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NOVAS CARTAS PORTUGUESAS AINDA HOJE: POÉTICA DO FEMININO E

TESTEMUNHO

O presente trabalho visa analisar a potência poética das escritoras Maria Teresa
Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa no livro ​“Novas Cartas

Portuguesas” , obra em que se verifica a corporificação de uma voz ousada da mulher
que luta contra os valores patriarcais da sociedade portuguesa. Suas autoras,
inseridas neste contexto de mudanças, constroem uma obra repleta de
representações e narrativas de mulheres que sofrem injustiças familiares, políticas e
religiosas, provocando a necessidade de um novo olhar acerca da subjetividade
feminina. A obra denuncia, de forma crítica, o peso da tradição sofrida pelas mulheres
ao longo da história e enfatiza o gesto de falar abertamente de assuntos que sempre
foram ocultados e vistos de maneira pejorativa, como: o corpo e o desejo físico,
sexualidade, o prazer feminino, o fingimento como forma de alimentar a ilusão da
virilidade masculina, o estupro, a virgindade. Neste sentido, queremos provocar o
diálogo da obra das “três marias” com o livro ​“Minha Histórias​ das Mulheres”, de
Michelle Perrot, que resume, como o próprio título informa, uma história da condição
feminina. Com base na leitura destas obras, pretende-se selecionar o conceito de
escrita testemunhal para Perrot, pois este é o mecanismo enunciador que possibilita
às mulheres o estabelecimento de uma relação entre elas e a escrita, para que a
memória do feminino não se perca. O exercício de escrita praticado em Novas Cartas
Portuguesas demonstra essa necessidade de escrever e contar o que aconteceu, de
confessar. No entanto, de acordo com Michelle: ​“As mulheres deixam poucos vestígios
diretos, escritos ou materiais. Seu acesso à escrita foi tardio. Suas produções
domésticas são rapidamente consumidas, ou mais facilmente dispersas. São elas
mesmas que destroem, apagam esses vestígios porque os julgam sem interesse.
Afinal, elas são apenas mulheres, cuja vida não conta muito. Existe até um pudor
feminino que se estende à memória. Uma desvalorização das mulheres por si
mesmas. Um silêncio consubstancial à noção de honra.” (p.17). Não obstante,
pretendemos que a leitura e a análise do famoso livro escrito à seis mãos possa ser
transmitido e pensado a partir de sua figuração como herança testemunhal para que
haja a devida ressignificação do feminino.
“Deste modo vamos construindo um azulejo: painel, carta por carta ou palavra escrita,
dátil, entregue. A nós principalmente depois a eles, a quem nos quiser ler mesmo com
raiva [...]”
P.28

A publicação do Novas Cartas Portuguesas, após o implemento de um regime


totalitário, é entre muitas coisas, um gesto de inconformidade, é compreender que a
literatura não se distancia totalmente do que é real. E para as autoras, Maria Isabel
Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, mais do que um ato de
inconformidade, a escrita foi uma forma de exorcizar, e extravasar os próprios medos
e vivências, como também um manifesto contra o regime.
Servindo-se da figura de Soror Mariana Alcoforado, publicaram o livro, não para
exaltar o amor vivenciado pela freira, mas sim como forma de denúncia e
questionamento de valores patriarcais e sexistas instituídos pelo regime salazarista. A
obra que neste estudo fugiu de ser uma breve obra literária, se tornando um local rico
de memórias femininas, expõe as dificuldades a fim de que se fazerem conhecidas
pelos outros, de não serem esquecidas, e de que por fim, sejam alteradas e jamais
repetidas.
Após lançamento foi confiscado sob alegação de atentado à moral pública e
pornografia, e um processo foi movido pelo próprio estado Português contra as
autoras, sendo elas absolvidas depois da revolução democrática.
As Novas Cartas Portuguesas reproduz trechos da carta da Beja, mas também cria
outras personagens - Marias, Marias Anas, Marianas, Anas Marias -, que denunciam
as suas mazelas. Elas representam as vítimas da sociedade patriarcal machista no
início da década de 70 em Portugal.
Compreender que a leitura do livro - “Pois toda literatura é uma longa carta a um
interlocutor invisível, presente, possível ou futura paixão que liquidamos, alimentamos
ou procuramos” (p. 9)1 - mostra que o formato epistolar orienta a construção narrativa
da obra. Começando por um gênero considerado “menor” e associado a escrita
feminina, mas anexando gêneros que se tornam subsidiários a epistolar, as autoras
promoveram uma renovação das técnicas literárias, tornando o um lugar fértil para
interrogação e reflexão.
E para se entender como a poética do testemunho se dá no ​Novas Cartas
Portuguesas buscou-se compreender o que significa o termo “testemunho” em alguns
textos teóricos e propondo diálogos com o livro da Michelle Perrot que estuda a
história das mulheres e expõe a importância da produção artística feminina.

