Você está na página 1de 56

Projeto Carcinogênicos: estudo da

exposição a agentes químicos


carcinogênicos e irritantes na
produção de carvão vegetal na Bahia

Coordenação: Albertinho Barreto de Carvalho


FUNDACENTRO – CRBA
Laboratório Químico de Higiene Ocupacional

02 de Setembro de 2013
MOTIVAÇÃO PARA OS ESTUDOS
REALIZADOS PELA FUNDACENTRO/BA
 Solicitação da atual SRTE/Camaçari-Ba, em razão
(2000):
 das precárias condições de trabalho encontradas durante as
fiscalizações na época (1999-2000);
 da escassez de informações (no mundo) sobre exposição de
trabalhadores carvoeiros (a produtos químicos emitidos na
fumaça da queima da madeira e a poeira de carvão) e os
efeitos sobre a saúde;
 da falta de informações que subsidiassem a proposição de
medidas de controle coletivo e individual, bem como, de
monitoramentos biológicos da exposição e/ou efeito.
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Realidade Inicial nas Carvoarias no
Litoral Norte e Recôncavo Baiano (2002)

albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Realidade Inicial nas Carvoarias no
Litoral Norte e Recôncavo Baiano (2002)

albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Realidade Inicial nas Carvoarias no
Litoral Norte e Recôncavo Baiano (2002)

albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Realidade Inicial nas Carvoarias no
Litoral Norte e Recôncavo Baiano (2002)

albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
HISTÓRICO SOBRE O USO DO
CARVÃO VEGETAL
Para a produção do ferro/aço é necessário o carvão,
seja ele mineral ou vegetal;

Na década de 1920 foi implantado um conjunto de


Na década de 1950, a instalação da Usina de
usinas a carvão vegetal, em Minas Gerais – produção =
Volta
~4 mil ton.Redonda, usando carvão mineral, deu
de aço/ano;
início a competição com o carvão vegetal.
A estrutura viária não permitia o emprego do carvão
mineral;

Em 1946 a Usina Belgo Mineira atingia 342 mil


Ton./ano de aço = 70% da demanda interna;
Fonte: Ferreira (2000)6
Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Por que se utiliza o carvão vegetal?

 Tem baixíssimo custo de produção (processo e


mão-de-obra).
 É uma alternativa econômica à elevação dos preços
do coque (de petróleo e do carvão mineral) e do
próprio petróleo e à incerteza da disponibilidade de
combustíveis fósseis.
 Não se avalia e nem se leva em conta os impactos
causados pela perda das florestas nativas e sua
biodiversidade.
 A extração e uso do carvão mineral tem impacto
reconhecido sobre a saúde dos trabalhadores e o
meio ambiente.
Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
De acordo com a FAO (Food and
Agriculture Organization) (FAO, 2005):

 Produção mundial de carvão vegetal em 2003 = 43


milhões ton/ano.
 Principais produtores: África, América Latina e Ásia.
 Brasil: maior produtor mundial = 12,7 milhões de
ton/ano:
 82% da produção da América Latina
~ 30% da produção mundial

albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
SITUAÇÃO ATUAL (FAO, 2013):

 Produção mundial de carvão vegetal em 2012 = 50


milhões ton/ano.
 Principais produtores: (1º) África (30 milhões ton/ano),
(2º) América Latina, e (3º) Ásia.
 Brasil: maior produtor mundial = 6,8 milhões de
ton/ano:
 68% da produção das Américas
~ 14% da produção mundial
FAOSTAT, 2013 - http://faostat.fao.org/DesktopDefault.aspx?PageID=626&lang=en#ancor, Acesso em 22/08/2013

albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
PRODUÇÃO DE CARVÃO NO BRASIL
PRODUTORES: MG, BA, PA, TO, MS, GO
– Maior produtor e consumidor:
• Estado de Minas Gerais – 62,5% do consumo;
– Consumo do Estado da Bahia = 2,6%;
 DESTINO :
– Indústrias siderúrgicas de ferro-gusa, ferro ligas e de aço (MG,
PA, BA).
• 88,2% do consumo no país;
 Destino principal da produção no recôncavo baiano, na época
(início anos 2000):
– duas indústrias siderúrgicas.

