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Geologia Haakon Fossen

estrutural 2ª edição

Fig 7.1
Mecanismos de deformação rúptil. O fluxo granular é comum durante a deformação de rochas porosas e sedimentos em níveis
crustais rasos, ao passo que o fluxo cataclástico ocorre na deformação de rochas sedimentares bem consolidadas e rochas não
porosas

7 Fratura e deformação rúptil


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Fig 7.2
(A) Fraturas intragranulares em arenito poroso deformado de modo cataclástico (Grupo Mesa Verde, Salina, Utah, EUA).
A coloração azul-escura é dada pelo preenchimento dos espaços vazios por epóxi. (B) Fraturas intergranulares em rocha
metamórfica

7 Fratura e deformação rúptil


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Fratura de cisalhamento

Fig 7.3 Fratura extensional: junta Fratura extensional: fissura


Três tipos de fratura

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σ1

Fissuras

Fratura de
cisalhamento

Junta

σ3

Estilolito

σ2
Veio

Fig 7.4
Orientação de vários tipos de fratura em relação aos
esforços principais

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1 cm

Fig 7.5
(A) Estilolitos em calcário em testemunho de sondagem do campo de Ekofisk, Mar
do Norte, 3 km abaixo no nível do mar. Esses estilolitos são horizontais e paralelos S0

ao acamamento, com “dentes” verticais formados pela compactação vertical


durante o soterramento. (B) Estilolitos mais espaçados, em calcários jurássicos
do sul de Utah, EUA. As setas amarelas indicam os estilolitos relacionados à
compactação, paralelos ao acamamento (S0 indica o acamamento). As setas
vermelhas indicam estilolitos tectônicos formados durante a orogenia Laramide.
S0
As camadas foram posteriormente rotacionadas por dobramento 10 cm

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Modo I
(abertura)

Modo II Modo III


(deslizamento) (rasgamento)

Fig 7.6
Modo IV
Fraturas de modo I, II, III e IV (fechamento)

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Aumento em T, Pc
σ3 σ3 σ3 σ3
A D G J

Extensão
σ1 σ1 σ1

σ1 E σ1 σ1
B H K σ1

σ3 σ3
σ3
Contração

Rúptil Rúptil-dúctil Dúctil


C F I L
Ponto de Ponto de
σd ruptura σd ruptura σd σd Resistência final
Resistência LR Resistência LR Resistência Plástico
o

à ruptura à ruptura final LR


s tic

o
s tic
Elá

s tic

s tic
Elá

Elá

Elá
e e e e
Fratura Fratura de Banda de Fluxo plástico
extensional cisalhamento cisalhamento

Fig 7.7
Estruturas de deformação experimental desenvolvidas sob tração e contração. A deformação inicial elástica é vista em todas
as situações, e a ductilidade aumenta com a temperatura (T) e a pressão confinante (Pc). LR = limite de resistência

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Fig 7.8
Fissuras em Thingvellir, Islândia, formadas ao longo do eixo do rifte entre as placas da Eurásia e da Laurentia. As fissuras
são fraturas extensionais abertas em basalto, e o deslocamento vertical (lado direito inferior) indica uma conexão com falhas
subjacentes

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300
Pressão confinante
Esforço diferencial 100 MPa
(σ1 – σ3), MPa 200 70
46
35
28
100 21

0 3,5 14
10

0
0 1 2 3 4
Deformação (encurtamento), %

Fig 7.9
Curva de esforço-deformação da compressão triaxial de um mármore, em uma faixa limitada de valores de pressão confinante.
A elevação da pressão confinante aumenta o esforço diferencial que uma rocha pode suportar antes de romper‑se (curvas em
azul). Acima de uma dada pressão confinante crítica, a rocha retém sua resistência e deforma-se plasticamente (curvas em
vermelho)
Fonte: Paterson (1958).

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800
Rúptil
Rúptil–plástico
Plástico
600 EXTENSÃO

Pressão confinante (MPa)

400
Plástico
Rúptil

200
CONTRAÇÃO
Plástico
Rúptil
0
0 100 200 300 400 500 600
Temperatura (°C)

Fig 7.10
Variação da transição rúptil-dúctil em função da pressão confinante e da temperatura no calcário de Solenhofen
Fonte: Heard (1960).