1
(BARRENO, Maria Isabel. HORTA, Maria Teresa. COSTA, Maria Velho., 1975)
A emergência da escrita feminina se dá ao fato de ela ser pouco produzida, visto que a
educação feminina nas letras foi tardia, e pouco reconhecida, e sofrendo duras críticas
e não sendo bem aceita pelos leitores. No entanto, Perrot mostra a importância da
educação para as mulheres e o percurso feito, bem como a luta pelo reconhecimento
da escrita feita por algumas escritoras como Virginia Woolf, Mary Wolllstonecraft,
Christine de Pisan ou George Sand.2
Ainda são exploradas as possibilidades que cada carta, enquanto registro da
intimidade apresentam, e é ainda mais significativo por se tratar de um gênero,
preferencialmente cultivado por mulheres, numa obra que marca um momento
importante na história da autoria feminina em Portugal.
Ao observar essa escrita auto-biográfica nota-se a capacidade de agenciamento do
personagem na escrita, que reflete sobre a organização política e a situação social da
mulher nesta sociedade. Como se vê neste trecho:
“Que mulher não é freira, oferecida, abnegada, sem vida sua, afastada do mundo?
Qual a mudança, na vida das mulheres, ao longo dos séculos? No tempo de tia
Mariana as mulheres bordavam ou teciam ou fiavam ou cozinhavam, sujeitavam-se
aos direitos de seus maridos, engravidavam, tinham abortos ou faziam-nos [...] O que
mudou na vida das mulheres? Já não tecem, já não fiam, talvez porque se
desenvolveram a indústria e o comércio; as mulheres bordam, cozinham, sujeitam-se
aos direitos de seus maridos, engravidam, têm abortos ou fazem-nos, têm filhos,
nados-mortos, nados-vivos, tratam dos filhos, morrem de parto, às vezes, em suas
casas, onde apenas mudou o feitio dos móveis, das cadeiras e dos cortinados. ”
(p.177)3 .
Partindo para um diálogo com Perrot, na parte intitulada “A maternidade” ela reflete
sobre a maternidade ser uma identidade da mulher, e uma forma de religião. No
entanto, ela também discute o aborto e o movimento gerado em torno da sua
legalização e aceitação por parte das mulheres e de alguns grupo feministas. E depois
relata que ao longo do tempo o parto foi se tornando hospitalizado. Na página 74 ela
cita “[...] Outro ponto sensível: a dor, maldição bíblica - ‘Tu darás a luz ba dor’, diz
Deus a Eva, expulsa do Éden - era fatal, considerada como inevitável, ou mesmo
indispensável [...]”, em que a dor do parto/aborto é justificada e deve ser sentida como
parte do processo natural feminino, como “aceitação passiva do destino”.4

