
cancelamento. A aula inaugural ficará
gratuita para você.

Cancelamento com 100% de


reembolso
Se por qualquer motivo você decidir
cancelar a sua inscrição em até 7 dias
depois da aula inaugural você terá
reembolso integral do valor pago.

O curso é muito caro?

O curso está com um valor super


barato para os que conseguirem
comprar as primeiras vagas: apenas
97,00 reais por mês.

Mas só até as 100 primeiras inscrições. Se


você está interessado(a), não deixe para
depois, clique no botão abaixo e se inscreva
logo.

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do curso é feito pelo PayPal.

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c o m c a r t õ e s , p o i s  s e u s d a d o s
financeiros não são compartilhados com os
vendedores e são protegidos com as mais
avançadas tecnologias internacionais de
encriptação de dados.

Porque fazer
este curso?

Esse é um curso que naturalmente interessa a


psiquiatras, psicólogos, psicanalistas e outros
profissionais de saúde mental.

Mas é também um curso voltado para pessoas que


não são necessariamente profissionais dessas áreas, e
que têm um desejo de saber mais sobre esses temas.
Por que?

Uma das questões mais debatidas nesse campo que


envolve as neurociências, a psiquiatria, a psicologia, a
psicanálise, etc. é saber o que é normal e o que não é,
no âmbito da mente das pessoas.

E por incrível que pareça, por mais que isso seja


discutido há mais de 200 anos, ainda não temos uma
resposta definitiva.

Os limites entre o nor mal e o patológico,


permanecem objeto de intensos debates no campo
da saúde mental.

Para você ter uma idéia, na época do lançamento da Quinta


Edição do Manual de Diagnóstico e Estatística dos
Transtornos Mentais há alguns anos atrás, a polêmica foi tão
intensa que o próprio presidente da Associação Mundial de
Psiquiatria chegou a afirmar que se a profissão não fosse
capaz de estabelecer claramente as fronteiras entre os
transtornos mentais e as flutuações normais do humor, a
psiquiatria estaria correndo o risco de perder a sua
credibilidade junto à sociedade. 

A psiquiatria é um ramo da medicina bastante especial, pois


ela lida com uma das coisas mais misteriosas e enigmáticas
para a ciência e para o conhecimento de uma maneira geral,
que é a relação entre o nosso cérebro e nossa mente. 
 
E talvez por se situar aí nessa fronteira ainda tão
desconhecida mas ao mesmo tempo onipresente em tudo
que fazemos, pensamos ou sentimos em nossa vida
cotidiana, a psiquiatria se tornou um campo de saber que
permeia a vida de quase todas as pessoas.

As pesquisas estimam que cerca de metade das pessoas


apresentem algum tipo de transtorno psiquiátrico ao longo
da vida. Precisamos perceber que hoje em dia praticamente
qualquer pessoa tem a sua vida afetada pelos saberes e
práticas que constituem o campo da psiquiatria. Seja
diretamente, porque tem algum diagnóstico psiquiátrico,
seja indiretamente através de algum membro da família - um
cônjuge, um filho, um parente que sofre de algum distúrbio
psiquiátrico. 
 
E como a psiquiatria é uma área bastante controversa em
alguns aspectos, sobretudo no que diz respeito ao seu
mandato social de estabelecer as fronteiras entre o normal e
o patológico, me parece fundamental que as pessoas se
apropriem um pouco mais dos debates que acontecem
nesse campo e que dizem respeito à vida de todos.

Assim, na primeira aula do curso, nós vamos discutir como


os critérios utilizados para definir o que é normal e o que é
patológico, no âmbito dos nossos pensamentos, emoções e
comportamentos, se desenvolveu ao longo da história da
psiquiatria e no final da aula eu vou apresentar pra você o
que está em jogo nas controvérsias atuais a respeito dessa
fronteira e porque você precisa saber um pouco mais sobre
isso.

Na segunda aula nós vamos falar sobre a psiquiatria e a


psicanálise. Nós vamos ver que esses dois campos andaram
muito próximos durante boa parte do século XX e que a
psicanálise chegou a ser considerada a "ciência básica" da
psiquiatria, ou seja, a teoria que explicaria os mistérios mais
profundos do funcionamento mental. 

