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TCC Karol Vieira
TCC Karol Vieira
CURSO DE BIBLIOTECONOMIA
JUAZEIRO DO NORTE- CE
2014
ANA KAROLINE VIEIRA DO CARMO
JUAZEIRO DO NORTE – CE
2014
C287f Carmo, Ana Karoline Vieira do.
Fonte e mediação de informação: memória, identidade
e sociedade no teatro de rua / Ana Karoline Vieira do
Carmo. — 2014.
49f. ; 30cm.
CDD: 792.081
PARA CITAR ESTE DOCUMENTO
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Agradecer talvez seja uma das formas mais difíceis de verbalizar o que,
dentro de nós, depois de tanto e tudo o que se viveu, sentiu e experimentou, parece
querer explodir. Agradecer, quando nos tornamos tão sensíveis ao tempo – no seu
jeito astuto de passar e nos fazer existir – torna-se lei. Aos encontros, afetos,
poesias e aos que comigo compartilharam pedaços da vida, agradeço.
Agradeço ao meu Deus por, do seu jeito estranho, aceitar esse meu jeito
estranho de ter fé na vida e, talvez por isso, me conceder a cada dia, inspiração e
bons olhos para que eu possa me permitir viver os encontros e os momentos,
enxergando neles sempre a poesia e o aprendizado.
Agradeço aos meus irmãos que são meus maiores e melhores motivos, elos e
raízes. A Naninha (Juliana), por ser quem, de alguma forma, sempre fez com que
todos nós buscássemos jeitos e forças de viver da melhor forma possível; por estar
sempre ali, mesmo que às vezes nem ela mesma perceba; por não cansar nunca de
perguntar “tu me ama?”, mesmo sabendo a resposta e o quanto isso, às vezes, me
tira do sério, principalmente quando estou tentando estudar. A Júnior que, ainda
que distante e calado desde que me lembro, foi quem me presenteou com dois
sobrinhos que, também um pouco distantes, sempre me lembram que há de valer a
pena o desejo e o esforço por um mundo melhor e que, invariavelmente, me
lembram de, em alguns aspectos, não me deixar crescer. A Didinha (Benigna), por
ser mais que irmã, por ser quem tomou para si a responsabilidade de mãe e me
acompanhou desde os primeiros passos, investindo, principalmente, na minha
educação; por ter me dado os primeiros livros que tive e por, até hoje, não medir as
palavras para falar do orgulho que sente de mim; por ser o exemplo mais bonito de
força e fé, de profissional dedicada e apaixonada que tenho; se eu conseguir tornar-
me ao menos metade de quem ela é, serei uma grande pessoa. A Mifilho
(Eduardo), por ter despertado em mim o gosto pela escrita; por ser meu grande
exemplo de persistência indo atrás do seu sonho por mais difíceis que tenham sido
alguns dias, e por mais dolorosa que continue sendo a saudade de casa; por me
abraçar e viver as coisas como se não houvesse amanhã e por ter grande culpa no
fato de eu sentir tudo com tanta intensidade e emoção. Aos meus irmãos, todo amor
e gratidão que houver nessa vida!
Agradeço a Felipe por ter causado tanta bagunça que me fez perceber que
ficar quieta muito pouco me apetece e que, por isso, é preciso sempre diminuir os
limites que nos distanciam do céu; por tanta paciência, por tanto desalinho, por tanto
desafio; por ter-se misturado tanto a mim a porto de, muitas vezes, não sabermos
quem é um e quem é o outro e, assim, sermos para nós e pro mundo o máximo de,
no mínimo, duas possibilidades.
A lembrança revê
E a imaginação transvê.
