Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PROCESSO nº 5017196-08.2020.8.21.0010/RS
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
2) A intenção do Instituto, desde a seara
ADMINISTRATIVA, até a esfera JUDICIAL, vem culminando com
inúmeros pedidos de benefícios previdenciários e pensões devidas, a ex-
servidores e aos seus familiares, postergando o RECONHECIMENTO
DO DIREITO destes, incluindo os da Autora, sendo certo o destino
destes, o de buscar amparo ao PODER JUDICIÁRIO e clamar pela
PROTEÇÃO JURISDICIONAL do Estado, diante do direito que
assistem, pois, ao caso em comento, trata-se, como já fartamente
demonstrado e provado, de DIREITO ADQUIRIDO.
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
III) O PAGAMENTO dos ATRASADOS (observada a prescrição
quinquenal).
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
PROTOCOLIZOU na VIA ADMINISTRATIVO junto ao IPERGS o
PEDIDO de CONCESSÃO de PENSÃO POR MORTE tombado sob o nº
119108-2442/18-0, o qual foi INDEFERIDO pela Autarquia Demandada
sob o argumento de que, tanto a autora como o instituidor do benefício
eram casados (fls. 20 e 21), advindo daí o ajuizamento da presente ação
previdenciária em 01-06-2012 (fl. 02), a qual foi julgada improcedente em
primeira instância sob a alegação de configuração da prescrição do fundo
de direito.
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
Autarquia Previdenciária Estadual, no tocante ao, IV) pagamento de
PRESTAÇÕES VENCIDAS, tratando-se, EM TESE, o presente feito de
RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL, a Autora não encontrava-se
previamente habilitada como dependente do falecido servidor, devendo ser
aplicada a regra disposta no artigo 27, §3º, da LEI ESTADUAL n 7.672/82, com
a redação dada pela LEI nº 7.716/72, LIMITANDO o pagamento dos valores
pretéritos devidos, caso não seja pela DATA DO REQUERIMENTO
ADMINSTRATIVO, no mínimo, deverá ser limitada a contar do dia em que se
encerrou o pagamento do benefício a outra habilitada, qual seja, a ex-esposa do
extinto instituidor da pensão, IRMA FALCONI, A CONTAR DO DIA em que,
SE ENCERROU O PAGAMENTO DO BENEFÍCIO DESTA, ou seja, em de
21.08.2017.
Como foi dito na peça vestibular, existe muita confusão a respeito da prescrição e da decadência em direito
previdenciãrio. Equivoca-se o magistrado ad quo ao extinguir a presente ação pela prescrição do fundo de
direito. Na verdade Excelência, trata-se de prazo decadencial (preclusão) e não de prescrição, que tem seu
marco inicial com o indeferimento administrativo do pedido.
Os prazos prescricional e decadencial limitam sobremaneira o direito à revisão dos benefícios previdenciários.
Por outro lado, solidificam os procedimentos adotados pelo ente Previdenciário em épocas passadas, evitando
o pagamento de indenizações de grande vulto.
Como bem disse o MM. Juiz ad quo, a prescrição quinquenal em relação às dividas passivas da União, dos
Estados e dos Municípios tem sido aplicada desde o advento do Decreto nO 20.910, de 1932. Analisando-se
mais profundamente esta norma, vê-se que possui a seguinte redação, no artigo 1.0:
Art. 10 As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação
contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos
contados da data do ato ou fato do qual se originarem.
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
A prescrição prevista no art. 1.0 Decreto n.0 20.910/32 pode ser tida como PRESCRIÇÃO DE FUNDO DE
DIREITO pelo fato de autorizar extinguir o próprio direito caso ultrapassado o período de cinco (05) anos desde
a constituição da dívida, ou seja, prescrição total.
Diz-se PRESCRIÇÃO TOTAL porque determina a completa extinção da pretensão (e não parte dela),
representando medida extremamente agressiva, penalizadora da demora do demandante na propositura de
medida judicial, como determinou o MM. Juiz ad quo no caso em tela.
Já o parágrafo 3.0 do mesmo decreto ilustra o que se denomina de PESCRIÇÃO QUINQUENAL, ou seja, não
atinge o direito em si, mas as prestações porventura decorrentes do direito reclamado, o que se pode
denominar como prescrição parcial.
Art. 30 Quando o pagamento se dividir por dias, meses ou anos, a prescrição atingirá progressivamente as
prestações à medida que completarem os prazos estabelecidos pelo presente decreto."'
Veja Excelência, que as duas (02) modalidades são resumidas no teor do enunciado da na súmula n1 85, do
egrégio STJ, emitida em 1993, in verbis:
STJ - Súmula n 85- "Nas relações jurídicas de trato sucessivo, em que a Fazenda Pública figure como devedora,
quando não tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas
antes do quinquênio anterior à propositura da açao-'
Essa já era a jurisprudência dominante no eg. Supremo Tribunal Federal, extratificada na Súmula n1 443: "A
prescrição das prestações anteriores ao período previsto em lei não ocorre quando não tiver sido negado,
antes daquele prazo, o próprio direito reclamado ou a situa çáojurídica de que ele resulta."
Dddddddddddddddddddddddddddddddddddd
A situação dos autos é peculiar e, já adianto, em parte assiste razão à
apelante, embora não se olvide que, quando do ajuizamento desta ação, assim
como quando do pedido administrativo, já havia decorrido mais de dez (10)
anos da data do óbito do instituidor do benefício (de onde deriva seu direito à
pensão), o que, conforme o entendimento que se adote, pode levar ao
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
reconhecimento da prescrição do fundo de direito, na forma do art. 1º do
Decreto nº 20.910/32 .
Veja-se que, no caso, o óbito do instituidor do benefício ocorreu em 13-01-
2001 (fl. 17) e, logo em seguida, ou seja, já em 15-01-2001, a demandante
promoveu ação de reconhecimento de união estável (Processo nº
001/10500378103 – Apelação Cível nº 70024617482 ), com acórdão de
procedência do pedido lançado em 29-04-2009 e trânsito em julgado em 02-
12-2011 (após confirmação da decisão que negava seguimento ao Recurso
Especial – Ag 1284106/RS – fls. 42-43 e 44-58); e, em 10-12-2010, promoveu a
ação de divórcio (Processo nº 001/1103235329), obtendo sentença de
procedência exarada em 29-03-2012 (fls. 32 e 33-35), enquanto que o pedido
administrativo de concessão de pensão por morte foi protocolizado em 2010,
ou seja, cerca de um ano após o acórdão que julgou a ação de união estável,
tendo sido indeferido em 26-04-2011 (fls. 20 e 21) e a presente ação de
reconhecimento de direito a pensão por morte foi distribuída em 01-06-2012
(fl. 02).
