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OS DESAFIOS DA GESTÃO AMBIENTAL NA UNIVERSIDADE

http://dx.doi.org/10.19177/rgsa.v7e12018559-579

Alba Regina Azevedo Arana¹


Leila Maria Couto Esturaro Bizarro²

RESUMO

As universidades têm um papel fundamental nesse contexto, pois é o local que por excelência se
produz conhecimentos e prepara futuros profissionais para o mercado de trabalho. Os problemas
relacionados à gestão dos resíduos sólidos em universidades são complexos e exigem soluções
sistêmicas, pautados principalmente na prevenção e redução da geração desses resíduos que se
dá através de práticas contínuas e integradas de educação ambiental. O trabalho procura discutir
os desafios da gestão ambiental no ambiente da universidade verificando as principais formas de
gerenciamento de resíduos sólidos como estratégia para uma Gestão Ambiental na Universidade.
A metodologia empregada é um estudo de caso ancorado na pesquisa-ação com abordagem de
pesquisa quali-quantitativa, utilizando como técnica a observação sistêmica. Este procedimento
estabelece uma sequência de etapas que contemplam a identificação, separação, pesagem e
caracterização dos resíduos sólidos gerados. Dentre os resultados foi possível reproduzir dados
que permitem comprovar que há iniciativas de gerenciamento de resíduos sólidos, porém ocorrem
de forma paulatina e desarticulada em relação ao montante de sua geração. Observa-se que os
materiais são descartados como inservíveis, sem um tratamento adequado ou práticas de redução,
reutilização, reciclagem ou reeducação dos usuários. Dentre os resultados foi possível comprovar
que existem iniciativas de gerenciamento de resíduos sólidos, porém de forma desarticulada em
relação ao montante de sua geração, sugerindo e a implantação de um plano de logística
ambiental sustentável para viabilização das propostas.

Palavras-chave: Gerenciamento. Resíduos sólidos. Políticas Ambientais; Gestão ambiental.


Sustentabilidade ambiental.

¹ Licenciatura em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1986), graduação
em Bacharelado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1987), mestrado
em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (1993) e doutorado em Geografia
(Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (2001). Coordenadora do Mestrado em Meio Ambiente e
Desenvolvimento Regional MADRE UNOESTE. Coordenadora do curso de Licenciatura em Geografia da
Unoeste(2012-2017). http://orcid.org/0000-0001-8995-4449 . E-mail: alba@unoeste.br
² Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional pela Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE,
Especialista em Violência doméstica contra a criança e o adolescente pela Universidade de São Paulo - USP,
Graduada em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito de Curitiba e Tecnóloga em Hotelaria pela
Universidade de Caxias do Sul – UCS. E-mail: leila@unoeste.br

R. gest. sust. ambient., Florianópolis, v. 7, n. 1, p. 559-579, jan./mar. 2018.


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1 INTRODUÇÃO

Os problemas relacionados à gestão de resíduos sólidos em


universidades são complexos e exigem soluções sistêmicas, pautadas
principalmente pela prevenção, objetivando a redução da geração dos resíduos, e
isso se dá por meio de práticas contínuas e integradas de educação ambiental. O
trabalho traz alguns questionamentos, tais como: Quais os desafios enfrentados
para a gestão dos resíduos sólidos na universidade? Quanto se gera de resíduo
neste ambiente? Como a universidade pode trabalhar para promover ações de
gerenciamento dos resíduos?
Portanto, o objetivo deste artigo é apresentar os desafios da gestão
dos resíduos no ambiente da universidade, enfocando a importância da discussão
sobre o consumo e a sustentabilidade nas universidades; realizar através de um
estudo de caso (YIN et al, 2006; YIN, 2014, GERRING 2004) o diagnóstico da
situação atual dos resíduos sólidos gerados na uninersidade caracterizando-os e
quantificando-os.
O principal desafio para a sustentabilidade é a elaboração de uma
política econômica e ambiental com duplo objetivo, desenvolvimento e ambiente.
Ao longo do último meio século, o mundo tem feito progressos notáveis no
desenvolvimento humano melhorando o padrão de vida material de muitos de
seus povos. Apesar destes desenvolvimentos notáveis ainda muito a ser feito no
que diz respeito a um maior desenvolvimento, aumentando a oportunidade e
padrões de vida para muitas pessoas que ainda vivem na pobreza (UNEP, 2015).
Para Azapagic (2003), a sustentabilidade corporativa não é apenas
um chavão- mas uma ferramenta valiosa para explorar maneiras de reduzir
custos, gerenciar riscos, criar novos produtos, e impulsionar mudanças internas
fundamentais na cultura e na estrutura. No entanto, integrar pensamento e na
prática a sustentabilidade na estrutura organizacional não é uma tarefa trivial e
exige uma visão, compromisso e liderança (CALLENS E TYTECA, 1999). Ele
também requer uma abordagem de sistemas com estrutura de gestão adequada

