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ENTREGAR O DÍZIMO: UM ATO DE GRATIDÃO

Gênese 14:20b
  “E de tudo lhe deu Abraão o dízimo”
 
Temos muitas pessoas dentro das igrejas com dificuldades enormes para entregar o
dízimo ao Senhor. São pessoas crentes, oram, desejam colaborar de alguma forma, mas,
quanto a contribuírem, fazem um esforço enorme para dizimar e às vezes não
conseguem. São muito tentadas em gastar até mesmo o que é de Deus. E muitas das
vezes cedem. Isso se torna um problema sério para tal pessoa, por que ela fica em falta
justamente com aquele que mais a abençoa e a cobre de graça e misericórdia. Assim é
preciso que ela creia que tal atitude não louva, nem glorifica a Deus em momento algum
e tudo quanto fizermos deve ser para a glória dEle. Não se deve retribuir a quem tanto
nos abençoa com tamanha ingratidão. Para isso tomemos o ensino de quem a bíblia
chama de nosso pai na fé, Abraão, e tal pessoa ore para que o Senhor o liberte disso.
O texto de gêneses que tomamos como base é o primeiro na bíblia a se referir ao
dízimo e o seu contexto, aquilo que o antecede, é o gerador dessa atitude de plena
gratidão a Deus,  representado na pessoa do rei Melquizedeque. Abraão estava com o
coração repleto de satisfação pelo fato do Senhor Deus. O Senhor o tinha feito vitorioso
na sua empresa de dar livramento ao seu sobrinho Ló. No cap. 14 ocorre uma guerra de
quatro reis contra cinco e Ló sofre sérias conseqüências por estar vivendo naquelas
imediações. Ele é preso junto com sua família e tudo que tem é tomado. Contudo
quando Abraão sai em seu socorro e tem sucesso, o mesmo Abraão sente no coração o
desejo de demonstrar o quanto ficou grato e sem sabermos como, a forma que encontrou
foi a de dar o dízimo de tudo o que possuía.
Você também pode demonstrar que é grato a Deus, devolvendo a Ele o dízimo. Mas
se alguém que tem dificuldade de dá-lo perguntar: só se demonstra a gratidão dando o
dízimo? Eu respondo: uma pessoa pode demonstrar gratidão a Deus não só dando o
dízimo, mas também o dando.
Pr. José Wellington

A MALDIÇAO DE MALAQUIAS

“Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação”.
Malaquias 3.9

Ser abençoado é um desejo de todas as pessoas, até mesmo aquelas que não afirmam a
mínima fé em Deus. Ser abençoado é ser feliz, ter prosperidade em diversas formas, ser
agraciado por Deus. A maldição é praga que consome, é desgraça que maltrata;
infortúnio que machuca e calamidade que dá dó. Essa ninguém pede ou quer para si; a
quem deseje para outros, mas nunca para si próprio. No entanto a palavra maldição
ocorre só no Velho Testamento, de Gênesis até o livro de Malaquias pelo menos 55
vezes sem contar com o Novo Testamento. Uma das vezes em que essa palavra aparece
é aqui em Malaquias 3.9 e está inseparavelmente ligada ao comportamento do povo em
relação ao Dízimo (décima parte em nosso contexto) dos seus ganhos que estava sendo
retido pelos crentes.
O verso 6 que diz: “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó,
não sois consumidos”, nos fala da razão porque a maldição foi lançada sobre os infiéis.
Primeiro observemos o termo usado para essas pessoas que não estavam devolvendo o
dízimo. Eles estavam sendo chamados de filhos de Jacó. A segunda razão está na
afirmação “não mudo” em relação a Deus. Deus não mudou, mas eles também não
mudaram; não deixaram de serem filhos de Jacó. Jacó foi um jovem trapaceiro, e
enganador, mas que também foi enganado. Os infiéis estavam tentando enganar a Deus
como Jacó havia feito no passado, mas também estavam sendo enganado pelo próprio
coração pensando que nada aconteceria; eles estavam sendo amaldiçoados por Deus
porque o Senhor não mudou e continuava justo.
Porque ser amaldiçoado? O que torna o dízimo tão importante ao ponto de Deus se
importar com quem dá e com quem o retém. 1. Porque o dízimo é Dele, do Senhor. 2.
Em Êxodo 20.15 diz: “Não roubarás”. (Malaquias 3.8 Roubará o homem a Deus?
Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas).
“Não roubarás” é um mandamento universal. Roubar é tomar o que é alheio; pegar de
outrem; se apossar do que não nos pertence. Roubar é pecar contra a providência de
Deus. Seus filhos não precisam fazer tal coisa porque são santos e seu Pai providenciará
o que se estiver precisando. É pecar contra outrem no caso de algum objeto ou coisa e
pecar contra Deus em relação ao Dízimo. 3. É pecar contra a Supremacia Divina porque
o homem deve ocupar o seu lugar, receber o que lhe é devido e dar a Deus o que
pertence a Ele. Não pode inverter a ordem ou impedi-la. No verso 8 do cap. 1 o povo já
colocava o governador em posição mais privilegiada do que o próprio Deus com
respeito ao sacrifício de animais. Agora lhe rouba o dízimo. 4. É pecar por falta de amor
aos necessitados porque roubavam os dízimos que eram para mantimento da casa de
Deus, dos que trabalhavam no serviço dela ou de outros que precisavam de amparo.
Quem sabe o que significa ser abençoado por Deus, devia pensar melhor no que poderá
significar ser amaldiçoado. Devia olhar para as pessoas que foram amaldiçoadas por Ele
na história Bíblica. Devia olhar para a vida de Caim, dos egípcios, de Geazi servo do
profeta Elizeu, do Rei Asa, de Uzá quando pegou na arca que Deus havia proibido,
devia observar a vida de Nadabe e Abiú, filhos de Arão ao levarem fogo estranho para o
altar e nos faltará tempo para falar de quantos sofreram as maldiçoes de Deus.
Só para terminar e tranqüilizar minha consciência a respeito de quantos querem
permanecer indignos perante Deus cito apenas mais um verso: Pv 11.24 “Ao quem dá
liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais; ao que retém mais do que é justo,
ser-lhe-á em pura perda”. Perder mais do que o dízimo é algo que não será preciso
referir uma vez que é fato notório e todos que já sofreram isso sabem por quê.
Soli Deo gloria

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