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PROFESSOR:
David Ricardo
(Ricardo esteve entre os primeiros adeptos da teoria quantitativa do
dinheiro, ou do que é hoje conhecido como monetarismo)
2011
INTRODUÇÃO
-------------------------------------------------------------------ECONOMIA E MERCADOS 1
Seja em nosso cotidiano, seja através da mídia de televisão, jornais, rádio, revistas e
internet deparamo-nos com várias questões, como por exemplo:
Aumentos de preço dos bens e serviços;
Períodos de crise econômica ou de crescimento;
Desemprego aumentando ou diminuindo;
Setores que crescem mais do outros;
Diferenças salariais, dissídios coletivos, salário mínimo;
Crises no balanço de pagamentos;
Valorização e desvalorização da taxa de câmbio;
Ociosidade em alguns setores de atividade;
Diferenças de renda entre as várias regiões do país;
Taxas de juros;
Déficit governamental;
Elevação de impostos e tarifas públicas;
Etc.
Estes temas, já rotineiros em nosso dia-a-dia, são discutidos pelos cidadãos comuns, que,
com altas doses de empirismo, tem opiniões formadas sobre as medidas que o Estado
deve adotar. Um estudante de Economia, Direito, ou de outra área pode vir a ocupar um
cargo de responsabilidade em uma empresa ou na própria administração pública, e
necessitará de conhecimentos teóricos mais sólidos para poder analisar os problemas
econômicos que nos rodeiam diuturnamente.
O objetivo do estudo da Ciência Econômica é o de analisar os problemas econômicos e
formular soluções para resolvê-los, de forma a melhorar nossa qualidade de vida.
Economia: Estuda a forma pela qual os indivíduos e a sociedade fazem suas escolhas e
tomam decisões para que os recursos disponíveis sempre escassos possam contribuir da
melhor maneira para satisfazer as necessidades individuais e coletivas da sociedade.
É uma ciência Social (estuda os aspectos sociais do mundo humano, ou seja, a via social
de indivíduos e grupos humanos) que estuda o processo de produção, de distribuição, de
consumo e de circulação dos bens e serviços de uma determinada sociedade.
Esta definição contém vários conceitos importantes, que são a base e o objeto do estudo
da Ciência Econômica:
- escolha, - necessidades,
- escassez, - recursos,
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- produção, - distribuição,
São quatro os princípios exigidos para definir a análise da definição que são:
1º o agente (homem);
2º a causa final (o consumo);
3º o meio (as relações econômicas);
4º a diferença específica deste tipo de relações humanas de outras praticadas pelo
homem (avaliáveis em moeda ou dinheiro).
A Economia é uma ciência, forma um sistema lógico de conhecimento sobre o seu objeto.
De outro lado, a comprovação estatística das relações entre a Renda Pessoal Disponível
(Y) e o consumo agregado (C), e assim, a função abaixo indica que o consumo agregado
depende do nível da Renda Pessoal Disponível.
C = f(Y)
O ser humano tem várias necessidades que precisam ser satisfeitas para que sua
sobrevivência seja garantida.
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Necessidades individuais: São relativas ao corpo humano e sensações individuais. Ex:
Respirar, alimentar, vestir, divertir, estímulos, de contato, de estrutura, de conhecimento,
sexual etc.
Necessidades coletivas: estão ligadas à sociedade, vida em grupo do ser humano. Ex: a
educação, transportes coletivo, saúde etc.
Necessidades Materiais: São necessárias para nossa sobrevivência. Ex: Roupas,
alimentos, habitação etc.
Cesta Básica: Conjunto de bens que satisfazem as necessidades básicas de uma família
de trabalhadores. O conceito de necessidades básicas varia conforme o nível médio de
renda da cada indivíduo.
Cesta de Consumo: Além dos bens de primeira necessidade, são incluídas todas as
despesas com bens e serviços que o indivíduo acha necessário para sua sobrevivência.
Passagem aérea já entrou na lista de consumo da classe C.
Consumo: Pode ser classificado como privado e público. As famílias definem como vão
gastar a renda familiar entre os diferentes tipos de bens e serviços ofertados no mercado.
Trata da aquisição de bens que podem ser bens de consumo e bens de capital e serviços.