Fonte: Medeiros, 1999; Abracave, 2002; Zuchi, 2002


Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Produção Florestal (??)
(árvores para abate!!)

Fonte: Anuário Estatístico ABRAF, 2012


http://www.abraflor.org.br/estatisticas/ABRAF12/ABRAF12-BR.pdf, Acesso 22/08/2013.
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Localização atual dos principais centros industriais consumidores de
madeira de florestas plantadas. Brasil, 2011

Dados
estatísticos não
reproduzem a
realidade!

Fonte: Anuário Estatístico ABRAF, 2012


http://www.abraflor.org.br/estatisticas/ABRAF12/ABRAF12-BR.pdf, Acesso 22/08/2013.
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Fonte: Anuário Estatístico ABRAF, 2012
http://www.abraflor.org.br/estatisticas/ABRAF12/ABRAF12-BR.pdf, Acesso 22/08/2013.
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Carvão Vegetal na Siderurgia

Fonte: Ferreira (2000)6


Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
MADEIRAS UTILIZADAS
 Espécies utilizadas: eucalipto e pinho de
reflorestamento, e árvores de florestas nativas.
 Madeira preferida atualmente : eucalipto.

 Em 2000, 28,3 % do carvão produzido eram


originários de florestas nativas. (ABRACAVE)

- No centro-oeste e sul da Bahia o uso de


madeiras de mata nativa ainda é muito
comum.

Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br


MÃO DE OBRA

 Mão de obra no Brasil (Abracave, 2002):


– 56.900 trabalhadores (produção de carvão e
transporte da madeira e do carvão).

 Na Região Nordeste de Salvador (Projeto da


DRT/Camaçari-2002):
– 760 trabalhadores na produção de carvão -
linha verde e recôncavo.
– 11 empresas sub-contratadas que operavam
as carvoarias – linha verde e recôncavo.
ABRACAVE: Associação Bras. de Florestas Renováveis
Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
PROCESSO DE PRODUÇÃO
DE CARVÃO VEGETAL
Corte da Madeira Transporte para a porta dos fornos

Carbonização Abastecimento dos fornos

resfriamento
Exposição a fumaça
Retirada do carvão dos fornos e Mat. Particulado

Exposição a pó
de carvão Transporte para as siderúrgicas

Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br


ÁREAS DE PLANTIO E CORTE

Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br


Transporte da Madeira até os Fornos
Vigente na Época (2002)

Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br


Enchimento de Forno com Madeira

Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br


Os Fornos
Orifício superior; onde Orifícios (tatús
se coloca o fogo inicial. ou baianas).
Porta

Forno semi-circular- diâmetro = 4m


Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Os Fornos
Orifício superior; onde Orifícios (tatús
se coloca o fogo inicial. ou baianas).
Porta

Até 25
m3/mês

Forno cilíndrico - diâmetro = 5m


Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Ignição do Forno

Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br


Fase Inicial da Carbonização
1a3
dias

Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br


Fases da Carbonização
Fumaça Azul

Fase
Tempo de carbonização = interm.
5 a 9 dias

Fumaça Parda Fumaça Branca

Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br


Retirada e transporte do carvão
na época (fase inicial do estudo)

Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br


Produtos de Combustão da Madeira Anidra

Produto (% massa)

Carvão com 86% de carbono fixo 33,0 – 35,0

Líquido Pirolenhoso
(ou Ácido Pirolenhoso) 33 - 35,5
Alcatrão Insolúvel 6,5 - 7

Gases Não Condensáveis 25,0


Fonte: Ferreira (2000) e Rezende et al (1994)
Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Constituintes do Ácido Pirolenhoso

