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25/01/2006 - 09h45
"Era mais uma experiência estética do que terapêutica", afirma o músico Caetano Veloso, que se
submeteu à "Estruturação do Self". O depoimento de Caetano está entre os 31 apresentados na
mostra "Lygia Clark - Do Objeto ao Acontecimento", que será inaugurada hoje na Pinacoteca do PUBLICIDADE
Estado.
Em longas falas, em alguns casos de até duas horas, amigos, intelectuais e "pacientes"
reconstituem não só o método de Clark como também o polêmico período no qual a artista
trabalhou. PUBLICIDADE
"É uma mostra política", diz a curadora Suely Rolnik, que há três anos vem registrando os
PUBL
depoimentos. "Tenho a convicção da força política na experiência estética e com essa exposição
espero contribuir para resgatar a contundência do que foi vivido aqui nos anos 60 e 70, para
alimentar o debate de quem está produzindo agora", afirma.
Ao contextualizar a obra de Clark que, nos conturbados anos 60, dava aulas na Sorbonne, em
Paris (há depoimentos de ex-alunos na mostra) e, nos 70, vivia no Rio, a curadora busca
encerrar a polêmica arte ou terapia.
"Ela sempre continuou no campo da arte, mas é muito difícil categorizar", diz Lula Wanderley,
que conviveu intensamente com a artista e continua trabalhando com experiências da época.
Fetiche do objeto
Para contextualizar obra e percurso de Clark, as curadoras (Corinne Diserens, diretora do Museu
de Belas Artes de Nantes também assina a mostra, que, aliás, começou lá, no ano passado)
evitaram banalizar os objetos poor ela criados. "Ela trabalhava com propostas complexas, que ÍNDICE
não se finalizavam no objeto. Eles eram parte de um dispositivo que permitia que a obra se
realizasse na experiência", diz Rolnik. 1. Alice Braga produzirá nova série
brasileira original da Netflix
Um dos desafios de Rolnik foi apresentar trabalhos experimentais dos anos 60 e 70 sem a
2. Sem renovar contrato, Fox retira
presença do autor. "Fiquei aflita com o que andei vendo, desde que Lygia passou a ter maior
canais da operadora Sky
presença no circuito internacional. Na Bienal de São Paulo, em 1998, chegaram a montar um
palquinho, quando na "Estruturação do Self" nunca houve espectador", diz. 3. Filósofo e crítico literário Tzvetan
Todorov morre, aos 77, em Paris
Por isso, os depoimentos assumem papel central na mostra. Eles surgem em clipes de dois
4. Quadrinhos
minutos no início da exposição, ao lado dos "Objetos Relacionais", e podem ser vistos na
íntegra, em vídeo, no final do percurso. 5. 'A Richard's estava perdendo sua
cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à
Se por um lado eles ajudam a compreensão da obra de Clark, por outro reforçam a tendência de marca
transformar museus em locais onde é necessário passar dias para ver a íntegra de uma
exposição.
1. Além de Gaga, Rock in Rio confirma
O percurso da mostra segue o caminho contrário do desenvolvimento da obra de Clark, em suas Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
cinco fases mais experimentais. Assim, ela tem início com o módulo "Estruturação do Self",
passa por "O Corpo É a Casa", depois "Corpo Coletivo", "A Casa É o Corpo", e, finalmente, 2. Retrospectiva celebra os cem anos da
"Nostalgia do Corpo". mostra mais radical de Anita Malfatti
ÍNDICE
Nesse caminho, um destaque é a instalação "A Casa É o Corpo", apresentada na Bienal de
Veneza (1968), que busca reproduzir a experiência do parto.
1. Retrospectiva celebra os cem anos da
mostra mais radical de Anita Malfatti
Ao entrar na última sala, com obras dos anos 50, quando Clark se ligou ao concretismo e ao
https://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u57156.shtml 1/3
04/06/2020 Folha Online - Ilustrada - Pinacoteca mostra experiências de Lygia Clark - 25/01/2006
neoconcretismo, o visitante participa da obra "Caminhando" (1964), uma fita de papel a ser 2. 'A Richard's estava perdendo sua
recortada. cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à
marca
Ao montar de trás para frente a história da artista, as curadoras queriam, no início, impregnar
os visitantes com a "Estruturação do Self", para que eles percebessem que, mesmo em suas
primeiras pinturas, seria possível identificar os mesmos princípios. "A investigação da fase
geométrica dela não era formal como finalidade, mas era importante como estratégia para
devolver à pintura seu caráter vivo. Se no começo ela trabalha com os impedimentos da
pintura, no fim ela vai trabalhar com os impedimentos do corpo", avalia Rolnik.
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