Por definição, é a utilização, aplicação, uso ou gasto de um bem ou serviço por um
indivíduo ou uma empresa. Constitui-se na fase final do processo produtivo, precedido
pelas etapas da fabricação, armazenagem, embalagem distribuição e comercialização.
Ex: Aquisição de uma TV, uma máquina de lavar, compra de uma roupa, de um imóvel,
etc.
Empresa: Entidade que, reúne os fatores de produção que, combinados adequadamente,
produz bens e serviços e os comercializam visando lucros.
Conjunto organizado de meios com vista a exercer uma actividade particular, publica, ou
de economia mista, que produz e oferece bens e/ou serviços, com o objetivo de atender a
alguma necessidade humana.
O lucro, na visão moderna das empresas privadas, é consequência do processo produtivo
e o retorno esperado pelos investidores. As empresas de titularidade do Poder Público têm
a finalidade de obter rentabilidade social. As empresas podem ser individuais ou coletivas,
dependendo do número de sócios que as compõem.
Produção: Tudo que as empresas e indústrias produzem empregando os fatores de
produção visando satisfazer as necessidades humanas. A empresa decide o que produzir
e quais meios serão utilizados para produzir um determinado bem. Processo que
disponibiliza uma oferta de um produto no mercado para consumo.
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Uma empresa produz bens combinando fatores de produção: matérias primas, (recursos
naturais), mão de obra, capital e capacidade empreendedora.
- Em curto prazo, pelo menos um fator de produção é fixo (geralmente é o capital da
empresa).
Ex: seu complexo produtivo
- Em longo prazo, todos os fatores de produção podem variar.
Fatores variáveis: de uma produção são aqueles que variam na proporção das
quantidades produzidas.
Ex: matérias primas e mão de obra.
Fatores fixos: não variam em função da quantidade produzida
Ex: Aluguéis da fábrica, seguros, salários, gastos com energia elétrica, água etc.
BENS E SERVIÇOS
Bem: Mercadoria ou serviço que pode satisfazer uma necessidade humana. É tudo que
resulta da produção econômica e que satisfaz direta ou indiretamente os desejos e
necessidades dos seres humanos. Tudo que pode ser propriedade de alguém.
Bem econômico: caracterizado pela utilidade, escassez e por ser transferível. Bem
escasso, em geral produzido com esforço humano, e que é objeto de compra e venda.
Ben livre: Sua quantidade é suficiente para satisfazer todo o mundo. Bem disponível sem
custo. Ex: Ar,
Bens de Consumo são destinados ao atendimento das necessidades humanas e divide-
se em:
- não duráveis: Destinam-se à satisfação direta das necessidades humanas. Esgotam-se
com o uso.
Ex: Roupas, sapatos, energia, água, etc.
- duráveis: são bens ou produtos tangíveis que permitem o uso prolongado dos seres
humanos.
Ex: os eletrodomésticos automóveis móveis, imóveis etc,
Bens de consumo perecíveis: são bens de consumo muito rápido.
Ex: Alimentos perecíveis
Bens Primários: bens que ainda não sofreram nenhum tipo de transformação e são
retirados da natureza.
Ex: madeira, minerio de ferro, etc.
Bens intermediários: São bens que sofrem várias transformações no processo produtivo
antes de se tornarem bens de consumo ou de capital, são diferentes de bens finais que
são vendidos para o consumo ou utilização final.
Ex: Cimento (para fazer a massa para construção), farinha de trigo (para fazer o pão),
tecido (fabricação de roupas).
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Bens públicos ou coletivos: São bens cujo consumo é efetuado por toda a coletividade.
Não se aplica o principio da exclusão, ou seja, não é necessário pagar para obtê-los. Além
disso, eles não são rivais, isto é, o consumo de um não impede o consumo de outro. Na
maioria das vezes, eles são oferecidos pelo poder público com o objetivo de satisfazer as
necessidades coletivas, utilizando-se da tributação para captação de recursos para seu
financiamento.
Bens Meritórios: São bens que embora possam ser explorado pelo setor privado, podem
e devem ser produzidos pelo setor público para evitar que a população de baixa renda seja
excluída do seu consumo, também, como os bens públicos, são financiados pela
tributação. A definição de bens meritórios está associada a valores históricos, culturais e
políticos partilhados por determinado grupo social. Os bens meritórios são definidos por
possuir importância social.
