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FERROVIAS – TRABALHO 1 (G23)

Determine o tipo de trilho a ser utilizado em uma via ferroviária. Tendo em vista o peso por
comprimento linear do trilho (q) calculado, escolha um perfil de trilho comercial que seja o mais
próximo desse valor “q”. Nessa etapa admita =1,13 (CARROS DE PASSAGEIROS) para o
cálculo do peso por comprimento do trilho (q).
Para determinação da carga dinâmica de roda, considere a equação de Eisenmann.
Verifique as tensões atuantes no trilho quando submetido à flexão assim como as tensões no contato
roda-trilho (compressão e cisalhamento para rodas de carros, locomotivas e automotrizes). Compare
essas tensões calculadas com as tensões admissíveis para trilhos de aço-carbono, aço-liga e aço-
tratado. Se nos 3 casos (simultaneamente) as tensões atuantes no trilho forem superiores às
admissíveis, refaça os cálculos admitindo um novo perfil para o trilho considerando um peso por
metro linear superior.
Para a análise do contato roda-trilho, considere rodas para CARROS DE PASSAGEIROS e
determine o quociente “Tensão de compressão/Tensão de escoamento do aço” para cada tipo de aço.
Esse quociente deve ser inferior a 3. Se nos 3 casos (simultaneamente) os quocientes calculados
forem superiores a 3, refaça os cálculos admitindo um novo tipo de roda com diâmetro
imediatamente superior aquele considerado inicialmente. Na 1ª tentativa considere a roda de
menor diâmetro.
Realize a análise completa para o dormente bibloco de concreto armado, ou seja, determine os 4
momentos fletores e as cargas necessárias para os ensaios laboratoriais. Caso a pressão no contato
lastro-dormente seja superior à admissível, aumente simultaneamente as larguras da base maior,
menor e comprimento do bloco, até que a pressão calculada seja inferior à pressão admissível.
Dimensione também as espessuras das camadas do pavimento ferroviário utilizando a equação
japonesa, considerando uma situação com apenas 2 camadas (lastro+sublastro) e outra situação com
3 camadas (lastro+sublastro+material selecionado).

Dados iniciais:
Bitola da via: 100 cm
Carga por eixo: 23 t
Velocidade máxima: 90 km/h
Coeficiente de lastro: 7,5 kg/cm3
Distância eixo a eixo entre dormentes: 60 cm
Toneladas brutas transportadas por ano: 16.000.000t/ano

Para a Equação de Eisenmamm:


-situação que abranja 68,4% dos casos (n)
-a via ferroviária apresentará boas condições ()

Dormentes a serem utilizados:


-material: concreto armado
-tipo de seção transversal: trapezoidal com largura da base maior e base menor constantes ao longo
do comprimento do bloco;
-dimensões iniciais dos blocos : base maior (Bb)=24cm; base menor (Ba)=16cm; altura (Ha)=25cm;
-comprimento do bloco: Lb=52cm
-comprimento total do dormente: Lc=260cm

Admita que o comprimento de socaria (Ls) é igual a 90cm.


Admita que a excentricidade () é igual a 2,0cm.
Admita que no apoio do trilho será utilizada palmilha rígida de PEAD (Afk=0).
Aço dos trilhos:
-módulo de elasticidade=2.100.000 kg/cm2=210.000.000 kPa
-tensão admissível à tração=8.973 kg/cm2 (aço-carbono, aço de resistência mínima)
-tensão admissível à tração=10.197 kg/cm2 (aço-liga, aço de média resistência)
-tensão admissível à tração=12.236 kg/cm2 (aço-tratado, aço de alta resistência)
-tensão admissível à compressão=4.283 kg/cm2 (aço-carbono, aço de resistência mínima)
-tensão admissível à compressão=5.914 kg/cm2 (aço-liga, aço de média resistência)
-tensão admissível à compressão=8.566 kg/cm2 (aço-tratado, aço de alta resistência)

Aço das rodas:


-tensão de cisalhamento admissível para rodas novas e produzidas com aço-liga=67.500 libras/pol2

CBR da plataforma: 10%


CBR do material selecionado: 18%

Dormentes bi-blocos de concreto armado


Limites dimensionais e de peso

Características geométricas de perfis de trilhos Vignole empregados no Brasil


Trilhos TR-25 TR-32 TR-37 TR-45 TR-50 TR-57 TR-68
Largura do boleto (cm) 5,4 6,11 6,27 6,51 6,82 6,9 7,46
Largura do patim (cm) 9,84 11,27 12,22 13,02 13,65 13,97 15,24
Altura do trilho (cm) 9,84 11,27 12,22 14,29 15,21 16,83 18,57
Espessura da alma (cm) 1,11 1,27 1,35 1,43 1,43 1,59 1,75
Raio de arredondamento do boleto (cm) 30,48 30,48 30,48 35,56 35,56 25,4 35,56
4
Momento de inércia (cm ) 413,7 703,4 951,5 1610,8 2039,5 2730,5 3950
3
Módulo resistente do boleto (cm ) 81,6 120,8 149,1 205,6 247,4 295 391,6
3
Módulo resistente do patim (cm ) 86,7 129,5 162,9 249,7 291,7 360,7 463,8
Classe do eixo ferroviário
Classe do eixo por bitola Carga máxima por eixo (kN)
Métrica Larga Carro de passageiros Vagão
A ---- ----- 68
B P 93 109
C Q 122 145
D R 154 182
E S 193 227
F T 231 272
G U 277 326
Fonte: NBR 12323/1992
Dnom= Diâmetro
Tipo de roda
Rodas D-29 Rodas tipo 1
Vagões em geral Rodas tipo 2
Carros, locomotivas e automotriz Rodas tipo 3

Fonte: NBR 12323/1992

Elementos do contorno da superfície de rolamento e friso de uma roda ferroviária

Fonte: NBR 12323/1992


Classificação das linhas ferroviárias em função
das toneladas brutas/dia (T) transportadas
Grupo 1 T > 102.000
Grupo 2 102. 000 > T > 70.000
Grupo 3 70.000 > T > 40.000
Grupo 4 40.000 > T > 25.000
Grupo 5 25.000 > T > 12.500
Grupo 6 12.500 > T > 6.000
Grupo 7 6.000 > T > 3.000
Grupo 8 3.000 > T > 1.500
Grupo 9 T < 1.500

Classe A Grupo 1 N = 2,2 × 106


Classe B Grupos 2 e 3 N = 1,6 × 106
Classe C Grupos 4, 5 e 6 N = 1,0 × 106
Classe D Grupos 7, 8 e 9 N = 0,6 × 106

Alturas mínimas das camadas de lastro da via permanente


Classe da linha Altura mínima
férrea do lastro (cm)
Classe A 40
Classe B 30
Classe C e D 25

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