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Eletricista Montador - Medidas Eletricas
Eletricista Montador - Medidas Eletricas
MONTADOR
MEDIDAS ELÉTRICAS
MEDIDAS ELÉTRICAS
1
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autorização prévia, por escrito, da Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS.
117P.:147il.
2
ÍNDICE
UNIDADE I ............................................................................................................................................ 14
1.1 Generalidades sobre os instrumentos de medição ..................................................................... 14
1.1.1 Classificação dos instrumentos de medição ........................................................................ 14
1.1.1.1 Quanto ao modo de indicação do valor da grandeza medida: ..................................... 14
1.1.1.2 Quanto ao uso:.............................................................................................................. 15
1.1.1.3 Quanto ao tipo de grandeza mensurável: ..................................................................... 15
1.1.1.4 Quanto natureza do torque moto (instrumentos eletromecânicos):.............................. 16
1.1.3.1 Padrão: .......................................................................................................................... 20
1.1.3.2 Aferição: ........................................................................................................................ 20
1.1.3.3 Calibração: .................................................................................................................... 20
1.2 Teoria dos erros ........................................................................................................................... 21
1.2.1 Classificação dos erros ........................................................................................................ 21
1.2.1.1 Erros grosseiros ............................................................................................................ 21
1.2.1.2 Erros sistemáticos ......................................................................................................... 22
1.2.1.3 Erros Instrumentais: ...................................................................................................... 22
1.2.1.4 Erros ambientais: .......................................................................................................... 23
1.2.1.5 Erros acidentais............................................................................................................. 23
1.2.1.6 Erro absoluto e erro relativo .......................................................................................... 23
1.3 Simbologia empregada nos instrumentos de medição................................................................ 25
1.3.1 - Considerações Gerais ........................................................................................................ 25
1.4 Voltímetros ................................................................................................................................... 29
1.5 Amperímetros............................................................................................................................... 30
1.6 Volt-Amperímetro tipo alicate....................................................................................................... 31
1.7 Megôhmetros ............................................................................................................................... 33
1.7.1 Como usar o Megôhmetro.................................................................................................... 34
1.8 – Medidores de Potência ............................................................................................................. 36
1.9 Freqüencímetros .......................................................................................................................... 37
1.9.1 Freqüencímetros Eletrodinâmicos........................................................................................ 37
1.9.2 Freqüencímetros de Indução............................................................................................... 38
1.9.3 Freqüencímetros de lingüeta vibratória ................................................................................ 39
1.10 Terrômetros............................................................................................................................... 40
1.10.1 Eletrodo de aterramento ..................................................................................................... 41
1.10.2 Cuidados na medição ......................................................................................................... 42
3
1.10.3 Conclusões e recomendações ........................................................................................... 42
UNIDADE II ............................................................................................................................................ 43
2.1 Exemplos de Ferramentas Elétricas ............................................................................................ 43
2.2 Exemplos de Ferramentas Manuais ............................................................................................ 44
2.3 Alicates......................................................................................................................................... 45
2.3.1 Descrição.............................................................................................................................. 45
2.3.2 Utilização .............................................................................................................................. 45
2.3.3 Classificação......................................................................................................................... 45
2.4 Desencapador de fios .................................................................................................................. 47
2.5 Alicates prensa terminal............................................................................................................... 48
2.5.1 Alicate Manual ...................................................................................................................... 48
2.5.2 Alicate Manual de Pressão................................................................................................... 48
2.5.3 Alicate de Pressão................................................................................................................ 49
2.5.4 Alicate Hidráulico .................................................................................................................. 50
2.6 Conectores à compressão ........................................................................................................... 50
2.7 Alicate Rebitador.......................................................................................................................... 51
2.8 Rebites ......................................................................................................................................... 52
2.8.1 Procedimento de Rebitagem ................................................................................................ 52
2.9 Chaves de aperto......................................................................................................................... 53
2.9.1 Descrição.............................................................................................................................. 53
2.9.2 Comentários ......................................................................................................................... 53
2.9.3 Classificação......................................................................................................................... 53
2.10 Morsa de bancada ..................................................................................................................... 59
2.10.1 Funcionamento ................................................................................................................... 60
2.10.2 Condição de Uso ................................................................................................................ 60
2.11 Arco de serra.............................................................................................................................. 61
2.11.1 Características.................................................................................................................... 61
2.11.2 Comentários ....................................................................................................................... 62
2.12 Ferro de solda ............................................................................................................................ 63
2.13 Serrote ....................................................................................................................................... 64
2.14 Arco de Pua ............................................................................................................................... 64
2.15 Torquímetro................................................................................................................................ 65
2.15.1 Como usar o torquímetro.................................................................................................... 65
2.16 Verificadores e calibradores ...................................................................................................... 66
2.16.1 Tipos ................................................................................................................................... 66
2.16.2 Condições de Uso .............................................................................................................. 69
2.16.3 Conservação....................................................................................................................... 69
2.17 Compassos ................................................................................................................................ 69
4
2.17.1 Constituição ........................................................................................................................ 69
2.17.2 Cuidados............................................................................................................................. 70
2.18 Chaves de Impacto .................................................................................................................... 71
2.18.1 Chaves de gancho.............................................................................................................. 71
2.18.2 Chaves de batida................................................................................................................ 72
2.19 Limas.......................................................................................................................................... 73
2.19.1 Descrição............................................................................................................................ 73
2.19.2 Utilização ............................................................................................................................ 73
2.19.3 Classificação....................................................................................................................... 73
2.19.4 Comentários ....................................................................................................................... 74
2.19.5 Aplicações das limas segundo suas formas. ..................................................................... 75
2.20 Extratores para polias e rolamentos .......................................................................................... 76
2.20.1 Extrator de dois braços....................................................................................................... 76
2.20.2 Extrator auto-centrante ....................................................................................................... 76
2.20.3 Jogo de extração ................................................................................................................ 77
2.20.4 Extrator hidráulico auto-centrante ...................................................................................... 77
2.20.5 Anel de injeção com dispositivo extrator ............................................................................ 78
2.21 Furadeiras .................................................................................................................................. 79
2.21.1 Funcionamento ................................................................................................................... 79
2.21.2 Furadeira de coluna............................................................................................................ 80
2.21.3 Furadeira Radial ................................................................................................................. 80
2.21.4 Furadeira Portátil ................................................................................................................ 81
2.21.5 Características.................................................................................................................... 81
2.21.6 Acessórios .......................................................................................................................... 81
2.21.7 Condições de uso ............................................................................................................... 82
2.22 Broca.......................................................................................................................................... 82
2.22.1 Descrição............................................................................................................................ 82
2.22.2 Comentários ....................................................................................................................... 82
2.22.3 Classificação....................................................................................................................... 82
2.23 Machos de roscar ...................................................................................................................... 87
2.23.1 Machos de roscar – Manual ............................................................................................... 87
2.23.2 A máquina........................................................................................................................... 88
2.23.3 Características.................................................................................................................... 88
2.23.4 Tipos de macho de roscar .................................................................................................. 90
2.23.5 Seleção dos machos de roscar, brocas e lubrificantes ou refrigerantes............................ 91
2.23.6 Condições de uso dos machos de roscar .......................................................................... 91
2.23.7 Conservação....................................................................................................................... 91
2.23.8 Classificação dos machos de roscar, segundo o tipo de rosca ......................................... 92
5
2.24 Desandadores............................................................................................................................ 92
2.24.1 Descrição............................................................................................................................ 92
2.24.2 Utilização ............................................................................................................................ 92
2.24.3 Classificação....................................................................................................................... 93
2.24.4 Tipos ................................................................................................................................... 93
2.24.5 Comentários ....................................................................................................................... 94
2.24.6 Desandador para cossinetes.............................................................................................. 95
2.25 Cossinetes ................................................................................................................................. 96
2.25.1 Características dos cossinetes........................................................................................... 96
2.25.2 Uso dos cossinetes............................................................................................................. 97
2.25.3 Escolha dos cossinetes ...................................................................................................... 97
2.25.4 Cossinete bipartido ............................................................................................................. 97
2.25.5 Cossinete de pente............................................................................................................. 98
2.26 Talhadeira e bedame ................................................................................................................. 99
2.26.1 Descrição............................................................................................................................ 99
2.26.2 Utilização ............................................................................................................................ 99
2.26.3 Características.................................................................................................................... 99
2.26.4 Comentários ..................................................................................................................... 100
2.27 Ponteiro.................................................................................................................................... 100
2.28 Punção de Bico ........................................................................................................................ 100
2.28.1 Descrição.......................................................................................................................... 100
2.28.2 Classificação..................................................................................................................... 101
2.28.3 Utilização .......................................................................................................................... 101
2.29 Martelo, Marreta e Macete....................................................................................................... 102
2.29.1 Martelo.............................................................................................................................. 102
2.29.1.1 Comentários .............................................................................................................. 103
2.29.2 Marreta ............................................................................................................................. 104
2.29.3 Macete .............................................................................................................................. 104
