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Daniel e o Fim dos Tempos

Israel na fornalha dos gentios

O sonho de Nabucodonosor

Nesse sonho, Deus revela seu plano para com as nações gentílicas (Lc
21.24). Esse capítulo é conhecido como o ABC da profecia, e contém o
mais simples e completo quadro de toda a Bíblia.

Israel havia sido infiel a Deus; por isso Deus entregou a Nabucodonosor o
poder para governar as nações e deu-lhe um sonho que fez com que ele
ficasse perturbado em seu espírito e não pudesse dormir mais. Ele
procurou a solução para os seus problemas chamando os:

· Magos – possuidores de conhecimentos ocultos

· Astrólogos – aqueles que buscam sinais nas estrelas

· Encantadores – invocadores de espíritos malignos

· Caldeus – classe de homens “sábios” em Babilônia

No capítulo 2, versículo 4, Daniel começa a escrever em idioma aramaico.


Deus fez com que a profecia maior da Bíblia, relativa às nações gentílicas,
fosse escrita em língua gentílica. O aramaico era a língua internacional no
tempo de Nabucodonosor. A partir de Daniel 7:28, a Escritura continua
novamente no idioma hebraico.

O sonho de Nabucodonosor não foi “um sonho a mais”, porém ele disse:
“eu esqueci o assunto”. A palavra original significa “seguro”, “certo” ou
“firme”. Então, o rei disse: “O assunto é seguro”. É possível que ele tivesse
dito que o havia “esquecido” para provar os sábios Nabucodonosor
possivelmente pensou que se eles pudessem prever alguma coisa, então
mais facilmente poderiam saber o passado.

A resposta dos caldeus:

Não há ninguém… Que possa declarar a palavra ao rei

Nenhum rei há… Que requeira coisa semelhante·

A coisa… É difícil

Ninguém há que a possa declarar… Senão os deuses

Eles tinham razão, o assunto não era de homens, nem do diabo e seus
demônios, porque era assunto do Espírito de Deus.

Uma revelação de Deus


A falta de uma resposta dos “sábios” provocou a ira de Nabucodonosor,
que ordenou que todos os caldeus (sábios) fossem mortos. Daniel e seus
companheiros também seriam vítimas dessa matança. Tudo isso permitiu
que Daniel e seus amigos tivessem oportunidade para demonstrar a
grandeza de Deus, do Deus de Israel diante do rei. Por sua humildade e
busca, Daniel recebeu a revelação de Deus com respeito ao sonho. E isto
resultou no cântico de Daniel. Certamente houve muita alegria entre
Daniel e seus companheiros por ter recebido a revelação do sonho.

O conteúdo do sonho
Aríoque, o encarregado de promover a matança, colocou a sua própria
cabeça em perigo ao dizer: “Achei um dentre os filhos dos cativos de
Judá”. Pensando de forma natural, melhor teria sido matar os sábios sem
dizer nada ao rei. Certamente Nabucodonosor teria ordenado que a
cabeça de Arioque fosse cortada se Daniel não tivesse sabido qual era o
sonho e a sua interpretação.

Daniel explicou que o sonho seria para fim dos dias ou para os dias
vindouros. Estas frases incluem eventos que, para os dias de hoje, são
parte da história. Ou seja, em nosso tempo, já vivemos estes dias
posteriores.

Por que Deus escolheu um rei pagão para revelar tão grandes mistérios? A
resposta para esta pergunta tem a ver com a rebelião de Israel contra
Deus. Nabucodonosor, mesmo tendo sido o receptor do sonho, não
entendeu o seu significado. Além do mais, não haveria entendido a
importância de sua interpretação; nem sequer o sonho teria causado
impacto nele. Era a revelação do sonho esquecido que lhe causou
admiração. Concluindo, esse rei pagão não entendeu nada da revelação
divina.

Daniel descreveu a estátua do sonho e a pedra cortada sem auxílio de


mãos, na presença do rei. Isto serviria como introdução para a
interpretação do sonho.

A INTERPRETAÇÃO DO SONHO

O sonho de Nabucodonosor apresenta o curso do tempo dos gentios, mas,


antes de dar a interpretação, Daniel faz Nabucodonosor saber que “há um
Deus nos céus, o qual revela mistérios; ele fez saber…”.

