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TÉCNICO EM ENFERMAGEM

SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Esquema de Imunizações

Aula 04
Prof.ª Emilly Souza Marques
enfermagem@residenciasaude.com.br
Conceitos
• Os mecanismos de proteção anti-infecciosa podem
ser inatos (inespecíficos) ou adquiridos
(específicos).
• Imunidade natural: fluxo constante de líquidos,
movimentos peristálticos, renovação celular,
presença de substâncias microbicidas, flora
nasal/gastrointestinal, lágrima, saliva, reação
inflamatória.
Conceitos
• Imunidade específica: produção de anticorpos
ou imunoglobulinas (imunidade humoral) ou
de células dotadas de receptores que
reconhecem determinadas estruturas dos
antígenos (imunidade celular).
Conceitos
Resposta imune
• Para que a vacina administrada seja reconhecida
pelo organismo vacinado, é necessário acionar o
sistema imune e este produzir anticorpos em
quantidade e qualidade suficientes;

• Natureza do antígeno contido na vacina, seus


componentes, a forma como foi conservada e
administrada, além de aspectos próprios da
pessoa vacinada (idade e estado de saúde).
Vacina viva x não viva
Microrganismos atenuados obtidos Microrganismos inteiros mortos por
por seleção de cepas naturais meios físicos e químicos (inativadas)
Capazes de multiplicar
Ação semelhante à infecção natural Produzem anticorpos pouco
específicos e de baixa afinidade

Em princípio, dose única Várias doses e reforços

Menos estáveis Mais estáveis

BCG, Varicela, SCR, Febre Amarela Hepatite B e A, Tríplice Bacteriana


(DTP), Meningocócica, Pneumocócica
Cadeia de Frio

Armazenamento Conservação Manipulação

Transporte dos
Distribuição
imunobiológicos
Componentes
Equipe técnica

Sistema de
informação de Equipamentos
Insumos
Estratégicos - SIES

Instância de
Controle de
armazenagem
temperatura

Transportes entre
as instâncias

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Instalações da sala de vacina
• As paredes e o piso devem ser laváveis;
Devem conter:
• Pia com torneira;
• Paredes e pisos laváveis;
• Interruptor exclusivo para cada equipamento elétrico;
• Arejamento e iluminação adequados;
• Não incidência de luz solar direta sobre a
bancada de preparo dos imunobiológicos nem
sobre equipamentos;
• Entrada e saída independentes;
• Exclusiva para a administração de imunobiológicos.
Fluxo da sala de vacinação
Fichário ou arquivo
Refrigerador: 280 litros, não Mesa tipo escrivaninha com
podendo ser duplex ou triplex gavetas
Cadeiras

Equipamentos

Armário com porta para Suporte para papel toalha e


guarda de material papel toalha
Materiais de consumo
• Termômetros de máxima e mínima (analógico e
digital);
• Termômetro de cabo extensor;
• Termômetro clínico;
• Bandeja plástico íntegra;
• Gelo reciclável;
• Garrafa plástica com água e corante;
• Caixa térmica;
• Algodão e recipiente;
• Seringas e agulhas descartáveis
Materiais de consumo
• Copo descartável para proteger as vacinas
• Recipientes com paredes rígidas para
desprezar seringas e agulhas descartáveis;
• Papel toalha;
• Depósito para lixo comum, com tampa;
• Saco plástico para lixo;
• Material como: lápis, caneta, borracha, carimbo,
almofada e outros para registro de atividades;
• Sabão em barra, neutro ou de coco.
Impressos e manuais
Cartão da criança, adulto, idoso e gestante;
Ficha de registro;
Mapa diário de vacinação;
Boletim mensal de vacinação;
Boletim de campanha de doses aplicadas de
vacina;
Mapa para controle diário da temperatura do
refrigerador;
Impressos e manuais
Ficha de investigação de eventos adversos
pós-vacinação;
Formulário para inutilização de
imunobiológicos;
Quadro de esquema básico de vacinação;
Outros manuais diversos (Normas de
vacinação, Procedimentos para vacinação,
eventos adversos pós-vacinação,
Gerenciamento de rede de frio).
Organização do refrigerador
• Afixar na porta, externamente, um adesivo
indicativo de que o equipamento é
destinado exclusivamente para
imunobiológicos e o mapa de controle diário
de temperatura.
• O termômetro (de máxima e mínima digital)
pode ser afixado na porta ou na face lateral.
• Não afixar qualquer outro impresso.
Cuidados Básicos
 Após afixar o termômetro, introduzir o cabo extensor
no gabinete interno da geladeira, passando-o através
do espaço entre a porta e o corpo da geladeira, pela
lateral onde estão localizadas as dobradiças.
 Colocar o bulbo do cabo extensor na área central da
prateleira do meio, próximo aos frascos. Isto permitirá
medir a temperatura do ar ao redor dos
imunobiológicos.
Organização da geladeira
Organização dos imunobiológicos
• No congelador (evaporador) deve ter gelo
reciclável, em posição vertical;
• Colocar na prateleira central o termômetro de
máxima e mínima, de pé, para evitar quebrar a
coluna de mercúrio;
• Termômetro digital, o bulbo fica localizado no
meio da geladeira (entre a 1ª e 2ª prateleira);
• Arrumar os imunobiológicos em bandejas
plásticas íntegras;
Organização dos Imunobiológicos