(Manoel de Barros)
RESUMO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................13
2 METODOLOGIA......................................................................................................16
4 TEATRO DE RUA....................................................................................................26
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................44
REFERÊNCIAS...........................................................................................................47
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1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
Uma das formas de estar preparado para viver e fazer parte de uma
sociedade tão mista e inconstante – pela ideia de agregar e, também, de modificar-
se a todo instante – é manter-se informado. “A informação é a matéria prima para os
indivíduos serem partícipes de mudanças na realidade social, organizacional e,
consequentemente, em sua própria realidade” (DIAS et al, 2004, p. 2). Esta
informação ganha sentido à medida em que é tratada e comunicada adequadamente
para que, sendo passada para o público ou procurada por ele, a transmissão da
informação aconteça com coerência e significação.
E é a partir dessa linha tênue – que distingue, mas não separa, a atuação do
bibliotecário no que concerne às técnicas e práticas de tratamento e suporte de
informação, e a possibilidade de valorar o conhecimento empírico e a significação
das coisas – que aliaremos, neste primeiro momento, duas áreas de estudo: as
Fontes de Informação e a Arte.
Baseado nessa ideia, cabe pensarmos a arte como algo que, além de dar
espaço ao que vem do mais íntimo de cada pessoa, é o que reafirma a ideia de
mudança e mistura que pensamos em relação à sociedade, por propor um
frequente, e por que não pensar eterno, ato de criação. Além disso, a arte mostra,
assim, a sua carga de significado.
Com essas ideias traçadas, podemos ultrapassar o limite que nos permite
reconhecer a arte como uma ferramenta informacional e, tendo ela como algo que
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[...] Não se sustenta uma obra de arte sem alguém que a contemple, sem o
olhar de um observador, sem a interação ou a complementação do outro,
daquele que a identificará como obra, independente do ser que a criou, do
artista, do seu autor.
1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12343.htm
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II – diversidade cultural;
4 TEATRO DE RUA
A rua como um espaço democrático, que deveria estar/ser apta, se não para
comportar todo tipo de gente, mas para aceita-lo, ainda age sob normas que regem
a cidade e a utilização de seus espaços públicos. Normas essas politicamente
estabelecidas, de modo que as vozes e as vontades do povo são suprimidas pela
ideia do direito de ir e vir. É nessa rua onde muito se cita, mas pouco se discute a
democracia, que o povo tem buscado cada vez mais – temos como exemplo as
manifestações que aconteceram em vários estados do Brasil em 2013 -, e gerado
cada vez mais motivos para discussões – muitas vezes científicas e/ou acadêmicas
– sobre o valor da cidade na formação das pessoas e a importância destas na
construção da primeira. Nesse contexto, Lima (2002, p. 6) mostra o teatro
Assim, pelas mudanças e evoluções dos espetáculos, bem como dos atores,
estarem diretamente relacionadas com a interferência e influência do público, o
teatro de rua torna-se um ato político por, além de democratizar as linguagens e os
espaços, ser uma representação da voz e do sentimento dos povos que ocupam as
ruas. Para Araújo (2011, p. 16)
No que se refere à mudança para além dos palcos, tratamos do fazer teatral
socialmente responsável, onde o ator, o artista, mais que o indivíduo, se
torna representante do seu povo, referenciando-o e representando-o, dando
voz a quem não tem vez e, de alguma maneira, se comprometendo com a
sonhada e esperada transformação social.
Este jogo refere-se ao que se faz inconscientemente, não sem saber o que
está fazendo, mas sem posicionamentos extremamente questionadores sobre sua
utilidade. O jogo é invenção. Concordando, ainda, com o pensamento de Carreira
(2001, p. 146), “a rua é, portanto, o espaço para o exercício da liberdade e da
criatividade.” Assim, essa é a primeira relação de espectador que as pessoas podem
entender ao participarem do jogo: quando se permitem fazer parte, criar, imaginar.
[...] retém arquétipos, fragmentos de mitos e matrizes culturais, que lhe dão
qualidades universalizantes e representatividade cultural. Daí explica-se, em
parte, a forte empatia que exercem sobre seu público. São personagens
fortemente incrustados no imaginário popular.
também –, não seja esquecida. Preservar não é impedir a mistura, o novo, a criação,
mas evidenciar a importância histórica e social do que existiu.