Daniel, através da interpretação, identifica Nabucodonosor pessoalmente


com a cabeça de ouro, e diz que ele é rei de reis. Esta frase era usada para
se falar dos imperadores da Babilônia, Média e Pérsia. A idéia era que
havia “reis” debaixo da autoridade de outro “rei” maior.

Deus deu a Salomão grandes promessas. Estas promessas vieram de Deus


desde os tempos antigos através dos patriarcas. A grandeza de seu
reinado, mesmo tendo sido curta, mostrou o que poderia ter sido, mas
Salomão foi atrás das loucuras e prazeres carnais. Por isto Israel perdeu
por um tempo – que ainda não se cumpriu – seu reinado universal. Os
impérios gentios, começando por Babilônia (605 a.C.) e seguindo por
outros impérios descritos por Daniel nesta porção que estamos
estudando, tem substituído temporalmente o reinado que deveria ter sido
exercido pelos judeus.

O segundo reino do sonho é o Medo-Persa, e corresponde aos peitos e


braços de prata. Este reino sucedeu ao Império Babilônico no ano 539 a.C.

O ventre e os músculos de bronze representam o Império Grego, que foi


estabelecido por Alexandre “O Grande” no ano de 331 a.C., depois de sua
vitória sobre Dario III. (Dn 8:20, 21; Dn 8:7, 8).

O último Império, o Romano (27 a.C.), foi dividido primeiro em duas partes
(as duas pernas da estátua, 330d. C., época de Constantino) e depois em
dez partes (os dedos dos pés, futuro). (Dn 2:40)
As pernas da estátua, o último Império, foram cumpridas na divisão do
Império Romano em duas partes: o Império Romano do Ocidente (Roma)
e o Império Romano do Oriente (Constantinopla, Império Bizantino –
Dn2:41).
Mais de dois mil e quinhentos anos têm-se passado e agora os dedos dos
pés da estátua estão prestes a ter o seu cumprimento. A União Européia
(antes o Mercado Comum Europeu, que já tem uma moeda única – o
euro) integrada por um grupo de nações, unida por motivos econômicos e
comerciais, pode representar os dedos da estátua vista por
Nabucodonosor em Daniel 2:41.

Mesmo que o número de membros possa variar até a manifestação do


anticristo, serão dez os da aliança quando a besta se apresentar.

Atualmente, na União Européia existem mais de dez nações, mas a união


final – esta ou outra – será a Nova Roma e estará localizada no território
que geograficamente pertencia ao antigo Império Romano. As Nações da
União Européia já têm formado o seu parlamento e têm como sede
Bruxelas, capital da Bélgica.

As dez nações formarão uma aliança de ferro e de barro. A mistura do


ferro e do barro representa a mistura de várias formas de governo, unidas
através de alianças. (Dn 2.43).

A estátua é destruída por uma pedra cortada sem auxílio de mãos (o Rei
Jesus, em sua segunda vinda) e a pedra se expande em forma de um
monte que encherá toda a terra.

O sonho representa a grandeza do poder mundial dos gentios visto pelos


olhos de um rei pagão, Nabucodonosor. Essa grandeza é passageira e será
destruída pelo Rei Jesus em sua vinda.

Abaixo da cabeça de ouro, os metais perdem o valor, mas ganham força.


Roma era a mais forte em potência militar e a mais fraca em sistema
governamental. Cientificamente tem-se comprovado que o barro cozido é
de alta resistência, mas parte-se com facilidade por não ceder à pressão
(baixa elasticidade), agüentando até o momento final antes de quebrar-se.
O ferro, por outro lado, aparenta ser mais resistente, mas, sob pressão,
fica deformado: não acontece assim com as cerâmicas modernas.
Utilizando-se a cerâmica tem-se fabricado motores experimentais de
automóveis e diversos aparelhos que agüentam a força e as altas
temperaturas que destruiriam o próprio ferro.

Tudo isto comprova a inspiração divina do sonho e sua interpretação, já


que Deus conhecia a natureza da cerâmica antes do homem.