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que permite a concepção, gestão e comunicação de políticas de sustentabilidade
corporativa (TAHIR e DARTON, 2010).
Linnenluecke e Griffiths (2010), enfatizam que o conceito de
sustentabilidade empresarial ganhou importância nos últimos anos, tanto em teoria
e prática organizacional. Contudo, para alcançá-lo, muitos estudiosos sugerem
que o caminho para a adoção dos princípios de sustentabilidade corporativa seja
através da adopção de uma cultura organizacional orientada para a
sustentabilidade.
A busca pela sustentabilidade e a crescente apreensão com a degradação
ambiental cada vez mais atrai investigadores de todo o mundo, e trazendo a
necessidade de desenvolver indicadores que incluem a economia, a sociedade e o
meio ambiente (FRUGOLI et al, 2015).
Segundo Tauchen & Brandli (2006), faculdades e universidades podem ser
comparadas com pequenos núcleos urbanos, uma vez que envolvem diversas
atividades de ensino, pesquisa, extensão e atividades referentes à sua operação,
como restaurantes e locais de convivência. Como consequência destas atividades
há geração de resíduos sólidos e efluentes líquidos.
Este artigo apresenta o resultado de estudo realizado junto ao
Mestrado Interdisciplinar em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional com o
objetivo de propor um Plano de Produção Sustentável, fundamentado em
diagnóstico dos resíduos ali gerados, visando a adoção de ações de
conscientização da comunidade acadêmica, a redução do resíduos na fonte, e a
reciclagem, buscando atingir os 5 Rs da Agenda 21: reduzir, reutilizar, recuperar,
reaproveitar e reprojetar (AGENDA 21, 2002) (UNEP, 2015; VELEVA, 2001).
O diagnóstico dos resíduos na universidade deve apontar e
descrever ações relativas ao manejo de resíduos sólidos buscando contribuir para
uma análise crítica sobre a gestão dos resíduos sólidos nas universidades, como
forma de garantir a missão Institucional e a meta da formação de cidadãos
socioambientalmente responsáveis.

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2 OS DESAFIOS DA GESTÃO AMBIENTAL

A Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), Lei n.


12.305/2010, agora regulamentada pelo decreto nº 9.177, de 23 de outubro de
2017, estabeleceu mudanças de comportamentos em relação à gestão dos
resíduos sólidos reunindo um conjunto de princípios, objetivos, instrumentos,
diretrizes, metas e ações a serem adotadas pelas empresas em regime de
cooperação com os poderes públicos, visando à gestão ambiental integrada dos
resíduos sólidos e estabelecendo a responsabilidade compartilhada pela vida útil
dos produtos.
No artigo 27 da Lei é instituído que todo gerador, seja pessoa física ou
jurídica, é responsável pelo seu resíduo, devendo, por conseguinte tomar as
ações necessárias para minimizar os impactos ambientais causados pela
disposição dos mesmos, e será responsável pelos danos que vierem a ser
provocados pelo gerenciamento inadequado, além de tomar outras providências.
Portanto, as Universidades, sejam públicas ou privadas, detêm um
grande desafio e responsabilidade de promover o desenvolvimento sustentável no
centro de suas ações, seja no ensino, na pesquisa e na extensão e de fazer
cumprir a determinação legal quanto à gestão dos resíduos sólidos.
Desta forma, podemos afirmar que vivemos na civilização do “lixo”. O
filósofo francês Abraham Moles afirma que, o dinamismo do mercado implica a
indução do descarte contínuo dos bens, ejetado por um carrossel do consumo. No
seu entrosamento mais literal, sua argumentação sinaliza que vivemos numa
civilização consumidora que produz para consumir e cria para produzir, um ciclo
onde a noção fundamental é a de aceleração. Em termos do sistema de produção
de mercadorias, é importante notar que a função deste modelo é impulsionar os
ciclos de reprodução do capital. Quanto mais rápida as mercadorias forem
substituídas, tanto mais encorpado será o giro do dinheiro. Quanto mais “lixo’,
mais giro de capital (MOLES, 1987).
Para Campbell (2001), a sociedade de consumo caracteriza-se, antes de
tudo, pelo desejo socialmente expandido da aquisição "do supérfluo", do