Com o reisado, quando atuado nos quatro cantos do Nordeste, é fácil refletir
no público um sentimento de pertencimento por ser de conhecimento quase geral
que, em algum lugar do tempo, aqueles relaxos e cantorias, por exemplo,
compuseram a história de nosso povo e são, hoje, recontados com novas
roupagens. Esse exemplo torna-se mais estreito e particular se pensarmos nos
lugares onde os grupos de reisado existem, onde a vida comum e cotidiana da
cidade ganha vida no terreiro quando as brincadeiras se direcionam a uma figura
popular ou a um acontecimento comum àquele público.
A partir deste viés, o reisado surge aqui não apenas como exemplo
relacionado ao recorte deste trabalho, mas por ser uma das manifestações culturais
que mais faz referência a esse jogo de reconhecimento – com as cores, os sons, os
movimentos, os rituais – e participação da comunidade.
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Além dessa relação forte com a própria comunidade, o reisado alicerça sua
manifestação, também, na relação do homem com as práticas tradicionais da
sociedade como um todo, e até da natureza, como explica Barroso (2013, p. 307):
Além de expor algumas opiniões sobre os rumos que o teatro de rua tem
tomado no Brasil, as falas vêm para reforçar as ideias expostas neste trabalho,
reafirmando sua veracidade e importância. Das sete entrevistas divulgadas,
usaremos cinco como exemplo.
2
https://www.facebook.com/GrupoGarajaldeTeatro
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Ainda que existam matrizes que norteiam as práticas teatrais, cada grupo cria
suas performances e possibilidades dentro da questão da rua que, por si só, propõe
mudanças a cada nova apresentação. Isso caracteriza a estética, tão recorrente na
fala dos entrevistados.
A chegada do teatro de rua no Brasil, nos anos 90, foi, naturalmente, um ato
político, como explica o pesquisador, músico e ator Filippo Rodrigo:
O teatro de rua, eu acho que ele por si só é político [...]. É uma arte
extremamente democrática [...]. E o que eu consigo perceber, num
crescimento muito grande desse movimento no Brasil, uma necessidade de
os grupos estarem comunicando com o outro, sem distinção de cor, de
classe e, principalmente, uma questão de incentivo financeiro, né? A gente
tem algumas leis de incentivo para a criação de rua. No Rio Grande do Sul,
em Porto Alegre, a gente tem, tem crescido muito. Grupos que não
trabalhavam com rua, tão começando a sair pra rua, também, pra se
manifestar, porque o público de teatro tradicional ele acaba sendo sempre o
mesmo, a gente acaba circulando sempre com as mesmas pessoas, e
quando a gente tá na rua a gente abre um leque, uma gama maior e
consegue entrar em contato com pessoas que não estão habituadas a ir no
teatro. Dentro do grupo Oigalê, a gente trabalha com uma estética voltada
pra essa cultura do gaúcho. Uma pesquisa tentando entender qual é a
nossa origem, o que é ser gaúcho, tentando desmistificar essa ideia do
gaúcho que ele é truculento, que ele é grosso, mas tentando, realmente,
buscar essas raízes e essas origens. E eu acho que todos os grupos de
teatro de rua eles buscam isso conforme a sua região. Então a
diversificação desse trabalho é muito grande. A gente assistindo trabalho do
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A Oigalê Cooperativa de Artistas Teatrais surgiu em 1999 e, desde então, mantém um trabalho
contínuo e de pesquisa. O grupo atualmente faz temporadas de teatro de rua nos parques e praças
de Porto Alegre, além de apresentar em escolas e entidade. Também realiza cortejos e intervenções
cênicas. http://www.oigale.com.br/ogrupo.htm
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A fala de Karine nos leva a transitar da política – onde o teatro de rua se faz
socialmente responsável e, também, onde as leis, hoje, de forma marcante no nosso
país, atuam facilitando os encontros, trocas e experiências – até onde a arte feita na
rua é considerada um elo entre passado e futuro das práticas tradicionais dos povos
e regiões, mas também é experimentação para a recriação de algumas dessas
práticas.