A pedra cortada sem auxílio de mãos destruiu o sistema mundial dos


gentios (em sua forma final). É então quando a pedra se tornará um
grande monte, que encherá toda a terra. A destruição do sistema mundial
dos gentios não ocorreu na primeira vinda de Cristo. A ação descrita pela
pedra, Cristo, em sua destruição da estátua (símbolo do sistema mundial
dos gentios), terá seu fiel cumprimento na segunda vinda.

Daniel é honrado
Nabucodonosor, humilhado, reconheceu superficialmente o Deus de
Daniel, declarando que Ele era o maior entre todos os deuses. No capítulo
4, o rei alcançará maior compreensão do único Deus.

A fornalha da prova
A fornalha do poder gentílico verdadeiramente tem queimado os filhos de
Israel durante mais de dois milênios. O capítulo 2 do livro de Daniel, que
acabamos de estudar, apresentou esta fornalha através da figura da
estátua que o rei Nabucodonosor viu em seu sonho. Agora vemos esta
mesma fornalha tipificada através da experiência de três jovens santos de
Deus pela narração do capítulo 3 de Daniel que:
· Demonstra o cuidado de Deus para com seus filhos.

· Nos ensina lições proféticas profundas.

Possivelmente, inspirado por seu sonho, Nabucodonosor mandou


construir uma estátua de sessenta côvados de altura e seis de largura.
Essa estátua era de ouro. Esses números poderiam, provavelmente, estar
relacionados com o número seiscentos e sessenta e seis de Apocalipse
13:18.

Ao estabelecer culto à estátua, Nabucodonosor estava misturando o


poder político com a religião. E isto é feito em países comunistas, onde a
religião é o Estado (exemplo, a China, o país mais povoado do mundo). No
caso da Babilônia, Nabucodonosor era o Estado; portanto, prostrar-se
perante a estátua era prostrar-se perante Nabucodonosor. O ato de
adorar aquela imagem tipificou então o que haverá de acontecer na
metade da grande tribulação, com relação ao anticristo.

Os amigos de Daniel recusaram-se ajoelhar perante a estátua. Isto trouxe


sobre eles a ira de seus inimigos, que os acusaram maliciosamente; esta
frase significa literalmente “comer a carne de alguém”. Havia inveja e
preconceito para com esses santos varões de Deus somente pelo fato de
eles serem judeus.
Ao desobedecerem à ordem de adorar a estátua, os servos de Deus
atraíram para si a ira de Nabucodonosor, que disse: “E quem é o deus que
vos poderá livrar das minhas mãos?”. O rei demonstrou falta de
entendimento. Como homem natural, ele não entendeu bem o que havia
afirmado naquele momento.
Os jovens judeus fizeram a confissão de sua fé diante de Nabucodonosor.
Reconheceram o poder do Deus de seus pais, pois se mostraram prontos
para o martírio, se isso fosse necessário. Eles não se importaram com o
preço que teriam de pagar, pois continuariam a ser fiéis ao seu Deus,
custasse o que custasse. “Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus
santos” (Sl.116:15).

O soberbo Nabucodonosor teve um susto. Um quarto varão apareceu na


fornalha com os três jovens. Aquele era o anjo do Senhor: uma aparição
de Cristo pré-encarnado (Cristofania). Seria, então, Jesus que tirou os
jovens da fornalha sem que eles queimassem um só fio de cabelo.
Nabucodonosor lhes chamou: “servos do Deus Altíssimo”.
Ver neste capítulo apenas o cuidado providencial de Deus seria perder
muito de seu significado. Temos também a lição profética que agora
vamos destacar.
Os três homens judeus representam a nação de Israel. Da mesma forma,
esse povo continua seguindo avante mesmo que se encontre na fornalha
do poder gentílico. Deste ponto de vista humano, Israel deveria ter sido
consumido. Não há outra nação que tenha permanecido indestrutível em
meio a tanta perseguição.

