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TESTE DIAGNÓSTICO

PORTUGUÊS – 10º ANO ANO LETIVO 2017-18

Grupo I

Lê o texto.

Luís, o poeta, salva a nado o poema


Era uma vez Estas palavras
um português vão alegrar
de Portugal. a minha gente
O nome Luís de um só pensar.
há de bastar À nossa terra
toda a nação irão parar
ouviu falar. lá toda a gente
Estala a guerra há de gostar.
e Portugal Só uma coisa
chama Luís vão olvidar
para embarcar. o seu autor
Na guerra andou aqui a nadar.
a guerrear É fado nosso
e perde um olho é nacional
por Portugal. não há portugueses
há Portugal.
Livre da morte Saudades tenho
pôs-se a contar mil e sem par
o que sabia saudade é vida
de Portugal. sem se lograr.

Dias e dias A minha vida


grande pensar vai acabar
juntou Luís mas estes versos
a recordar. hão de gravar.
Ficou um livro O livro é este
ao terminar é este o canto
muito importante assim se pensa
para estudar. em Portugal.
Ia num barco Depois de pronto
ia no mar faltava dar
e a tormenta a minha vida
vá d'estalar. para o salvar.
Mais do que a vida
há de guardar
o barco a pique
Luís a nadar.
Fora da água Almada Negreiros, Obras
um braço no ar Completas, vol. 1 – Poesia, IN-
na mão o livro CM, 2.ª ed., 1990, p. 33
há de salvar.

Português – 10º ano 1


1. Identifica o “português” referido ao longo do poema e caracteriza-o, justificadamente,
com dois adjetivos.
2. Infere uma das razões que poderá ter levado o poeta a indicar apenas o nome desse
“português”.
3. Explica o sentido dos quatro últimos versos do poema.

Grupo II

Lê o texto.

EMOJI – O FILME

Na última semana, a crítica americana (ou, pelo menos, boa parte dela) anunciou
ao mundo a descoberta de uma das piores animações de todos os tempos: “Emoji – o
Filme”, de seu nome. Digamo-lo, pois, desde já, embora faça prova de um pobre
imaginário, a última obra dos estúdios da Sony não é o desastre absoluto que por aí se
5 apregoa. Como o seu próprio sugere, esta animação instala-nos no interior de um
smartphone, para seguir as tribulações de um emoji que, no seu primeiro dia de trabalho
na app de texto do telemóvel, percebe não só que é capaz de produzir mais expressões
do que aquela que nasceu para fazer, mas também que é incapaz de as controlar. Trata-
se de um defeito que levará o protagonista a partir por esse telemóvel fora com outros
10 dois emojis (um high-5 caído em desgraça e uma princesa armada em rebelde), em
busca de ser reprogramado. Damo-lo de barato: a premissa do filme é pacóvia, o seu
universo é uma mera versão tecnológica daquele que encontramos em “Divertida
Mente”, as personagens são estereotipadas, a animação é genérica, o humor é frouxo e
as peripécias que constituem a ação, essas, são outros tantos pretextos para descarados
15 exercícios de product placement (uma sequência no Candy Crush, outra na Dropbox…)
O que salva então o filme da nulidade? O modo como, nos intervalos do seu próprio
défice de atenção, ele ainda encontra tempo para contar uma história (mil vezes contada
e permeável a todo o tipo de clichés, é certo). A saber: a do processo de autodescoberta
de uma personagem que, ao longo da sua peregrinação, aprenderá a aceitar-se a si
20 mesma. E não é preciso puxar muito pela cabeça para nos lembrarmos de uma mão
cheia de animações que nem isso conseguiram oferecer-nos.

Vasco Baptista Marques, Revista do Expresso, 12 de agosto, 2017, p. 80.

1. O texto é uma apreciação crítica


(A) que refere vários comentários depreciativos do filme.
(B) que tece variados elogios do filme.
(C) que concilia aspetos negativos e positivos do filme.
(D) que salienta que o filme foi um fracasso de bilheteira.

2. O texto resume sumariamente a ação do filme


(A) para demonstrar as características do protagonista.
(B) para reforçar que a união faz a força.

Português – 10º ano 2


(C) para salientar que o interior de um smartphone é muito complexo.
(D) para demonstrar a sua falta de originalidade.

3. O jornalista salienta que o humor do filme é


(A) excelente.
(B) inábil.
(C) incipiente.
(D) soberbo.

4. Na opinião do jornalista, o melhor do filme


(A) é a viagem iniciática da personagem.
(B) é a animação.
(C) são as personagens.
(D) é a música.

5. No texto, as aspas são utilizadas para


(A) destacar o significado de uma expressão.
(B) indicar títulos.
(C) assinalar palavras estrangeiras.
(D) introduzir apartes.

6. A oração “que constituem a ação” (l. 14) é uma oração subordinada


(A) adjetiva relativa restritiva.
(B) substantiva relativa.
(C) adjetiva relativa explicativa.
(D) substantiva completiva.

7. A oração “embora faça prova de um pobre imaginário” é


(A) uma oração subordinante.
(B) uma oração coordenada.
(C) uma oração subordinada adverbial.
(D) uma oração subordinada adjetiva.

8. Associa as expressões sublinhadas nas frases da coluna A às funções sintáticas que lhe
correspondem na coluna B.

A B

(a) “Digamo-lo” (l. 3) (1) Complemento indireto


(b) “as personagens são (2) Predicativo do sujeito
estereotipadas” (l. 13) (3) Modificador
(c) “para nos lembrarmos de uma (4) Complemento oblíquo
mão cheia de animações” (l. 20) (5) Complemento direto

A professora
Helena Domingues

Português – 10º ano 3

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