2.29.3.1 Utilização................................................................................................................... 105
2.29.3.1 Comentários .............................................................................................................. 105
2.30 Serra tico-tico ........................................................................................................................... 105
2.31 Esmerilhadeira ......................................................................................................................... 106
2.32 Lixadeira................................................................................................................................... 106
2.33 Ferramentas de força............................................................................................................... 107
2.33.1 Alavanca ........................................................................................................................... 107
2.33.1.1 Diversos tipos de alavanca. ...................................................................................... 107
2.33.2 Cunha ............................................................................................................................... 108
2.33.3 Macaco ............................................................................................................................. 108
6
2.33.4 Roldana ............................................................................................................................ 109
2.33.5 Cadernal ........................................................................................................................... 109
2.33.6 Talha ................................................................................................................................. 110
2.33.7 Tirfor ................................................................................................................................. 111
2.34 Escadas ................................................................................................................................... 111
2.34.1 Escada de Abrir ................................................................................................................ 111
2.34.2 Escada de Extensão......................................................................................................... 112
2.35 Luvas........................................................................................................................................ 112
2.36 Fitas e fios para enfiação......................................................................................................... 113
2.37 Ferramentas de curvar eletrodutos metálicos rígidos.............................................................. 114
2.38 Ferramenta de pólvora para fixação ........................................................................................ 115
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................... 116
7
LISTA DE FIGURAS
8
Figura 2.7 – Alicate de eixo móvel ......................................................................................................... 47
Figura 2.8 – Desencapador de fios ........................................................................................................ 47
Figura 2.9 – Alicate prensa terminal - manual ....................................................................................... 48
Figura 2.10 – Alicate prensa terminal – manual de pressão.................................................................. 48
Figura 2.11 – Alicate prensa terminal – manual de pressão 2............................................................... 49
Figura 2.12 – Alicate de pressão............................................................................................................ 49
Figura 2.13 – Alicate hidráulico .............................................................................................................. 50
Figura 2.14 – Conectores à compressão ............................................................................................... 50
Figura 2.15 – Alicate Rebitador.............................................................................................................. 51
Figura 2.16 - Rebites .............................................................................................................................. 52
Figura 2.17 – Rebitagem (1) .................................................................................................................. 52
Figura 2.18 – Rebitagem (2) .................................................................................................................. 52
Figura 2.19 – Rebitagem (3) .................................................................................................................. 52
Figura 2.20 – Rebitagem (4) .................................................................................................................. 52
Figura 2.21 – Chave de boca ................................................................................................................. 54
Figura 2.22 – Chave Combinada ........................................................................................................... 54
Figura 2.23 – Chave de boca fixa de encaixe........................................................................................ 55
Figura 2.24 – Chave de boca regulável – inglesa.................................................................................. 55
Figura 2.24 – Chave de boca regulável - grifo ....................................................................................... 56
Figura 2.25 – Chave Allen...................................................................................................................... 56
Figura 2.26 – Chave radial ..................................................................................................................... 56
Figura 2.27 – Chave corrente................................................................................................................. 57
Figura 2.28 – Chave soquete ................................................................................................................. 57
Figura 2.29 – Chave de parafuso de fenda............................................................................................ 58
Figura 2.30 – Chave Phillips .................................................................................................................. 58
Figura 2.31 – Morsa de bancada ........................................................................................................... 59
Figura 2.32 – Morsa de bancada(2) ....................................................................................................... 59
Figura 2.33 – Morsa de bancada(3) ....................................................................................................... 60
Figura 2.34 – Tamanhos de morsas ...................................................................................................... 60
Figura 2.35 – Arco de serra.................................................................................................................... 61
Figura 2.36 – Arco de serra (2) .............................................................................................................. 62
Figura 2.37 - Arco de serra (3) .............................................................................................................. 62
Figura 2.38 – Ferro de solda .................................................................................................................. 63
Figura 2.39 - Serrote .............................................................................................................................. 64
Figura 2.40 – Arco de pua...................................................................................................................... 64
Figura 2.41 - Torquímetros..................................................................................................................... 65
Figura 2.42 – Verificador de raio ............................................................................................................ 66
Figura 2.43 – Verificador de ângulos ..................................................................................................... 66
9
Figura 2.44 – Verificador de rosca ......................................................................................................... 67
Figura 2.45 – Calibrador de folgas ......................................................................................................... 67
Figura 2.46 - Calibrador “passa-não-passa” .......................................................................................... 68
Figura 2.47 - Calibrador-tampão ............................................................................................................ 68
Figura 2.48 - Verificador de chapas e arames ....................................................................................... 68
Figura 2.49 - Compassos ....................................................................................................................... 69
Figura 2.50 – Compassos (2)................................................................................................................. 70
Figura 2.51 - Chaves de gancho ............................................................................................................ 71
Figura 2.52 - Chaves de batida .............................................................................................................. 72
Figura 2.53 - Lima .................................................................................................................................. 73
Figura 2.54 – Classificação das limas.................................................................................................... 73
Figura 2.55 – Classificação das limas (2) .............................................................................................. 74
Figura 2.56 - Aplicações das limas segundo suas formas..................................................................... 75
Figura 2.57 – Extrator de dois braços .................................................................................................... 76
Figura 2.58 – Extrator auto-centrante .................................................................................................... 76
Figura 2.59 – Jogo de extração.............................................................................................................. 77
Figura 2.60 – Extrator hidráulico auto-centrante.................................................................................... 77
Figura 2.61 - Anel de injeção com dispositivo extrator .......................................................................... 78
Figura 2.62 - Furadeira........................................................................................................................... 79
Figura 2.63 - Furadeira de coluna .......................................................................................................... 80
Figura 2.64 - Furadeira Radial ............................................................................................................... 80
Figura 2.65 - Furadeira Portátil .............................................................................................................. 81
Figura 2.66 – Broca Helicoidal ............................................................................................................... 83
Figura 2.67 – Broca Helicoidal (2).......................................................................................................... 83
Figura 2.68 – Broca Helicoidal (3).......................................................................................................... 84
Figura 2.69 - Broca Helicoidal (4)........................................................................................................... 84
Figura 2.70 – Broca Helicoidal (5).......................................................................................................... 85
Figura 2.71 - Broca de Centrar............................................................................................................... 85
Figura 2.72 - Broca de Centrar (2) ......................................................................................................... 85
Figura 2.73 - Broca de Centrar (3) ......................................................................................................... 86
Figura 2.74 - Broca de Centrar (4) ......................................................................................................... 86
Figura 2.75 - Machos de roscar ............................................................................................................. 87
Figura 2.76 - Machos de roscar (2) ........................................................................................................ 88
Figura 2.77 - Machos de roscar (3) ........................................................................................................ 89
Figura 2.78 - Machos de roscar (4) ........................................................................................................ 90
Figura 2.79 - Machos de roscar (5) ........................................................................................................ 90
Figura 2.80 - Machos de roscar (6) ........................................................................................................ 90
Figura 2.81 - Machos de roscar (7) ........................................................................................................ 90
10
Figura 2.82 - Machos de roscar (8) ........................................................................................................ 90
Figura 2.83 - Machos de roscar (9) ........................................................................................................ 91
Figura 2.84 – Classificação dos machos de roscar segundo o tipo de rosca........................................ 92
Figura 2.85 - Desandador fixo “T” .......................................................................................................... 93
Figura 2.86 - Desandador em T com castanhas reguláveis .................................................................. 94
Figura 2.87 - Desandador para machos e alargadores ......................................................................... 94
Figura 2.88 - Desandador para cossinetes ............................................................................................ 95
Figura 2.89 – Comprimentos dos desandador para cossinetes ............................................................ 95
Figura 2.90 - Cossinetes ........................................................................................................................ 96
Figura 2.91 – Cossinetes bipartido......................................................................................................... 97
Figura 2.92 – Cossinetes bipartido (2) ................................................................................................... 97
Figura 2.93 - Cossinete de pente ........................................................................................................... 98
Figura 2.94 - Talhadeira e bedame ........................................................................................................ 99
Figura 2.95 - Talhadeira e bedame – Características............................................................................ 99
Figura 2.96 - Punção de Bico............................................................................................................... 100
Figura 2.97 - Punção de bico - utilização ............................................................................................. 101
Figura 2.98 – Martelo ........................................................................................................................... 102
Figura 2.99 – Martelo de bola .............................................................................................................. 103
Figura 2.100 – Martelo de borracha ..................................................................................................... 103
Figura 2.101 - Marreta.......................................................................................................................... 104
Figura 2.102 – Macete ......................................................................................................................... 104
Figura 2.103 – Serra tico-tico ............................................................................................................... 105
Figura 2.104 - Esmerilhadeira .............................................................................................................. 106
Figura 2.105 - Lixadeira ....................................................................................................................... 106
Figura 2.106 – Tipos de alavanca ........................................................................................................ 107
Figura 2.107 - Cunha ........................................................................................................................... 108
Figura 2.108 - Macaco ......................................................................................................................... 108
Figura 2.109 - Roldana......................................................................................................................... 109
Figura 2.110 - Cadernal ....................................................................................................................... 109
Figura 2.111 - Talha ............................................................................................................................. 110
Figura 2.112 – Talha (2) ....................................................................................................................... 110
Figura 2.113 - Tirfor.............................................................................................................................. 111
Figura 2.114 – Escada ......................................................................................................................... 112
Figura 2.115 - Luvas ............................................................................................................................ 112
Figura2.116 - Fitas e fios para enfiação............................................................................................... 113
Figura 2.117 - Ferramentas de curvar eletrodutos metálicos rígidos .................................................. 114
Figura 2.118 - Ferramentas de curvar eletrodutos metálicos rígidos (2) ............................................. 114
Figura 2.119 - Ferramenta de pólvora para fixação............................................................................. 115
11
LISTA DE TABELAS
12
APRESENTAÇÃO
Esta apostila foi desenvolvida visando dar ao Eletricista montador uma noção sobre instrumentos
de medição elétrica bem como o adequado uso do ferramental existente em uma obra, permitindo-lhe
que execute suas atividades dentro dos padrões exigidos com segurança e habilidade.