O homem tem desafiado a autoridade de Deus desde o princípio. As ações


de Nabucodonosor, ao edificar sua estátua, constituem uma mostra a
mais da rebelião da humanidade contra Deus.(Jó 13:15; Ap12:11; SI
116:15; Dn 3:25; Is 43:2; Dn 3:26; Gn 3:12; Gn11:4)

Considerações
Daniel 3 e Apocalipse 13 são complementares em suas mensagens quanto
ao tratamento de Deus com Israel. Daniel 3 assinala o princípio dos
tempos dos gentios e Apocalipse 13, o fim do mesmo.
Devemos ver o passado para entender melhor o conceito de Babilônia.
Como uma idéia humana de governo, Babilônia começou em Gênesis 10 e
11. Estes capítulos de Gênesis dão a primeira idéia de que Babilônio é um
sistema que quer colocar o homem acima de Deus. Babilônia representa
uma religião e ideologia. E o que provém de Satanás. O diabo tem tentado
estabelecer seu reino aqui na terra em oposição ao reino dos céus. A torre
de Babel representa a religião da Babilônia, que é o sistema que deseja
unir os homens para destruírem Deus, e não deixará de existir até que
Jesus estabeleça o seu reinado. Esse sistema chegará à sua máxima
expressão nos dias do anticristo. Este capítulo apresenta a exaltação do
governo satânico, a perseguição dos santos até a morte e a maneira como
Deus terá um especial cuidado com Israel, apesar de tudo. Veja-se
Apocalipse 12:14.
Nabucodonosor é um símbolo do anticristo. E Babilônia o do sistema
político-religioso que será estabelecido nos últimos dias. Os jovens judeus
na fornalha tipificam o que Israel experimentara na tribulação. O resgate
dos jovens representa a libertação de Israel na tribulação.

Israel tem sofrido na fornalha do poder gentílico há séculos. Notamos que


este capítulo deixa bem claro o cuidado de Deus para com o seu povo,
mesmo estando ele na fornalha de fogo.

Além do mais, Babilônia na Bíblia indica a rebelião dos homens contra


Deus. Em nossos dias, essa rebelião contínua, mesmo que disfarçada de
muitas maneiras. “Toda altivez que se levante contra o conhecimento de
Deus” (2 Co 10:5) é parte desta rebelião. Podemos mencionar o chamado
movimento da Nova Era como o exemplo mais notório dessa rebelião no
mundo atual.

Babilônia como cabeça de ouro do capítulo 2 toma-se um tipo ou modelo


da cabeça do sistema gentílico. Esse sistema tem como objetivo eliminar a
Deus e exaltar a Satanás.

Outra consideração que podemos acrescentar concernente ao barro


cozido é a sua identificação com a matéria-prima que a tecnologia
moderna está providenciando ao mundo de hoje para fabricação de
“microcircuitos”. Esta matéria é mesmo barro cozido e se chama silício. Os
elementos ou circuitos eletrônicos miniaturizados, feitos desta matéria,
tem poder de veiculação de informação que poderá ser determinante no
domínio do mundo pelo anticristo.

Em nível dos que manipulam esse poder econômico, considera-se que a


“informação” é mais preciosa que o ouro. Também as instituições policiais
e de espionagem podem vigiar o fluxo de informação para seus fins
correspondentes. Por exemplo, com as modernas centrais digitais, que se
encontram em uso em quase todo o mundo, pode-se gravar toda a
conversação para ser utilizada em algum momento-chave. Se estão
procurando as pessoas que vendem drogas, os usuários desse sistema
poderão programar o que esteja relacionado com esta palavra, ficando
assinalado este tema para ser revisto posteriormente.

O ferro é a fortaleza bélica (Dn 11:38) e o barro cozido poderia ser a


fortaleza informatizada do controle total sobre os homens. Este controle
computadorizado em mãos de um ditador mundial poderá constituir-se
numa das grandes ferramentas de domínio. Pode ser usado para vigiar,
desde satélites, um sem-número de sistemas militares e a implementação
do sistema econômico que não usa moedas (fundos eletrônicos). Isto
facilitaria a implantação de Apocalipse 13:17.

Quando Daniel escreveu a sua profecia era impossível imaginar que algo
tão insignificante como o “barro” pudesse tomar-se uma matéria-prima
que facilitaria a ditadura do iníquo (2 Ts. 2:8,9).

Resumo dos símbolos


· A grande estátua que Nabucodonosor construiu é um símbolo da
imagem idólatra que será construída em honra ao anticristo (Ap. 13), em
cumprimento das palavras de Jesus Cristo em Mateus 24:15.