Como se vê, diante do óbito, a demandante primeiro tratou de providenciar o
reconhecimento judicial de sua condição de companheira do ex-servidor
falecido, bem como de obter o divórcio relativamente à união anterior. E é
inegável que, nas circunstâncias, o êxito do pedido administrativo não
prescindia disso. Tanto é assim que, mesmo tendo formulado o pedido
administrativo quando já contava com acórdão de procedência na ação de
reconhecimento de união estável, foi indeferida a pretensão, mas não com
base em suposta prescrição, e sim, no fato de ela e o instituidor do benefício
ainda ostentarem a condição de casados.
Considerando que o que se busca é o reconhecimento de direito que, até
então (antes do reconhecimento judicial da união estável), jamais havia sido
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
pleiteado perante a Administração Pública e sobre o qual, até então, a autora
sequer ostentava segura condição (pois noticiava conviver em união estável,
mas ainda ostentava vínculo conjugal com terceiro), a rigor, não há como
contar a prescrição da data do óbito do instituidor do benefício, como de
regra tem entendido esta Corte.
Somente com o indeferimento do pedido administrativo, em 26-04-2011, que,
friso, foi formulado após o reconhecimento judicial da união estável, é que
teve curso o lapso prescricional. Reitero que, aqui, antes do pedido deduzido
após o reconhecimento judicial da união estável jamais houve manifestação
da Administração Pública, mesmo que implícita, negando ou concedendo o
benefício, pois embora os noticiados trinta anos de convivência conjugal e os
três filhos dela decorrentes, a demandante sequer figurava como dependente
no IPÊ-Saúde, justamente por ambos não terem dissolvido os casamentos
anteriores. E, por isso, não restava caracterizada a lesão ao direito (actio
nata), a qual somente ocorreu com a negativa administrativa exarada em
2011.
Na espécie, pois, encontra plena aplicação a Súmula 85 do STJ: “Nas relações
jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda Pública figure como devedora,
quando não tiver sido negado o próprio direito reclamado, a prescrição
atinge apenas as prestações vencidas antes do qüinqüênio anterior à
propositura da ação”.
A respeito da teoria da actio nata, destaco a lição de Odete Medauar:
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
tem a ver com a questão de ter havido ou não manifestação do Poder Público
- mesmo implícita - a respeito do direito pleiteado. Inexistindo manifestação
alguma, ou seja, mantendo-se a Administração silente quanto a direito do
interessado, não se caracteriza lesão de direito propiciadora de ajuizamento
de ação. No entanto, havendo manifestação do Poder Público, seja por ato
individual ou ato geral, que expressa ou implicitamente lese direito, a partir
daí se inicia o prazo da prescrição; em matéria de direitos de servidores, o
STF tem considerado atos de aposentadoria ou reforma, quando arrolam
parcelas de proventos ou indicam a importância dos mesmos, como
manifestação da Administração sobre direitos, correndo daí o termo da
prescrição; o mesmo tem sido decidido para atos ou decretos de
enquadramento. (in RT, vol. 642, pág. 91).
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
2. No caso dos autos, não procede a alegação de que teria ocorrido a
prescrição da pretensão ao próprio fundo de direito, uma vez que a ação de
reconhecimento de união estável foi proposta no ano do óbito do instituidor
da pensão e a ação de pensão por morte foi proposta um ano após o
reconhecimento judicial da união estável.
3. Decisão que se mantém por seus próprios fundamentos, pois o agravante
não trouxe argumentos novos, capazes de infirmar os fundamentos que
alicerçaram o julgado.
4. Agravo regimental não provido.
(AgRg no AREsp 282.263/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 12/03/2013, DJe 18/03/2013)
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
PREVIDENCIÁRIO. CONCESSÃO DE BENEFÍCIO. PENSÃO POR
MORTE. PRESCRIÇÃO.
"Em matéria de previdência social, a prescrição só alcança as prestações, não
o direito, que pode ser perseguido a qualquer tempo" (REsp 1.319.280/SE,
Rel. Min. Ari Pargendler, Primeira Turma, julgado em 6.8.2013, DJe
15.8.2013).
Recurso especial provido.
(REsp 1416885/PB, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA
TURMA, julgado em 04/02/2014, DJe 10/02/2014) (grifos meus)
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
PRINCÍPIO DA ACTIO NATA. EXISTÊNCIA DE REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO. TERMO INICIAL DO LAPSO PRESCRICIONAL.
CONTADO DA NEGATIVA DA ADMINISTRAÇÃO. NÃO
OCORRÊNCIA DE PRESCRIÇÃO NO CASO CONCRETO.
INTERRUPÇÃO DO PRAZO. IMPOSSIBILIDADE DE INOVAÇÃO
RECURSAL. SÚMULA 383/STF.
1. O termo inicial do prazo prescricional previsto no art. 1º do Decreto
20.910/32 dá-se no momento em que constatada a lesão e seus efeitos,
conforme o princípio da actio nata. No caso, inocorrente a prescrição.
2. A apresentação de novos fundamentos para reforçar a tese trazida no
recurso especial representa inovação, vedada no âmbito do agravo
regimental.
3. Ainda que se admitisse a discussão quanto à possível interrupção do prazo
prescricional, advinda do requerimento administrativo, - pretensa inovação
recursal - a tese encontraria óbice na Súmula 383 do STF, pois "a prescrição
em favor da Fazenda Pública recomeça a correr, por dois anos e meio, a
partir do ato interruptivo, mas não fica reduzida aquém de cinco anos,
embora o titular do direito a interrompa durante a primeira metade do
prazo".
Agravo regimental improvido.
(AgRg no AgRg no REsp 1396117/RS, Rel. Ministro HUMBERTO
MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 03/10/2013, DJe 14/10/2013)
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
ADMINISTRATIVO. APLICAÇÃO DO PRAZO DECADENCIAL
DECENAL PREVISTO NO ART. 103 DA LEI 8.213/91. AGRAVO
REGIMENTAL DO INSS DESPROVIDO.