Dividimos a apostila em duas partes, sendo a primeira sobre Instrumentos de medição elétrica e
a segunda parte sobre ferramental empregado numa obra.
Na primeira parte trataremos do processo de medição, que em geral, envolve a utilização de um
instrumento como o meio físico para determinar uma grandeza ou o valor de uma variável. O
instrumento atua como extensão da capacidade humana e, em muitos casos, permite que alguém
determine o valor de uma quantidade desconhecida, o que não seria realizável apenas pela
capacidade humana sem auxílio do meio utilizado. Um instrumento pode então ser definido como o
dispositivo de determinação do valor ou grandeza de uma quantidade ou variável.
Existem vários tipos de instrumentos de medição tais como : de bobina móvel; de ferro móvel;
eletrodinâmicos; de indução; de bobinas cruzadas; eletrostáticos mas a apresentação de todos ficaria
impossível nesta disciplina.
Portanto, daremos mais ênfase aos instrumentos mais utilizados tais como voltímetros,
amperímetros, volt-amperímetro de alicate, megôhmetros, medidores de potência, freqüêncímetros e
terrômetros mas discutiremos antes algumas genarilidades sobre os instrumentos de medições
elétricas, teoria dos erros e as simbologias utilizadas nos instrumentos de medição dando com isto
uma visão geral do assunto ao aluno.
Outro fator importante para realização de uma montagem elétrica, é a utilização correta das
ferramentas empregadas as atividades então na segunda parte da apostila desenvolvemos através de
figuras e algum material existente em sala de aula, as ferramentas mais usuais no dia-a-dia do
eletricista montador, pois assim facilitaremos o trabalho do profissional dando-lhe segurança a
realização de suas atividades.
13
I – MEDIDAS ELÉTRICAS
Podemos dividir os instrumentos de medida quanto ao seu emprego nos seguintes grupos:
• Instrumentos Indicadores ou Mostradores;
• Instrumentos Registradores;
• Instrumentos Integradores.
Instrumentos registradores:
São instrumentos que registram os valores da grandeza sobre um rolo de papel graduado,
permitindo que mesmo após o instrumento ter sido desligado possamos fazer uma analise da
variação da grandeza medida durante o período em que o instrumento permaneceu ligado.
Os instrumentos que são ligados a computadores, para armazenamento temporário ou
permanente do valor da(s) grandeza(s) medida em disco rígido, disquete, cd, etc., também são
classificados como registradores.
Um instrumento registrador também pode apresentar uma indicação da grandeza.
14
Instrumentos integradores:
São instrumentos cujo mostrador apresenta o valor acumulado da grandeza medida, desde o
momento em que os mesmos foram instalados até o presente momento.
Exemplos: Medidor de energia elétrica.
Nestes instrumentos o valor da grandeza é obtido pela diferença entre a leitura no fim do período,
chamada “leitura atual” e a leitura feita no início do período, chamada de “leitura anterior”.
Instrumentos portáteis:
Os instrumentos portáteis são empregados na manutenção ou em laboratório e, portanto, de uso
descontínuo, para avaliação, controle e pesquisa de uma instalação ou de um outro instrumento.
De acordo com a finalidade de uso do instrumento, deve-se fazer a sua escolha, portanto, um
instrumento para a manutenção de instalações, sujeito a trabalhos em condições adversas, deve ser
um instrumento sólido, construído de modo a suportar choques e vibrações, não havendo
necessidade de ter grande sensibilidade ou uma grande precisão. Isto não acontece no entanto, com
os instrumentos e laboratório que poderão ser de construção mais frágil, mas conservando grande
sensibilidade e precisão, pois poderão servir como padrões para aferição de outros instrumentos ou
empregados para medições exatas de grandezas importantes.
• Amperímetro;
• Voltímetro;
• Freqüêncímetro;
• Wattímetro;
• Fasímetro;
• Varímetro;
• Ohmímetro, etc.
15
1.1.1.4 Quanto natureza do torque moto (instrumentos
eletromecânicos):
Os instrumentos dividem-se de acordo com a finalidade e quanto aos sistemas de medição com
qual funcionam. Os sistemas de medição mais empregados são os seguintes:
• Bobina Móvel e ímã permanente ( BMIP );
• Ferro Móvel;
• Lâminas vibráteis;
• Eletrodinâmico;
• Eletrônico Digital.
Modernamente estão se impondo os instrumentos com sistema eletrônico em virtude do
aperfeiçoamento e confiabilidade sempre melhor dos componentes eletrônicos.
Principio de funcionamento dos instrumentos de medição
Os primeiros instrumentos para medidas de grandezas elétricas eram baseados na deflexão de
um ponteiro acoplado a uma bobina móvel imersa em um campo magnético, conforme figura 1.1.
Uma corrente aplicada na bobina produz o seu deslocamento pela força de Lorentz. Um
mecanismo de contra reação (em geral uma mola) produz uma força contraria ao modo que a
deflexão do ponteiro é proporcional à corrente na bobina.
Estes instrumentos analógicos, mesmo com a sua grande utilização, são de qualidades inferiores
se comparadas às dos instrumentos digitais, pois apresentam imprecisão de leitura, fragilidade,
desgastes mecânicos entre outros fatores.
16
Os instrumentos digitais atuais são inteiramente eletrônicos, não possuindo partes móveis. São
mais robustos, precisos, estáveis e duráveis. São baseados em conversores analógicos/digitais (A/D)
e são facilmente adaptáveis a uma leitura automatizada. Além disso, o custo dos instrumentos digitais
é em geral inferior (com exceção dos osciloscópios).
Detalhes Construtivos
A figura 1.2 mostra as partes principais de um instrumento de medidas elétricas. O instrumento,
propriamente dito, com os seus acessórios internos intercambiáveis se chama instrumento de medida
elétrica.
17
deslocamento da marca e nunca ao ângulo de desvio. Sensibilidade não significa o mesmo que
exatidão, como se pode comparar com a explicação que se dá de exatidão.