· Assim como os jovens recusaram-se a adorar a imagem, tampouco o


farão os judeus fiéis durante a tribulação.

· Babilônia, construída por Ninrode (em hebraico, Ninrode significa


“rebelde”) representa um sistema político – religioso. É intenção de
Satanás construir um reino aqui na terra. Esse chegará ao seu ponto
máximo no Apocalipse 18, e será destruído por Deus.

· Nabucodonosor é um tipo do anticristo.

· Na libertação dos jovens judeus, vemos de forma figurada a libertação do


remanescente de Israel durante a tribulação.
OS QUATRO ANIMAIS

Capítulo 7

Voltemos ao estudo dos quatro impérios gentios, representados nesta


seção na forma de quatro animais. Esse capítulo termina com a destruição
do pequeno chifre, que será o personagem que terá todo o poder do
último império gentio nos dias finais da presente dispensação.

A visão dos quatro animais

Os capítulos 2 e 7 de Daniel são paralelos. Mostram um período chamado


os tempos dos gentios.

O capítulo 2 apresenta os acontecimentos vistos a partir da perspectiva


humana, e o capítulo 7, os mesmos eventos a partir da perspectiva divina.
Nabucodonosor viu os impérios gentios como algo grande, algo
maravilhoso, mas Deus os contempla como animais. A revelação bíblica é
progressiva, desse modo o capítulo 7 proporciona maiores detalhes que o
capítulo 2.
O Mar Grande pode referir-se ao mar Mediterrâneo. Todos os países
dessa profecia encontram-se ao redor do mar Mediterrâneo. É também
possível que fale das massas populares em estado de tumulto.

O primeiro animal representa o Império Babilônico e o rei


Nabucodonosor. A identificação deste animal é paralela à experiência do
rei Nabucodonosor, quando ele foi humilhado por Deus e andou como um
animal. (Dn 2:38b; Dn 7:4)

O segundo animal representa o reinado do Império Medo-Persa. O qual se


levantou de um lado indica que o Império Persa seria mais proeminente.
As três costelas na boca do urso falam da conquista por este império dos
remos da Lídia (não Líbia), Egito e Babilônia. (Dn 7:5; Dn 2:39a).

O terceiro animal representa o Império Grego-Macedônico, estabelecido


por Alexandre Magno no ano 331 a.C.. Aquele animal possuía quatro
cabeças. E estas quatro cabeças simbolizam as quatro divisões do império
feitas por seus quatro generais, quando Alexandre morreu.

O quarto animal representa o Império Romano. O chifre pequeno é uma


pessoa. Uma boca que falava com vanglória adverte que o personagem do
chifre pequeno fará promessas e declarações extraordinárias, que
assombrarão a humanidade. Também falará coisas portentosas contra
Deus. Este chifre pequeno é o próprio anticristo.

O quarto animal voltará a apresentar-se no final do presente século, O


espírito do anticristo já está em ação.

O julgamento e o ancião de dias

Daniel viu tronos colocados em forma de tribunal, prontos para um


julgamento. Ancião de Dias faz referência a Deus ou Pai como o Juiz
eterno. A descrição de suas vestes e de seu cabelo fala de pureza, verdade
e santidade. O trono de fogo é símbolo do julgamento de Deus. Rodas de
fogo ardente refere-se à mobilidade e ao caráter universal do julgamento.
O fogo também representa a glória e a justiça de Deus.

E abriram-se os livros diz respeito aos livros que Deus deu para a
humanidade, a santa Bíblia. Os homens serão julgados segundo as suas
obras (a lei escrita em seus corações) comparando-as com as normas
escritas por Deus em sua Palavra e no livro da vida.
O chifre é o anticristo, representando o Império Romano, que será
renovado nos últimos dias. O quarto animal da visão que foi morto faz
referência ao julgamento que acontecerá no final da grande tribulação, na
gloriosa vinda do Senhor Jesus Cristo.