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excedente, do luxo. Do mesmo modo, se estrutura pela marca da insaciabilidade,
da constante insatisfação, onde uma necessidade preliminarmente satisfeita gera
quase automaticamente outra necessidade, num ciclo que não se esgota, num
continuum onde o final do ato consumista é o próprio desejo de consumo.
Já para Douglas e Isherwood (2006), os bens de consumo são, em última
instância, comunicadores de categorias culturais e valores sociais. Eles tornam
tangíveis categorias da cultura, são necessárias para tornar visíveis e estáveis tais
categorias. As escolhas de consumo refletem, segundo os autores, julgamentos
morais e valorativos culturalmente dados: carregam significados sociais de grande
importância, dizendo algo sobre o sujeito, sua família, sua cidade, sua rede de
relações. O ato de consumir seria um processo no qual todas as categorias sociais
estariam sendo continuamente definidas, afirmadas ou redefinidas.
São necessárias melhorias na gestão para reduzir o desperdício de
recursos, para produzir produtos mais sustentáveis e serviços, e para obter
benefícios sociais sustentáveis para o curto e longo prazo (SONG, 2015).
Entendemos que a gestão do lixo na comunidade acadêmica é um desafio
dos gestores como seu foco principal, pois quando o assunto é lixo, de acordo
com Waldman (2010, p.31), “[...] o temário sugere atenção para interfaces como
as conjunturas históricas, padrão civilizatório, gostos culturais, fatores ecológicos,
estilos de vida, contradições sociais e exercício de poder”.
Para o autor, mudam-se os tempos, mudam-se as prioridades, muda-se a
percepção que os homens têm do seu meio e dos recursos que o rodeiam. Essas
mudanças ratificam a inserção de “sobras” nos domínios da geografia, história e
da cultura. Pois o que antes era inútil, torna-se útil; o que era desprezado,
transforma-se em matéria detentora de valor; o que era temido, agora é aceito; o
que era descartado, hoje é poupado. Pontos de vista que atendem as
necessidades e as demandas de uma realidade em constante mutação.
Fundamentada na proposta de entender a cultura do “lixo”, um grupo de
pesquisadores, sob a orientação do antropólogo norte-americano William Laurens
Rathje, ou Bill Rathje, norteou o Tucson Garbage Project. A proposta da pesquisa
era através das mesmas técnicas científicas da arqueologia, com processos de

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coleta e escavação, estudar e desvendar os costumes e a cultura de uma
comunidade na cidade de Tucson, no Arizona (EUA) a partir da análise dos
resíduos residenciais para conhecer os padrões de consumo dos seus cidadãos
(RIBEIRO; VARSANO, 2008). Desta maneira então, vem o termo garbologia ou
estudo do “lixo” (lixologia) com interfases entre o “lixo” e a sociedade.
Para Veríssimo (2002, p.54) “Através do “lixo”, o particular se torna
público. O que sobra da nossa vida privada se integra com as sobras dos outros.
O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social”.
Porém, o “lixo” sempre foi um problema, tanto para quem o gera e o
quer longe de si, quanto para quem tem que fazer a sua gestão. A solução para
ele parece ser muito fácil, pois bastaria afastá-lo da convivência social,
descartando-os em áreas cada vez mais distantes dos centros urbanos,
denominados de “lixões” (FADINI; FADINI, 2001).
Se for considerado que a partir da década de 70, a população
mundial tem se urbanizado e que no Brasil esse índice que era de 55%, hoje já
soma 75% da população brasileira concentrada em grandes cidades e regiões
metropolitanas, só as 13 maiores cidades brasileiras com população superior a 1
milhão de habitantes, geram 31,7% do lixo coletado no país. As grandes cidades
geram mais resíduos do que menores, pois novos hábitos de consumo foram
incorporados – consumimos mais e cada vez mais coisas descartáveis e não
reaproveitáveis (PINTO, 2009).
“O que não é normal é a sociedade que gera todo esse “lixo”, ignorá-
lo após o descarte, sem dar conta de tratá-lo, causando poluição ao meio
ambiente” (SEMA, 2008, p.10).
Wackernagel e Rees (1996, p.57) observam que:
As cidades se sustentam à custa da apropriação dos recursos de áreas
muitas vezes superiores à sua área urbana, produzindo assim um déficit
ecológico. Cidades como Londres, por exemplo, precisam de áreas
equivalentes à área de toda a terra produtiva do Reino Unido. Essa
abordagem traz de forma nítida e lúcida as implicações socioambientais
induzidas pelos padrões de consumo e pelo metabolismo das atividades
humanas, nos ecossistemas urbanos.