Exatidão é a aptidão de um instrumento para dar respostas próximas ao valor verdadeiro do
mensurando. A exatidão pressupõe a variabilidade das medidas (embora feitas em condições
idênticas), sendo o valor central da distribuição (geralmente a média aritmética) o “exato”. Portanto,
quanto maior a quantidade de medidas feitas, mais exata será sua representação. Obviamente, é
recomendável que todo instrumento ou método possua precisão e exatidão. A primeira dessas
qualidades de fidedignidade é controlada pela calibração, feita por comparação à medida de um
padrão cujo valor (preciso) é conhecido. Sem esse conhecimento, o desvio da escala não pode ser
aferido. Já a segunda característica (exatidão) pode ser conseguida pelo aumento infinito do número
de medidas. Ou, pelo menos, com um número finito, mas até a aproximação desejada ou necessária.
Classe de precisão ou de exatidão: é a margem de erro porcentual que se pode obter na
medição de uma determinada grandeza, por meio de um instrumento de medidas elétricas. Os
instrumentos de precisão para laboratório têm classe de precisão de 0,1; 0,2 ou 0,5. Os instrumentos
de serviço para fins normais têm classe de precisão de 1,0; 1,5; 2,5 ou 5,0. Estes números são
conhecidos como “índice de classe” (IC) e podem ser calculados pela seguinte equação:
18
Este resultado indica que os 120 V lidos no instrumento são, na realidade 120±4,5, ou seja, pode
variar de 115,5V a 124,5V.
É importante salientar que a Classe de precisão ou de exatidão deve vir impresso no visor do
instrumento, conforme tabela abaixo.
Tensão de isolação ou tensão de prova é o valor máximo de tensão que um instrumento pode
receber entre sua parte interna (de material condutor) e sua parte externa (de material isolante). Este
valor é simbolicamente representado nos instrumentos por úmeros 1, 2, 3 ou 5, contidos no interior de
uma estrela.
Os valores significam tensões de isolação em KV. Quando a estrela se encontrar vazia a tensão
de isolação é de 500V. Devemos tomar o cuidado de não utilizar instrumentos de medidas elétricas
com tensão de isolação inferior à tensão da rede, pois podemos causar danos aos instrumentos e
risco ao operador. A tensão de isolação deve ser sempre maior que a tensão da rede.
Categoria de medição: é definida pelos padrões internacionais, podendo variar entre os níveis I a
IV, onde os sistemas são divididos de acordo com a distribuição de energia. Esta divisão é baseada
no fato de que um transiente perigoso de alta energia, como um raio, será atenuado ou amortecido à
medida que passa pela impedância (resistência CA) do sistema.
19
Figura 1.4 -Noções de Padrão, Aferição e Calibração
1.1.3.1 Padrão:
1.1.3.2 Aferição:
Procedimento de comparação entre o valor lido por um instrumento e o valor padrão apropriado
da mesma grandeza. Apresenta caráter passivo, pois os erros são determinados, mas não corrigidos.
1.1.3.3 Calibração:
Procedimento que consiste em ajustar o valor lido com um instrumento com o valor padrão de
mesma natureza. Apresenta caráter ativo, pois além de determinado é corrigido.
20
1.2 Teoria dos erros
Podemos definir os erros que surgem nas leituras dos instrumentos de medição como sendo o
desvio observado entre o valor medido e o valor verdadeiro (ou aceito como verdadeiro). De acordo
com a causa, ou origem, dos erros cometidos nas medidas, estes podem ser classificados em:
grosseiros, sistemáticos e acidentais.
São erros causados por falha do operador, como por exemplo a troca na posição dos algarismos
ao escrever os resultados, os enganos nas operações elementares efetuadas, posicionamento
incorreto da vírgula nos números contendo decimais, ajustes e aplicações incorretas dos
equipamentos e o erro de "paralaxe". Esses erros ocorrem normalmente pela imperícia ou distração
do operador.
O erro de paralaxe é um erro de observação que ocorre quando o olho humano não está
diretamente sobre o ponteiro do medidor. Uma visada oblíqua causa o deslocamento aparente do
ponteiro para a direita ou para a esquerda, dependendo de que lado do ponteiro o olho do observador
está localizado, conforme podemos ver na figura 2.1.
A fim de reduzir o erro de paralaxe, a maioria dos instrumentos de bancada e multitestes são
providos de um espelho no mostrador. Para usar a escala de espelho, um olho só deve ser
empregado; o olho deve então ser posicionado de modo a fazer com que o ponteiro e seu reflexo no
espelho coincidam. A seguir, a medida pode ser lida com o máximo de exatidão.
Os erros grosseiros podem ser evitados com a repetição dos ensaios pelo mesmo operador,
ou por outros operadores.
21
Figura 1.5 – Erro de paralaxe
Este tipo de erro é geralmente dividido em duas categorias: erros instrumentais e erros
ambientais.
São erros inerentes aos instrumentos de medição devido à sua estrutura interna. Por exemplo,
o atrito entre as partes móveis dos instrumentos, tensão mecânica irregular da mola de torção,
consumo de energia elétrica dos instrumentos, etc. Estes erros farão com que o instrumento dê
indicação incorreta. Podemos também citar como exemplo de erros instrumentais os erros de
calibração, motivando indicações superiores ou inferiores ao longo de toda a escala do instrumento.
22
1.2.1.4 Erros ambientais:
A experiência mostra que, a mesma pessoa, realizando os mesmos ensaios com os mesmos
elementos constitutivos de um circuito elétrico, não consegue obter, cada vez, o mesmo resultado. A
divergência entre estes resultados é devida à existência de um fator incontrolável, o “fator sorte”. Para
usar uma tecnologia mais científica, diremos que os erros acidentais são a conseqüência do
“imponderável” (algo que não se pode avaliar). Como já foi dito, são erros essencialmente variáveis e
não suscetíveis de limitação. Este tipo de erro só é detectável em medições de alto grau de exatidão.
A palavra “erro” designa a diferença algébrica entre o valor medido Vm de uma grandeza e o seu
valor verdadeiro, ou aceito como verdadeiro, Ve , ou seja:
∆V = Vm - Ve
23
O “erro relativo” “e”é definido como a relação entre o erro absoluto ∆V e o valor verdadeiro Ve da
grandeza medida:
e = ∆V
Ve
e = ∆V x 100 (%)
Ve
24
1.3 Simbologia empregada nos instrumentos de
medição
25
Figura 1.7 – Símbolos (Continuação)
26
Figura 1.8 – Símbolos (continuação)
27
Figura 1.9 – Símbolos (Continuação)
28
1.4 Voltímetros
Os Voltímetros são instrumentos destinados a medir a tensão. Podem ser de bobina móvel, ferro
móvel ou eletrodinâmicos.
A precisão dos voltímetros é tanto maior quanto maior a sua resistência interna. Assim , a
precisão de um instrumento de 100kV é menor do a de 1MV.
Sempre que usamos um voltímetro, devemos verificar se a escala escolhida é compatível com a
grandeza a ser medida. Por exemplo, se formos medir a tensão de aproximadamente 120 volts,
poderemos usar a escala de 0-150V, nunca uma escala menor, porque poderão ocorrer avarias no
instrumento. Caso não se saiba a ordem de grandeza da tensão a ser medida, deverão ser usadas as
escalas mais altas.
Os voltímetros usuais medem tensões de até 500 a 600 volts (baixa tensão). Para se medir altas
tensões é necessário o uso de transformadores de potencial (TP), que transformam a alta tensão em
baixa tensão.
Para se efetuar a leitura da tensão, basta colocar os terminais do instrumento entre os dois
pontos do circuito e ler a grandeza na escala escolhida. As leituras mais precisas são aquelas
efetuadas no meio da escala. Abaixo apresentamos o aspecto físico de um voltímetro, o seu símbolo
e a maneira de como ligá-lo numa medição.
29
1.5 Amperímetros
30
1.6 Volt-Amperímetro tipo alicate
Modernamente está muito difundido o uso de amperímetros portáteis do tipo ¨alicate¨, ou seja,
um instrumento que não precisa interromper o circuito par a ligação em série. Ele funciona usando o
principio da indução, ou seja, a corrente do condutor produz um campo magnético que induz f.e.m. no
circuito do instrumento, possibilitando a leitura em escalas convenientemente relacionadas com a
corrente a medir.
O volt-amperímetro tipo alicate apresenta os seguintes componentes básicos externos:
31
O principio de funcionamento do volt-amperímetro tipo alicate é do tipo bobina móvel com
retificador e é utilizado tanto para medições de tensão como de corrente elétrica.
Observações: Quando o volt-amperímetro tipo alicate é utilizado na medição de tensão elétrica,
ele funciona exatamente como um multiteste.