1. As normas previdenciárias primam pela proteção do Trabalhador
Segurado da Previdência Social, motivo pelo qual os pleitos previdenciários
devem ser julgados no sentido de amparar a parte hipossuficiente e que, por
esse motivo, possui proteção legal que lhe garante a flexibilização dos rígidos
institutos processuais.
2. Os benefícios previdenciários envolvem relações de trato sucessivo e
atendem necessidades de caráter alimentar, razão pela qual a pretensão à
obtenção de um benefício é imprescritível.
3. As prestações previdenciárias tem características de direitos
indisponíveis, daí porque o benefício previdenciário em si não prescreve,
somente as prestações não reclamadas no lapso de cinco anos é que
prescreverão, uma a uma, em razão da inércia do beneficiário, nos exatos
termos do art. 3o. do Decreto 20.910/32.
4. Contudo, nos casos em que a Administração negou expressamente o
requerimento administrativo, incide o prazo decadencial na revisão do ato
administrativo que indefere o pedido do autor, com prescrição apenas das
parcelas vencidas além do quinquênio, nos termos do art. 103 e parágrafo
único da Lei 8.213/91, tendo o segurado dez anos para intentar ação judicial
visando ao direito respectivo.
5. No caso dos autos, o indeferimento do benefício, na via administrativa,
ocorreu em 2000 e o ajuizamento da ação se deu em 10.8.2009, ou seja, antes
da consumação do prazo de dez anos estipulado no artigo 103 da Lei
8.213/91. Logo, não se consumou nem prescrição de fundo de direito, nem
decadência do direito à revisão do ato indeferitório.
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
6. Agravo Regimental do INSS desprovido.
(AgRg no REsp 1364155/SE, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA
FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 10/12/2013, DJe 19/12/2013)
(grifos meus)
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
qualquer exigência temporal mínima, bem como tem entendido que,
reconhecida a união estável, a dependência econômica passa a ser presumida
perante a legislação previdenciária, a exemplo do que ocorre com a(o)
cônjuge.
Portanto, se o reconhecimento da união estável era pressuposto lógico para o
conhecimento da pretensão à pensão por morte, tal se mostra evidenciado
nestes autos.
Nesse sentido:
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
julgamento da ADI 70038755864. APELO DO IPERGS DESPROVIDO.
APELO DA AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA
REFORMADA EM PARTE EM REEXAME NECESSÁRIO. (Apelação
Cível Nº 70058601527, Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: Marilene Bonzanini, Julgado em 01/04/2014) (grifos meus)
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
Justiça do RS, Relator: Carlos Roberto Lofego Canibal, Julgado em
11/06/2014) (grifos meus)
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
INSUFICIENTE. INADMISSIBILIDADE DO PENSIONAMENTO. A
CRFB reconhece a união estável como entidade familiar (art. 236, § 3º), e o
Código Civil (art. 1.723) dispõe sobre os requisitos para a sua configuração: a
convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de
constituição de família. Requisitos não preenchidos. A Lei n. 7.672/82, que
institui o regime próprio de previdência do Estado do Rio Grande do Sul,
deve ser interpretada em conformidade com a CRFB e com o Código Civil,
que é a norma que dispõe sobre os institutos jurídicos de direito privado. No
que diz com o caso, sobre os requisitos para a configuração da união estável
como unidade familiar. Caso em que a autora não logrou comprovar,
consoante lhe incumbia, ex vi do artigo 333, I, do CPC, que mantinha
relacionamento com o segurado falecido nos moldes de uma entidade
familiar, ou seja, com convivência pública, contínua e duradoura, o que
afasta por completo o direito à percepção do benefício previdenciário.
Precedentes. RECURSO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70056905102,
Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Denise
Oliveira Cezar, Julgado em 27/03/2014) (grifos meus)
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
convivência entre a autora e o ex-segurado, como se casados fossem, deve a
mesma ser habilitada como pensionista por morte do segurado. Direito
constitucional à pensão integral, observando-se as alterações levadas a efeito
pela EC nº 41/03. 3. Honorários advocatícios. Verba honorária mantida, por
atender as moduladoras do art. 20 do cpc e aos princípios da razoabilidade e
modicidade. APELO CONHECIDO EM PARTE E DESPROVIDO.
(Apelação Cível Nº 70048351985, Primeira Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Carlos Roberto Lofego Canibal, Julgado em
21/11/2012) (grifos meus)
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
regras, sob pena de romper-se o sistema. Preponderância dos princípios
constitucionais na construção do sentido normativo. POR MAIORIA,
VENCIDO O RELATOR, ACOLHERAM OS EMBARGOS
INFRINGENTES. (Embargos Infringentes Nº 70055829428, Primeiro Grupo
de Câmaras Cíveis, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luiz Felipe Silveira
Difini, Julgado em 14/03/2014) (grifos meus)
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
De regra, a pensão previdenciária deve ser paga a contar da data do
requerimento administrativo , sendo que, no caso, à falta de outro documento
e de impugnação efetiva pela Autarquia demandada, embora sem carimbo de
protocolo administrativo, poderia ser considerada a data do requerimento da
fl. 21 (15-10-2010). Contudo, a parte autora postulou o pagamento da pensão
a contar “da data do protocolo da presente demanda” (fl. 11), o qual ocorreu
em 01-06-2012 (fl. 02), sendo esta a data a ser observada em atenção aos
limites do pedido (art. 128 do CPC).
Reconhecido o direito à percepção do benefício, cumpre fixar os consectários
legais incidentes na espécie.
Em se tratando de valores decorrentes de benefício previdenciário, os juros
de mora incidem a partir da citação válida, nos exatos termos da Súmula 204
do STJ . Já a correção monetária incide desde a época em que deveriam ser
pagas as parcelas do benefício.
Além disso, ainda sobre os consectários legais, cumpre observar o
entendimento exarado pelo Superior Tribunal de Justiça por ocasião do
julgamento do REsp nº 1270439/PR, submetido ao rito do art. 543-C do CPC,
nestes termos:
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
BUSCA APENAS O PAGAMENTO DAS PARCELAS DE RETROATIVOS
AINDA NÃO PAGAS.
1. Esta Corte já decidiu, por meio de recurso especial representativo de
controvérsia (art. 543-C do CPC e Resolução STJ nº 8/2008), que os
servidores públicos que exerceram cargo em comissão ou função
comissionada entre abril de 1998 e setembro de 2001 fazem jus à
incorporação de quintos (REsp 1.261.020/CE, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, Primeira Seção, DJe 7.11.12).