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σs
ф
tg
+ σn
CC
=C ф
σs
GC

C
Fig 7.11
O critério de fraturamento de Coulomb
define duas linhas retas (em vermelho) σn
no diagrama de Mohr. Os círculos
T
representam exemplos de estados
críticos de esforço. A linha azul
representa o critério de Griffith, a título
de comparação. A combinação dos dois
critérios é usada em alguns casos (CG
no regime extensional e CC no regime –σ
s =C
compressional). CC, critério de Coulomb; +σ
CG, critério de Griffith; C, resistência n tg
ф
coesiva; e T, resistência à tração da rocha

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σs
200
Anfibolito

MPa
100

σn
100 200 300 400
MPa

σs
Carvão
Fig 7.12 30
Envoltórias de Mohr para anfibolito e carvão
mineral, baseadas em ensaios triaxiais.
MPa

20
Quando a pressão confinante é aumentada,
a resistência da rocha aumenta e um novo
10
círculo pode ser traçado no diagrama. Note
que a envoltória diverge da tendência linear
σn
definida pelo critério de Coulomb 10 30 50 70
Fonte: Myrvang (2001). MPa

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A B C
σs Estável σs Crítico σs Instável

σn σn σn

Fig 7.13
(A) Estado estável de esforço. (B) Situação crítica, na qual o círculo toca a envoltória. Nessa situação, a rocha está no limiar
da ruptura, ou seja, sob um esforço crítico. (C) Situação instável, na qual o estado de esforços é superior ao necessário para a
ruptura

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σ1

60°

60°
60° σ1 60° 60°

30°
Falhamento reverso
Falhamento
normal

Fig 7.14
O ângulo entre o esforço principal máximo e o plano de cisalhamento situa-se, em geral, próximo a 30º. Devido a isso, as
falhas normais têm mergulho com ângulo mais elevado (60º) que as falhas inversas (30º)

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σs
200 Anfibolito Coulomb (μ = 0,6)

o hr Griffith
e M
MPa

d
ria
100 ltó
nvo
E

σn
100 200 300 400
MPa
σs
Fig 7.15 Carvão
Critérios de fraturamento de Griffith
30 e Coulomb, sobrepostos aos dados experimentais apresentados na Fig. 7.12A. Os critérios
posicionam-se de modo a interceptar o eixo vertical juntamente com o círculo de Mohr (em C). Nenhum dos dois critérios se
ajusta perfeitamente aos dados. O critério de Griffith é mais adequado em um esforço extensional (à esquerda da origem), mas
MPa

mostra uma inclinação muito20 baixa em todo o regime compressional. O critério de Coulomb aproxima-se da envoltória em
altas pressões confinantes (lado direito do diagrama)
10

7 Fratura e deformação rúptil σn


10 30 50 70 www.ofitexto.com.br
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σs

e
d
c
Critério de von Mises
e
b r i od
té b
Critério de Cri ulom
Co
Griffith

σn

aa

Fig 7.16
Três critérios diferentes de fraturamento combinados no espaço de Mohr. Os três diferentes estilos de fratura estão
relacionados à pressão confinante: (a) fratura extensional, (b) fratura híbrida ou de modo misto, (c) fratura de cisalhamento,
(d) faixas de cisalhamento semidúctil, (e) deformação plástica

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σs
Envoltória de Coulomb

Fratura de
cisalhamento em
compressão
uniaxial Envoltória de Griffith

Fig 7.17
Ilustração do significado dos termos resistência
à tração uniaxial e resistência à compressão 2T
uniaxial no diagrama de Mohr. Uniaxial significa
que apenas σ1 ≠ 0, o qual é obtido em um aparato
σn
de deformação uniaxial onde a pressão confinante
é igual a zero. Com a compressão gradual da T
Resistência à
amostra, a resistência à compressão uniaxial Resistência compressão
é atingida quando uma primeira fratura de à tração uniaxial
cisalhamento se forma. Por sua vez, determinamos uniaxial (= 8T, segundo
a resistência à tração uniaxial pela compressão o critério de Griffith)
da rocha até a formação de fraturas extensionais.
Note que a resistência à compressão uniaxial é
muito maior que a resistência à tração em uma
mesma rocha, nas mesmas condições