O grupo, ele tem apenas um trabalho de rua. [...] E, pra nós, o trabalhar com
rua surgiu como uma necessidade, porque Palmas, em Tocantins, é a única
cidade que tem disponibilidade de ter teatro. As outras cidades, do interior,
não tem teatro. Então nós tínhamos a necessidade de adentrar no universo
de todo o público do Tocantins, mas a nossa única possibilidade, pra num
ficar refém de questões técnicas, foi adentrar no teatro de rua. Começamos
sem conhecer e foi necessário fazer um estudo pra adentrar nesse universo
e acontece que nós nos apaixonamos por esse universo [...]. E, desde
então, esse espetáculo sofreu n modificações, porque, logicamente,
conforme nós íamos apresentando [...] nós fomos aprendendo com a prática
também, e adentrando nesse universo a gente foi modificando a estética do
espetáculo e do grupo, porque a gente foi aprendendo. Agora,
particularmente, nós também descobrimos que a questão do teatro de rua
no Brasil é uma necessidade, uma obrigatoriedade, ainda, porque, por
incrível que pareça, nós descobrimos que a necessidade que tem o
Tocantins, que pra receber arte tem que ser o teatro de rua, é uma
necessidade do Brasil. O Brasil não tem teatros suficientes e não tem,
ainda, a tradição, ou a educação, ou a cultura de ir ao teatro. Nós vemos no
teatro somente aquele tipo de público específico, aquele público que é do
teatro, é da dança [...]. E qualquer lugar que nós vamos, sempre tem um
que fala ‘Nossa! Primeira vez que eu vejo... Primeira vez que eu vejo
espetáculo de teatro!’ [...] Então, o teatro de rua, hoje, não é uma questão
só política. Pro artista, acho que é uma questão ética, também, de saber
que o trabalho artístico dele vai ter uma repercussão muito efetiva ao ser
apresentado na rua porque é uma plateia que também tem a necessidade, a
carência. Não é carência, mas tá com a fome da arte, tá mais pulsante a
fome. E isso é muito gostoso quando você vai pra rua, porque você
descobre que, realmente, você não tem fome só de comer, né? Quem
assiste, naquele momento que você coloca o bebo junto com o empresário,
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LAMIRA é um grupo de artes cênicas tocantinense que busca, na fisicalidade, o ponto de interseção
entre dança, teatro, circo e música para a construção de sua estética. Suas produções partem da
interação entre coreógrafos, diretores e pesquisadores das mais diversas áreas, fomentando,
fortalecendo e desenvolvendo as artes cênicas como linguagem cultural.
http://lamira.com.br/apresentacao/
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“Do repente” é um espetáculo cênico destinado aos espaços urbanos. Sua poética é elaborada em
torno do universo do Romanceiro Popular do Nordeste brasileiro, nas figuras do poeta cantador,
do coquista, do aboiador, do glosador, do cordelista, do mamulengueiro e da influência e presença
dessa cultura na formação das “diversas culturas” brasileiras. A proposta consiste numa releitura que
relaciona o universo desse Romanceiro Popular nordestino, com o universo urbano e globalizado da
atualidade.
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É nessa rua honesta – onde não existem patamares e todos estão à mesma
altura – que os saberes – sejam escritos e/ou defendidos pela ciência, sejam
registros da memória e espalhados por meio da oralidade – se encontram. E, na
naturalidade em que a rua “acontece”, esses saberes não se confrontam, assim
como as ideias e propostas acerca deles buscam a harmonia de estar. Isso
corrobora com o discurso de Lamaire (2007, p. 1-2) quando diz que não se deve
utilizar dos mesmos pressupostos para pensar e estudar a escrita (culto) e a
oralidade (popular) e que cada uma dessas linguagens deve ser avaliada e
entendida sob seu real contexto.