2. No caso concreto, todavia, a União é carecedora de interesse recursal no
que toca à pretensão de rediscutir a legalidade da incorporação dos quintos,
pois esse direito foi reconhecido pela própria Administração por meio de
processo que tramitou no CJF, já tendo sido a parcela, inclusive, incorporada
aos vencimentos do autor.
PRESCRIÇÃO. RENÚNCIA. INTERRUPÇÃO. REINÍCIO PELA
METADE. ART. 9º DO DECRETO 20.910/32. SUSPENSÃO DO PRAZO
NO CURSO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO. ART. 4º DO DECRETO
20.910/32. PRESCRIÇÃO NÃO VERIFICADA.
3. Nos termos do art. 1º do Decreto 20.910/32, as "dívidas passivas da União,
dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação
contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua
natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual
se originarem".
4. Pelo princípio da actio nata, o direito de ação surge com a efetiva lesão do
direito tutelado, quando nasce a pretensão a ser deduzida em juízo, acaso
resistida, nos exatos termos do art. 189 do Novo Código Civil.
5. O ato administrativo de reconhecimento do direito pelo devedor importa
(a) interrupção do prazo prescricional, caso ainda esteja em curso (art. 202,
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
VI, do CC de 2002); ou (b) sua renúncia, quando já se tenha consumado (art.
191 do CC de 2002).
6. Interrompido o prazo, a prescrição volta a correr pela metade (dois anos e
meio) a contar da data do ato que a interrompeu ou do último ato ou termo
do respectivo processo, nos termos do que dispõe o art. 9º do Decreto n.º
20.910/32. Assim, tendo sido a prescrição interrompida no curso de um
processo administrativo, o prazo prescricional não volta a fluir de imediato,
mas apenas "do último ato ou termo do processo", consoante dicção do art.
9º, in fine, do Decreto 20.910/32.
7. O art. 4º do Decreto 20.910/32, secundando a regra do art. 9º, fixa que a
prescrição não corre durante o tempo necessário para a Administração
apurar a dívida e individualizá-la a cada um dos beneficiados pelo direito.
8. O prazo prescricional suspenso somente volta a fluir, pela metade, quando
a Administração pratica algum ato incompatível com o interesse de saldar a
dívida, quando se torna inequívoca a sua mora.
9. No caso, o direito à incorporação dos quintos surgiu com a edição da MP n.
2.225-45/2001. Portanto, em 04 de setembro de 2001, quando publicada a
MP, teve início o prazo prescricional quinquenal do art. 1º do Decreto
20.910/32.
10. A prescrição foi interrompida em 17 de dezembro de 2004 com a decisão
do Ministro Presidente do CJF exarada nos autos do Processo
Administrativo n.º 2004.164940, reconhecendo o direito de incorporação dos
quintos aos servidores da Justiça Federal.
11. Ocorre que este processo administrativo ainda não foi concluído. Assim,
como ainda não encerrado o processo no bojo do qual foi interrompida a
prescrição e tendo sido pagas duas parcelas de retroativos, em dezembro de
2004 e dezembro de 2006, está suspenso o prazo prescricional, que não voltou
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
a correr pela metade, nos termos dos art. 9º c/c art. 4º, ambos do Decreto
20.910/32. Prescrição não configurada.
VERBAS REMUNERATÓRIAS. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS
DEVIDOS PELA FAZENDA PÚBLICA. LEI 11.960/09, QUE ALTEROU O
ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97. DECLARAÇÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL POR ARRASTAMENTO (ADIN
4.357/DF).
12. O art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação conferida pela Lei 11.960/2009,
que trouxe novo regramento para a atualização monetária e juros devidos
pela Fazenda Pública, deve ser aplicado, de imediato, aos processos em
andamento, sem, contudo, retroagir a período anterior a sua vigência.
13. "Assim, os valores resultantes de condenações proferidas contra a
Fazenda Pública após a entrada em vigor da Lei 11.960/09 devem observar os
critérios de atualização (correção monetária e juros) nela disciplinados,
enquanto vigorarem. Por outro lado, no período anterior, tais acessórios
deverão seguir os parâmetros definidos pela legislação então vigente" (REsp
1.205.946/SP, Rel. Min. Benedito Gonçalves, Corte Especial, DJe 2.2.12).
14. O Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade parcial,
por arrastamento, do art. 5º da Lei 11.960/09, que deu nova redação ao art.
1º-F da Lei 9.494/97, ao examinar a ADIn 4.357/DF, Rel. Min. Ayres Britto.
15. A Suprema Corte declarou inconstitucional a expressão "índice oficial de
remuneração básica da caderneta de poupança" contida no § 12 do art. 100
da CF/88. Assim entendeu porque a taxa básica de remuneração da
poupança não mede a inflação acumulada do período e, portanto, não pode
servir de parâmetro para a correção monetária a ser aplicada aos débitos da
Fazenda Pública.
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
16. Igualmente reconheceu a inconstitucionalidade da expressão
"independentemente de sua natureza" quando os débitos fazendários
ostentarem natureza tributária. Isso porque, quando credora a Fazenda de
dívida de natureza tributária, incidem os juros pela taxa SELIC como
compensação pela mora, devendo esse mesmo índice, por força do princípio
da equidade, ser aplicado quando for ela devedora nas repetições de indébito
tributário.
17. Como o art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação da Lei 11.960/09,
praticamente reproduz a norma do § 12 do art. 100 da CF/88, o Supremo
declarou a inconstitucionalidade parcial, por arrastamento, desse dispositivo
legal.
18. Em virtude da declaração de inconstitucionalidade parcial do art. 5º da
Lei 11.960/09: (a) a correção monetária das dívidas fazendárias deve
observar índices que reflitam a inflação acumulada do período, a ela não se
aplicando os índices de remuneração básica da caderneta de poupança; e (b)
os juros moratórios serão equivalentes aos índices oficiais de remuneração
básica e juros aplicáveis à caderneta de poupança, exceto quando a dívida
ostentar natureza tributária, para as quais prevalecerão as regras específicas.
19. O Relator da ADIn no Supremo, Min. Ayres Britto, não especificou qual
deveria ser o índice de correção monetária adotado. Todavia, há importante
referência no voto vista do Min. Luiz Fux, quando Sua Excelência aponta
para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, que ora se adota.
