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Curso de Especialização em Educação, Pobreza e Desigualdade Social - 2016.

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Portfólio 1: A partir do Vídeo Paulo Freire (In Memoriam), em uma lauda, cite os elementos
presentes no seu cotidiano profissional que tenham relação com a crítica às visões fatalistas e
reducionistas da ação humana destacadas no vídeo.

Freire nos faz um convite

No vídeo Paulo Freire nos faz um convite e nos instiga a refletirmos sobre nossas condutas e
convicções, e como estamos agindo diante de nossa realidade. Estamos adaptados ou
inseridos no nosso contexto social e profissional?

Acredito na capacidade da transformação de qualquer que seja a realidade, para tanto,


existem elementos essenciais para essa mudança, como a indignação, o enfrentamento, o
conhecimento e a paciência (não quer dizer passividade).
No meu cotidiano profissional vivemos paradoxalmente com essas duas realidades.
Vivemos e convivemos em alguns momentos com professores e alunos e uma escola
“adaptada”, e em outro momento com pessoas, situações e escola “inserida”.
Algumas frases que confirmam essa percepção de adaptação e inserção:
 “Esse menino não quer nada”.
 “Esse aluno tá perdido”.
 “Esse aí, tem jeito não”.
 “Esse vai ser reprovado de novo”.
 “Vamos conhecê-lo melhor”.
 “Vamos propor um acompanhamento mais próximo”
 “Vamos conversar com os pais, para saber mais”
 “Qual será a realidade que ele vive?”
Outros elementos que reforçam a visão fatalista:
 A incapacidade de identificarmos e reconhecermos em nossos alunos suas
competências e deficiências, aceitando como “normal” a evasão e a reprovação.
 A incapacidade de buscarmos, enquanto escola, soluções para o não aprendizado e,
consequentemente, para a não inserção, desses jovens, no mundo do trabalho.
 Assumir com naturalidade, a negligência por conhecimento, para uma proposição de
educação emancipadora e que estimule uma consciência crítica dos nossos educandos.
 Não enxergar ou não perceber o aluno de maneira holística e homogeneizar o
conhecimento para todos, embora diferentes.
Entendo que elementos fatalistas de nossa prática pedagógica devem ser repensados e
superados, para que consigamos avançar.
Finalizo o texto com uma frase de Mizukami (1986 apud FREITAS, p. 56) que
corrobora com o pensamento de Freire: "O homem se constrói e chega a ser sujeito na
medida em que, integrado em seu contexto, reflete sobre ele e com ele se compromete,
tomando consciência de sua historicidade".

REFERÊNCIA:

FREITAS, Ana Lúcia de Souza. Pedagogia da conscientização: um legado de Paulo


Freire à formação de professores. 3. ed. Porto Alegre: EDPUCRS, 2004.

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