A pedra cortada sem auxílio de mãos, que feriu nos pés a estátua que
Nabucodonosor viu, corresponde à destruição do último animal pelo
Senhor Jesus Cristo em sua segunda vinda. (Dn 7:6; Dn 2:39b; Dn 7:7,8; Dn
2:40; Dn 11:36; Ap 13:5,6; 2Ts2:7; Dn 7:9,10; Dn7:9; Dn 7:22,27; Ap
20:12,13; 1 Co 6:2,3; Hb 12:29; Dn7:l0 b; Ap20:12; Rm 2:1416; Hb4:12;
Dn7:11; Ap19:17.21; Zç14:14; Dn 2:34; Dn 7:11)

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO EM VISÃO

O termo filho do homem refere-se ao próprio Messias. Em vários lugares


esta mesma expressão é usada em alusão à segunda vinda de Cristo. ((Dn.
7:13,14; Mt.24:27,37,44; Mt. 25:31; Mc. 8:38; Lc.17:30)

Contemplamos a apresentação de Cristo perante o ancião de dias. Daniel


teve o privilégio de estar presente na entrega do domínio, glória e reino a
Jesus. (Dn.7:13; Sl. 2:6-9)

A interpretação da visão

O mensageiro celestial identifica os quatro animais com quatro reis que se


levantarão na terra. O reino do Messias sucederá ao último e os santos
reinarão com o Senhor. (Dn. 7:15:28).

O quarto animal descrito no livro de Daniel refere-se ao Império Romano,


enquanto que o primeiro animal, descrito em Apocalipse, fala do pequeno
chifre (anticristo) de Daniel. E notório os paralelos que existem entre os
dois.

O chifre pequeno, que é também o primeiro animal do Apocalipse e o


anticristo, ordenará uma perseguição dos santos como nunca houve na
história. (Dn.7:21; Ap.13:7).

Chegará o momento em que, da cabeça do quarto animal (Roma), descrita


no livro de Daniel, sairão dez chifres (reis). Dos dez sairá o pequeno chifre
(anticristo), o primeiro animal de Apocalipse, que derrubará três dos dez
reinos em sua ascensão ao poder. (Dn.7:20, 24).

O pequeno chifre blasfemará contra Deus abertamente. A condição atual


do mundo indica que estamos perto da apresentação do perverso
anticristo. (Dn. 7:20; Ap. 13:6; II Ts. 2:3,4).

O período de poder máximo do anticristo é de um tempo, e tempos, e


metade de um tempo, o que significa os três anos e meio do Apocalipse. (
Dn.7:25; Ap. 11:2,3; Ap.12:6,14; Ap.13:5).

Considerações

Os tempos dos gentios começaram no ano 605 a.C. com a primeira


deportação dos judeus e a desolação de Jerusalém. Terminarão com a
segunda vinda de Cristo, e então Ele iniciará o seu reinado de glória sobre
a terra e as promessas para com o povo de Deus, Israel, serão cumpridas.

O reino visível do Messias ainda é futuro. Conforme Daniel capítulo 7, será


estabelecido depois da destruição do pequeno chifre (o anticristo) e do
poder gentio.
Na primeira vinda do Messias não houve nenhuma ação de sua parte para
Ele se estabelecer como rei. Ao contrário, Ele foi crucificado. Sua segunda
vinda será totalmente distinta e não haverá poder humano ou diabólico
que possa impedi-lo.

Pérsia e Grécia

Cronologia Histórica (Reino Medo – Persa):

“Ciro chegou a ser rei da Babilônia em 536 a.C., embora a conquista de


Babilônia ocorreu em 539 a.C. e morreu em 528 a.C. Dário chegou a ser rei
em 521 a.C. e reinou 36 anos, morrendo em 485 a.C. Artaxerxes (chamado
Longimanus, porque tinha uma das mãos mais cumprida do que a outra),
começou a reinar em 465 a.C. e morreu, ou em dezembro de 425 ou
janeiro de 424” (extraído da Bíblia Explicada, p.155, CPAD).

Daniel 8.1-4. A segunda visão de Daniel no 3o ano de Belsazar, datada


aproximadamente em 550 a.C., também precedeu a destruição da
Babilônia em 539 a.C. A profecia contida nesta revelação, todavia, tem a
ver com o 2o (Medo – Persa) e o 3o (Grego) impérios indicados na imagem
de Daniel 2, com o tórax e os braços de prata e as coxas de bronze. Poucos
detalhes são apresentados em Daniel 2 e 7 sobre o 2o e o 3o impérios,
embora sua presença seja indicada.