• Na primeira prateleira armazenar as vacinas que


podem ser submetidas à temperatura negativa,
dispostos em bandejas NÃO perfuradas, visando
reter o ar frio entre os imunobiológicos;
• Na segunda prateleira armazenar as vacinas que
NÃO podem ser submetidas à temperatura negativa
(dT, DTP, Hepatite B, Hib, influenza, BCG,
Pneumococo, VIP, DTPa, contra a raiva humana)
dispostas em bandejas NÃO perfuradas;
Organização dos Imunobiológicos
• Na terceira prateleira colocar diluentes e/ou soros,
tendo o cuidado de permitir a circulação do ar entre
os mesmos, e entre as paredes da geladeira;
• Manter a porta do evaporador (congelador), a
bandeja de degelo (coletora) e a gaveta de legumes
SEM tampa;
• Preencher a gaveta de legumes com um número
suficiente de garrafas de álcool e corante (tampadas),
para que a temperatura se mantenha o mais estável
possível.
Início do trabalho diário
Observar a
Organizar temperatura do Retirar os
refrigerador imunobiológico
a sala de registrando no s do
vacinação impresso refrigerador
próprio

Acondicionando
em caixas Verificar todo
térmicas, em o material
temperatura de necessário
+2ºC à +8º C
Triagem
Realizar uma triagem Efetuar as orientações
criteriosa específicas
• Observando os aspectos • Informação sobre o
relacionados aos vacinados benefício da vacina, os
e aos componentes dos eventos esperados, o
imunobiológicos (idade, retorno à unidade de
antecedentes de doenças, saúde na presença de
uso de medicamentos, alguma intercorrência ou
antecedentes vacinais, para dar continuidade ao
etc.), Para evitar a esquema vacinal.
ocorrência de eventos
adversos.
Triagem
Registrar a vacina Administração dos
administrada imunobiológicos
• Cuidados essenciais
• A data e o respectivo quanto ao preparo e
lote no cartão da aplicação.
criança. Registrar as • Conhecer a composição e
doses aplicadas no mapa dosagem da vacina e
diário de doses aplicadas cumprir as normas de
conservação, preparação e
aplicação, preconizadas
neste manual.
Encerramento do trabalho diário
Observar a
temperatura do
Organizar a sala
refrigerador
de vacinação
registrando no
impresso próprio

Devolver os
imunobiológicos Desprezar aqueles
ainda com prazo com prazo de
de validade para o validade vencido
refrigerador
Vacina BCG

Esquema: Administrar dose única, o mais


precocemente possível, preferencialmente nas
primeiras 12 horas após o nascimento, ainda
na maternidade.

Dose: 0,1mL, via intradérmica.


Vacina BCG
Particularidades :
 Crianças prematuras ou com baixo peso: adiar a
vacinação até que atinjam 2Kg.
 Na rotina dos serviços, a vacina é disponibilizada
para crianças até 4 (quatro) anos 11 meses e 29
dias ainda não vacinadas.
 Crianças vacinadas na faixa etária preconizada que
não apresentam cicatriz vacinal após 6 (seis) meses
da administração da vacina, revacinar apenas uma
vez.
Vacina Hepatite B (recombinante)
Esquema :
 Para recém-nascidos: administrar 1 (uma)
dose ao nascer, o mais precocemente possível,
nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas
primeiras 12 horas após o nascimento, ainda
na maternidade. Esta dose pode ser
administrada até 30 dias após o nascimento.
Dose : 0,5 mL até os 19 anos de idade e 1mL a partir
de 20 anos, via intramuscular.
Particularidades: Em recém-nascidos de mães
portadoras da hepatite B, administrar a vacina e a
imunoglobulina humana anti-hepatite B,
preferencialmente nas primeiras 12 horas,
podendo a imunoglobulina ser administrada no
máximo até 7 (sete) dias de vida.
• Recomenda-se consultar o Manual dos Centros
de Referência para Imunobiológicos Especiais
(CRIE) para verificar outras indicações da vacina
hepatite B e imunoglobulina humana anti-
hepatite B nesses centros.
Vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B
(recombinante) e Haemophilus influenzae B
(conjugada) - Vacina Penta
Esquema : Administrar 3 (três) doses, aos 2 (dois), 4
(quatro) e 6 (seis) meses de idade, com intervalo de 60
dias entre as doses.
Dose : 0,5mL, via intramuscular.
Particularidades: Considerar o intervalo mínimo de 30
dias entre as doses apenas para as crianças acima de
6 (seis) meses de idade. Na rotina dos serviços, em
crianças de até 4 (quatro) anos 11 meses e 29 dias, que
vão iniciar esquema vacinal, administrar 3 (três) doses
com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30
dias. Esta vacina é contraindicada para crianças a
partir de 7 (sete) anos de idade.
Vacina adsorvida difteria, tétano,
pertussis (DTP)
Reforço : Administrar 2 (dois) reforços, o primeiro
aos 15 meses de idade e o segundo aos 4
(quatro) anos de idade.
Dose : 0,5mL, via intramuscular.
Particularidades :
 Administrar o primeiro reforço com intervalo
mínimo de 6 (seis) meses após a última dose do
esquema básico (três doses); intervalo mínimo
de 6 (seis) meses entre os reforços.
Esquema Sequencial VIP-VOP
Vacina Poliomielite 1, 2 e 3 (inativada)- VIP
Esquema :
 Administrar 2 (duas) doses, aos 2 (dois) e 4
(quatro) meses de idade, com intervalo de 60
dias. Em situação epidemiológica de risco, o
intervalo mínimo pode ser de 30 dias entre elas.
 Completar o esquema de vacinação com a
vacina poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada) (VOP) aos
6 (seis) meses de idade. • Este esquema
sequencial está indicado para as crianças até 4
(quatro) anos 11 meses e 29 dias.
Dose : 0,5mL, via intramuscular.
Esquema Sequencial VIP-VOP