20. No caso concreto, como a condenação imposta à Fazenda não é de
natureza tributária - o crédito reclamado tem origem na incorporação de
quintos pelo exercício de função de confiança entre abril de 1998 e setembro
de 2001 -, os juros moratórios devem ser calculados com base no índice oficial
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança, nos
termos da regra do art. 1º-F da Lei 9.494/97, com redação da Lei 11.960/09.
Já a correção monetária, por força da declaração de inconstitucionalidade
parcial do art. 5º da Lei 11.960/09, deverá ser calculada com base no IPCA,
índice que melhor reflete a inflação acumulada do período.
21. Recurso especial provido em parte. Acórdão sujeito à sistemática do art.
543-C do CPC e da Resolução STJ n.º 08/2008.
(REsp 1270439/PR, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 26/06/2013, DJe 02/08/2013) (grifos meus)
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
impondo-se o reconhecimento do direito à pensão por morte. -
Desnecessidade de demonstração da dependência econômica. Procedência da
pretensão. Benefício devido a partir do falecimento da dependente
registrada, nas peculiaridades do caso concreto. - Correção monetária
(IPCA) e juros moratórios conforme orientação do Superior Tribunal de
Justiça (REsp 1270439/PR, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, PRIMEIRA
SEÇÃO, julgado em 26/06/2013, DJe 02/08/2013). - Honorários advocatícios.
Critérios de fixação. Art. 20 do Código de Processo Civil. Limitação, no caso,
ao percentual entendido como justo por esta Câmara, 5% sobre as parcelas
vencidas até a data da sentença. - Reconhecimento da isenção das pessoas
jurídicas de direito público ao pagamento de custas e emolumentos, mantida
apenas a exigibilidade do recolhimento das despesas judiciais, por força do
julgamento da ADI 70038755864. APELO DO IPERGS DESPROVIDO.
APELO DA AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA
REFORMADA EM PARTE EM REEXAME NECESSÁRIO. (Apelação
Cível Nº 70058601527, Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: Marilene Bonzanini, Julgado em 01/04/2014) (grifos meus)
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
INTEGRALIDADE. ÓBITO DO EX-SERVIDOR OCORRIDO APÓS A
ENTRADA EM VIGOR DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 41/03.
Falecido o ex-servidor na vigência da Emenda Constitucional nº 41,
publicada no DOU em 31/12/03, há de ser considerado o novo regime
constitucional, nos termos do § 7º do art. 40 da Constituição Federal. Após a
edição da Emenda Constitucional nº 41/03 apenas existe na hipótese de
benefício dentro do limite para os benefícios do Regime Geral de Previdência
Social de que trata art. 201 da Constituição Federal. No caso, como o
servidor recebia proventos em valores inferiores ao limite constitucional, a
pensão deve ser calculada sem alteração ao limite máximo no caso concreto.
Precedentes do TJRGS. JUROS MORATÓRIOS. PERCENTUAL.
CORREÇÃO MONETÁRIA. IPCA. Os juros moratórios nas ações
previdenciárias ajuizadas após a edição da MP 2.180-35/01 são de 6% ao ano.
Impossibilidade jurídica da utilização do índice de remuneração da
caderneta de poupança como critério de correção monetária Posição do STF.
ADI 4357 Precedentes do TJRGS. e ADI 4425. Incidência de correção
monetária com base no IPCA, índice que melhor reflete a inflação acumulada
do período. CONDENAÇÃO DO ENTE PÚBLICO AO PAGAMENTO DAS
CUSTAS PROCESSUAIS. DESCABIMENTO. Tratando-se de pessoa
jurídica de direito público, incabível a condenação no pagamento de custas
processuais, observado o teor do art. 11 do Regimento de Custas, alterado
pela Lei nº 13.471/2010. PREQUESTIONAMENTO. A apresentação de
questões para fins de prequestionamento não induz à resposta de todos os
artigos referidos pela parte, mormente porque foram analisadas todas as
questões entendidas pertinentes para solucionar a controvérsia submetida à
apreciação. Apelação do IPERGS com seguimento negado. Apelação da
autora provida em parte liminarmente. Sentença modificada em parte em
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
reexame necessário. (Apelação e Reexame Necessário Nº 70059823369,
Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Carlos
Eduardo Zietlow Duro, Julgado em 04/06/2014) (grifos meus)
Por fim, a par do largo tempo em que a demandante ficou sem receber a
pensão a que faz jus, não há falar em dano moral, notadamente porque a
Administração Pública não deu causa a qualquer dissabor suportado pela
demandante, lembrando que cabia a ela e ao falecido instituidor do benefício
diligenciar para a adequação de seu estado civil.
Isso posto, DOU PARCIAL PROVIMENTO à apelação, para julgar
parcialmente procedente o pedido deduzido por MELÂNIA SALLETE DE
OLIVEIRA RAMOS contra INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO
DO RIO GRANDE DO SUL – IPERGS, condenando o demandado ao
pagamento da pensão por morte pleiteada, desde 01-06-2012 (fl. 02) até a
implementação em folha de pagamento, com juros de mora na forma da Lei
nº 11.960/2009, ou seja, de acordo com os juros aplicados à caderneta de
poupança, além de correção monetária pelo IPCA, desde a época em que
deveriam ser pagas as parcelas do benefício.
Em face do resultado do julgamento e considerando que é mínimo o
decaimento da parte autora, responde o demandado (IPERGS) pelas
despesas processuais (observadas as isenções legais – art. 11 do Regimento de
Custas e ADI nº 70038755864 ), bem como por honorários advocatícios que,
com base no art. 20, §§ 3º e 4º, do CPC, arbitro em R$ 2.000,00 (dois mil
reais), tendo em vista a natureza e a importância da causa, bem como o fato
de restar vencida a Fazenda Pública Municipal.
É o voto.
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
(artigos 9º e 11 da Lei Estadual nº 7.672/82), argumentando que, contra si, a ação
declaratória de união estável não faz coisa julgada, pois não integrou o polo
passivo daquela ação (fls. 90-98).
A Autora SILVANA FORTUNA PECCIN, manteve
convivência pública e duradoura caracterizada como UNIÃO ESTÁVEL
conforme o artigo 1.723 do CÓDIGO CIVIL com o extinto servidor Estatual,
ALEXANDRE DANTE DE ALMEIDA, inclusive participou como meeira no
inventário do de cujus 010/1.15.0018198-6
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
postulado, por isso rebatemos um a um os argumentos apresentados pelo
IPERGS.