2
(PERROT, Michelle.,2008. p. 93/95)
3
(BARRENO, Maria Isabel. HORTA, Maria Teresa. COSTA, Maria Velho., 1975)
4
(PERROT, Michelle.,2008. p. 74)
Podemos criar uma relação com outro trecho do livro: “A vida de uma mulher é toda
como um parto; acto solitário e doloroso, escondido, arredado dos olhos e todos em
nome do pudor. O pudor é uma nostalgia, serve para fingir que estão mortos os vivos
demasiado incómodos.” (p. 179)5
Novamente, retomando o parto a dor e a relacionando com a vida da mulher,
reconhecendo assim que ​significa dizer que a vida de uma mulher não é fácil.
Deste modo, com base na leitura de alguns artigos de Márcio Seligmann-Silva, a
prática do testemunho presente nos textos epistolares do livro é de buscar o lugar
feminino refletindo sobre o passado, e de certa forma, o presente, no qual as autoras
estavam inseridas. O testemunho aqui é uma forma de resistência ao sistema
opressor. Como as autoras relatam: “[...] Em salas nos queriam às três, atentas, a
bordarmos os dias com muitos silêncios de hábito, muito meigas falas e atitudes. Mas
tanto faz aqui ou em Beja a clausura, que a ela nos negamos, nos vamos de manso ou
de arremesso súbito rasgando as vestes e montando a vida como se machos fôramos
– dizem. [...]” (p.27)6
Neste ponto, a mulher reflete sobre o seu papel na sociedade e sente presa, se sente
enclausurada, abnegada de seus direitos. No passado, as meninas eram enviadas aos
conventos para aprender sobre a vida religiosa, bem como um lugar o qual as
mulheres ficavam quando seus maridos viajam, seja a trabalho ou para guerra, sendo
lugar de confinamento e abandono.7
A escrita do testemunho é uma nova forma de criar literatura, entrando em
contrariedade com a escrita canônica. Podendo construir uma conexão direta de
textos de direitos civis, em contrariedade à autoritarismo institucionais.
“[...] O seu diário é uma rocha; não é antes quebra de seu silêncio, único local possível
para a sua palavra, mas por isso pedra. [...]” (p.179)8
“[...] E como Soror Mariana, talvez até digamos: ‘que seria de mim sem tanto ódio e
tanto amor (...)’. Porém, nunca de pena mas prazer nos ficamos, irmãs, sem ser por
nostalgia, ou crença. Pois clausura rompemos, já rompemos.[...]” (p. 30)
Na primeira carta, esta que a literatura se dirige à um interlocutor “invisível”, mas ao
longo da leitura, e especificamente neste trecho, percebe-se que as autoras se dirigem
a alguém especificamente, e é as mulheres. Que, ao longo do livro elas chamam de

5
(BARRENO, Maria Isabel. HORTA, Maria Teresa. COSTA, Maria Velho., 1975)
6
(BARRENO, Maria Isabel. HORTA, Maria Teresa. COSTA, Maria Velho., 1975)
7
(PERROT, Michelle.,2008. p. 84)
8
(BARRENO, Maria Isabel. HORTA, Maria Teresa. COSTA, Maria Velho., 1975)
“irmãs”, dando contornos ao conceito de irmandade, de sororidade. Uma chamada ao
despertamento feminino.
Seligmann-Silva ainda diz que este termo testemunho se associa “na tradição a figura
do mártir, o sobrevivente de uma provocação” deste modo, vê-se a construção de uma
escrita conflitiva.9 Como em: “[...] cartas escritas porque entendo/ que me perco e me
desprendo/ se não vos culpo ou vos mato/ Sofrimento que dedico/ à justa mágoa de
10
mim” (P.54)
Interessante atentar para a palavra “Sofrimento” com “s” maiúsculo o que remete há
algo inacabado, como também há um sentimento latente.
O conceito de testemunho se relaciona como uma forma de não esquecimento do Eu.
O testemunho se dá na necessidade de pensar e problematizar o lugar feminino na
sociedade portuguesa.
“[...] seguir de perto Mariana e as cartas. / Eu, por mim, me estou naquela
ante-expulsão que sei já só as palavras postas em linha acalmam e não sei a quem
pedir contas desta tensão grave, de peso, deste mal grosso que o escrevê-lo apenas
apequena e por isso minto - resolve. ​Resolver não é dar ou subir. A mente escreve e
mente. E sinto, escrever-vos (me-te) é sempre um menor bem. [...]” (p. 35)11
A escrita do testemunho não está ligada ao divertimento ou a algo lúdico, antes é, uma
necessidade de exorcizar as próprias dores, de expor os sentimentos, ainda que
sejam obscuros e repugnantes.
O testemunho serve como base de reflexão historiográfica e merece atenção, este
discurso desconstrói a história. O autor ainda afirma que a base do testemunho
consiste em uma ambiguidade em narrar o fato vivido e compreender que a linguagem
não dará conta de tudo que ocorreu.
A noção de senso comum da condição feminina é problematizada e demonstra que
por meio do olhar da vítima, nem tudo é aceito.
“[...] Mitos desfloramos e desfloradas fomos de consentido. Porém de consentidas não
nos tomem. Me tomes. Se tome Mariana que em clausura se escrevia, adquirindo
assim sua medida de liberdade e a realização através da escrita; mulher que escreve
ostetantando-se de fêmea enquanto freira, desautorizando a lei, a ordem, os usos, o
hábito que vestia. [...]” (p. 91)12