Na medição da corrente o gancho do instrumento deve abraçar um dos condutores do circuito em
que se deseja fazer a medição (seja no circuito trifásico como no circuito monofásico).
32
Os volt-amperimetros tipo alicate não apresentam uma boa resolução no inicio da sua escala
graduada, mesmo assim podem ser empregados nas correntes de baixos valores (menores que um
1A). Neste caso, deve-se passar o condutor duas ou mais vezes pelo gancho do instrumento.
Para sabermos o resultado da medição basta dividirmos o valor lido pelo numero de vezes que o
condutor estiver passando pelo gancho.
1.7 Megôhmetros
Os Megôhmetros são aparelhos destinados a medir altas resistências, daí serem usados para
teste de isolamento de redes, de motores, geradores, etc.
33
O Megôhmetro é um gerador de corrente contínua acionado por manivela, tendo uma escala e
dois bornes de ligação. Em aparelhos modernos a tensão do gerador é mantida constante, qualquer
que seja a rotação da manivela.
Na figura abaixo vemos a indicação de um Megôhmetro de 500 volts, permitindo leituras de até
50megohms. Este instrumento será indicado quando a instalação ou o equipamento a medir for de
baixa tensão. Quando a instalação ou equipamento trabalhar em alta tensão, usam-se Megôhmetros
de até 5000 volts com escala de 10000 megohms.
34
De acordo com a NBR 5410, a resistência de isolamento mínima é a seguinte:
Para fios de 1,5 e 2,5 mm2 – 1MΩ
Para fios de maior seção é baseada na corrente do circuito, conforme tabela abaixo:
Vamos supor, por exemplo, que num circuito de 1,5 mm2, aplicando o megôhmetro entre cada
condutor e massa, achamos uma leitura de 0,2 megohms; isso significa problemas de isolamento no
circuito que devem ser sanados antes da ligação definitiva. Pode-se medir também a resistência de
isolamento entre os enrolamentos de um motor e a massa. Uma boa isolação é de 1.000 ohms para
cada volt de tensão a ser aplicada no circuito.
35
1.8 – Medidores de Potência
Os medidores de potência elétrica são conhecidos como wattímetros, pois sabemos que a
potência é expressa em watts por meio das fórmulas conhecidas:
P = U.I corrente contínua;
36
1.9 Freqüencímetros
A medição da freqüência da corrente alternada pode efetuar-se por comparação com uma outra
freqüência conhecida e através de métodos denominados de ressonância
Os métodos comparativos são variados e de obtenção muito delicada, ficando restritos a
medições de laboratórios.
Os métodos de ressonância são usados na indústria e nas aplicações comuns, permitindo os
instrumentos deste tipo realizar leituras diretas.
37
1.9.2 Freqüencímetros de Indução
Este instrumento é constituído por dois eletroímãs com núcleo de ferro laminado.
As expansões polares destes núcleos possuem espiras em curto-circuito que atuam como
enrolamento de partida, como se fosse um motor elétrico de indução.
Os campos alternados das correntes atravessam as espiras em curto-circuito como também o
disco, produzindo em cada eletroímã dois campos contíguos corridos em fase.
Cada campo criado tende a arrastar o disco em sentido contrário.
Na figura abaixo o eletroímã está conectado à tensão da rede através de uma resistência R, e
em um domínio restrito de freqüência, sendo a intensidade da sua corrente praticamente proporcional
à tensão.
A bobina do eletroímã 2 está conectada à mesma tensão através de um circuito ressonante com
indutância L e capacitância.
Devido a localização excêntrica do eixo, ao girar o disco, varia a extensão afetada pelas corrente
de Foucault, mudando estas e modificando portanto os momentos de desvio.
Um dos momentos reduz-se aumentando o oposto.
O disco, que carece de momento diretor mecânico, permanece estacionário quando ambos são
iguais, mostrando assim, como medidor de quocientes, a relação entre as intensidades da corrente
nos eletroímãs.
Dado que a intensidade que atravessa 1 é proporcional à tensão e a que circula por 2 é
proporcional à tensão e à freqüência , a indicação do instrumento corresponde exclusivamente à
freqüência.
38
1.9.3 Freqüencímetros de lingüeta vibratória
39
Se são excitadas mediante um campo alternado de um eletroímã, por ressonância, oscilará com
a máxima intensidade a lingüeta, cuja freqüência própria coincida com a da corrente excitante.
As lingüetas vizinhas oscilam também, mais ou menos, de maneira que, segundo seja o aspecto
da oscilação do conjunto, permite realizar uma leitura direta ou tomar um valor médio, figura abaixo:
1.10 Terrômetros
40
1.10.1 Eletrodo de aterramento
41
1.10.2 Cuidados na medição
Quando conectar os cabos assegure-se de que eles estejam separados. Caso a medição seja
realizada com os cabos trançados ou encostados uns aos outros, a leitura da medição poderá ser
afetada devido a tensão indutiva.
Se a resistência das estacas auxiliares for muito alta, a precisão das medidas será afetada.
Assegure-se de que as estacas estão fixas em uma região úmida. Também assegure-se de que as
conexões estão corretas.
Caso o valor medido seja superior a 10 ohms, deve-se tentar redução por um dos métodos a
seguir.
Para se reduzir a resistência de terra usa-se um dos seguintes métodos, a saber:
Hastes profundas: Existem no mercado, hastes que podem ser prolongadas por buchas de união;
o instalador vai cravando as secções através de um martelete e medindo a resistência até chegar ao
valor desejado. Alem do efeito do comprimento da haste tem-se uma redução da resistência pela
maior umidade do solo nas camadas mais profundas, sendo que não devem ultrapassar a 18 mts de
profundidade, pois causariam indutância elevada.
Sal para melhorar a condutividade do solo: Este método permite obter resistências mais baixas; o
inconveniente é que o sal (normalmente o Nacl) se dissolve com a água da chuva e o tratamento que
ser renovado a cada 2 ou 3 anos ou ainda menos dependendo do tipo de terreno.
Tratamento Químico: neste método o eletrodo é mantido úmido por um GEL que absorve água
durante o período de chuva e a perde lentamente no período de seca, deve-se tomar cuidado no uso
deste método com o uso de hastes de aço galvanizado devido o ataque corrosivo, no Brasil é
conhecido pelo nome do Fabricante + gel. Ex: Aterragel, Ericogel, Laborgel etc.
Uso de eletrodos em paralelo: quando os eletrodos são verticais pode-se colocar hastes a uma
distancia no mínimo igual ao comprimento, em disposição triangular, retilínea, quadrangular ou
circular. A distancia mínima esta relacionada com a interferência entre o mesmo e sua redução.
O tipo de eletrodo a ser utilizado em uma edificação depende da resistência do solo, podendo ser
utilizada a própria fundação, haste de cobre, malha ou até mesmo chapa de cobre. Sendo assim cada
caso deve ser analisado individualmente, observando que a resistência obrigatoriamente deve ser de
no máximo 10 Ohms (verificada com o Terrômetro).
42
II – FERRAMENTAS ELÉTRICAS
43
2.2 Exemplos de Ferramentas Manuais
44
2.3 Alicates
2.3.1 Descrição
São ferramentas manuais de aço carbono feitas por fundição ou forjamento, compostas de dois
braços e um pino de articulação, tendo em uma das extremidades dos braços, suas barras, cortes e
pontas, temperadas e revenidas.
2.3.2 Utilização
O Alicate serve para segurar por apertos, cortar, dobrar, colocar e retirar determinadas peças nas
montagens.
2.3.3 Classificação
O Alicate Universal serve para efetuar operações como segurar, cortar e dobrar.
45
O Alicate de Corte serve para cortar chapas, arames e fios.
O Alicate de Compressão trabalha por pressão e dá um aperto firme às peças, sendo sua
pressão regulada por intermédio de um parafuso existente na extremidade.
46
O Alicate de Eixo Móvel é utilizado para trabalhar com peças cilíndricas, sendo sua articulação
móvel, para possibilitar maior abertura.
Pode ser bastante simples como o do tipo que se assemelha a um alicate. Regula-se a abertura
das lâminas de acordo com o diâmetro do condutor a ser desencapado. Outro tipo de desencapador é
o desarme automático. Nele existem orifícios com diâmetros reguláveis correspondentes aos diversos
condutores. Ao pressionar suas hastes, tanto o corte como a remoção da isolação são executados.