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Dias (2002), relata que há uma lacuna de como os ambientes
urbanos é desconsiderado em estudos ecológicos, e esta constatação, é o
sintoma mais característico de uma crise quase global de percepção.
Para o autor, não existem modelos ou ferramentas teóricas
disponíveis que venham oferecer uma perspectiva aproximada do que isso poderá
significar para a sustentabilidade da vida humana na Terra, da forma como
concebemos hoje.
Se o que é descartado pelo homem passa a ser a sua parte mais
social, toda a sociedade deverá rever seus hábitos consumistas para resolver
esse problema comum, denominado pelo PNUMA (2013), de “crise global de
resíduos”.
Hoje, consumir é lidar com os resíduos de uma maneira responsável,
preservando o planeta para as futuras gerações, envolvendo cada indivíduo, cada
empresa, cada governo em todas as esferas de poder, pois estão todos
interconectados e interdependentes, pois se já existem 7 bilhões de habitantes no
planeta, existem 7 bilhões de possibilidades de rever essa problemática.
Quando se joga o resíduo “fora” no entorno social, deve-se entender
que o “fora” não existe, pois tudo está conectado a todos no Planeta, assim como
as consequências dos nossos atos.
A geração dos resíduos passou a ter no século XXI um status de
problema comum a todos os habitantes do planeta. Foi necessário que uma
legislação específica surgisse para impor a sua aplicabilidade e distribuir as
responsabilidades entre os diversos atores existentes neste contexto: os cidadãos,
o setor empresarial e o poder público.
As mudanças de comportamento em relação à gestão dos resíduos
sólidos advindos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei n. 12.305/10, têm
se tornado, além de uma determinação legal, uma necessidade pois, no planeta
Terra não existe lugar ou espaço que não esteja integrado a tudo.
Dentro desta ótica que o presente trabalho se fundamenta, pois a
Universidade tem um papel fundamental na transformação social, educacional e

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cultural da sua comunidade acadêmica através desse conhecimento sistêmico e
integrado de transformação.
Para Stephens (2008), a adoção de políticas de sustentabilidade é
um desafio bastante complexo, pois envolve aspectos econômicos, científicos,
corpo técnico especializado e, principalmente a dimensão educativa, pois busca-
se mudança de atitude, conscientização e formação de valores dos indivíduos que

ocupam o ambiente universitário.