Vacina Poliomielite 1, 2 e 3 (atenuada)- VOP


Esquema : Administrar 1 (uma) dose, aos 6
(seis) meses de idade.
Reforço : Administrar 1 (um) reforço aos 15
meses de idade.
Dose: duas gotas, exclusivamente por via oral.
Vacina pneumocócica 10-valente
(conjugada)- Pneumo10v
Esquema:
 Administrar 3(três) doses aos 2 (dois), 4 (quatro) e 6
(seis) meses de idade, com intervalo de 60 dias
entre as doses, em crianças menores de 1 (um) ano
de idade.
Reforço:
 Administrar 1 (um) reforço entre 12 e 15 meses de
idade, preferencialmente aos 12 meses,
considerando o intervalo de 6 (seis) meses após o
esquema básico.
Vacina pneumocócica 10-valente
(conjugada)- Pneumo10v
Administrar o reforço com intervalo mínimo de
60 dias após a última dose em crianças que
iniciam o esquema básico após 6 (seis) meses
de idade.
Dose : 0,5mL, via intramuscular.
Particularidades :
Crianças entre 12 e 23 meses de idade sem
comprovação vacinal, administrar dose única.
(Vacina rotavírus humano G1P1 [8]
(atenuada)- VORH
Esquema :
Administrar 2 (duas) doses, aos 2 (dois) e 4
(quatro) meses de idade. A primeira dose
pode ser administrada a partir de 1 (um) mês
e 15 dias até 3 (três) meses e 15 dias. A
segunda dose pode ser administrada a partir
de 3 (três) meses e 15 dias até 7 (sete) meses
e 29 dias. Manter intervalo mínimo de 30 dias
entre as doses.
(Vacina rotavírus humano G1P1 [8]
(atenuada)- VORH

Dose: 1,5mL - administrar todo o conteúdo da


seringa exclusivamente por via oral.
Particularidade :
Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após
a vacinação, não repetir a dose.
Vacina meningocócica C (conjugada) -
Meningo C
Esquema :
 Administrar 2 (duas) doses, aos 3 (três) e 5
(cinco) meses de idade, com intervalo de 60
dias entre as doses, mínimo de 30 dias.

Reforço : Administrar 1 (um) reforço entre 12 e


15 meses de idade, preferencialmente aos 15
meses.
Vacina meningocócica C (conjugada) -
Meningo C
Dose : 0,5mL, via intramuscular.
Particularidades :
Crianças que iniciam o esquema básico após 5
(cinco) meses de idade, considerar o intervalo
mínimo entre as doses e administrar a dose de
reforço com intervalo de 60 dias após a última
dose.
Crianças entre 12 e 23 meses de idade sem
comprovação vacinal, administrar dose única.
Vacina sarampo, caxumba, rubéola e
varicela –
Tetra Viral
Esquema :
 Administrar 1 (uma) dose exclusivamente aos
15 meses de idade, em crianças que já
tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice
viral (corresponde a uma dose de varicela e a
2ª dose da tríplice viral).
Dose: 0,5mL, subcutânea.
Vacina sarampo, caxumba, rubéola e
varicela –
Tetra Viral

Particularidades:
O PNI não disponibilizará a vacina tetraviral
para as crianças que não receberam a primeira
dose da tríplice viral entre 12 e 14 meses de
idade e aquelas acima de 15 meses de idade
Prof.ᵃ Emilly Souza Marques
enfermagem@residenciasaude.com.br

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