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APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA
Alessandra Machinski1
José Trobia2
RESUMO
1- Introdução
1
Professora PDE
2
Professor IES UEPG – Ponta Grossa
por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir
no trabalho e em estudos posteriores”, como quer a Lei nº 9.394/96, em seu
artigo 22, mas com prazer e gosto, tornando suas atividades desafiadoras,
atraentes e divertidas.
Baseando-se nesse princípio de diversão e desafio, é que a organização
de atividades mais atrativas aparece numa perspectiva mais lúdica, ajudando a
minimizar dificuldades apresentadas em relação aos conteúdos e
proporcionando aos educandos o sucesso na aprendizagem. Ao jogar, o
educando expressa a sua forma de pensar e utilizar todo seu potencial para
tentar resolver a situação vivida. Os diversos jogos existentes podem auxiliar o
professor na sua prática e possibilita aos educandos uma melhor compreensão
do conteúdo proposto.
A cada ano letivo, os professores de matemática se deparam com
situações recorrentes que causam preocupação, pois muitos alunos que
chegam ao sexto ano do Ensino Fundamental têm inúmeras dificuldades na
aprendizagem da matemática e em colocar em prática os conhecimentos
adquiridos. Em função disso, não é de estranhar a grande apatia pela
disciplina. Daí a necessidade de encontrar alternativas diferenciadas na
metodologia de ensino, para tentar superar as dificuldades que os alunos
apresentam, principalmente, ao trabalhar as quatro operações básicas.
Este artigo consiste no trabalho com jogos na sala de aula, com o intuito
de tornar o aprendizado mais eficiente, propiciando o desenvolvimento de
habilidades, como análise de possibilidades na tomada de decisão,
fortalecendo o trabalho em grupo, estimulando o pensamento independente e
desenvolvendo a criatividade. Contribuindo assim na melhoria do processo de
ensino e aprendizagem das quatro operações básicas, com os alunos do sexto
ano do Ensino Fundamental.
2 - Fundamentação teórica
Conforme as Diretrizes Curriculares da Educação Básica “a matemática
deixou de ser vista como um conjunto de conhecimentos universais e
teoricamente bem definidos e passou a ser considerada como um saber
dinâmico, prático e relativo” (2006, p.45). Frequentemente, é vista como uma
disciplina pronta e acabada, sem espaço para a criatividade, fazendo com que
acreditem que é algo difícil, distante da realidade e - muitas vezes - sem
utilidade.
Observa-se que a matemática percorreu gerações impregnada de
natureza rígida e complexa. Isso acontece exatamente pela forma com que a
mesma é trabalhada em sala de aula, causando nos indivíduos certos impactos
como o receio, a frustração, a ineficácia, o medo, entre outros. Essa situação é
preocupante e traz um grande atraso no processo de ensino e aprendizagem,
configurando características negativas à disciplina. É preciso diminuir o fosso
entre a forma do trabalho docente e as abstrações matemáticas feitas pelos
alunos. Uma maneira de solucionar este problema, pode ser com a utilização
de materiais concretos nas práticas pedagógicas.
De acordo com Rêgo e Rêgo:
A partir de uma utilização adequada do material concreto os alunos
passam a ter uma nova visão do que seja a Matemática, vencendo os
mitos e preconceitos negativos de que esta é uma disciplina cujo
aprendizado é difícil e superam os bloqueios de aprendizagem
surgidos destas crenças. (RÊGO e RÊGO, 1999, p.18)
3 – Metodologia
4 – Resultados e discussões
Todo trabalho foi direcionado para que os alunos pudessem superar as
dificuldades em relação às quatro operações básicas cumprindo-se o que está
estabelecido pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, que é o de trabalhar a
Matemática explorando e estabelecendo relações de seus conteúdos.
O primeiro jogo trabalhado foi o Jogo do Bingo, o qual foi aplicado no
início e no final do projeto, com o objetivo de ver os avanços em relação ao
conteúdo referente às quatro operações básicas. No primeiro momento, o jogo
foi trabalhado, antes de ser iniciado o conteúdo, com às quatro operações,
como uma forma de verificar os conhecimentos prévios dos alunos. Durante o
jogo, percebeu-se que os alunos jogavam fazendo registros das operações que
eram sorteadas, alguns não marcavam corretamente sua cartela, pois não
realizavam corretamente as operações, sendo assim, não finalizavam a jogada.