9
(GINZBURG, Jaime​.,​2008)
10
(BARRENO, Maria Isabel. HORTA, Maria Teresa. COSTA, Maria Velho., 1975)
11
(BARRENO, Maria Isabel. HORTA, Maria Teresa. COSTA, Maria Velho., 1975)
12
(BARRENO, Maria Isabel. HORTA, Maria Teresa. COSTA, Maria Velho., 1975)
A repetição constante e alucinatória por parte da vítima causa um impacto, pois a
experiência traumática não foi assimilada por completo, e por isso não foi aceita. Visa
a integralização do passado traumático. A linguagem da poesia busca o encontro entre
o “real” e o “passado” e “presente” nos textos.
“Era perversa: / dormia toa nua, os peitos soltos e brandos muito brancos e expostos
tal como os seus mamilos largos, róseos, distendidos. [...] Era perversa: / deitava nos
sofás, ao comprido, os braços atirados para trás e ficva assim, toda lisa, ao seu
alcance, sem mal, ao passar a língua aguda pelos lábios já húmidos. [...] Era perversa:
/ tinha um riso liberto, sedento, e uma maneira envolvente de olhar os outros; um odor
enlouquecido a entreabrir-se aos poucos, como um fruto, obsessivo: obsessivamente,
obsessivamente. [...]” (p. 167)13
A repetição do “era perversa” reafirma, o motivo pelo qual o ato se deu. E ao repetir
por oito vezes essa frase, é dada uma explicação pela qual a menina era perversa,
mostrando os caminhos que o levaram a consumar o desejo latente. Nesta carta, fica
evidente o ato do estupro, e mostra que depois a menina é expulsa de casa, sendo
acusada de ser culpada, de ser uma “puta”, e de ter provocado toda a situação.
Denunciando que tamanha violência era normalizada e justificada, ficando para a
vítima toda a culpa e dor.
O mesmo acontece no “Texto sobre a solidão” narrado por Mónica, o ato de relação
com seu marido, que não consegue ou não quer respeitar o desejo da mulher em não
ter o ato, e que mesmo quando enxerga a repulsa no olhar da mesma, não para, ao
contrário quando ela grita pedindo que ele vá com calma. Ele se excita, e recomeça o
ato de modo bruto e violento. A história se encerra da seguinte forma: “Mónica
esperou que ele adormecesse. Escutou-lhe o respirar, atenta, depois, lentamente,
cuidando cada movimento, agarrou uma almofada, tapou-lhe a cara e com toda a sua
força desesperada apoiou-se nela defendendo-se dos convulsivos braços do homem;
[...] e assim estiveram unidos até deixar de o sentir mover e mesmo, desse modo,
horas estirada no corpo já frio, a dormir, descansando a cabeça na almofada em cima
da cara dele. ” (p.248)14
Em que não só o ato sexual violento é praticado, como também a violência conjugal é
legitimada e natural. “[...] A quantidade de mulheres que apanhavam dos maridos era
imensa. Bater na mulher e nos filhos era considerado um meio normal, para o chefe de
família, de ser o senhor de sua casa - desde que o fizesse com moderação. [...]”