Produto (% massa)
Água 80
Ácido Acético 9,3
Ácido Fórmico 0,3
Ácidos Superiores 0,4
Metanol 3,3
Acetona 0,8
Acetato de Metila 0,5
Alcatrão Dissolvido 5,0
Outros 0,5
Fonte: Rezende et al (1994)
Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Constituintes do Alcatrão Vegetal

Produto (% massa)
Água 20
Piche 50
Ácido Acético 2,0
Fenóis 0,6
Guaiacóis 5,5
Cresóis 1,5
Siringóis 14,5
Outros 5,9

Fonte: Rezende et al (1994)


Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Aldeídos Presentes na Fumaça da Queima
de Madeira em Residências.

Produto (g/kg de madeira)


Formaldeído 0,1 - 0,7
Acroleína 0,02 - 0,1
Propionaldeído 0,1 - 0,3
Butiraldeído 0,01 - 1,7
Acetaldeído 0,03 - 0,6
Furfural 0,2 - 1,6
LARSON & KOENIG, 1994 - Wood Smoke: emissions and non-cancer respiratory effects.
Annu. Rev. Public Health, n. 15, p. 133 - 156, 1994.

Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br


Principais CC Presentes na Fumaça de Três Tipos de Madeira
Queimadas em Lareiras Residenciais - Coleta nas Chaminés
(mg/kg de madeira)

CC Pinho Eucalipto Carvalho


Acetaldeído 1704 1021 823
Formaldeído 1165 599 759
Acetona 749 79 462
Heptanal 419 626 77
Hexanal 418 189 90
Propanal 255 155 153
2-Butanona 215 77 115
Furfural 111 161 200
Butanal (n+Iso) 96 31 62
Acroleína 63 56 44
Benzaldeído 49 21 16
SCHAUER et al., 2001 - Measurement of Emissions from Air Pollution Sources.3. C1-C29 Organic
Compounds from Fireplace Combustion of Wood. Environ. Sci. Technol., v. 35, n. 9, p. 1716-1728, Mar. 2001.
Outros CC Identificados por Schauer et al.
(mg/kg de madeira)

CC Pinho Eucalipto Carvalho

Metilglioxal 943 520 321


Glioxal 670 616 439
Crotonaldeído 276 198 177
2-Oxobutanal 241 337 194
Guaiacil acetona 88,6 143 123
Biacetil 89 73 73
Pentanal 32 28 88
Metacroleína 23 44 9,1
Hidroxibenzaldeídos 12,1 11,4 14,1
m- e p- Tolualdeído 12 27 -
2,5-Dimetilbenzaldeído 12 50 20
2-Metilfurfural 10 1,9 5,3
CC Carcinogênicos (pelo menos em animais,
Segundo Algumas Agências Internacionais

CC Agências
Acetaldeído IARC; NTP; EPA; DFG; ACGIH; NIOSH
Formaldeído IARC; NTP; EPA; DFG; ACGIH; NIOSH
Crotonaldeído DFG; EPA; ACGIH
Furfural DFG; ACGIH
Ciclohexanona DFG; ACGIH

EPA = Environmental Protection Agency; ACGIH = American Conference of


Governmental Industrial Hygienists; NTP = National Toxicological Program; DFG =
Deutsche Forschungsgemeinschaft – Fundação Alemã de Pesquisa; IARC =
International Agency for Research on Cancer; NIOSH = National Institute for
Occupational Safety and Health
Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
HPAs Presentes na Fumaça da Queima de
Madeira em Residências.
HPAs
Fluoreno Benzo[a]Pireno
Fenantreno Perileno
Antraceno Indeno[1,2,3-cd]Pireno
Metilantracenos Benzo[g,h,i]Perileno
Benzo[a]Antraceno Coroneno
Fluoranteno Dibenzo[a,h]Antraceno
Pireno Dibenzo[a,h]Pireno
Benzofluorantenos Reteno
Benzo[e]Pireno
LARSON & KOENIG, 1994 - Wood Smoke: emissions and non-cancer respiratory effects.
Annu. Rev. Public Health, n. 15, p. 133 - 156, 1994.

Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br


MEDIDAS NA ATMOSFERA

 Ré-Poppi & Santiago-Silva, [2002] identificaram


mais de 130 compostos, incluindo vários HPAs,
na fumaça emitida na queima de eucalipto em
um forno experimental montado no campus da
UFMS.

 os autores destacaram a presença de altas


concentrações de HPAs, além de alquil-HPAs,
oxi-HPAs, cresóis, catecóis, fenóis e
metoxifenóis.

Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br


MEDIDAS NA ATMOSFERA

 Barbosa, [2002] quantificou 16 HPAs no ar,


emitidos na fumaça da queima de eucalipto no
mesmo forno experimental montado no campus
da UFMS, durante períodos consecutivos de 8
horas.
 Os quatro HPAs mais abundantes foram:
naftaleno
Representaram 80 % de
fenantreno
16 HPAs analisados
fluoreno
acenaftileno
Conc. de 16 HPAs = 30,7 µg/m3
Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
HPAs Carcinogênicos segundo IARC e NTP

IARC50 NTP47
2A 2B (B)
Benz[a]Antraceno Naftaleno Benz[a]Antraceno
Benzo[a]Pireno Ind[123cd]Pireno Benzo[a]Pireno
Dib[ah]Antraceno Benzo[b]Fluor. Dib[ah]Antraceno
Benzo[k]Fluor. Benzo[b]Fluor.
Benzo[k]Fluor.
Ind[123cd]Pireno
Grupo 2A: Provavelmente carcinogênico humano. IARC – International Agency for Research on
Grupo 2B. Possivelmente carcinogênico humano. Cancer - França.
B. Razoavelmente antecipado ser um NTP – National Toxicological Program - USA
carcinogênico humano.

Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br


OBJETIVOS DO ESTUDO

 Avaliar os riscos para a saúde e propor


biomarcadores de exposição à fumaça da
queima da madeira (coordenação: Mina)
(concluído).

 Determinar as concentrações de alguns


agentes químicos carcinogênicos e irritantes
no ar inalado pelos trabalhadores das
carvoarias (coordenação: Albertinho)

Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br


PESQUISAS REALIZADAS
 TESE DE DOUTORADO
1. MINA KATO
Doutorado em Epidemiologia.
University of North Carolina-USA
Título: CHARCOAL WORKERS IN BAHIA, BRAZIL:
OCCUPATIONAL HAZARDS AND URINARY
BIOMARKERS OF EXPOSURE TO WOOD SMOKE,
Ano de obtenção: 2003.
Orientador: PhD. Dana Loomis.
Bolsista do(a): Fogarty International.
Grande Área: Ciências da Saúde / Área: Saúde Coletiva /
Subárea: Epidemiologia.
Grande Área: Ciências da Saúde / Área: Saúde Coletiva /
Subárea: Saúde do Trabalhador.
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
ESTUDOS REALIZADOS POR MINA KATO
(2001 a 2003)
 Sintomas respiratórios (questionário, espirometria e exame
médico – não encontrou correlação – efeito traba. sadio?);
 Danos ao DNA (sangue e células da mucosa nasal);
 IBE para HPAs: 2-naftol em urina;
 Avaliação ambiental de HPAs (análises EPA/EUA);
 Atividade mutagênica do material particulado e poeira de
Eucalipto (teste de Ames – Cetesb/SP.
 8 das 11 carvoarias da região.
 169 trabalhadores do corte e das carvoarias.
 Submissão a Comitê de Ética: problemas com prazo.
 Assinatura do Termo de Consentimento Informado.
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
PESQUISAS REALIZADAS
 TESE DE DOUTORADO
2. ALBERTINHO B. DE CARVALHO
Doutorado em Química.
Universidade Federal da Bahia, UFBA, Brasil.
Título: COMPOSTOS CARBONÍLICOS NO AR EM
AMBIENTES DE TRABALHO DE CARVOARIAS NA
BAHIA, Ano de obtenção: 2005.
Orientador: Prof. Dr. Jaílson Bittencourt de Andrade.
Grande Área: Ciências Exatas e da Terra / Área: Química
/ Subárea: Química Analítica.
Grande Área: Ciências da Saúde / Área: Saúde Coletiva /
Subárea: Saúde do Trabalhador.
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
ESTUDOS REALIZADOS POR
ALBERTINHO (5 carvoarias)
 Formaldeído, acetaldeído, acroleína, furfural e isômeros C4 (n-
butanal, isobutanal e 2-butanona) no ar, na fase vapor, na zona
respiratória e em zonas de circulação de trabalhadores
carvoeiros: uso de dois métodos cromatográficos (por HPLC)
(IQ-UFBA) (concluído);
 HPAs no ar, na fase vapor e no material particulado na zona
respiratória e em zonas de circulação de trabalhadores
carvoeiros (CG/MS – Lab. do CRBA) (tabulando dados);
 Poeira de carvão (total e respirável) em trabalhadores que
retiram o carvão dos fornos (forneiros) (tabulando os dados);
 Benzeno no ar, em amostras coletadas na altura média da zona
respiratória, em zonas de circulação entre os fornos em
carbonização (em fase final de coleta de amostras e análises);
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
Concentrações de CC no Ar, em µg m-3
(faixa e média; n = 8)

*Tempo total de coleta = 384 min ** Tempo total de coleta = 326 min

Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br


CONCLUSÕES
 Os resultados das amostras pessoais e estacionárias
revelaram que os trabalhadores de carvoarias se
expõem a concentrações de formaldeído acima dos
limites sugeridos pelo National Institute for
Occupational Safety and Health - NIOSH/EUA (REL = 20
µg m-3), representando um risco para a saúde dos
mesmos, referente ao efeito cancerígeno dessa
substância.

 Estes são os primeiros resultados de concentrações


atmosféricas de CC em amostras pessoais e
estacionárias, coletadas em ambientes de trabalho de
carvoarias, que se tem conhecimento até o momento.

Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br


PUBLICAÇÕES EM PERIÓDICOS
 ALBERTINHO B. DE CARVALHO, MINA KATO, MARIÂNGELA M. REZENDE, PEDRO
AFONSO DE P. PEREIRA, JAÍLSON B. DE ANDRADE. Exposure to carbonyl compounds in
charcoal production plants in Bahia, Brazil. Environ Sci. Pollut. Res., Volume 20, Issue 3, pp
1565-1573, 2013. DOI 10.1007/s11356-012-1243-z

 ANUNCIAÇÃO, DANIELA S. ; SOUSA, ELIANE T.; CARVALHO, ALBERTINHO B. DE;


PEREIRA, PEDRO A. P. . Emission profiles of carbonyl compounds at a Brazilian charcoal plant.
Journal of the Brazilian Chemical Society (Impresso), v. 23, p. 1606-1613, 2012.
Print version ISSN 0103-5053. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-50532012005000025

 CARVALHO, A. B. de ; Kato, Mina ; Rezende, Maryangela M. ; de P. Pereira, Pedro A. ; de


Andrade, Jailson B. . Determination of carbonyl compounds in the atmosphere of charcoal plants by
HPLC and UV detection. Journal of Separation Science, v. 31, p. 1686-1693, 2008.

 KATO, M. ; DEMARINI, D. M. ; CARVALHO, A. B. ; REGO, M. A. V. ; ANDRADE, A. V. ;


BOMFIM, A. S. V. ; LOOMIS, D. . Charcoal producing industries in northeastern Brazil.
Occupational and Environmental Medicine, v. 62, p. 128-132, 2005.