E no mais íntimo de cada um de nós existiria, segundo a


psicanálise, um ponto de loucura, que não seria
propriamente doença, mas sim o que faz de nós humanos,
demasiadamente humanos. Como aquela famosa frase "de
perto ninguém é normal", que nos dá sempre a sensação de
ser tão verdadeira e familiar.

Mas veremos também nessa segunda aula que, foi


justamente a partir desse ponto que, desde os anos 1980, a
psiquiatria se afastou tremendamente da psicanálise e se
voltou para a neurociência que estava surgindo. 

A neurociência parecia ser um campo teórico muito mais


propício a encarnar a "ciência básica" da psiquiatria, pois
permitia a esta se alinhar ao modelo médico, e a
compreender os sintomas que afetam nossos pensamentos,
emoções e comportamentos como doenças do cérebro. 

Mas não só isso! Como veremos na terceira aula, muito


rapidamente a neurociência passou a permear diversos
campos de saber que iam muito além da medicina e hoje
ela está no centro de alguns dos mais importantes
debates filosóficos, éticos, científicos e políticos da
atualidade.

A influência da neurociência na sociedade atual tem nos


levado a perceber, cada vez, mais o cérebro como sendo
responsável pelas propriedades que definem o que é ser
alguém e até mesmo pelas suas ações. Ou seja,
passamos a atribuir ao cérebro tudo aquilo que
anteriormente nós atribuíamos à pessoa, ao indiv duo, ao
sujeito. 

Isso é uma verdadeira revolução na história da


humanidade, na forma como pensamos aquilo mesmo
que nós somos! Quais as consequências terão para a
humanidade se realmente pensarmos que nós somos o
nosso cérebro?

Uma delas nós já estamos vendo acontecer e é isso que


iremos discutir na quarta e na quinta aula do curso. 

Trata-se de uma consequência natural dessa reformulação


da vida contemporânea pelas neurociências. Pois, se é
verdade que metade da população mundial preenche os
critérios para ter pelo menos um diagnóstico psiquiátrico
ao longo da vida, e se é verdade que os transtornos
mentais são doenças do cérebro, isso significa que uma
quantidade enorme de pessoas está sujeita à intervenção
psiquiátrica mais comum - a prescrição de psicofármacos
- que são os remédios psiquiátricos.


Os mais comuns sem dúvida são os antidepressivos, que


são prescritos não apenas para depressão, mas também
para a ansiedade, para o transtorno do pânico, para as
fobias, para TOC, para anorexia, para bulimia, etc…  
 
Embora os números variem um pouco de país para país,
existe uma estimativa aproximada, de que cerca de 1 em
cada 10  pessoas esteja tomando remédios para
depressão, ansiedade ou algum outro problema de
saúde mental.
 
E se tanta gente está fazendo uso de medicamentos
psiquiátricos, isto significa que este é um mercado global
g i g a n t e s c o . S ó o m e rc a d o d e m e d i c a m e n t o s
antidepressivos foi avaliado em US$ 13,69 bilhões em
2018 e deve chegar a US$ 15,88 bilhões em 2025.
 
Diante de um mercado tão valioso, o universo da
psiquiatria, e especialmente o da depressão e da
ansiedade é uma mina de ouro para a indústria
farmacêutica. E não é de se estranhar que exista um
altíssimo investimento dessa indústria para "influenciar" o
campo da psiquiatria e a nossa percepção sobre aquilo
que afeta nossos pensamentos, emoções e
comportamentos. 

Não vou poder me alongar muito aqui, mas a questão da


medicalização da vida cotidiana tem sido um debate
frequente não apenas na psiquiatria. Na medicina
baseada em fatores de risco, mesmo alguém que se
sente perfeitamente bem, já pode ser considerado
doente. Eu vou apresentar esse debate com mais
profundidade na quinta aula do curso.

Por fim, na última aula nós vamos pensar o que


fazer. O que fazer quando as tecnologias
médicas se tornam tão sofisticadas a ponto de
transformar a nossa própria natureza no nível
molecular, fazendo com que o próprio corpo e
a mente/cérebro se transformem no palco
privilegiado da biopolítica do século XXI?

Eu te convido a pensar essas questões junto


comigo. Vamos?

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adriano@adrianoaaguiar.com.br

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