47
2.5 Alicates prensa terminal
Alicate manual para instalar terminais e emendas não isolados. Possui matriz fixa para
compressão, cortadora e desencapadora de fios e cabos.
Alicate manual de pressão, para instalação de terminais e emendas pré-isoladas. Possui três
matrizes fixadas para a compressão e cortadora de fios e cabos. Permite fazer a compressão de
terminais e emendas numa só operação.
48
Alicate de pressão, que funciona sob o princípio de catraca e destina-se exclusivamente para a
fixação dos terminais e emendas pré-isoladas. Possui matrizes que realizam simultaneamente as
compressões do barril e da luva plástica dos terminais.
Compressor manual, para instalação de conectores, vem equipado com ninho regulável, ajustado
a medida desejada, bastando girar o parafuso regulador que se encontra na cabeça da ferramenta.
Junto à matriz encontra-se uma escala de aço gravada com as várias graduações, que orienta a
ajustagem, podendo ser fixado em uma bancada.
49
2.5.4 Alicate Hidráulico
O alicate hidráulico, tem a cabeça rotativa, permitindo a sua utilização em qualquer ângulo.
Possui um avanço manual, além do avanço hidráulico, o que permite o ajuste rápido da abertura dos
mordentes, e é isolado com neoprene, excetuada a cabeça. Utilizável com matrizes intercambiáveis,
para vários diâmetros de terminais.
50
2.7 Alicate Rebitador
51
2.8 Rebites
3. O rebitador traciona o mandril e a cabeça deste efetua a rebitagem, que estará completa
com o final destaque da haste;
52
2.9 Chaves de aperto
2.9.1 Descrição
São ferramentas geralmente de aço vanádio ou aço cromo extraduros, que utilizam o princípio da
alavanca para apertar ou desapertar parafusos e porcas.
2.9.2 Comentários
2.9.3 Classificação
53
A Chave de Boca Fixa simples compreende dois tipos, tais como: de uma boca e de duas bocas
Utiliza o princípio da alavanca para apertar ou desapertar parafusos e porcas.
Chave Combinada :Neste modelo combinam-se os dois tipos básicos existentes: de boca e de
estrias. A de estrias é mais usada para “quebrar” o aperto e a de boca para extrair por completo a
porca ou parafuso.
54
A Chave de Boca Fixa de Encaixe (Chave de Estria e Chave Copo) é encontrada em vários tipos
e estilos. A chave de estrias se ajusta ao redor da porca ou parafuso, dando maior firmeza,
proporcionando um aperto mais regular, maior segurança ao operador; geralmente se utiliza em locais
de difícil acesso.
Chave de Boca Regulável é aquele que permite abrir ou fechar a mandíbula móvel da chave, por
meio de um parafuso regulador ou porca. Existem dois tipos: chave inglesa e chave de grifo
55
Permite abrir e fechar a mandíbula móvel da chave, por meio de um parafuso regulador.
Conhecida como chave inglesa.
Permite abrir e fechar a mandíbula móvel da chave, por meio de uma porca reguladora.
Conhecida como chave de grifo.Mais usada para serviços em tubulações.
A Chave Allen ou Chave para Encaixe Hexagonal é utilizada em parafusos cuja cabeça tem um
sextavado interno. É encontrada em jogo de seis ou sete chaves, em séries padrão métrico ou em
polegadas.
A Chave Radial ou de Pinos e Axial são utilizadas nos rasgos de peças geralmente cilíndricas e
que podem ter a rosca interna ou externa.
56
Chave Corrente (ou cinta):Usadas para serviços em tubulações e fixação de motores para teste
em bancadas.
Chave Soquete: Indicada para eletro-eletrônica e mecânica leve. Capacidade de uso em locais
de difícil acesso.
57
Os soquetes ou chaves de caixa, podem ser incluídas entre as chaves de estrias. Também
conhecidas como “chave cachimbo”. Substituem as chaves de estrias e de boca. Permitem ainda
operar em montagem e manutenção de parafusos ou porcas embutidos em lugares de difícil acesso.
Recomendações
Algumas medidas devem ser observadas para a utilização e conservação das chaves de aperto,
tais como:
1. As chaves de aperto devem estar justas nos parafusos ou porcas;
2. Evitar dar golpes com as chaves;
3. Limpá-las após o uso;
4. Guardá-las em lugares apropriados.
Características
A chave de fenda deve apresentar as seguintes características:
1. Ter sua cunha temperada e revenida;
2. Ter as faces de extremidade da cunha, em planos paralelos;
3. Ter o cabo ranhurado longitudinalmente, que permita maior firmeza no aperto, e bem
engastado na haste da chave;
4. Ter a forma e dimensões das cunhas proporcionais ao diâmetro da haste da chave.
Para parafusos de fenda cruzada, usa-se uma chave com cunha em forma de cruz, chamada
Chave Phillips.
58
2.10 Morsa de bancada
É dispositivo de fixação constituído de duas mandíbulas, uma fixa e outra móvel, que se desloca
por meio de parafuso e porca.
59
2.10.1 Funcionamento
A mandíbula móvel se deslocar por meio de parafuso e porca. O aperto é dado através do
manípulo localizado no extremo do parafuso.
Os tamanhos das morsas são identificadas através de números correspondendo à largura das
mandíbulas.
60
2.11 Arco de serra
É uma ferramenta manual de um arco de aço carbono, onde deve ser montada uma lâmina de
aço ou aço carbono, dentada e temperada.
2.11.1 Características
O arco de serra caracteriza-se por ser regulável ou ajustável de acordo com o comprimento da
lâmina. A lâmina de serra é caracterizada pelo comprimento e pelo número de dentes por polegada.
Comprimento: 8” - 10” - 12”.
Número de dentes por polegada: 18 - 24 e 32.
61
2.11.2 Comentários
1. A serra manual é usada para cortar materiais, para abrir fendas e rasgos;
2. Os dentes das serras possuem travas, que são deslocamentos laterais dos dentes em forma
alternada, a fim de facilitar o deslizamento da lâmina durante o corte;
62
2.12 Ferro de solda
63
2.13 Serrote
É uma ferramenta bastante conhecida, se bem que nem sempre bem utilizada. É de uso apenas
eventual pelo eletricista. É adequado para serrar madeira.
Para fazer furos redondos em madeira ou outro material mole, usa-se a pua com o respectivo
arco. A pua, parte da ferramenta que produz o corte, é encontrada em diversos diâmetros para
produzir o furo com as dimensões desejadas. Há um tipo pouco usual cujo diâmetro de corte pode ser
ajustado, podendo-se assim executar furos de diversos diâmetros com a mesma ferramenta.
64
2.15 Torquímetro
O torquímetro é uma ferramenta especial destinada a medir o torque (ou aperto) dos parafusos
conforme a especificação do fabricante do equipamento. Isso evita a formação de tensões e
consequentemente deformação das peças quando em serviço A unidade de medida do torquímetro é
o Newton metro (Nm) e a leitura é direta na escala graduada, permitindo a conferência do aperto, de
acordo com o valor preestabelecido pelo fabricante. Existem vários tipos de torquímetros tais como:
O torquímetro pode ser usado para rosca direita ou esquerda, mas somente para efetuar o torque
final. Para encostar o parafuso ou porca, usa-se uma chave comum. Para obter maior precisão na
medição, é conveniente lubrificar previamente a rosca antes de colocar e apertar a porca ou parafuso.
65
2.16 Verificadores e calibradores
São instrumentos geralmente fabricados de aço, temperado ou não. Apresentam formas e perfis
variados. Utilizam-se para verificar e controlar raios, ângulos, folgas, roscas, diâmetros e espessuras.
2.16.1 Tipos
• Verificador de raio
Serve para verificar raios internos e externos. Em cada lâmina é estampada a medida do raio.
Suas dimensões variam, geralmente, de 1 a 15 mm ou de 1/32” a 1/2”.
• Verificador de ângulos
Usa-se para verificar superfícies em ângulos. Em cada lâmina vem gravado o ângulo, que varia
de 1º a 45º.
66
• Verificador de rosca
Usa-se para verificar roscas em todos os sistemas. Em suas lâminas está gravado o número de
fios por polegada ou o passo da rosca em milímetros.
67
• Calibrador “passa-não-passa” para eixos ou calibradores de boca
É fabricado com bocas fixas e móveis. O diâmetro do eixo estará bom, quando passar pela parte
maior e não passar pela menor.
• Calibrador-tampão “passa-não-passa”
Suas extremidades são cilíndricas. O furo da peça a verificar estará bom, quando passar pela
parte menor e não pela maior.