O teatro de rua, por fim, mesmo com toda a sua carga política e formadora,
carrega em seu dorso grande naturalidade, seja no desenrolar dos acontecimentos,
seja nos impulsos do corpo e seus sentimentos. Assim, Filippo Rodrigo nos
contempla com uma fala esclarecedora e natural sobre o fazer teatral na rua:
[...] eu acho que cada grupo vai buscar suas referências, vai buscar sua
forma de fazer teatro de rua, não existe uma forma certa. A forma certa é a
forma que você sinta prazer. [...] O importante é o prazer. Estar bem, ficar
bem e fazer o que você gosta. Isso é o importante no teatro de rua: prazer.
Saber que não é só uma profissão, saber que não é só um ganha-pão (...).
É uma grande brincadeira. É uma brincadeira popular que você tem nas
suas costas referências milenares de outros artistas, teóricos e pensadores,
de pessoas populares [...]. Mas eu tenho uma única certeza: eu estarei
brincando. Estarei brincando de teatro de rua.
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https://www.youtube.com/watch?v=0z1OBn8ZEfU
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Além disso, o grupo Garajal age exatamente como propõe uma das ações
que realiza para/com a comunidade: Garajal de Portão Aberto. Foi assim que, desde
o primeiro contato até a primeira visita, fui recebida. De braços e portão abertos para
mim, pude conhecer mais de perto as histórias e o trabalho daquela turma. Até que,
nos encontros seguintes, como deixou claro Maninho desde a primeira visita, eu já
me sentia em casa.
interditar a rua e deixar aquele espaço ser tomado pelas pessoas da comunidade,
era primordial.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mesmo que exista a universidade e, com isso, um grande muro invisível que
para tantos ainda divide esse espaço do resto da sociedade, as cidades existem
como grandes conglomerados de possibilidades. Aí estão distribuídas instituições
particulares, privadas, espaços abertos, fechados. E a rua. E em todos esses
lugares, o transformador social: o ser humano. Apesar de haver a barreira entre o
mundo acadêmico e o espaço livre da rua, os dois ambientes são indissociáveis. A
“cerca” que os divide não é intransponível e cabe tentar derrubá-la.
E na busca por unir esses feitos e aproximar o mundo acadêmico e a vida que
pode haver – e há – na rua, é preciso ir além. Faz-se necessário pensar adiante
quando a demanda dessa meta trata de conciliar dois públicos de multiplicidades
singulares.
Nesse aspecto, o uso dos espaços públicos das cidades acontece como: uma
ação política quando propõe a ocupação das ruas que são, por direito, palco
democrático das ações e expressões do povo; uma ação educadora quando, com
movimentos que representam a criatividade humana, expressados, muitas vezes,
em arte, propõe reflexões; e preservadora por ser o lugar onde acontece, dia a dia, a
repetição e a recriação das práticas costumeiras e tradicionais das comunidades.
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Acerca disso, o bibliotecário pode, perfeitamente, ocupar esses lugares por ser da
natureza da sua formação, estar nos espaços que possuem e/ou criam informações.
Por fim, as perspectivas futuras são que a abordagem dos ensinamentos que
existem e acontecem fora do ambiente acadêmico possa ganhar espaço e
visibilidade na universidade, atuando em consonância com as práticas e estudos
que já fazem parte das estruturas curriculares, como forma de tornar mais humanas
e verdadeiras as relações. Além de, assim, a figura do bibliotecário se enrijecer
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ainda mais enquanto fazedor, mediador e, ainda, protagonista dessa ação que
envolve troca de culturas e conhecimentos.
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REFERÊNCIAS
CARVALHO, Gilmar de. et al. In: OLIVEIRA, R., SANTOS, H. L. dos (Org.). SESC
Terreiro da Tradição. Fortaleza: SESC, 2010.
DIAS, Luciana da Costa. O Teatro e a Cidade: notas sobre uma origem comum. Arte
e filosofia, n. 12, p. 48-61, 2004.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo:
Atlas, 2009.
RIO, João do. A alma encantadora das ruas. São Paulo: Companhia das letras,
2008.
outubro de 2014.