Serviços
Serviços: São destinados à criação de bens para consumo dos seres humanos. Não tem
expressão material. Considerado um setor terciário e vem crescendo a cada dia.
Considerado na economia como o setor terciário e envolve a prestação de serviços às
empresas, bem como aos consumidores finais. São atividades que criam valor para o
consumidor. Tratam-se dos bens intangíveis.
Ex: o comércio, o turismo, os serviços financeiros, jurídicos, de informática, comunicação,
arquitetura, engenharia, auditoria, consultoria, propaganda e publicidade, seguro,
corretagem, transporte e armazenagem, além das atividades públicas e privadas de
defesa, segurança, saúde e educação, entre outros.
Os serviços podem ser classificados como:
Serviços de consumo: serviços comprados por consumidores para seu uso
pessoal. Incluem serviços de conveniência (ônibus, táxi), serviços de compra comparada
(dentistas, advogados), especialidades (cabeleireiro, designer de moda) e serviços do tipo
funeral.
Serviços industriais: serviços comprados por empresas e grandes organizações
para uso na produção ou operação de seus negócios. Incluem projetos, montagem,
instalações, manutenção, segurança, informática, serviços financeiros e uma variedade de
serviços prestados por profissionais liberais (consultores, propaganda, publicidade,
seguros etc).
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Fatores de Produção
Os bens e serviços são produzidos através dos fatores de produção que são:
Capital: é constituído pelo capital fixo (bens de capital, tais como maquinas,
estradas, meios de transportes, edificios , computadores e pelo capital dinheiro. É tudo que
foi investido para o funcionamento da empresa ou industria e que duram vários ciclo na
produção de bens e serviços.
Processo de produção:
Terra, Processo produtivo com Produto final, ou seja, bens
Trabalho uma tecnologia ou serviços (colocados no
Capital qualquer aplicada. mercado).
Produtos
intermediários
As atividades produtivas são ocupadas por uma parte da sociedade que produzem os bens
e serviços que e fazem a distribuição e os colocam à disposição dos consumidores.
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menos até o inicio do século XX, prevalecia nas economias ocidentais o sistema de
concorrência pura, onde não havia a intervenção do estado na atividade econômica. Era a
filosofia do Liberalismo. A partir de 1930, passaram a predominar os sistemas de
economia mista, onde ainda prevalecem as forças do mercado, mas com atuação do
Estado, tanto na alocação e distribuição de recursos como na própria produção de bens e
serviços, nas áreas de infraestrutura, energia, saneamento e telecomunicações.
Sistema socialista, ou economia centralizada, ou ainda economia planificada: é
aquele em que as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central
de planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores de produção, chamados
nessas economias de meios de produção englobando os bens de capital, terra, prédios,
bancos, matérias primas.
Dado que os recursos são escassos, torna-se necessário que a sociedade escolha entre
diferentes alternativas de produção, de modo que satisfaça a necessidade humana de
bens.
Finalidade: demonstrar o conceito de escassez;
Indica: Combinações máximas possiveis de produção de dois bens que podem se
obtidas quando a economia utiliza todos os serus recurso de diferentes maneiras;
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Pontos acima da curva representa níveis eficientes, significa que todos os
recursos produtivos estão sendo utilizados;
Pontos dentro da curva representam subemprego de fatores (capacidade ociosa),
poderia aumentar sua produção de alimentos sem reduzir a produção de
automóveis.
A inclinação da reta para baixo significa que esta economia está produzindo mais de um
produto a outro.
A configuração gráfica demonstra que o ponto H está em nível impossível de produção,
dada a quantidade de fatores de produção e tecnologia que a economia dispõe seriam
insuficientes para obter grandes quantidades de bens. Este ponto será alcançado quando
houver inovação tecnológica e/ou maior eficiência das empresas e/ou qualificação de mão
de obra. O ponto G ao contrário significa a utilização dos fatores de produção
subutilizando-os e capacidade ociosa e com desemprego.