 KATO, M. ; LOOMIS, D. ; BROOKS, L. ; GATTAS, G. F. ; GOMES, L. ; CARVALHO, A. B. ;


REGO, M. A. V. ; DEMARINI, D. M. . Urinary biomarkers in charcoal workers exposed to wood
smoke in Bahia State, Brazil. Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, v. 13, n.6, p.
1005-1012, 2004.
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
PUBLICAÇÕES EM ANAIS
 CARVALHO, A. B. ; MASCARENHAS, M. R. ; KATO, M. ; ANDRADE, J. B. ; PEREIRA, P. A. P. .
Concentrações de Compostos Carbonílicos no Ar na Produção de Carvão Vegetal na Bahia.. In: 28a.
Reuniaõ Anual da Sociedade Brasileira de Química, 2005, Poços de Caldas. Anais da 28ª Reunião Anual
da Sociedade Brasileira de Química, 2005. Poços de Caldas, 2005.
 CARVALHO, A. B. ; MASCARENHAS, M. R. ; KATO, M. ; PEREIRA, P. A. P. ; ANDRADE, J. B. .
Determinação de Compostos Carbonílicos no Ar em Carvoarias Utilizando CLAE e Eluição por Gradiente
de Solventes. In: 28a. Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, 2005, Poços de Caldas. Anais
da 28a. Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química. Poços de Caldas, 2005.
 KATO, M. ; CARVALHO, A. B. ; LOOMIS, D. ; REGO, M. A. V. ; GATTAS, G. F. ; DEMARINI, D.
M. . Urinary mutagenicity and biomarkers of exposure to wood smoke among charcoal workers in Brazil.
In: 9th International COnference on Environmental Mutagens & 36th Annual Meeting of the
Environmental Mutagen Society, 2005, San Francisco, EUA. Mutation Research - Fundamental and
Molecular Mechanisms of Mutagenesis, 2005. v. 577s. p. e1-e256.
 KATO, M. ; CARVALHO, A. B. ; BOMFIM, A. S. V. ; ANDRADE, A. V. ; REGO, M. A. V. .
CONDIÇÕES DE TRABALHO E MORADIA DOS TRABALHADORES DE CARVOARIAS NO
NORDESTE BAIANO. In: VI Congresso Brasileiro de Epidemiologia, 2004, Recife. Rev. Bras. de
Epidemiologia, Livro de Resumos VI Congresso Brasileiro de Epidemiologia, 2004.
 KATO, M. ; BOMFIM, A. S. V. ; ANDRADE, A. V. ; REGO, M. A. V. ; MASCARENHAS, M. R. ;
CARVALHO, A. B. ; DEMARINI, D. M. . USO DE BIOMARCADORES PARA AVALIAÇÃO DE
EXPOSIÇÃO A PRODUTOS CARCINOGÊNICOS E MUTAGÊNICOS. O CASO DA EXPOSIÇÃO À
FUMAÇA DA QUEIMA DE MADEIRA ENTRE OS CARVOEIROS NA BAHIA. In: VI Congresso
Brasileiro de Epidemiologia, 2004, Recife. Livro de resumos do VI Congresso Brasileiro de
Epidemiologia, Rev. Bras. de Epidemiologia, 2004.
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
PUBLICAÇÕES EM ANAIS
 ANDRADE, A. V. ; KATO, M. ; BOMFIM, A. S. V. ; CARVALHO, A. B. ; REGO,
M. A. V. . LESÕES RELATADAS POR TRABALHADORES DO CARVÃO
VEGETAL NA BAHIA, BRASIL. In: 27º Congresso Internacional sobre Saúde
Ocupacional, Foz do Iguaçu, 2003.