13
(BARRENO, Maria Isabel. HORTA, Maria Teresa. COSTA, Maria Velho., 1975)
14
(BARRENO, Maria Isabel. HORTA, Maria Teresa. COSTA, Maria Velho., 1975)
(PERROT,2008).15 O comportamento era aceito por todos, principalmente se as
esposas fossem tidas como “negligentes” no lar.
Importante ressaltar que as mulheres trabalhavam, no entanto, seu trabalho era o da
ordem doméstica, não era valorizado ou até mesmo remunerado. (PERROT,2008)16
As mulheres que tinham ambição de trabalhar fora e conquistar uma boa posição
social, não eram bem vistas e isto é exposto em uma das cartas: “[...] Depois há as
tarefas das mulheres, que acima de todas está a de ter filhos, guardá-los e tratá-los
nas doenças, dar-lhes a educação em casa e o carinho; é também tarefa da mulher
ser professora e mais coisas, tal como costureira, cabeleireira, [...] Há também
mulheres médicas, engenheiras, advogadas, etc., mas o meu pai diz que é melhor a
gente não se fiar nelas que as mulheres foram feitas para a vida da casa, que é uma
tarefa muito bonita e dá muito gosto ter tudo limpo e arrumado para quando chegar o
nosso marido ele poder descansar do trabalho do dia que foi tanto, a fim de arranjar
dinheiro para nos sustentar e aos filhos.” (p.289)
“[...] Bem sei que a revolta da mulher é a que leva à convulsão em todos os extractos
sociais; nada fica de pé, nem relações de classe, nem de grupo, nem individuais, toda
a repressão terá de ser desenraizada, e a primeira repressão, aquela em que veio
assentar toda a história do género humano, criando o modelo e os mitos das outras
repressões, é a do homem contra a mulher. [...]” (p. 254)17
A identidade da mulher, que foi construída ao longo da obra através da escrita
testemunhal, por meio de relatos e denúncias é questionada. E se faz como um
instrumento de liberdade, de construção da sua própria história. Perrot afirma que em
seu livro que o contar; o enunciamento feminino, as livra da invisibilidade e do total
silêncio de sua vivência.
E nesta obra, através das cartas, todas as sensações da mulher são descritas, bem
como sua ruptura com os modelos de submissão e enclausuramento. Por meio do
agenciamento do personagem, os valores são transgredidos, pois a literatura era
somente feita por homens, ainda mais se tinha algum teor “erótico”. E assim, o que se
nota é que o testemunho produzido pelas autoras, e a literatura feita por elas está
longe de ser uma literatura dócil, romântica, sentimental e inferior. Ao contrário, se
mostra empoderadora, reflexiva e consciente de seus direitos, ciente de que algo deve
mudar. Se torna ao longo do exercício da escrita um conteúdo historiográfico da vida
feminina, preenchendo lacunas na história feminina portuguesa.

15
(PERROT, Michelle.,2008. p. 77)
16
(PERROT, Michelle.,2008. p. 109)
17
(BARRENO, Maria Isabel. HORTA, Maria Teresa. COSTA, Maria Velho., 1975)
“As palavras também servem para dizer e consolar ou sofrer. Essas não são uma a
uma, como as que eu escrevi antes, são em frases, isto é, todas de seguida. [...]”
(p.295)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARRENO, M. I. HORTA, M. T. COSTA, M. V. Novas Cartas Portuguesas. São Paulo:


Círculo do Livro S.A, 1974
CUNHA, Paula Cristina Ribeiro da Rocha de Morais. Novas Cartas Portuguesas: o
gênero epistolar e a releitura do cânone literário português. Tese (Doutorado) -
UFPB/CCHL. Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal da
Paraíba. João Pessoa, 2015.
Fonte:​http://www.cchla.ufpb.br/ppgl/wp-content/uploads/2015/04/PAULA-CRISTINA-RI
BEIRO-DA-ROCHA-DE-MORAIS-CUNHA-Tese-Final-2015.2.pdf Acesso em:
24/10/2016
GINZBURG, Jaime. Linguagem e trauma na escrita do testemunho. In: ​Revista
Conexão Letras.​ Universidade de São Paulo. São Paulo, 2008.
Fonte: ​http://www.seer.ufrgs.br/conexaoletras/article/viewFile/55604/33808 Acesso em:
25/10/2016
MEDEIROS, Felipe Castelo Branco. Epistemologia do testemunho: Uma Avaliação
Crítica. Universidade De Brasília Instituto De Ciências Humanas Programas de
Pós-Graduação em Filosofia.
Brasília, 2015. Fonte:
http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/19340/1/2015_FelipeCasteloBrancoMedeiros.
pdf​. Acesso em: 24/10/2016
PERROT, Michelle. Minha história das mulheres. Trad. Angela M. S. Corrêa. 1°
ed., 1º reimp. São Paulo: Contexto, 2008.
SELIGMANN-SILVA, Márcio. O local do testemunho. In: I Congresso Internacional da
Cátedra Jorge de Sena – Andanças Prodigiosas da Literatura. Faculdade de Letras da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2009. Fonte:
http://www.revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/viewFile/1894/1532 Acesso:
25/10/2016

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