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MANAUS
2020
GABRIELLA ALVES CAVALCANTE
JOCIELE CELLYS LEANDRO DE SOUZA
KASSIA ELEN BANDEIRA DE OLIVEIRA
MANAUS
2020
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1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
Identificar como a questão do aborto no Brasil, de acordo com o artigo 128 do Código
Penal (1984), contribui para minimizar o número de morte de mulheres.
2.2 Específicos
3 JUSTIFICATIVA
4 METODOLOGIA
5 REFERENCIAL TEÓRICO
5.1 O aborto
As discussões sobre o aborto são extensas e antigas. Existem controvérsias que variam
de intensidade sobre se e quando o aborto deve ser permitido e quais as situações que o
justificam ou sobre quando se inicia a vida. Valores éticos como poder, igualdade, dignidade,
direitos, liberdade, justiça, fé, moral e autonomia se atravessam nessa trama de discussão
(Giugliani, C., et al. 2019).
Ainda de acordo com Aragão (2019), atualmente o Brasil não pode ignorar a realidade
de diversas mulheres que sofrem ao realizarem abortos clandestinos que podem tristemente
resultar na morte das mesmas. Essas ocorrências trazem um impacto negativo na saúde
pública, e penalizar criminalmente a mulher que pratica de forma voluntária o aborto não foi
suficiente para solucionar o problema. Em alguns casos específicos o aborto não é punível,
como no caso de aborto natural, aborto necessário e aborto de anencefálos.
De acordo Bittencourt (2013) o aborto necessário exige dois requisitos, quais sejam: o
perigo de vida da gestante e a inexistência de outro meio para salvá-la. É necessário que haja
perigo iminente à vida da gestante, e não apenas o perigo à saúde, mesmo que seja muito
grave. Neste caso o aborto, deve ser a única forma de salvar a vida da gestante, caso contrário
o médico responderá pelo crime.
O Código Penal Brasileiro somente autoriza a prática do aborto nos casos em que essa
opção seja a única alternativa para sobrevivência da gestante, pois a vida da gestante se torna
mais importante que o nascimento do feto com vida, e assim, esta modalidade de aborto não
constitui crime e não será punível.
No Código Penal não existe limitação temporal para a gestante decida pelo
abortamento, ela pode decidir durante qualquer momento da gestação. Nesta modalidade de
abordo, a interrupção da gravidez é exclusivamente realizada por motivo psicológico que a
gestante sofreu em consequência da forma violenta a qual foi submetida na concepção da
gravidez. O código penal não pune está modalidade (ARAGÃO, 2019).
Dessa forma, o Supremo Tribunal Federal em 12.04.2012, decidiu que não pratica o
crime de aborto tipificado no Código Penal a mulher que antecipa o parto em caso de gravidez
de feto anencéfalo. Dentro dos preceitos de proteção da vida dispostos na Constituição
Federal, a interrupção da gravidez no caso de feto anencéfalo, não é considerada como crime,
sendo assim ninguém pode obrigar uma mulher a manter uma gestação que já se encontra
inexistente, tendo em vista a não perspectiva de vida do feto.
Ainda de acordo com Santos et al. (2013), considerando que a morte feminina
representa apenas uma fração dos problemas relacionados ao aborto, os dados referentes à
hospitalização decorrentes do abortamento confirmam sua magnitude, sendo que a curetagem
pós-abortamento representa o terceiro procedimento obstétrico mais realizado nas unidades de
internação da rede pública de serviços de saúde. O problema decorrente das complicações
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A Figura 1 mostra o total de óbitos com causa básica aborto e o total de óbitos com
outras causas básicas e com menção de aborto entre o ano de 2006 e 2015.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal – Parte Especial 2. Vol. II. 13ª
Ed. 2013.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. 3. ed. – São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007.