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A σs

σn
+ 0,6
2T
σ s=

σs2 + 4T σn– 4T2 = 0

Resistência
coesiva

2T
σn
T

B σs

,6 σ
n
0
2 T+
σ s=

Fig 7.18 Resistência


coesiva
(A) Comparação dos critérios de fraturamento de
Griffith e de Coulomb (o coeficiente de atrito interno
2T
escolhido foi 0,6). (B) Critério combinado Griffith-
σn
Coulomb T

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Microfraturas

Zona Fratura de
Fratura cisalhamento
tracional ativa de
processo

Fig 7.19
Ilustração simplificada do crescimento e propagação de fraturas extensionais (à esquerda) e de cisalhamento (à direita) pela
propagação e conexão de microfraturas extensionais (defeitos). A propagação ocorre em uma zona de processo em frente à
extremidade da fratura. As figuras dentro dos círculos são visualizações em escala centimétrica, enquanto as figuras nos
retângulos ilustram a estrutura em microescala

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σtip/σr
6

3
σh
2

1
c
a
a/c = 1 σtip/σh
6
Fig 7.20 5
Concentração de esforços em torno de um poro ou
microfratura com formas circular e elíptica em um 4

meio elástico. O aumento da elipticidade a/c aumenta 3


a concentração de esforços, conforme descrito na σr
2
Eq. 7.7. O esforço de campo remoto σr é extensional
(negativo). σtip é o esforço na circunferência do círculo 1
c
e em um ponto de máxima curvatura da elipse (ponto
a
extremo da fratura) a/c = 3
Fonte: baseado em Engelder (1993).

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1:1

3:1

Fig 7.21
Ilustração da concentração local de esforços em um material
com cavidades circular e elíptica. Se o material for uma
folha de papel, isso significa que o papel com uma cavidade
elíptica será mais facilmente rasgado. As setas em preto
indicam o esforço remoto

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Esforço próximo à extremidade:


sem zona de extremidade
Fig 7.22
Distribuição dos esforços (resultantes
no plano de fratura) próximo à
Resistência da
extremidade de uma fratura elástico-
extremidade da
plástica. O esforço amplificado pelos zona
σpk
deslocamentos da parede da fratura
(curva tracejada em vermelho) Limite de
diminui com a distância a partir da σr
resistência
extremidade da fratura até atingir Esforço
σr , na rocha não fraturada do motriz
σpf
entorno. O comprimento s da zona de
extremidade é definido por um valor 0
constante de esforço limite (pico)
σpk. O esforço motriz é a diferença
Zona de
entre o esforço remoto σr e a pressão
extremidade
de fluidos nos poros (ou resistência
Fratura elástico-plástica Ki = 0
friccional residual σpf). O limite de
resistência é a diferença entre σpk e o
valor do contorno interno σi
Fonte: Schultz e Fossen (2002).

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ão
σs ol iaç ão σs
A
af liaç σ1 θ B θf σ1
d fo Nova θ
és da
trav n go fratura
r aa o lo
ptu ra a
Ru ptu
Ru

Foliação

2θ 2θ
2θf
σn σn
σ3 σ1 σ3 σ1
Foliação

ão
C σs D σs
ol iaç
af
sd ão
vé iaç
θf σ1 atr
a
a fol
ra od
ptu ng
Ru o lo θf
σ1
aa
tur
Rup

2θf 2θ f
σn σn
σ3 σ1 σ3 σ1

Fig 7.23
Representação do papel de uma foliação preexistente, em um valor constante de σ3. (A) σ1 agindo na direção perpendicular
à foliação, caso em que o esforço diferencial se acumula até o círculo de Mohr tocar a envoltória superior, onde ocorre uma
fratura através da foliação. (B) σ1 agindo em alto ângulo com a foliação, ainda alto demais para a ruptura paralela à foliação
(que continua fora do setor colorido). (C) σ1 a 45º em relação à foliação, causando uma ruptura paralela à foliação. O setor
indica a faixa de orientação da foliação em que a ruptura ao longo da foliação irá ocorrer nesse estado de esforços específico.
(D) Ângulo entre σ1 e a foliação, que permite a ruptura com o esforço diferencial mais baixo possível. Essa é a direção mais
fraca de uma rocha foliada