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PARTE III - AGENTES ECONOMICOS
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- Setor Secundário: É composto pelas unidades produtoras que partindo de uma
determinada matéria prima, conjugando com o trabalho humano e máquinas, produzem um
bem econômico.
Ex: Indústria de automóvel, sapatos, roupas e etc.
- Setor Terciário: É o setor ligado aos serviços, e não a um determinado bem econômico.
São unidades produtoras voltadas para a prestação de serviços.
Ex: Bancos, hospitais, comércio etc.
- Outro Setor: São entidades sem fins lucrativos e que são voltadas para questões tais
como movimentos populares, ecologia, políticas de saúde, direitos humanos, população de
rua, minorias, etc.; seu propósito básico é gerar o exercício da cidadania e da autonomia
dos grupos que compõem a sociedade.
Ex: as ONG’s
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FLUXO MONETARIO
Firmas
Famílias
Firmas
Famílias
Mercado de fatores de
produção
Oferta demanda
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FLUXO CIRCULAR
Receitas Gastos
Mercado de bens e serviços:
-Empresas vendem;
-Famílias compram;
Mercado de fatores de
produção:
- Famílias vendem;
-Empresas compram;
Déficit: Resultado de uma conta em que as despesas são sempre maiores que as
receitas. Ou seja, sai mais dinheiro que entra. Quando há esse desequilíbrio nas contas
públicas, dizemos que há um déficit público. Esse pode ser déficit (público) primário - que
não inclui gastos com juros das dívidas interna e externa - ou nominal - que leva em conta
as despesas com juros das duas dívidas.
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Superávit: Se caracteriza quando o Governo consegue que sua arrecadação total supere
suas despesas, descontados os gastos com juros e correção monetária de dívidas. Alguns
bons exemplos destas despesas são os pagamentos de funcionários públicos e
aposentados ou os gastos com fornecedores.
PARTE V – MICROECONOMIA
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absoluta.
Adotando-se essa hipótese, torna-se possível o estudo de determinado mercado,
selecionando-se apenas as variáveis que influenciam os agentes econômicos -
consumidores e produtores - nesse particular mercado, independentemente de outros
fatores, que estão em outros mercados, poderem influenciá-los.
Sabemos, por exemplo, que a procura de uma mercadoria é normalmente mais
afetada por seu preço e pela renda dos consumidores. Para analisar o efeito do preço
sobre a procura, supomos que a renda permanece constante (ceteris paribus); da mesma
forma, para avaliar a relação entre a procura e a renda dos consumidores, supomos que o
preço da mercadoria não varia. Temos, assim, o efeito "puro" ou "líquido" de cada uma
dessas variáveis sobre a procura. Por exemplo: Um aumento de preço de um
determinado produto causa uma redução na procura "ceteris paribus". Se houvesse
variação na renda do consumidor, ou seja, sem a condição "ceteris paribus", não se
poderia afirmar o mesmo a respeito da procura sem informações adicionais.
Princípio da Racionalidade
Por esse princípio, os empresários tentam sempre maximizar lucros condicionados
pelos custos de produção, os consumidores procuram maximizar sua satisfação no
consumo de bens e serviços (limitados por sua renda e pelos preços das mercadorias).
O empresário para ser racional não necessita de explorar os trabalhadores, enganar os
fornecedores, burlar clientes e financiadores. O que a racionalidade pretende é que o
empresário não desperdice recursos e procure a melhor forma de produzir e vender o
produto.
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Localização da empresa (situar próximos aos centros consumidores ou aos centros
dos fornecedores de insumos);
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É um tipo de mercado em que há um grande número de vendedores (empresas), de tal
sorte uma empresa, isoladamente, por ser insignificante, não afeta os níveis de oferta do
mercado e, consequentemente, o preço de equilíbrio.
Nesse tipo de mercado devem prevalecer ainda as seguintes premissas:
Produtos homogêneos: Não existe diferenciação entre os produtos ofertados pelas
empresas concorrentes.
Não existem barreiras: para o ingresso de empresas no mercado.
Transparência do mercado: Todas as informações sobre lucros, preços etc. são
conhecidas por todos os participantes do mercado.