Mesquita Jr (2007), apresenta que a Gestão Integrada de Resíduos


Sólidos vai além do gerenciamento técnico-operacional do serviço de limpeza,
envolve os aspectos institucionais, administrativos, financeiros, ambientais,
sociais e técnico operacionais, capazes de orientar a organização do setor,
e considera o aspecto social como parte integrante do processo.
E ainda, devem-se definir estratégias, ações e procedimentos que
busquem o consumo responsável, a minimização da geração de resíduos e a
promoção do trabalho dentro de princípios que orientem para um gerenciamento
adequado e sustentável, com a participação dos diversos segmentos da
sociedade, de forma articulada (MESQUITA JR, 2007).
Para Thopson & Green (2005), as universidades devem não apenas
promover os ajustes internos, mas buscar a mudança global na busca da
sustentabilidade. Para tanto, também adequar o ensino, ampliar pesquisas na
área e desenvolver ampla interlocução com a sociedade externa. A pesquisa e a
extensão seriam integradas à formação, com a participação, nos projetos, de
estudantes de todos os níveis (ADOMSSENT, 2011; BERINGER, WRIGHT &
MALONE, 2007; LOZANO, 2006, 2010).
Para Broston et al., (2015), as empresas devem entender que a
responsabilidade pelas questões sociais e ambientais estão além de suas
fronteiras organizacionais imediatas. Os desafios de governação são globalizados
e para resolvê-los devemos identificar as oportunidades da aprendizagem reflexiva
com mecanismos de gestão em longo prazo.
Contudo, tem havido muitos esforços na implementação do
desenvolvimento sustentável nas instituições de ensino superior. No entanto,
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ainda existem muitos desafios para integrar o desenvolvimento sustentável em
seus sistemas, e muitas oportunidades de pesquisa no tópico (RAMOS et al, 2015
e LOZANO et al, 2015).
Zitzke (2002), destaca que a educação possui importante papel para a
sustentabilidade, atuando como tradutora do conhecimento técnico e científico
para a compreensão de todos os envolvidos com as questões ambientais,
podendo induzir ao pensamento crítico e a busca por demonstrações ou
justificativas, de modo que o indivíduo passe a não aceitar sem analisar, a
implantação de qualquer projeto que ofereça riscos sociais ou ambientais.
Nesse contexto, a universidade por meio do ensino, da pesquisa e da
extensão, assume um importante papel na preparação de novas gerações com
pensamento voltado para as questões relacionadas ao desenvolvimento de uma
sociedade mais sustentável, sendo a educação um dos caminhos para realização
deste processo (STEPHENS et al, 2008; ARANA; ESTURARO, 2016).
Contudo, a maioria das instituições de ensino superior (IES) continuam a
ser tradicionais, e dependem de paradigmas reducionistas e mecanicistas
newtonianos e cartesianos. Como resultado, muitas universidades ainda estão
atrasadas como empresas que ajudam as sociedades se tornam mais sustentável.
(LOZANO, 2013).
Mas diversos tem sido os trabalhos que indicam a tendência mundial
de inserção da Educação para a Sustentabilidade no Ensino Superior
(LIDGREN, RODHE e HUISINGH, 2006; GADOTTI, 2010; LOZANO et al.,
2013). Todos eles, apresentando a importância de se permear os estudos da
Educação Superior com ideais sustentáveis dentro dos cursos através, por
exemplo, da readaptação curricular.
As Universidades de todo o Brasil já desenvolvem ações nesse sentido,
ações que contribuem para a compreensão das práticas das relações entre a
gestão de resíduos sólidos e a gestão acadêmica.

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3 METODOLOGIA

Mediante os objetivos e finalidades do estudo, foi realizado um


estudo de caso junto a Universidade do Oeste Paulista em Presidente Prudente-
SP- Brasil, visando compreender a gestão dos resíduos sólidos na universidade.
A Universidade do Oeste Paulista está localizada na cidade de
Presidente Prudente da 10.ª Região Administrativa (RA) do Estado de São Paulo,
distante a 563,3 km da capital e é considerado um polo regional, possuia em 2017
cerca de 20 mil alunos (Campus I e II).
A Unoeste oferece mais de 65 cursos de graduação presenciais
(bacharelado, licenciaturas e graduação tecnológica) nas diferentes áreas do
conhecimento; Cursos de Extensão (presenciais); Cursos de Educação a
Distância (EAD); Pós-graduação: com 85 cursos de especialização em nível lato
sensu; e 6 Cursos de Mestrado e 2 Doutorado em nível stricto sensu. A
Universidade oferece, desde 2012, o curso stricto sensu em Mestrado em Meio
Ambiente e Desenvolvimento Regional, no qual o presente trabalho foi realizado.
São mais de 5.245.040 m² de área total, composto por 55 blocos, 69 laboratórios,
7 auditórios, salas de aula, secretarias, Rede de Bibliotecas, entre outros,
totalizando 515.124,26 m² de área construída, distribuídas pelos campi I, II e III e a
Fazenda Experimental.
Foram identificados os locais principais de geração de resíduos no
Campus II, sendo eles: blocos B1, B2 e B3, hall de entrada (anfiteatro, secretaria e
direção), corredor de acesso a salas de aula e biblioteca, complexo de salas de
aula e biblioteca, quiosques. Nesses pontos de geração estão dispostos coletores
de cores diferenciadas visando à segregação para posterior envio à reciclagem
dos resíduos.
Quanto à natureza do problema pesquisado, adotou-se a abordagem
qualitativa e quantitativa (MACK, 2005). A metodologia empregada é um estudo de
caso (YIN et al, 2006 e YIN, 2014), ancorado na pesquisa-ação (STRINGER,
2014) com abordagem de pesquisa quali-quantativa, utilizando como técnica a
observação sistêmica. Quanto ao delineamento, a pesquisa se configura como