68
2.16.2 Condições de Uso
2.16.3 Conservação
Evitar quedas e choques mecânicos; limpar e lubrificar após o uso; guardá-los em estojo ou
local apropriado.
2.17 Compassos
2.17.1 Constituição
São constituídos de duas pernas que se abrem ou se fecham através de uma articulação. As
pernas podem ser retas, terminadas em pontas afiladas e endurecidas, ou uma reta e outra curva.
Nas oficinas, dois tipos de compassos diferentes são empregados: compassos de traçar e de
verificação.
Compasso de traçar ou de pontas: Usado para transferir uma medida, traçar arcos ou
circunferências.
Compasso de verificação ou de centro : Para medidas internas, externas ou de espessuras.
69
2.17.2 Cuidados
70
2.18 Chaves de Impacto
Para deslocamento de rolamentos pequenos sobre eixo cônico ou bucha de fixação com ajuda
de uma porca de fixação, bem como para a desmontagem de rolamentos pequenos em bucha de
desmontagem com ajuda de uma porca. As chaves de gancho são fabricadas em aço temperado.
Para cada dimensão de porca há uma chave apropriada, porém podem também ser utilizadas para o
tamanho imediatamente superior.
71
2.18.2 Chaves de batida
Para o deslocamento de rolamentos grandes sobre eixo cônico ou buchas de fixação com ajuda
de uma porca de fixação, bem como para a desmontagem de rolamentos grandes sobre bucha de
desmontagem com ajuda de uma porca. Estas chaves de batidas, fabricadas de ferro fundido
modular, têm uma superfície apropriada para receber as batidas, conseguindo-se assim otimizar a
transmissão da energia do golpe para a porca. As chaves são providas de um cabo leve, articulado ou
encaixado na cabeça da chave. São fáceis de manejar, graças ao seu reduzido peso. O desenho das
chaves de batidas permite que sejam adaptáveis a vários tamanhos de porcas.
72
2.19 Limas
2.19.1 Descrição
2.19.2 Utilização
2.19.3 Classificação
73
As limas podem ser de picado simples ou cruzado. Classificam-se ainda em bastardas,
bastardinhas e murças.
Os tamanhos mais usuais de limas são: 100, 150, 200, 250 e 300 mm de comprimento (corpo).
2.19.4 Comentários
As limas, para serem usadas com segurança e bom rendimento, devem estar bem encabadas,
limpas e com o picado em bom estado de corte. Para a limpeza das limas usa-se uma escova de fios
de aço e, em certos casos, uma vareta de metal macio (cobre, latão) de ponta achatada. Para a boa
conservação das limas deve-se:
• Evitar choques;
• Protegê-las contra a umidade a fim de evitar oxidação;
• Evitar o contato entre si para que seu picado não se estrague.
74
2.19.5 Aplicações das limas segundo suas formas.
75
2.20 Extratores para polias e rolamentos
Apropriados para polias e rolamentos pequenos e médios. Este tipo de extrator não deve ser
empregado em desmontagens com injeção de óleo.
76
2.20.3 Jogo de extração
Adequado para rolamentos grandes. A força extratora alcança 500 kN. Podem ser fornecidos
braços extratores avulsos nos comprimentos de 150, 350 e 600 mm. Com o extrator, é fornecida uma
bomba aproximada de 300 mm2/s à temperatura de trabalho.
77
2.20.5 Anel de injeção com dispositivo extrator
78
2.21 Furadeiras
2.21.1 Funcionamento
79
2.21.2 Furadeira de coluna
80
2.21.4 Furadeira Portátil
2.21.5 Características
• Potência do motor;
• Número de rpm;
• Capacidade;
• Deslocamento máximo de eixo principal.
2.21.6 Acessórios
• Mandril porta-brocas;
• Jogo de buchas de redução;
• Morsa;
• Cunha para retirar mandril, brocas e buchas de redução.
81
2.21.7 Condições de uso
2.22 Broca
2.22.1 Descrição
As Brocas são ferramentas de corte, de forma cilíndrica, com canais retos ou helicoidais que
terminam em ponta cônica e são afiadas com determinado ângulo.
2.22.2 Comentários
2.22.3 Classificação
82
A Broca Helicoidal é o tipo mais usado, e apresenta a vantagem de conservar o seu diâmetro,
embora se faça reafiação dos gumes várias vezes. As brocas helicoidais diferenciam-se apenas pela
construção das hastes, pois as que apresentam haste cilíndrica são presas em um mandril, e as haste
cônica, montadas diretamente no eixo da máquina.
Os ângulos das brocas helicoidais são as condições que influenciam o seu corte. Os ângulos da
broca helicoidal são:
1. Ângulo de Cunha C;
2. Ângulo de Folga ou de Incidência f;
3. Ângulo de Saída ou de Ataque S.
83
O ângulo da ponta da broca deve ser de:
a- 118º, para trabalhos mais comuns;
b- 150º, para aços duros;
c- 125º, para aços tratados ou forjados;
d- 100º, para o cobre e o alumínio;
e- 90º, para o ferro macio e ligas leves;
f- 60º, para baquelite, fibra e madeira.
As arestas cortantes devem ter, rigorosamente, comprimentos iguais, ou seja, A = A’.
84
Usadas para cortes contínuos, altas velocidades em furos profundos, onde se exige lubrificação
abundante. Brocas múltiplas ou escalonadas são usadas para executar furos e rebaixos numa mesma
operação.
• Comentário
A Broca de Centrar Simples é utilizada para executar o tipo mais comum de centro, que é o
Simples, enquanto que a Broca de Centrar Chanfro de Proteção executa o Centro Protegido.
85
As medidas dos centros devem ser adotadas em proporção com os diâmetros das peças
baseadas na tabela abaixo.
Algumas medidas devem ser observadas para o perfeito funcionamento das brocas, tais como:
• As brocas devem ser bem afiadas, com a haste em boas condições e bem fixadas;
• As arestas de corte devem ter o mesmo comprimento;
• O ângulo de folga ou incidência deve ter de 9º a 15º;
• Evitar quedas, choques, limpá-las e guardá-las em lugar apropriado, após seu uso.
86
2.23 Machos de roscar
87
Observação: Diâmetro efetivo - Nas roscas cilíndricas, o diâmetro do cilindro é imaginário, sua
superfície intercepta os perfis dos filetes em uma posição tal que a largura do vão nesse ponto é igual
à metade do passo. Nas roscas, cujos filetes têm perfis perfeitos, a interseção se dá em um ponto
onde a espessura do filete é igual à largura do vão.
2.23.2 A máquina
Os machos, para roscar a máquina, são apresentados em 1 peça, sendo o seu formato
normalizado para utilização, isto é, apresenta seu comprimento total maior que o macho manual
(DIN).
2.23.3 Características
88
As características dos machos de roscar são definidas como:
• Sistema de rosca
As roscas dos machos são de três tipos: Métrico, Whitworth e Americano (USS).
• Sua aplicação
Os machos de roscas são fabricados para roscar peças internamente.
• Sentido da rosca
Refere-se ao sentido da rosca, isto é, se é direita (right) ou esquerda (left).
89
2.23.4 Tipos de macho de roscar
Entrada helicoidal, para furos passantes. Empurra as aparas para frente, durante o roscamento.
Ranhuras curtas helicoidais, para roscamento de chapas e furos passantes.
Estes machos para roscar são também conhecidos como machos de conformação, pois não
removem aparas e são utilizados em materiais que se deformam plasticamente.
90
Ranhuras ligeiramente helicoidais à esquerda, para roscar furos passantes na fabricação de
porcas.
Para roscar com machos é importante selecionar os machos e a broca com a qual se deve fazer
a furação. Deve-se também selecionar o tipo de lubrificante ou refrigerante que se usará durante a
abertura da rosca. De um modo geral, escolhemos os machos de roscar de acordo com as
especificações do desenho da peça que estamos trabalhando ou de acordo com as instruções
recebidas. Podemos, também, escolher os machos de roscar, tomando como referência o parafuso
que vamos utilizar. Os diâmetros nominais (diâmetro externo) dos machos de roscar mais usados,
assim como os diâmetros das brocas que devem ser usadas na furação, podem ser encontrados em
tabelas.
Para serem usados, eles devem estar bem afiados e com todos os filetes em bom estado.
2.23.7 Conservação
Para se conservar os machos de roscar em bom estado, é preciso limpá-los após o uso, evitar
quedas ou choques, e guardá-los separados em seu estojo.