Monopólio
Oligopólio
Concorrência monopolista
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a) Número relativamente grande de empresas com certo poder concorrencial, porém com
segmentos de mercados e produtos diferenciados, seja por características físicas,
embalagem ou prestação de serviços complementares (pós-venda).
b) Margem de manobra para fixação dos preços não muito ampla, uma vez que existem
produtos substitutos no mercado.
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DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO DE MERCADO.
Demanda de Mercado
1,00 12.000
3,00 8.000
6,00 4.000
8,00 3.000
10,00 2.000
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Graficamente:
a) Efeito substituição: se um bem possui um substituto, ou seja, outro bem similar que
satisfaça a mesma necessidade, quando seu preço aumenta, o consumidor passa adquirir
o bem substituto, reduzindo assim sua demanda. Exemplo: Fósforo (este tem várias
marcas), margarina substituindo a manteiga, o consumo de frango no lugar da carne
vermelha devido ter subido o preço.
Efetivamente, a procura de uma mercadoria não é influenciada apenas por seu preço.
Existe uma série de outras variáveis que também afetam a procura.
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Oferta de Mercado
1,00 1.000
3,00 5.000
6,00 9.000
8,00 11.000
10,00 13.000
Graficamente:
Equilíbrio de Mercado
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Veja o quadro a seguir representativo da oferta e da demanda do bem X:
Graficamente:
Como se observa na tabela existe equilíbrio entre oferta e demanda do bem X, quando o
preço é igual a 6,00 unidades monetárias.
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Impostos Indiretos: impostos incidentes sobre o consumo ou sobre as vendas. Exemplo:
Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI).
Impostos Diretos: Impostos incidentes sobre a renda. Exemplo: Imposto de Renda, IPVA,
IPTU, etc.
Entre os impostos indiretos destacamos:
Imposto Específico: Recai sobre a unidade vendida e o imposto é fixo. Exemplo: para
cada carro vendido, recolhe-se, a título de imposto, R$ 5.000 ao governo (esse valor é fixo
e independente do valor do automóvel).
Imposto ad valorem: é um percentual (alíquota) aplicado sobre o valor de venda.
Exemplo: supondo a alíquota do IPI sobre automóveis de 10 %, se o valor do automóvel for
de R$ 50.000, o valor do IPI será de R$ 5.000; se o valor aumentar para R$ 60.000, o valor
do IPI será de R$ 6.000. Assim, como se pode notar, a alíquota permanece inalterada em
10%, enquanto o valor do imposto varia com o preço do automóvel.
Política de preços mínimos na agricultura: Trata-se de uma política que visa dar
garantia de preços ao produtor agrícola, com propósito de protegê-lo das flutuações dos
preços no mercado, ou seja, ajudá-lo diante de uma possível queda acentuada de preços e
conseqüentemente da renda agrícola. O governo, antes do início do plantio, garante um
preço que ele pagará após a colheita do produto e utilizará como estoque e regulador e
momentos subseqüentes.
PARTE VI - MACROECONOMIA
Contabilidade Nacional
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A teoria macroeconômica propriamente dita preocupa-se mais com aspectos de curto
prazo. Trata das questões como o desemprego, que aparece sempre que a economia está
trabalhando abaixo de seu máximo da produção, e das implicações sobre os vários
mercados quando se alcança a estabilização do nível geral dos preços.
Em resumo a teoria macroeconômica trata fundamentalmente das questões do
desemprego e da inflação, consideradas como problema de curto prazo.
C ) Produto Bruto (PB ): produção de bens e serviços finais realizados pela economia,
durante um período de tempo.
E ) Produto Interno Bruto ( PIB ): expressão monetária dos bens e serviços finais
produzidos dentro dos limites territoriais econômicos, independentemente da origem dos
fatores de produção.
F ) Produto Nacional Bruto ( PNB ): expressão monetária dos bens e serviços produzidos
por fatores de produção nacionais, independentemente do território econômico.
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K) Taxa de desemprego: Refere-se a percentagem de pessoas aptas a trabalhar que
estão procurando emprego e ainda não encontraram.
Cenários Macroeconômicos
Metodologia
O PIB é a soma das riquezas produzidas por um país. Quando o PIB é analisado pela ótica
de quem produz essas riquezas, entram no cálculo os resultados da indústria (que
respondem por 30% do total), serviços (65%) e agropecuária (5%). O PIB mostra o
comportamento de uma economia em uma determinada nação.
