 Introdução

A fundação do Museu Paraense Emílio Goeldi

possibilitou que fossem formadas as coleções
arqueológicas procedentes da região amazônica. Na
Reserva Técnica Mário Ferreira Simões destaca-se no
cenário contemporâneo com uma imensa coleção de
objetos representativos da diversidade cultural dos
povos que habitaram a Amazônia no período pré-
colonial e histórico.

 Arcevo Arqueológico da Reserva Mário Ferreira

Simões

Coleções da região de Carajás

- Formado por Protásio Friekel nos anos 1960.

- Nos anos 1980, as pesquisas registraram na gruta dos
Carajás os primeiros vestígios relacionados as ocupações
mais antigas da Amazônia, em torno de 8.000 anos Antes
do Presente, na Gruta do Gavião.
- Os vestígios são compostos de lascas de lítico, sementes,
carvão, artefatos feitos com ossos de animais, e restos de
alimentação.

Coleções do Litoral
- Formada por coleções da região do Salgado, no nordeste
do Pará. A coleção é representada por cerâmica Mina,
conchas, ossos de animais e enterramento a em sítios
conhecidos como Sambaquis.

 Culturas Ceramistas
Os oleiros pré-colombianos foram responsáveis pela
produção dos mais belos e elaborados conjuntos de
objetos cerâmicos. Entre as principais sociedades
amazônicas pré-coloniais destacam-se: a Marajoara,
Santarém, Aristé, Maracá e Guarita.

Coleções da Região do Marajós

- Composta por antigas coleções encontradas por Clifford

Evans e Betty Meggers nos anos 1950. As coleções
também são formadas de pesquisas recentes na Ilha de
Marajós. AA cultura Marajoara ocupou a Ilha de Marajós,
na Foz do rio Amazonas, entre os séculos X e XIV.
- A sua cerâmica é caracterizada pela confecção de
objetos cerimoniais com técnicas decorativas de pintura
preta e vermelha sobre o fundo branco, bordas vazadas,
modelagem, incisão e excisão.

Cerâmica Aruã
- Os índios Aruã ocuparam a região das Guianas, a costa
amapaense e foi até as ilhas Caviana e Marajó. O tempo
de ocupação durou entre os séculos XII e XVIII.
- Os costumes funerários dos Aruã envolviam a deposição
de ossos pintados de vermelho em urnas funerárias
antropomorfas. Os corpos eram colocados em posição
fetal.

Coleção da Região de Santarém-Oriximiná

- A cerâmica Santarém é atribuída aos Tapajós, sociedade

indígena que habitou a foz do Rio Tapajós onde
atualmente se encontra a cidade de Santarém.
- Sua cerâmica é caracterizada pela predominância das
técnicas de modelagem e incisão, além de objetos com
formas complexas.
- A coleção é composta por antigas coleções encontradas
por Frederico Barata, Curt Nimuendaju e Townsend, além
de coleções vindas de pesquisas recentes.

Coleções do Amapá

- Formada por coleções de Emílio Goeldi e Aureliano de

Lima Guedes no século XIX. Provêm das regiões de
Maracá e Calçoene.
Cerâmica Aristé
- Os Aristé ocuparam uma área que abrangia o centro do
Amapá e ia até o Monte Ouanary na Guiana Francesa. A
sua cerâmica é caracterizada por pinturas e modelagem
antropomorfas e zoomorfas.

Cerâmica Maracá

- Entre os objetos cerâmicos mais conhecidos estão as

urnas funerárias encontradas em cavernas e abrigos.
- As pinturas apresentam homens e mulheres apoiados
em bancos zoomorfos e outras urnas apresentam animais
quadrúpedes.

A Reserva Técnica Mário Ferreira Simões

- A Reserva Técnica possui sistema de prevenção de

incêndios com sensores de fumaça; toda a mobília para
acondicionamento é composta de material metálico e
polietileno. A Reserva também conta com sala para
controlar a temperatura e climatização permanente para
proteger os materiais acondicionados. Possui também
laboratório de conservação e restauração.

Problemas Identificados na Reserva Técnica

- Os principais problemas estão ligados a falta de recurso
tanto para manutenção adequada do prédio quanto para
contratação de funcionários. Também há falta de
aparelhos para climatização adequada, falta de material
para acondicionamento e a manutenção dos já
existentes.

Desafios da Conservação

- Os problemas enfrentados pela instituição são

decorrentes da falta de reconhecimento das instâncias
superiores sobre o tipo e o volume do trabalho realizado
na Reserva Técnica. Com isso, o desafio maior é a
conscientização do valor deste patrimônio.
- O arcevo arqueológico conta com nenhum conservador-
restaurador. A reserva é como um grande hospital cheio
de pacientes mas sem especialistas para atender essas
pessoas.
- Apesar da possibilidade de contratar comservadores-
restauradores através de bolsas, o que se vê é que nós
curtos períodos de tempo em que se tem um conservador
disponível, há tantos problemas para serem resolvidos
que alem de não iniciar o tratamento de muitos objetos
também não é possível terminar o todas as atividades
iniciadas.