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A Wing crack C Splaying

B Rabo de cavalo D Fraturas de cisalhamento


antitético

Fig 7.24
Fraturas menores na terminação de fraturas de cisalhamento

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Fig 7.25
Fraturas tipo wing cracks na terminação de uma banda
máfica menos competente em um gnaisse, sugerindo sutil
cisalhamento sinistral ao longo de sua margem. Tarituba, Rio
de Janeiro 10 cm

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A
Fratura antiga

Nova fratura

σ1 σ3

σ1 σ3

Fig 7.26
Reorientação local da direção de propagação de fraturas na vizinhança de uma fratura preexistente. A nova fratura cresce
na direção da preexistente, buscando manter um ângulo de 90º em relação a σ3. A geometria em (A) sugere que σ1 é
compressional, com contração ao longo da fratura preexistente. Se a nova fratura se curva contra a preexistente (B), então σ1
e σ3 provavelmente têm magnitude similar, com extensão ao longo da fratura preexistente
Fonte: modificado de Dyer (1988).

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al
ci on
σs b rf ic
l om to
ou en
r -C m
200 oh za
M esli
d e e d
rio d
rio
MPa

ité é
Cr Cr
it
100

σn
σ3 1 0 0 σ1 400 σ1
MPa

Fig 7.27
Efeito da fratura preexistente (plano de fraqueza) ilustrado no diagrama de Mohr. O critério de reativação (deslizamento
friccional) é diferente do critério de uma rocha não fraturada do mesmo tipo. O esforço necessário para a reativação da fratura
é consideravelmente menor que aquele para produzir uma nova fratura na rocha. Este exemplo é baseado em experimentos
feitos em uma rocha cristalina sob pressão confinante de 50 MPa (cerca de 2 km de profundidade)

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σs (Resistência ao cisalhamento) (MPa)


600
σs = 50 + 0,6 σn

400

σs = 0 , 8 5 σ n
200

0 200 400 600 800 1.000


σn (MPa)

Fig 7.28
A lei de Byerlee é empírica; ela relaciona o esforço crítico de cisalhamento com o esforço normal. A escala horizontal indica a
profundidade na crosta (aumenta para a direita)

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A σs B σs

pf

pf
σn σn
σ‘3 σm σ3 σ‘1 σm σ1 σ‘3 σm σ‘1 σ3 σ m σ1
pf

pf

σ‘n = σn – pf σ‘n = σn – pf

Fig 7.29
Efeito do bombeamento da pressão de fluidos nos poros (pf) de uma rocha. O círculo de Mohr é “empurrado” para a esquerda
(o esforço médio é reduzido), e uma fratura de cisalhamento se formará se a envoltória de fraturamento for tocada enquanto
σ3 ainda for positivo. Uma fratura extensional se forma caso a envoltória seja tocada no campo extensional, como mostrado
no caso (B) (baixo esforço diferencial)

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Contato
grão-parede

σng
σnw

Fig 7.30 Fluido nos poros


B
Efeito do aumento da pressão dos poros (pf) sobre o esforço
Contato
total em uma rocha porosa (modelo de esforço-deformação grão-parede
uniaxial fechado). Em uma rocha seca (A), os esforços serão
σn + αp f
transmitidos apenas através dos contatos grão-grão ou Contato
fluido-parede
grão-parede do recipiente. Se uma baixa pressão de fluidos
pf for adicionada aos poros (B), então o aumento no esforço pf
σnw + фpf
normal nos contatos grão-parede será menor que o aumento + (1 + ф)αp f
na pressão dos poros, devido à absorção do esforço pela
deformação elástica dos grãos. Este é o efeito poroelástico
Fonte: modificado de Engelder (1993).

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Fig 7.31
Ilustração da concentração de esforço (pontes de esforço) nas áreas de contato grão-grão em uma rocha porosa ou em um
sedimento. As cores quentes indicam alto esforço
Fonte: baseado em Gallagher et al. (1974).