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bibliográfica realizada por meio de levantamento de dados em livros, teses,
dissertações, sobre o tema e como pesquisa exploratória, utilizando-se, numa 1ª
etapa a observação participante; e numa 2ª etapa, a identificação quali e
quantitativa dos resíduos sólidos gerados na Universidade, por meio de análise e
pesagem geral, considerando a geração de resíduos, tomando-se como base a
geração de resíduos diários medidos através de pesagem dos resíduos comuns.
A avaliação, quantitativa e qualitativa, do perfil dos resíduos sólidos
gerados nas dependências do Campus II, foi realizada por meio de determinação
da composição gravimétrica (Percentual de cada componente em relação ao peso
total do lixo) do volume diário dos resíduos gerados de maio a julho de 2013,
durante duas vezes ao dia, nos horários de 15h30min e 20h00min, por 4 alunos
bolsistas de IC do curso de Engenharia Ambiental vinculados a pesquisa de
mestrado.
O levantamento dos tipos e locais de geração de resíduos no
Campus e o diagnóstico ambiental das condições operacionais dos sistemas de
coleta e destinação final desses resíduos foram realizados a partir de observações
sistemáticas nos locais.
A quantificação dos resíduos foi realizada através de pesagem em
três períodos distintos: nos meses de maio, junho e julho de 2013, acompanhando
o calendário letivo da Universidade, pois existe uma variação de atividades
acadêmicas e, consequentemente, de número de pessoas que circulam nos
blocos analisados e que utilizam os quiosques para se alimentarem.
Calculou-se a média diária, a estimativa média mensal e a
composição gravimétrica (MONTEIRO et al., 2001). Após a etapa de quantificação
dos resíduos, seguiu-se a classificação destes conforme a Resolução CONAMA
313/02 e NBR 10.004/04.
As ferramentas utilizadas para realizar o diagnóstico da geração dos
resíduos sólidos nos Blocos B1, B2, B3 e nos Quiosques, no campus II foram
feitas, primeiramente, com um levantamento de dados nos locais pesquisados
observando as formas de geração, armazenamento, coleta, transporte e
destinação dos resíduos sólidos e, seguidamente, uma pesquisa de campo nas

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fontes geradoras dos resíduos sólidos com imagens fotográficas, e entrevistas
com os profissionais responsáveis pelos setores pesquisados.
A coleta e a pesagem dos resíduos gerados nos Blocos B1, B2, B3 e
quiosques foi planejada considerando o procedimento corriqueiro de coleta dos
resíduos sólidos realizado diariamente pela Universidade analisada. As pesagens
e a caracterização dos resíduos sólidos foram realizadas no Laboratório da
Engenharia Civil da Universidade, equivalendo a uma semana de cada mês
pesquisado. Para a pesagem, foi utilizada uma balança mecânica da marca
WELMY, com capacidade de até 100 Kg. Os dados foram transcritos em planilhas,
separados em resíduos recicláveis, orgânicos e rejeitos, e posteriormente
processados em microcomputador, em forma de tabelas e gráficos.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Conforme apresentado na tabela 1, os tipos de resíduos gerados no


campus são orgânico, metal, papel, plástico, vidro, e ainda, outros tipos
específicos de resíduos oriundos de laboratórios ou não, como entulho, papelão,
madeira, lâmpadas fluorescentes, tintas, resinas, entre outros. Os resíduos
laboratoriais tem destino adequado dentro da própria instituição (segundo a
ANVISA RDC-33,de 25/02/03), os resíduos como tonner e cartucho de tinta tem
recolhimento específico. Não há cálculo de quantidade de cada tipo de resíduos
que é gerado no Campus atualmente, nem índice de geração per capita do
Campus.

