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Lunarah Sousa
João Miguel Silva
Maria Regina Sousa
2019, Recife.
INTRODUÇÃO
TALHADO DO GAVIÃO
SÍTIO LAJEDO
Na foto é possível identificar uma leve lavagem superficial que transporta as rochas
juntamente com o material arqueológico. Também é possível identificar que o solo se
encontra bem mal selecionado.
A erosão está sendo o principal fator para a degradação dos materiais visto que
uma das estruturas de fogueiras está prestes a cair numa voçoroca. A erosão também
acaba afetando a distribuição das rochas (identificados como quartzo queimado) na
fogueira.
Figura 11: Estrutura de fogueira em meio a erosões lineares.
Figura 12: Material lítico encontrado no sítio.
Figura 13: Erosão do tipo piping, que provoca retiradas de sedimento no sentido contrário ao fluxo,
realizando escavações como demonstra as setas em vermelho.
COMPLEXO XIQUE-XIQUE
• SÍTIO XIQUE-XIQUE I
O sítio Xique-Xique I (UTM 769887 / 9275214) é um abrigo sob rocha que está
inserido em alta encosta com 418 metros de elevação. Sua abertura é para o sul, voltado
para o eixo de drenagem do Rio Carnaúba, que fica a 150 metros do sítio (CHAGAS,
2017). A dimensão do sítio corresponde a 21,8 metros de comprimento, 5,2 de largura e
3,85 de altura.
O sítio é composto por 6 manchas gráficas que possuem em sua maioria pinturas
rupestres da tradição nordeste, subtradição Seridó. Segundo Chagas (2017), o suporte
rochoso que compõe o abrigo é Muscovita-quartzito, que corresponde a formação
equador.
Dentre os grafismos podemos observar cenas do cotidiano dos grupos pré-
históricos que outrora habitaram a região. Figuras humanas, zoomórficas e fitomórfica
compõe cenas de caça e rituais. Dentre os fatores de mais expressivos degradação
identificado foi pátina e eflorescência.
Como é possível observar na Figura 14, o abrigo proporciona boa visibilidade
direcionada para o rio e seu entorno, podendo ser um ponto importante para o
planejamento estratégico dos grupos pré-históricos na administração do território para a
caça.
Figura 15: Sítio Xique-Xique I.
O sítio Xique-Xique II (UTM 770263 / 9274917) é um abrigo sob rocha que está
inserido em alta encosta com 405 metros de elevação. Sua abertura é para o sul, e assim
como o Xique-Xique I, é voltado para o eixo de drenagem do Rio Carnaúba, que fica a
270 metros do sítio (CHAGAS, 2017). A dimensão do sítio corresponde a 19.76 metros de
comprimento,7.18 de largura e 4.95 de altura.
O sítio é composto por 7 manchas gráficas que possuem em sua maioria pinturas
rupestres da tradição nordeste, subtradição Seridó com representações zoomórficas e
antropomorfas formando cenas de caça e guerra. O suporte rochoso que compõe o abrigo
é Muscovita-quartzito, que corresponde a formação equador. (CHAGAS, 2017). Dentre os
fatores de mais expressivos de degradação identificado foi pátina, eflorescência, fratura e
ação de insetos (ninho).
Na Figura 17, podemos observar, assim como o Xique-Xuique I que o abrigo
proporciona boa visibilidade direcionada para o rio e seu entorno.
Figura 18: Sítio Xique-Xique II.
O sítio Xique-Xique IV (UTM 770498 / 9274924) é um abrigo sob rocha que está
inserido em alta encosta com 375 metros de elevação. Sua abertura é voltada para o sul,
de frente para o eixo de drenagem do Rio Carnaúba, que fica a 350 metros do sítio
(CHAGAS, 2017). A dimensão do sítio corresponde a 7,5 metros de comprimento,2,4 de
largura e 4,4 de altura.
O sítio é composto por 4 manchas gráficas que possuem pinturas rupestres da
tradição nordeste, subtradição Seridó com maior frequência de representações
antropomorfas. O suporte rochoso que compõe o abrigo é a rocha sedimentar Muscovita-
quartzito, que corresponde a formação equador (CHAGAS, 2017). Dentre os fatores de
mais expressivos de degradação identificado foi pátina, eflorescência, fratura e ação de
insetos (ninho).
Na Figura 20, podemos observar, assim como o Xique-Xuique I e II que o abrigo
proporciona boa visibilidade direcionada para o rio e seu entorno.
Figura 21: Sítio Xique-Xique IV.
MORAES, F. A. A. . As pedras que falam: uma análise intrasítio dos artefatos líticos do
sítio Lajedo, RN.. CLIO. SÉRIE ARQUEOLÓGICA (UFPE) , v. 23, p. 211-222, 2008.