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pf σnw + αp f < pf

pf pf

Defeito preenchido por água

Fig 7.32
Situação de esforço em um defeito de uma rocha porosa permeável. O efeito poroelástico faz com que o esforço no contato
grão-parede seja menor que a pressão dos fluidos nos poros. Ocorre um esforço extensional se a pressão dos poros for
suficientemente alta

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Fig 7.33
Bandas de deformação cataclástica com poucos milímetros
de espessura e rejeito centimétrico em rochas porosas
da Formação São Sebastião. Note que as variações de
cor causadas pela dissolução e precipitação de óxidos-
hidróxidos de ferro são influenciadas pelas bandas de
baixa permeabilidade. Bacia Tucano, Bahia, Brasil 10 cm

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Fraturas Estilolitos
Fraturas de
extensionais (anticracks)
cisalhamento

Rochas não porosas


D

D
=T

Razão T/D baixa


Veios: razão T/D muito alta Razão T/D baixa
(T/D = 1)

Bandas de Bandas de
Bandas de dilatação cisalhamento compactação
D
Rochas de alta porosidade

T
Razão T/D alta
Razão T/D alta
Razão T/D alta

Fig 7.34
Classificação cinemática de bandas de deformação e sua relação com fraturas em rochas pouco porosas e não porosas. T,
espessura; D, deslocamento

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A B

Fig 7.35
Banda de deformação cataclástica em afloramento (A) e em seção delgada (B) no arenito Nubiano, Sinai, Egito. Note a
significativa redução de tamanho de grãos por fragmentação e a consequente redução da porosidade (o espaço dos poros é
mostrado em azul na seção delgada). A largura das bandas é de cerca de 1 mm

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Banda de desagregação

B
Banda filossilicática

C
Banda cataclástica

Banda de dissolução
D e cimentação

Fig 7.36
Diferentes tipos de bandas de deformação, separadas em função do
mecanismo dominante de deformação
Fonte: modificado de Fossen et al. (2007).
1 mm

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Fig 7.37
Bandas de compactação com mergulho para a direita sobrepondo-se a bandas de desagregação de sedimentos inconsolidados
com mergulho para a esquerda (quase invisíveis). O arenito é bastante poroso, exceto em camadas delgadas, em que não
há formação de bandas de compactação. Portanto, as bandas de compactação formam-se apenas em arenitos com alta
porosidade. As fotomicrografias de seção delgada mostram que a compactação é acompanhada de dissolução e fratura de
grãos. Arenito Navajo, sul de Utah, EUA

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10 cm 20 cm
~1 m

Fig 7.38
Conjunto de bandas de deformação (agrupamento ou zona) com rejeito normal. Note as diferenças geométricas entre as
seções horizontal e vertical (imagens à esquerda e à direita, respectivamente). A geometria presente é de rejeito normal; um
sistema transcorrente, consequentemente, estaria rotacionado. As estruturas características na direção de movimento (nesse
caso, a direção de mergulho) são denominadas de estruturas em escada. Note também que o padrão anastomosado gera
uma lineação geométrica (ver Cap. 14). Fotos da Formação São Sebastião, Bacia Tucano, Brasil acompanhada de dissolução e
fratura de grãos. Arenito Navajo, sul de Utah, EUA

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Fig 7.39
Sistema conjugado de bandas de deformação cataclástica
em arenito cretáceo da Bacia Tucano, Bahia, Brasil. Note
que os dois conjuntos se cortam mutuamente e apresentam
relevo positivo, devido à moagem de grãos e à dissolução/ ~1 m
precipitação por pressão no interior das bandas

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Tracional Compressional

Bandas de
desagregação

Bandas
filossilicáticas

Fraturas
de tração Bandas
cataclásticas
σz = ρgh

σz = σ y
Profundidade

Fig 7.40
Diferentes tipos de bandas de deformação formados em diferentes estágios de soterramento. Fraturas extensionais (juntas) se
formam mais comumente durante o soerguimento. Ver também Fig. 5.11
Fonte: Fossen et al. (2004).

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Teor em filossilicatos (%)


0 10 40
Bandas de
desagregação Espalhamento
de argila

Bandas
1 filossilicáticas
Profundidade (km)

Bandas
cataclásticas

?
3

Fluxo ?
cataclástico

Fig 7.41
Esquema da relação entre tipos de bandas de deformação, teor em filossilicatos e profundidade. Muitos outros fatores
influenciam a posição dos contornos indicados no diagrama, e os limites podem ser considerados como incertos
Fonte: Fossen et al. (2007).

7 Fratura e deformação rúptil


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