No segundo momento, o jogo foi aplicado após ser trabalhado o conteúdo das
quatro operações com os alunos. Houve um grande avanço, pois conseguiam
fazer corretamente e mentalmente a maioria dos cálculos, o que contribuiu para
o sucesso da aplicação do jogo. Através de registros realizados pelos alunos,
ficou claro que não bastava apenas ter sorte na jogada, era necessário
também, saber efetuar corretamente as operações solicitadas, para ser o
vencedor.
Observou-se no segundo momento do jogo, que os alunos estavam
dominando bem o cálculo mental, pois somente nas operações com números
maiores é que eles usavam uma folha para registrar o cálculo. Essa prática
consolida e efetiva a teoria de Smole; Diniz e Milani (2008), ao evidenciar que o
uso dos jogos permite alterar o modelo tradicional de ensino, pois os alunos
trabalharam com as quatro operações de uma forma que o livro didático não
tenha sido a única ferramenta utilizada nas aulas.
O Jogo da Velha foi aplicado para os alunos, após ser trabalhada a
adição. No início, os alunos utilizavam uma folha para registros das operações,
mas logo perceberam que era possível encontrar a solução das operações
utilizando o cálculo mental, e que era necessário elaborar estratégias para que
saísse como vencedor.
Conforme ressalta Kishimoto (2009), os jogos devem ser aprendidos e
sistematizados e, de acordo com os relatos realizados pelos alunos pode-se
concluir que as aulas nas quais utilizamos ferramentas metodológicas
diferenciadas são muito mais atraentes e dinâmicas, fazendo com que a
participação ativa de todos conduza à construção do conhecimento trazendo
melhores resultados.
Quando foi aplicado o jogo Avança com o Resto e o Jogo do Resto (2),
percebeu-se o grande avanço dos alunos, uma vez que efetuaram as
operações com muita facilidade. Os desafios sempre se apresentavam, mas o
diálogo, as intervenções e a retomada dos jogos e atividades foram se fazendo
necessários; afinal, um dos objetivos do projeto era o de auxiliar os alunos com
defasagem na resolução de operações básicas. Fica claro de acordo com Rêgo
e Rêgo (1999) que é a partir de um material concreto que os alunos passam a
ter uma nova visão do que seja a Matemática, e foi através dos jogos citados,
bem como daqueles relacionados com a divisão, que pôde-se observar, que
os alunos superaram os bloqueios e começaram a ver a operação da divisão -
de modo especial - de outra forma.
Com o intuito de verificar se houve assimilação das quatro operações, foi
escolhido o Jogo da Memória para ser aplicado aos alunos. Observou-se que
houve um grande avanço em relação ao aprendizado dos alunos, visto que
estavam efetuando os cálculos sem dificuldade e com prazer.
O Jogo da ASMD foi o que mais encantou os alunos, pois além de ser
atrativo, puderam colocar em prática o conteúdo das quatro operações. Nesse
jogo,fica claro que o lúdico contribuiu muito para o desenvolvimento de
algumas habilidades necessárias aos alunos. Por ser um jogo desafiador,
tornou-se muito interessante. Além dos alunos terem confeccionado o material,
colocaram em prática tudo o que tinham vivenciado nas aulas em que foram
aplicados o Jogo da Memória e o Jogo das Expressões.
O ASMD foi um dos últimos jogos a ser trabalhado em sala de aula,
precisou de quatro aulas para ser concluído, mas a participação foi excelente,
porque foi um jogo muito dinâmico. Segundo Kammi e Declark (1992), os jogos
promovem interação social e foi o que aconteceu, pois, possibilitou que os
alunos tomassem decisões e desenvolvessem sua autonomia, até os alunos
mais tímidos tiveram uma participação efetiva neste jogo.
Como estava previsto, a mediação no decorrer do trabalho foi primordial
para alcançar os objetivos propostos. Essa ocorreu através das revisões, das
mudanças, dos ajustes e das conversas que foram muito importantes para
conseguir prosseguir com o projeto e auxiliar nas dificuldades dos alunos.
5 - Conclusão
6) Referências