O PIB também pode ser analisado a partir do consumo, ou seja, pelo ponto de vista de
quem se apropriou do que foi produzido. Nesse caso, o PIB é dividido pelo consumo das
famílias, pelo consumo do governo, pelos investimentos feitos pelo governo e empresas
privadas e pelas exportações.
O índice só considera os bens e serviços finais, de modo a não calcular a mesma coisa
duas vezes. A matéria-prima usada na fabricação não é levada em conta. No caso de um
pão, a farinha de trigo usada não entra na contabilidade.
Um carro de 2006 não é computado no PIB de 2007, pois o valor do bem já foi incluído no
cálculo daquele outro ano.
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O consumo depende dos salários e dos juros. Se as pessoas ganham mais e pagam
menos juros nas prestações, o consumo é maior e o PIB cresce. Com salário baixo e juro
alto, o gasto pessoal cai e o PIB também. Por isso os juros altos atrapalham o crescimento
do país.
Os gastos do governo são outro fator que impulsiona o PIB. Quando faz obras, como a
construção de uma estrada, são contratados operários e é gasto material de construção, o
que ele eleva a produção geral da economia.
As exportações também fazem o PIB crescer, pois mais dinheiro entra no país e é gasto
em investimentos e consumo. As exportações são as saídas de mercadorias do Brasil
negociadas para outros países.
PIB= C+I+G+X-M
Sendo que:
C representa o consumo privado
I é a totalidade de investimentos realizada no período
G equivale aos gastos do governo
X é o volume de exportações
M é o volume de importações
CÁLCULO
A fórmula para se chegar ao valor do Produto Interno Bruto é:
PIB = C + I + G + NX
Onde C = Consumo; I = Investimento; G = Despesa do Governo; e NX = Exportações
Líquidas.
..: "Consumo" refere-se a todos os bens e serviços comprados pela população.
Divide-se em três subcategorias: bens não-duráveis, bens duráveis e serviços;
..: "Investimento" consiste nos bens adquiridos para uso futuro. Essa categoria
divide-se em duas subcategorias: investimento fixo das empresas (formação bruta de
capital fixo) e variação de estoques;
..: "Despesa do Governo" inclui os bens ou serviços adquiridos pelos governos
Federal, Estadual ou Municipal;
..: "Exportações Líquidas" trata-se da diferença entre exportações e importações.
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PIBn = ∑Pi . Qi
(Preço e quantidade no ano de 2005)
*PIB Real: É estimado com preços do ano base, a preços constantes e quantidades
correntes.
PIBr = ∑Pi . Qi
2005 2004
PIBr = ∑Pi . Qi
2005 2006
PIB 2009
PIB Per Capita PIB pc =
População total 2009
Resolva:
Calcule o PIB per capita de 2009 considerando os dados abaixo:
PIB 2009: R$ 3,143 trilhões
População total de 2009: 191,5 milhões de habitantes
Resposta: 16.460,00
É o valor que cada indivíduo receberia se a renda fosse distribuída totalmente igualitária.
Mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda
domiciliar per capita.
Em 2006, a população residente do país estimada em 1 de julho, somou 186.770.562
habitantes, o que representou um crescimento populacional de 1,4% em relação ao ano de
2005. O PIB per capita atingiu R$ 12.466,75, um crescimento de 2,3% em relação ao ano
de 2005.
PIBr 2008
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Taxa de crescimento do PIBr 2008 e 2009
Índices de Inflação
1. IGP-M - Índice Geral dos Preços do Mercado, calculado pela Fundação Getúlio
Vargas. A coleta de preços é feita entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês corrente,
com divulgação no dia 30. É composto por três índices: Índice de Preços no Atacado (IPA),
Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional do Custo da Construção (INCC),
que representam 60%, 30% e 10%, respectivamente, do IGP-M.
2. IPA - Índice de Preços no Atacado, calculado pela FGV, com base na variação dos
preços no mercado atacadista. Este índice é calculado para três intervalos diferentes, e
compõem os demais índices calculados pela FGV (IGP-M, IGP-DI e IGP-10), com um peso
de 60%.