 BOMFIM, A. S. V. ; KATO, M. ; CARVALHO, A. B. ; ANDRADE, A. V. ; REGO,


M. A. V. . TRABALHADORES DO CARVOEJAMENTO NO NORDESTE DA
BAHIA: CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS E CONDIÇÕES DE
TRABALHO. In: 27º Congresso Internacional sobre Saúde Ocupacional, Foz do Iguaçu,
2003.

 KATO, M. ; LOOMIS, D. ; BROOKS, L. ; CARVALHO, A. B. ; GOMES, L. ;


GATTAS, G. F. ; DEMARINI, D. M. . Occupational risks of charcoal production in
Bahia State, Brazil. In: 16th EPICOH Congress on Epidemiology in Occupational
Health, 2002, Barcelona. Medicina del Lavoro. Milano: Medicina del Lavoro, 2002. v.
93.

 KATO, M. ; DEMARINI, D. M. ; BROOKS, L. ; CARVALHO, A. B. ; REGO, M. A.


V. ; LOOMIS, D. . urinary mutagenicity in charcoal workers: a cross-sectional study in
Northeastern Brazil. In: ISEA 2002, 2002, Vancouver. Proccedings of ISEA/ISEE 2002.
Vancouver: UBC, 2002.
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
O QUE MUDOU DE LÁ PARA CÁ?
O processo de produção do carvão não é mais terceirizado. O
plantio, corte e transporte, ainda são;
 Os trabalhadores não dormem mais no local. Vão para casa
diariamente e a empresa fornece o transporte;
 A empresa fornece alimentação diariamente;
 Existem banheiros e local para refeições (às vezes precários
em termos de higiene);
 Os trabalhadores recebem fardamento e EPIs, mas a
substituição ainda é problemática;
 Já teve início o processo de mecanização dos fornos
(enchimento com madeira e descarga de carvão, realizados
por trator com cabine climatizada);

albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
O QUE MUDOU DE LÁ PARA CÁ?

albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
O QUE MUDOU DE LÁ PARA CÁ?

albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
O QUE NÃO MUDOU DE LÁ
PARA CÁ?

albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
O QUE NÃO MUDOU DE LÁ
PARA CÁ?

albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
EQUIPE TÉCNICA

 Dr. Albertinho B. de Carvalho (Químico) - FUNDACENTRO/BA –


IQ/UFBA
 Dra. Mina Kato (Farm. Bioquímica e Toxicologista) –
FUNDACENTRO/BA; Escola de Saúde Pública-SP / Universidade
da Carolina do Norte (SPH/UNC) / Agência de Proteção Ambiental
(EPA)
 Maryangela Rezende Mascarenhas (Farm. Bioquímica – Prest.
Serviços) – FUNDACENTRO/BA-FUNDUNESP.
 Anaide Vilasboas de Andrade (Enga. Civil) - FUNDACENTRO/BA.
 Ana Soraya V. Bomfim (Técnica) - FUNDACENTRO/BA.
 Dr. Marco Rêgo (Médico, Dr. em Epidemiologista) / CESAT/SESAB.
 Dra. Gisela Aragão (Bióloga, Dra em genética e Biolog. Molecular)/
CETESB-SP

Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br


INSTITUIÇÕES PARCEIRAS

 SRTE/MTE – Gerência de Camaçari/Ba.


 Laboratório de Pesquisas Químicas/Depto. Química Geral e
Inorg./Instituto de Química/UFBA.
 Dept. Medicina Preventiva, Fac. Medicina, UFBA.
 Environmental Carcinogenesis Division, US Environmental
Protection Agency - EPA
 Departments of Epidemiology and Environmental Sciences
and Engineering, School of Public Health, University of
North Carolina, Chapel Hill, NC, USA.
 CESAT – Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador-
SESAB.
 CETESB/SP
Anterior Próximo albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br
OBRIGADO!!

Albertinho Barreto de Carvalho


FUNDACENTRO/CRBA
071-32728850
albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br

albertinho.carvalho@fundacentro.gov.br

Você também pode gostar