PRELIMINARMENTE
DA ALEGAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO
DA APLICABILIDADE DA SÚMULA 85 STJ
MARCO INTERRUPTIVO
DA PRESCRIÇÃO
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
Em outras palavras, o benefício previdenciário deve ser requerido
até cinco dias contados da morte do instituidor nos termos do artigo 1º do
DECRETO nº 20.910/32, ou, por se tratar de DIREITO FUNDAMENTAL nos
termos do artigo 6º da CONSTITUIÇÃO FEDERAL, o PRAZO para
REQUERER a CONCESSÃO INICIAL seria IRRELEVANTE, por ser
IMPRESCRITÍVEL.
No caso dos servidores públicos, a intepretação do artigo 1º do
Decreto nº 20.910/1932 deve ocorrer em consonância com o que prevê a
legislação que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis.
"Art. 219. A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão-somente as
prestações exigíveis há mais de 5 (cinco) anos. Parágrafo único. Concedida a pensão, qualquer
prova posterior ou habilitação tardia que implique exclusão de beneficiário ou redução de
pensão só produzirá efeitos a partir da data em que for oferecida"
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
Por isso, o PRAZO PRESCRICIONAL previsto no artigo 1º do
Decreto n.º 20.910/1932 se aplica em caso de pedido que foi negado e que precisa
ser desconstituído judicialmente, sob pena de prescrição do fundo do direito.
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
7) decurso do tempo é irrelevante para a concessão de benefício
previdenciário, por se tratar de direito fundamental (art. 6° da Constituição
Federal), que visa garantir a subsistência e a vida quando da incapacidade laboral
de fato (invalidez), presumida (idade ou tempo de contribuição) ou morte
(pensão), jamais se admitindo que um mero decreto cerceie direito fundamental
assegurado, expressamente, na Carta Magna.
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
9) Pedimos vênia para transcrever trecho do voto do eminente
Relator Ministro Roberto Barroso, que diferencia de forma didática a
CONCESSÃO INICIAL de benefício previdenciário da hipótese de revisão do seu
valor mensal, ressaltando, expressamente, a validade da Súmula 85 do STJ,
verbis:
“Espero que tenha ficado claro - não apenas para nós, mas,
principalmente, para aqueles que são os beneficiários - que não se cuida aqui, como
posto também pela doutora Luysien, de tangenciar, tocar, diminuir, comprometer o
direito material à previdência, ao benefício, ou à nada que o valha. Estamos todos de
acordo - Juízes, advogados dos dois lados - em que este direito é intocável. Faço essa
referência porque a clareza do voto do Ministro Barroso, que é o Relator, creio, deixou
isso devidamente patenteado. E é uma preocupação, Presidente, porque, quando se trata
de Direito Previdenciário, especialmente direito a benefícios, estamos lidando com
direito de pessoas que já prestaram o serviço à sociedade e que têm consolidado no seu
patrimônio aquele direito. Não pode, agora, o Poder Judiciário - não poderia, muito
menos em face da Constituição brasileira - tirar aquilo que já foi adquirido.”
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
11) Após o voto da Ministra Carmem Lúcia, o nobre Relator Min.
Roberto Barroso volta ao tópico, esclarecendo novamente que a concessão inicial
de benefício previdenciário é imprescritível, verbis:
1
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma
desta Constituição.
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
de direito, porquanto o direito fundamental a benefício previdenciário não pode ser
fulminado sob tal perspectiva. 2. Em outras palavras, o direito à obtenção de benefício
previdenciário é imprescritível, apenas se sujeitando ao efeito aniquilador decorrente
do decurso do lapso prescricional as parcelas não reclamadas em momento oportuno. 3.
Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no AREsp 506.885/SE, Rel.
Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 27/05/2014, DJe
02/06/2014).”
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
ERRONEAMENTE PELA ADMINISTRAÇÃO ANTES DA MEDIDA
PROVISÓRIA. TRIBUNAL CONSIDEROU CORRETA A CONCESSÃO DE
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. DECADÊNCIA NÃO CONFIGURADA. 1.
Caracterizado o benefício previdenciário como de caráter eminentemente alimentar,
constituindo obrigação periódica e de trato sucessivo, não admite a pretendida
prescrição do fundo do direito, mas tão somente das parcelas vencidas há mais de cinco
anos, consoante já fixado pela Súmula 85/STJ. 2. O caput do art. 103 da Lei
8.213/1991 está voltado tão somente para o ato revisional de concessão do benefício.
Não há que falar em prescrição do fundo de direito quando se trata de concessão de
benefício previdenciário, inserido no rol dos direitos fundamentais. 3. O Tribunal de
origem, mediante análise das provas dos autos, acolheu a argumentação da autora de
que seu falecido cônjuge fazia jus à aposentadoria por invalidez, e não à Renda Mensal
Vitalícia. Agravo regimental improvido. (AgRg no REsp 1502460/PR, Rel. Ministro
HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 05/03/2015, DJe
11/03/2015). 15.8.2013). Recurso especial provido. (REsp 1416885/PB, Rel. Ministro
HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/02/2014, DJe
10/02/2014).”
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
de embargos de declaração, entendeu por atribuir-lhe efeitos infringentes e,
reconhecendo a prescrição do fundo de direito julgou improcedente a demanda.
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
que foi ressalvada a inaplicabilidade da caducidade para a obtenção da prestação
securitária:
9. [...]
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
parte-se da definição de que os benefícios previdenciários estão ligados ao próprio direito à vida e
são direitos sociais que compõem o quadro dos direitos fundamentais. 3. A pretensão ao benefício
previdenciário em si não prescreve, mas tão somente as prestações não reclamadas em certo
tempo, que vão prescrevendo uma a uma, em virtude da inércia do beneficiário. Inteligência do
parágrafo único do art. 103 da Lei 8.213⁄1991. 4. Recurso especial conhecido e não provido. (REsp
1.439.299⁄PB, Rel. Min. Mauro Campbell Maques, DJe de 28⁄5⁄2015).”