3. IPC - Índice de Preços ao Consumidor, calculado pela FGV, mede a inflação para
famílias com rendimentos entre 1 e 33 salários mínimos, em São Paulo e no Rio de
Janeiro. O IPC representa 30% do IGP-M. Este índice é calculado para três intervalos
diferentes, e compõem os demais índices calculados pela FGV (IGP-M, IGP-DI e IGP-10),
com um peso de 30%.
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7. IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Ampliado. É calculado pelo IBGE nas
regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo,
Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.
Mede a variação nos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias com rendas
entre 1 e 40 salários mínimos. O período de coleta de preços vai do primeiro ao último dia
do mês corrente e é divulgado aproximadamente após o período de oito dias úteis.
Nota: Entre 1985 e 1994 as taxas da inflação no Brasil foram altas. Para os mais ricos, a
política da correção monetária ajudou a suavizar a situação;
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bens e serviços. Para que ao menos houvesse um equilíbrio de mercado, seria necessário
que a oferta agregada de bens e serviços fosse igual a demanda agregada de bens e
serviços.
O mercado de bens e serviços define as variáveis de: nível de renda, produto
nacional e de preços, consumo, poupança e investimentos agregados e exportações e
importações globais.
2- Mercado de Trabalho
Nesse mercado admite-se um único tipo de mão-de-obra, independente do grau de
qualificação, escolaridade, sexo etc. Ele determina os salários e o nível de emprego.
A oferta de mão-de-obra dá-se pelo salário e pela evolução da população
economicamente ativa. E a procura de mão-de-obra ocorre pelo seu custo à empresa e do
nível de produção desejada pela mesma. O equilíbrio nesse mercado se dá pela igualdade
entre a oferta e a demanda de mão-de-obra.
Esse mercado determina o nível de emprego e a taxa de salário.
3- Mercado Monetário
Existem em função de que todas as operações comerciais da economia são
realizadas através da moeda. Nele existe, portanto, uma demanda e também uma oferta
de moeda – através do Banco Central –, que juntas determinam uma taxa de juros. Aqui, a
igualdade entre a oferta e a demanda de moeda é dá a condição de equilíbrio no mercado
monetário. E é ele que impõe, além da taxa de juros, o estoque de moeda.
4- Mercado de Títulos
Determina o preço dos títulos, por exemplo, do título público federal.
Ele analisa o papel dos agentes econômicos superavitários – que gastam menos e
ganham mais, podendo efetuar empréstimos – e dos agentes econômicos deficitários –
que gastam mais que ganham, que geralmente recorrem à empréstimos dos
superavitários.
Quando a oferta de títulos se iguala a sua demanda, ocorre o equilíbrio desse
mercado.
5- Mercado de Divisas
Divisas são moedas estrangeiras, dessa forma ele também é chamado de mercado
de moeda estrangeira, e cuida das transações da economia com o resto do mundo.
Para que ocorra um equilíbrio nesse mercado a oferta de divisas – gerada pelas
exportações e entrada de capital – seja iguala sua demanda – gerada pelas importações e
saída de capital financeiro. A taxa de câmbio é a variável determinada neste mercado que
possui interferência do Banco Central, que fixa ou deixa a taxa de câmbio flutuar.
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empréstimos obtidos no exterior etc. Ou seja, todas as transações com mercadorias,
serviços e capitais físicos e financeiros entre o país e o resto do mundo.
Organismos Internacionais
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Dentro desse contexto foram criados os três principais organismos econômicos
internacionais do pós-guerra:
B) Banco Mundial;
Também conhecido por BIRD, foi criado com intuito de auxiliar a reconstrução dos
países devastados pela guerra e, posteriormente, para promover o crescimento dos países
em vias de desenvolvimento.
Política Monetária
Ambas atuam sobre o setor externo da economia. A política Cambial diz respeito a
ação do governo sobre a taxa de câmbio. O governo fixa ou permite que a taxa de câmbio
seja flexível, através do Banco Central. A política Comercial refere-se aos instrumentos
que estimulam as exportações – estímulos fiscais e taxas de juros subsidiadas – e ao
controle das importações – tarifas e barreiras maiores.