Tabela 1 - Tipos de resíduos, respectivas classificações conforme a Resolução


CONAMA 313/02 e a NBR 10.004/04 e quantidade mensal gerada.
Item Resíduo Classe Classe Quantidade %
(CONAMA (NBR (kg mês-1)
313/02) 10.004/04)
1 Resíduo do quiosque(orgânico) A001 II-A 173,960 80,72
2 Resíduos de papel e papelão A006 II-B 7,885 3,65
3 Embalagens de plástico A 207 II-B 17,435 8,09
4 Embalagens metálicas (latas A 104 II-B 0,725 0,34
vazias)
5 Resíduos de poliuretano A 208 II-B - -
6 Resíduos de vidro A 117 II-B 0,420 0,19
7 Resíduos de refratários e A017 II-B 0,120 0,05
materiais cerâmicos
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8 Rejeitos 14,960 6,96
Total 215,500 100
Fonte: Trabalho de campo, 2013.

De acordo com a tabela 1, a maior parte dos resíduos gerados na


universidade, são orgânicos (80%) classificados como II-A (Resíduos Não Inertes)
e embalagens de plástico como II-B (não perigosos e inertes) , contudo devemos
considerar que quase 7% são de rejeitos. Desta forma, a maioria destes resíduos
são classificados como: II-B (Não perigosos e inertes) composto por materiais
recicláveis que são segregados, acondicionados e entregues para a Cooperativa
de Catadores de Produtos Recicláveis de Pres. Prudente- Cooperlix. Os rejeitos
(incluindo os resíduos dos sanitários), material orgânico e alguns outros não
recicláveis, classificados como IIA (Não perigosos e não-inertes), são
acondicionados em sacos plásticos de 50 litros, armazenados e coletados pelo
serviço de limpeza municipal.
Dentre os resíduos classificados como Classe I (Perigosos) estão as
lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias e os resíduos de laboratório. As
lâmpadas fluorescentes estão sendo encaminhadas para as empresas
revendedoras. As pilhas e baterias são acondicionadas em tambor plástico até
volume mínimo para posterior destinação aos revendedores. Este procedimento
está de acordo com a Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA) n° 401, de 4 de novembro de 2008, a qual estabelece os limites
máximos de chumbo,cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no
território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento
ambientalmente adequados.
De acordo com as informações do Departamento de Recursos
Humanos da Instituição, em outubro de 2013, o Setor de Apoio (Limpeza) é o
departamento responsável pela limpeza e coleta dos resíduos sólidos gerados na
Universidade. No período da pesquisa este setor tinha uma equipe de 55
(cinquenta e cinco) funcionários e dois supervisores, divididos em dois turnos de
trabalho.
De acordo com as pesagens realizadas nos Blocos B1, B2, B3 e
Quiosques da Universidade, obteve os resultados e apurou-se uma média
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comparativa de geração de resíduos sólidos diário, semanal e mensal nos locais
analisados e expostos no Gráfico 1.
Os dados foram de 150,380 kg/dia; 1.052,690 kg/semana e
4.511,540 kg/mês, totalizando, portanto aproximadamente em média, 54.138,48
kg/anual, conforme pode-se extrair das médias expostas em cores indicativas por
local de origem.
Figura 1 – Média comparativa de geração de resíduos sólidos: diário, semanal
e mensal dos Blocos B1, B2, B3 e Quiosques da Universidade.

Fonte: Trabalho de campo (2013)

De acordo com os dados expostos na figura 1, em relação aos


resultados das pesagens dos resíduos sólidos gerados nos períodos analisados
dos Blocos B1, B2, B3 e Quiosques da Universidade, observa-se, que a
porcentagem representativa de geração de resíduos sólidos indica que os
Quiosques geram 51% da totalidade; o Bloco B3 com 33%, o Bloco B2 com 12% e
o Bloco B1 com 4% da totalidade de geração de resíduos sólidos dos locais
pesquisados dentro do Campus II (Figura 2).
Como resultado da caracterização dos resíduos sólidos encontrados
nas pesagens nos Blocos B1, B2, B3 e Quiosques, esses foram separados em
grupos e de acordo com a figura 2, observa-se que 56% dos resíduos gerados
são de matéria orgânica; 23% são resíduos sólidos recicláveis; 19% são materiais
considerados rejeitos, oriundos dos sanitários ou de materiais contaminados e, 2%
são materiais identificados como diversos ou outros.