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
“PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO NEGADO NA VIA
ADMINISTRATIVA. PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO. INOCORRÊNCIA. SÚMULA
85⁄STJ. INAPLICABILIDADE. 1. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que, mesmo
na hipótese de negativa de concessão de benefício previdenciário e/ou assistencial pelo INSS, não
há falar em prescrição do próprio fundo de direito, porquanto o direito fundamental a benefício
previdenciário não pode ser fulminado sob tal perspectiva. 2. Em outras palavras, o direito à
obtenção de benefício previdenciário é imprescritível, apenas se sujeitando ao efeito aniquilador
decorrente do decurso do lapso prescricional as parcelas não reclamadas em momento oportuno. 3.
Agravo regimental a que se nega provimento (AgRg no AREsp 506.885⁄SE, Rel. Ministro Sérgio
Kukina, Primeira Turma, DJe 02⁄06⁄2014).”
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. REVISÃO DE BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. ART. 1º DO
DECRETO 20.910⁄1932. RELAÇÃO DE TRATO SUCESSIVO. APLICAÇÃO DA SÚMULA
85⁄STJ. 1. Consoante a jurisprudência desta Corte, nas demandas em que se busca a revisão de
benefício previdenciário, aplica-se a prescrição quinquenal, conforme disposição do art. 1º do
Decreto 20.910⁄1932, e, por se tratar de relação de trato sucessivo, abrange apenas as parcelas
vencidas no quinquênio anterior à propositura da ação, consoante a Súmula 85⁄STJ. 2. Recurso
especial provido. (REsp 1.242.692⁄RJ, Rel. Min. Eliana Calmon, DJe 20⁄11⁄2013).”
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
pedido de pensionamento e de dois anos entre o indeferimento e ação judicial. A
jurisprudência atual é unânime:
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
qual se ORIGINAREM, devendo ser EXTINTO, o presente feito COM
RESOLUÇÃO de MÉRITO com fulcro no artigo 487, inciso II, do
NCPC/2015.
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
ajuizamento da ação. Conforme se observa nos autos, o PEDIDO
ADMINSTRATIVO se deu em 14.09.2018, e o AJUIZAMENTO da AÇÃO em
17.09.2020. Assim, não se configura a PRESCRIÇÃO, já que do PEDIDO
ADMINSTRATIVO até o AJUIZAMENTO da presente AÇÃO transcorreram
apenas 02 anos, 00 meses, e 03 dias.
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
13) Reiteramos que o PEDIDO ADMINISTRATIVO ocorreu
em 14.09.2018, 2o INDEFERIMENTO ADMINISTRATIVO se deu em
21.02.2020, e o AJUIZAMENTO DA AÇÃO ocorreu em 17.09.2020, portanto o
direito da Autora, NÃO FOI ATINGIDO PELA PRESCRIÇÃO como
menciona a Autarquia Requerida.
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
filho, o viúvo não faz jus ao pagamento das parcelas vencidas. DANO MORAL. NÃO
CONFIGURAÇÃO. DESCABIMENTO. Não havendo comprovação adequada dos danos morais
alegadamente experimentados, afigura-se descabida a indenização pleiteada. APELAÇÃO
PARCIALMENTE PROVIDA. UNÂNIME.(Apelação Cível, Nº 70070875919, Vigésima
Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Denise Oliveira Cezar, Julgado em:
29-09-2016).”
15) Assim, com relação à PRESCRIÇÃO do FUNDO DE
DIREITO, tratando-se de pedido de concessão de pensão por morte, as prestações
são de cunho sucessivo e, portanto, o prazo prescricional atinge apenas as parcelas
vencidas há mais de cinco anos antes da propositura da ação, razão pela qual não
há que se falar em prescrição do fundo de direito, no presente caso.
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
Autarquia Requerida, determinando a habilitação da Autora no benefício de
pensão por morte, observada apenas a prescrição quinquenal, que não se aplica
neste caso, uma vez que o ajuizamento da ação ocorreu antes de 5 anos a contar
do INDEFERIMENTO ADMINISTRATIVO.
DA AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA
DEPENDÊNCIA ECONÔMICA DA AUTORA
19) No que tange ao MÉRITO, registro, de início, que a
Suprema Corte firmou entendimento no sentido ao DIREITO À PENSÃO POR
MORTE a COMPANHEIRA oriunda da UNIÃO ESTÁVEL.
III - o tutelado e o menor posto sob guarda do segurado por determinação judicial,
desde que não possuam bens para o seu sustento e educação;
V - vetado;
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
VI - o marido ou o companheiro de servidora pública e o companheiro ou a
companheira de pessoa do mesmo sexo que seja segurada, uma vez comprada a dependência na forma
desta Lei (inciso VI incluído pelo art. 1º da Lei nº 13.889, de 30 de dezembro de 2011 – DOE de
02.01.2012).
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
de CONVÍVIO, consoante exige a LEI ESTADUAL nº 7.672/82 (artigo 9º,
inciso II, § 5º, artigos 11 e 13, caput).
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
UNÂNIME.”(Apelação e Reexame Necessário, Nº 70061642138, Segunda Câmara Cível, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: João Barcelos de Souza Junior, Julgado em: 05-11-2014).”
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
Necessária, Nº 70082517699, Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Marilene Bonzanini, Julgado em: 16-09-2019).”
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
490 do STJ, estando sujeita ao duplo grau de jurisdição. POR MAIORIA, RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. SENTENÇA PARCIALMENTE CONFIRMADA EM REMESSA
NECESSÁRIA CONHECIDA DE OFÍCIO. VOTO VENCIDO. JULGAMENTO CONCLUÍDO NA
FORMA DO ART. 942 DO CPC. (Apelação Cível, Nº 70084179357, Primeira Câmara Cível, Tribunal
de Justiça do RS, Relator: Newton Luís Medeiros Fabrício, Redator: Sergio Luiz Grassi Beck, Julgado
em: 28-07-2020).”
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
que a convivência seja duradoura, em período suficiente a demonstrar a intenção de constituir
família, permitindo que se dividam alegrias e tristezas, que se compartilhem dificuldades e
projetos de vida, sendo necessário um tempo razoável de relacionamento. 3. Na hipótese, o
relacionamento do casal teve um tempo muito exíguo de duração - apenas dois meses de namoro,
sendo duas semanas em coabitação -, que não permite a configuração da estabilidade necessária
para o reconhecimento da união estável. Esta nasce de um ato-fato jurídico: a convivência
duradoura com intuito de constituir família. Portanto, não há falar em comunhão de vidas entre
duas pessoas, no sentido material e imaterial, numa relação de apenas duas semanas. 4. Recurso
especial provido. (REsp 1761887/MS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA
TURMA, julgado em 06/08/2019, DJe 24/09/2019).”