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PARTE VII: MODELO KEYNESIANO BÁSICO
Os economistas dos séculos XVIII e XIX acreditavam que o nível de produtos não
sofreria grandes alterações, e todos os fatores de produção estariam ocupados na
produção de bens e serviços que formam a renda. Isto formaria o chamado estado de
"pleno emprego" dos fatores de produção. Assim, acreditavam que toda renda distribuída
no ato da produção se dirigiria ao mercado para adquirir bens e serviços. Apoiando-se na
Lei de Say: "toda oferta cria sua própria demanda".
Elasticidade
Por exemplo, para alguns bens os consumidores reagem bastante quando o preço
sobe ou desce e para outros a demanda fica quase inalterada quando o preço sobe ou
desce. No primeiro caso se diz que a demanda é elástica e no segundo que ela é
inelástica. Do mesmo modo os produtores também têm suas reações e a oferta pode ser
elástica ou inelástica.
Essa reação é calculada pela razão entre dois percentuais. A variação percentual na
quantidade demandada dividida pela mudança percentual no preço. Ou seja,
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Ed = variação percentual na quantidade demandada
Mudança percentual no preço
Por exemplo: Digamos que o preço do leite muda de R$ 2,00 para R$ 2,20. Qual a
elasticidade-preço da demanda por leite se a quantidade demandada de leite é de 85 mil
litros por ano quando o preço é R$ 2,20 e é de 100 mil litros por ano quando o preço é R$
2,00. Então:
A mudança absoluta na quantidade foi de 15 mil de litros (100 – 85) para baixo. Em termos
percentuais isso equivale a 15% pois, a quantidade era de 100 mil litros a R$ 2,00 que era
o preço inicial. Quando o preço aumentou para R$ 2,20 houve uma queda na quantidade
demandada de 15% [100(85 – 100)%/100].
A mudança absoluta no preço foi de R$ 0,20 (2,20 – 2,00) para cima. Em termos
percentuais isso equivale a 10% pois, o preço inicial era R$ 2,00 e aumentou para R$ 2,20
houve um aumento de 10% [100(2,20 – 2,00)%/2,00].
Se a quantidade era 100 e caiu para 85 a uma queda de 15. Então a regra é se 100
equivalem a 100% a quanto equivalerá 15?
Da mesma forma o preço: O preço aumentou de 2,00 para 2,20. O aumentou foi de 0,20.
Se 2,00 era 100% do preço quanto seria 0,20?
1. ELÁSTICOS
Se a elasticidade-preço do bem for maior que 1,00 diz-se que a demanda por esse bem é
elástica. A variação percentual na quantidade excede a variação percentual no preço. Ou
seja, os consumidores são bastante sensíveis a variações no preço.
2. INELÁSTICOS
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Se a elasticidade-preço do bem for menor que 1,00 diz-se que a demanda por esse bem é
inelástica. A variação percentual na quantidade é menor que a variação percentual no
preço. Ou seja, os consumidores são relativamente insensíveis a variações no preço.
3. ELASTICAMENTE UNITÁRIOS
Se a elasticidade-preço do bem for igual a 1,00 diz-se que a demanda por esse bem é de
elasticidade neutra ou unitária. A variação percentual na quantidade é igual à variação
percentual no preço.
1. Tempo
2. Espaço
3. Participação no Orçamento
Para bens essenciais como pão, arroz, feijão, etc a demanda é mais inelástica. Para bens
de luxo a demanda é mais elástica.
Exemplos de Elasticidades
Produto Ed
Sal 0,1
Água 0,2
Café 0,3
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Cigarros 0,3
Calçados 0,7
Habitação 1,0
Automóveis 1,2
Refeições em restaurantes 2,3
Viagens de Avião 2,4
Cinema 3,7
Marcas Específicas de Café 5,6
A elasticidade muda a cada ponto. Ela aumenta a medida que os pontos vão se movendo
para a esquerda.
As elasticidades em cada mudança são de: E d = 4,0 (de r para s); E d = 1,0 (de t para
u); Ed = 0,25 (de v para w). Teoricamente a elasticidade de uma reta vai de zero ao infinito.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
SANDRONI, P. Novíssimo dicionário de economia. 11 ed. São Paulo, Best Seller, 2003.
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