91
2.23.8 Classificação dos machos de roscar, segundo o tipo de
rosca
2.24 Desandadores
2.24.1 Descrição
São ferramentas manuais, geralmente de aço carbono, formadas por um corpo central, com
um alojamento de forma quadrada ou circular, onde são fixados machos, alargadores e cossinetes.
2.24.2 Utilização
O desandador funciona como uma chave, que possibilita imprimir o movimento de rotação
necessário à ação da ferramenta.
92
2.24.3 Classificação
• Fixo em T;
• Em T, com castanhas reguláveis;
• Para machos e alargadores;
• Para cossinetes.
2.24.4 Tipos
93
• Desandador em T com castanhas reguláveis
Possui um corpo recartilhado, castanhas temperadas, reguláveis, para machos até 3/16”.
2.24.5 Comentários
94
2.24.6 Desandador para cossinetes
Possui cabos com ponta recartilhada, caixa para alojamento do cossinete e parafusos de fixação.
95
2.25 Cossinetes
São ferramentas de corte, construídas de aço especial temperado, com furo central filetado. Os
cossinetes são semelhantes a uma porca, com canais periféricos dispostos tecnicamente em torno do
furo central filetado, e o diâmetro externo varia de acordo com o diâmetro da rosca. Os canais
periféricos formam as arestas cortantes e permitem a saída das aparas. Os mesmos possuem
geralmente uma fenda, no sentido da espessura, que permite a regulagem da profundidade do corte,
através do parafuso cônico, instalado na fenda, ou dos parafusos de regulagem do porta-cossinete.
• Sistema da rosca;
• Passo ou número de fios por polegada;
• Diâmetro nominal;
• Sentido da rosca.
96
2.25.2 Uso dos cossinetes
São usados para abrir roscas externas em peças cilíndricas de um determinado diâmetro, tais
como parafusos, tubos etc.
É formado por duas placas de aço temperado, com formato especial, tendo apenas duas
arestas cortantes. As aparas que se formam na operação são eliminadas através dos canais de saída
dos cossinetes.
97
2.25.5 Cossinete de pente
Constitui-se numa caixa circular, em cujo interior se encontram quatro ranhuras. Nessas
ranhuras, são colocados quatro pentes filetados, os quais, por meio de um anel de ranhuras
inclinadas, abrem os filetes da rosca na peça, tanto no sentido radial como no sentido tangencial. As
partes cortantes são de arestas chanfradas junto ao início, para auxiliar a entrada da rosca. Alguns
espaçadores reguláveis separam os pentes entre si e mantêm centralizada a peça que está sendo
roscada.
98
2.26 Talhadeira e bedame
2.26.1 Descrição
2.26.2 Utilização
2.26.3 Características
99
• 3. Os tamanhos são entre 150 e 180 mm
• 4. A cabeça é chanfrada e temperada
2.26.4 Comentários
2.27 Ponteiro
2.28.1 Descrição
É uma ferramenta de aço carbono, com ponta cônica temperada e corpo geralmente
octogonal ou cilíndrico recartilhado.
100
2.28.2 Classificação
O punção de bico classifica-se pelo ângulo de ponta. Assim, existem os seguintes tipos:
2.28.3 Utilização
O punção de bico serve para marcar pontos de referência no traçado e centros para função
de peças.
101
2.29 Martelo, Marreta e Macete
2.29.1 Martelo
102
2.29.1.1 Comentários
Para o seu uso, o Martelo, deve ter o Cabo em Perfeitas Condições e Bem Preso Através da
Cunha. Por outro lado, deve-se evitar golpear com o cabo do martelo ou usá-lo como alavanca.
O peso do Martelo varia de 200 a 1000 gramas.
• Utilizado em trabalhos, com chapas finas de metal, como também na fixação de pregos,
grampos, etc.
• Destina-se a serviços gerais, como exemplo: rebitar, extrair pinos, etc. Muito utilizado em
serviços pesados como chapas de metal, etc.
• Sua estrutura permite a realização de trabalhos em chapas de metal, etc; sem contudo danificar
ou marcar o material trabalhado.
103
2.29.2 Marreta
A Marreta é outro tipo de martelo muito usado nos trabalhos de instalação elétrica e de
encanamento. É um martelo maior, mais pesado e mais simples, destinado a percutir sobre uma
talhadeira ou um ponteiro.
2.29.3 Macete
104
2.29.3.1 Utilização
Utilizado para bater em peças ou materiais cujas superfícies sejam lisas e que não possam
sofrer deformação por efeito de pancadas. Para sua utilização, deve ter a cabeça bem presa ao cabo
e livre de rebarbas.
2.29.3.1 Comentários
Aplicada nos serviços de corte em chapas de aço, metais não ferrosos, madeira (maciça ou
compensada), fórmica, matéria plástica, acrílicos.
105
2.31 Esmerilhadeira
2.32 Lixadeira
106
2.33 Ferramentas de força
Em seu trabalho, o eletricista necessita muitas vezes do auxílio de uma ferramenta ou mesmo
de uma máquina simples para melhor executar um determinado trabalho, ligado indiretamente à
eletricidade. A colocação ou remoção de um poste, motor, gerador, armário, etc., pode exigir a
atuação de uma força maior que a produzida por vários homens. Macaco mecânico ou hidráulico,
roldana, cadernal, talha diferencial, macaco para cabo de aço (Tirfor), alavanca e a cunha são
exemplos de máquinas de força simples, muito usadas para trabalhos de força em instalações
elétricas prediais e industriais.
2.33.1 Alavanca
107
2.33.2 Cunha
2.33.3 Macaco
108
2.33.4 Roldana
2.33.5 Cadernal
109
2.33.6 Talha
Manual ou acionada por motor elétrico, a talha é o equipamento de força normalmente usado
em oficinas e fábricas para movimentar peças ou pequenas máquinas e motores.
Nota: A figura abaixo mostra uma talha motorizada equipada com “troler” para correr sobre
trilho suspenso, permitindo a manobra das cargas em diversos lugares.
110
2.33.7 Tirfor
É um macaco mecânico que aciona um cabo de aço, o qual vai sendo puxado aos poucos,
porém com força de até 750 kg, 1500 kg ou mais. Trata-se de ferramenta muito útil e versátil para o
instalador que precisa movimentar cargas pesadas.
2.34 Escadas
Muitas vezes, o eletricista tem necessidade de trabalhar no alto, em um poste, no teto, numa
marquise ou num telhado. A escada é um equipamento auxiliar do eletricista e o ajudará muito se for
adequada ao serviço.
Indicada para serviços de enfiação dos condutores em caixas no teto ou em partes altas de
paredes.
111
2.34.2 Escada de Extensão
É apropriada para trabalhos em postes e, muitas vezes, já vem equipada com ganchos e
cintas para apoio em condutores ou no próprio poste.
Nota: A figura abaixo mostra uma escada de extensão muito usada na instalação de linhas de
distribuição de energia.
2.35 Luvas
112
2.36 Fitas e fios para enfiação
113
2.37 Ferramentas de curvar eletrodutos metálicos
rígidos
Eletrodutos de pequeno diâmetro (1/2”, 3/4” e 1”) podem ser curvados na obra sem grande
dificuldade, principalmente se for usada ferramenta adequada. Existem máquinas especiais que
executam o curvamento de eletrodutos, mesmo de diâmetros maiores que 1”, com esforço produzido
por prensa hidráulica, podendo o eletroduto ser aquecido, a fim de que a curva seja feita sem
deformação da seção do tubo. Essas máquinas somente são empregadas em instalações muito
pesadas e de grande porte.
Nos casos mais comuns de instalações elétricas prediais, usam-se ferramentas muito simples;
até uma simples perna de 3”, fixada a uma bancada ou enterrada no chão, com um buraco para a
introdução do eletroduto, pode resolver o problema.
Uma ferramenta muito usada e adequada é feita com um “Tê” de tubo de ferro galvanizado tipo
água, de diâmetro adequado (1 1/4”), com um pedaço de tubo, com cerca de 1 metro, atarraxado.
114
2.38 Ferramenta de pólvora para fixação
115
BIBLIOGRAFIA
TORREIRA, Eng. Raul Peragallo, Instrumentos de Medição Elétrica, Editora Hemus, 3a Edição
BRONGAR. Francisco Carlos e MEDINA Ricardo Luiz Rilho, Apostila de Medidas Elétricas, CEFET-
RS
116