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
31) OPORTUNO CONSIGNAR, que a acima exarada, foi
DISTRIBUIDA 05 (cinco) dias, após o falecimento do ex-segurado ALEXANDRE
ocorrido em 05 de julho de 2015.
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
expressamente, DECLARARAM estarem SEPARADOS DE FATO desde o
mês de julho de 1994 (DOC. 04).
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
UTILIZADA PARA INSTRUIR O PEDIDO de HABILITAÇÃO a PENSÃO
POR MORTE na seara ADMINISTRATIVA nos autos do PROCESSO
ADMINISTRATIVO nº 119108-2442/18-0.
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
ii.1) O EX-SERVIDOR por anos DECLAROU a Autora como SUA
DEPENDENTE para FINS de IMPOSTO DE RENDA, desde 2004 até o ano do seu óbito, ou
seja, 2015, o que indica, não só comunhão de vidas, como a, DEPENDÊNCIA FINANCEIRA
por parte da Autora.
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
42) Finalmente, quanto à PROVA DA DEPENDÊNCIA,
a jurisprudência majoritária é no sentido de que, COMPROVADA A UNIÃO
ESTÁVEL, AFIGURA-SE DESNECESSÁRIA A DEMONSTRAÇÃO DA DEPENDÊNCIA
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
hierarquização entre entidades familiares é incompatível com a Constituição de
1988. Assim sendo, o art. 1790 do Código Civil, ao revogar as Leis nº 8.971/1994
e nº 9.278/1996 e discriminar a companheira (ou o companheiro), dando-lhe
direitos sucessórios bem inferiores aos conferidos à esposa (ou ao marido), entra
em contraste com os princípios da igualdade, da dignidade humana, da
proporcionalidade como vedação à proteção deficiente e da vedação do retrocesso.
3. Com a finalidade de preservar a segurança jurídica, o entendimento ora firmado
é aplicável apenas aos inventários judiciais em que não tenha havido trânsito em
julgado da sentença de partilha e às partilhas extrajudiciais em que ainda não haja
escritura pública” (Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão:
ROBERTO BARROSO,, julgado em 10/05/2017, ACÓRDÃO ELETRÔNICO
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-204 DIVULG 08-09-2017 PUBLIC
11-09-2017).
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
marido/companheiro de servidora pública direito ao benefício da pensão por morte, sendo
descabida a exigência de prova da dependência econômica, em razão do princípio constitucional
da isonomia. 2. Valores atrasados devidos desde o óbito da segurada, por ser este o fato gerador do
benefício. 3. Devido à modulação de efeitos realizada pelo STF nas ADIs nº 4357 e 4425, incide o
art. 1º da Lei nº 9.494/97, com a alteração da Lei nº 11.960/09 até 25 de março de 2015, e a contar
de 26 de março de 2015 incide “correção monetária pelo IPCA-E e juros simples de 0,5% ao mês”,
conforme deliberado pela Corte Suprema. POR MAIORIA, RECURSO PROVIDO EM PARTE.
CONFIRMADA A SENTENÇA, NO MAIS, EM REMESSA NECESSÁRIA. JULGAMENTO
REALIZADO NA FORMA DO ART. 942 DO CPC.(Apelação / Remessa Necessária, Nº
70082515941, Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Carlos Roberto Lofego
Canibal, Julgado em: 13-12-2019).”
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
COMO PENSIONISTA POR MORTE do ex-segurado ALEXANDRE
DANTE DE ALMEIDA junto ao IPERGS.
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
DESNECESSIDADE. No tocante à alegação de necessidade de comprovação de dependência
econômica do marido, há que se observar o princípio da isonomia, consagrado no art. 5º, caput, da
Constituição Federal e o art. 201, V, da Constituição Federal, com redação conferida pela EC nº
20/98, que não traz qualquer diferenciação segundo o sexo do beneficiário da previdência social. O
Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento de que não há necessidade de que o marido
seja inválido ou dependente economicamente da esposa falecida para ter direito a pensão por
morte, pois isso ofenderia o princípio da isonomia. TERMO INICIAL DA CONDENAÇÃO. No
tocante ao termo inicial para implementação do benefício, melhor sorte não assiste ao recorrente,
porquanto há que se considerar o disposto no art. 26 da Lei Estadual nº 7.672/82.
PREQUESTIONAMENTO. Ao magistrado impõe-se a observância do conjunto de fatos trazidos a
julgamento e do conjunto de argumentos jurídicos elencados pelas partes interessadas no resultado
da lide, pelo que entendo que a fundamentação exposta mostra-se suficiente para a resolução de
todas as questões submetidas à apreciação deste Colegiado. RECURSO INOMINADO
DESPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71006475743, Segunda Turma Recursal da Fazenda Pública,
Turmas Recursais, Relator: Rosane Ramos de Oliveira Michels, Julgado em 26/01/2017).”
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br
ANTE O E X P O S T O, o RECEBIMENTO da presente
petição de MANIFESTAÇÃO sobre a CONTESTAÇÃO apresentada pelo de
INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
(IPERGS), constante ao evento 21 dos autos, JULGANDO-SE PROCEDENTE
a AÇÃO, para que se MANTENHA os EFEITOS da TUTELA ANTECIPADA
que CONCEDEU a Autora em sede de LIMINAR a HABILITAÇÃO da
AUTORA no beneficio de PENSÃO POR MORTE, do deixado pelo instituidor
da pensão, o ex-segurado ALEXANDRE DANTE DE ALMEIDA, recebendo as
PARCELAS PRETÉRITAS desde o ÓBITO do instituidor, observado o
PRAZO QUINQUÊNAL.
Termos em que,
Pedem Deferimento.
Caxias do Sul, 08 de janeiro de 2020.
RENATO PAESE
OAB/RS 24.006
Rua Dr. Montaury | nº 1212 | Conj. 16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
Rua Dr. Montaury | nº 1212
Fone: (054) 3221 |4545
Conj.| e-mail:
16 | Centro | Caxias do Sul/RS | CEP: 95.020-190
paese@paese.adv.br
Fone: (054) 3221 4545 | e-mail: paese@paese.adv.br