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572
Figura 2 – Porcentagem dos resíduos gerados no Campus II da Unoeste

Fonte: Trabalho de campo (2013)

O Plano de Gerenciamento dos Resíduos (PGRs) na universidade


estabelece princípios, procedimentos, normas, e critérios referentes à geração,
acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte e destinação final dos
resíduos sólidos. Este Plano apresenta uma previsão de qualificação e
quantificação dos resíduos gerados e propõe informações e procedimentos para
que o programa seja aplicado, monitorado e atualizado. Nesse sentido, estão
sendo realizadas ações para o adequado desempenho do PGRS na Unoeste.
Desta forma, foi criado em 2015 o Plano de Logística Sustentável na Universidade
que visa: treinar os funcionários da limpeza; renovar a campanha de coleta
seletiva a cada semestre; envolver os cursos da instituição para auxiliar na
campanha de coleta seletiva; promover ações de educação ambiental continuada,
através de palestras ministradas pelos próprios alunos e fiscalizar a situação das
lixeiras.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O diagnóstico dos resíduos na universidade, sua respectiva


classificação e quantificação, revelaram que muitos dos resíduos encaminhados

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573
ao Aterro Controlado municipal são passíveis de reutilização, reciclagem ou
compostagem. Esse fato reflete a necessidade de maiores ações de treinamento e
sensibilização de alunos, professores e técnico-administrativos e, ainda, a
implantação de projetos para o aproveitamento dos resíduos orgânicos. Essas
atitudes são essenciais para que os danos ambientais e os riscos à saúde sejam
minimizados. Com isso, observa-se que as ações de educação ambiental são
essenciais para o bom desempenho e melhorias dos índices do PGRS do Campus
da Universidade.
Ressalta-se a importância da aplicação desta etapa, já que dentre
os objetivos de uma IES estão o ensino e a formação dos tomadores de decisão
do futuro. Essas instituições possuem experiência na investigação interdisciplinar
e, por serem promotores do conhecimento, acabam assumindo um papel
essencial na construção de um projeto de sustentabilidade (TAUCHEN &
BRANDLI, 2006).
Considerando que a solução para as questões ambientais passa a
ser uma questão premente para a Instituição, as projeções futuras indicam o
quanto as propostas para a implementação de políticas ambientais integradas são
fundamentais para a adequação da Universidade em sua missão, objetivando uma
governança ambiental fundamentada na sustentabilidade.

THE CHALLENGES OF ENVIRONMENTAL MANAGEMENT AT THE


UNIVERSITY

ABSTRACT

Universities have a key role in this context since this is where it produces
knowledge and prepares future professionals for the job market Problems related
to solid waste management at universities are complex and require systemic
solutions, which are primarily based on the prevention and generation reduction of
waste which happens through continuous and integrated practices of
environmental education. We started from the hypothesis that integrated
environmental studies at university may contribute to changes in waste
management generated on campus. This research discusses the challenges faced
in managing waste in the environment of the university, looking at the main forms

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of solid waste management as a strategy of environmental management at the
university. The method employed was a case study (YIN et al, 2006; YIN, 2014)
based on action research (STRINGER, 2014) with a qualitative and quantitative
research approach, using the systemic observation technique. This procedure
established a sequence of steps including the identification, sorting, weighing and
characterization of the solid waste generated. It was possible to produce data from
the results proving the existence of solid waste management initiatives but that this
happened in an uncoordinated, piecemeal fashion relative to the amount
generated. It is observed that materials are disposed as useless without proper
treatment or reduction practices, reuse, recycling or re-education of users. Among
the results was possible to prove that there are solid waste management initiatives
but they are disjointed from the amount of those generation, suggesting the
implantation of an environmentally sustainable logistics plan for the feasibility of the
proposals.

Key words: Management; Solid waste. Environmental policies. Environmental


management. Environmental sustainability.

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