FILOSOFIA DO DIREITO E METODOLOGIA

JURÍDICA
TEXTOS PARA ANÁLISE CRÍTICA

PARTE I

1.“(…) A Filosofia do Direito (…) não é

disciplina jurídica, mas é a própria Filosofia
enquanto voltada para uma ordem de realidade,
que é a «realidade Jurídica» (…) o Direito é
realidade universal (…) Onde quer que exista o
homem aí existe o Direito como expressão da
vida e da convivência, é por ser um fenómeno
universal que ele é susceptível de indagação
filosófica.”
Miguel Reale, Filosofia do Direito

2.“(…) também a filosofia do direito, que não se

queira desenvolver de forma meramente
especulativa, tem de se ater à experiência,
também nela tem de reconhecer e discutir os
problemas perante o «caso». Ora o caso da
filosofia é o seu surgimento ao logo da história.”
(Kaufman, Filosofia do Direiro,p.15)
3.“ A filosofia não se preocupa com a
particularidade, nem tão pouco com a
multiplicidade de particularidades, mas com o
todo, com o contexto, comoessencial (…).”
Kaufmann e Hassemer
Introdução à filosofia do Direito e à Teoria do
 Direito Contemporâneas

4. “ Uma grande filosofia não é aquela que

instala uma verdade definitiva, é aquela que
introduz uma inquietação.”
Péguy
PARTE II

TEXTO 2
«A Filosofia do Direito [...] não é disciplina
jurídica, mas é a própria Filosofia enquanto
voltada para uma ordem da realidade, que é
a “realidade jurídica”. [...] O Direito é a
realidade universal. Onde quer que exista o
homem, aí existe o Direito como expressão
da vida e da convivência, é por ser um filosofia
fenómeno universal que ele é susceptível de fi"
rcito
indagação filosófica». do

Miguel Reale
Filosofia do Direito

TEXTO 4
«O problema da Filosofia do Direito é um
problema que se formula e se resolve no
seio da Filosofia, sem que a ciência jurídica
ou a sociologia tenham de ser invocadas ou
chamadas. Estas últimas é que dependem,
na sua justificação e verdade, do que a
Filosofia fixar e determinar. Sem uma
fundamentação filosófica possuem, quando
muito, uma importância meramente
utilitária e prática e a importância que têm
certas crenças não verificadas ou um
determinado ramo de actividades
profissionais».
António José de Brito

TEXTO 7
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«A Filosofia do Direito possui a exigência
de exercer determinada forma histórica do r
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Direito porque, se assim não fosse, não i f

seria já Filosofia, mas coincidiria

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simplesmente com uma determinada ordem

jurídica; contudo, ela é obrigada não só a
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reconhecer a historicidade, mas a si própria •
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como, de certa forma, também os

condicionada historicamente. para ✓

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Renato Cirell Czerna por

A Justiça como História

TEXTO 48
«Há uma norma de conduta consagrada pela
própria consciência: é a moral. E há uma norma
de conduta estabelecida pelo poder público: é o
direito. São dois sistemas diferentes de leis?
Não, porque a lei que o direito estabelece é a
mesma lei moral. Mas então em que se distingue
a lei moral da lei jurídica, qual é a distinção
essencial entre o direito e a moral?
Esta distinção é dupla. Em primeiro lugar, o
direito acrescenta à lei moral um elemento
externo: a força, pois no direito a lei moral é
assegurada coactivamente pelo emprego da
força. Depois, nem toda a lei moral precisa de
ser reduzida a direito, mas somente aduelas cuja
violação põe em perigo a ordem social. É, pois,
somente, uma parte das leis morais que deve
constituir o direito: daí que, sob este aspecto, o
direito esteja para a moral como a parte para o
todo».
Farias de Brito
A verdade como regra das acções

TEXTO 50
«A moral, como o direito, tem três momentos: a
regra, a luta e a paz. Porém, ao passo que, na
moral, a regra é do próprio indivíduo, a luta é a
que ele trava consigo próprio e a paz é a
consciência, no direito, a regra vem de fora, a
luta é travada com os outros e a paz é a paz
externa, a paz social, a harmonia da vida em
comum.».
Tobias Barreto

TEXTO 51
«Direito e Moral formam uma unidade, cuja
substância é a realização do dever-ser assente no
valor».
António José de Brito
Introdução à Filosofia do Direito