Aqui, Daniel registrou uma visão que oferece detalhes sobre como o 2o e
o 3o império apareceriam no cenário mundial.

Daniel disse que sua visão ocorreu quando ele estava em Susã, na
província do Elão, uma das capitais persas, que ficava a 300 quilômetros
da Babilônia. Ele não indica que estava a serviço do governo de Belsazar,
nem explica por que se encontrava em Susã. Mais tarde, após os medos e
persas terem conquistado o Império Caldeu, Xerxes construiu em Susã um
magnífico palácio, que serviu de cenário para o livro de Ester, e onde
Neemias serviu como copeiro do rei Artaxerxes (Ne 1.11).

Nesta visão, Daniel viu-se às margens do canal de Ulai, cujo rio de igual
nome fluía de um ponto cerca de 220 quilômetros ao norte de Susã até o
rio Tigre, ao sul. A localização da visão é importante somente por situar o
contexto das relações com a Medo-Pérsia e a Grécia.

Daniel assim descreveu esta visão: “Levantei os olhos e vi, e eis que,
diante do rio, estava um carneiro, o qual tinha dois chifres, e os dois
chifres eram altos, mas um, mais alto do que o outro; e o mais alto subiu
por último. Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o
norte, e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir, nem havia
quem pudesse livrar-se do seu poder; ele, porém, fazia segundo a sua
vontade e, assim, se engrandecia’ (Dn 8.3,4).

Mais adiante, Daniel soube o significado da visão: “Aquele carneiro com


dois chifres, que viste, são os reis da Média e da Pérsia” (v. 20).
O carneiro corresponde claramente ao império dos medos e persas
porque os dois chifres representavam, cada um, a Média e a Pérsia, e o
maior simbolizava o poderio persa. Eles foram capazes de destruir todos
os que se lhe opuseram, indo para o Oeste, o Norte e o Sul (v. 4). Isso
incluiu a conquista da Babilônia, bem como a de outros remos que
ficavam a oeste da Pérsia. Em termos da história bíblica, o poder persa
atingiu o seu triunfo mais significativo com a conquista da Babilônia, em
539 a.C. Até a chegada de Alexandre, o Grande, no cenário político
mundial, cerca de 200 anos mais tarde, o poder persa predominou no
Oriente Médio. Embora Daniel estivesse vivo e observasse o cumprimento
das profecias ligadas à destruição da Babilônia e à chegada dos medos e
persas durante sua existência, não viveu o suficiente para ver o desfecho
do império persa revelado por sua profecia.
Daniel 8.5-8. À medida que Daniel observava o carneiro que conquistava
tudo à sua volta, ele escreveu: “Estando eu observando, eis que um bode
vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; este bode
tinha um chifre notável entre os olhos; dirigiu-se ao carneiro que tinha os
dois chifres, o qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele com
todo o seu furioso poder. Vi-o chegar perto do carneiro, e, enfurecido
contra ele, o feriu e lhe quebrou os dois chifres, pois não havia força no
carneiro para lhe resistir; e o bode o lançou por terra e o pisou aos pés, e
não houve quem pudesse livrar o carneiro do poder dele. O bode se
engrandeceu sobremaneira; e, na sua força, quebrou-se-lhe o grande
chifre, e em seu lugar saíram quatro chifres notáveis, para os quatro
ventos do céu” (vv. 5-8).

Conforme Daniel declarou mais tarde, “o bode peludo é o rei da Grécia; o


chifre grande entre os olhos é o primeiro rei” (v. 21).

Claramente, Daniel afirma que o bode representava a Grécia, um pequeno


e insignificante país naquela época, mas que estava destinado a dominar o
Oriente Médio, por meio de Alexandre, o Grande. Ao invés de dois chifres,
que seria o normal para um bode, havia apenas um, situado entre os
olhos, identificado como “o primeiro rei” (v. 21).

Toda a visão concernente à Grécia descrevia, mais apropriadamente, as


conquistas de Alexandre, o Grande, que, com movimentos rápidos de suas
tropas, conquistou todo o Oriente Médio e chegou a controlar parte da
Índia. Conquistador algum antes dele jamais cobrira tanto território tão
rapidamente. Assim, o fato de que na visão o bode aparece como que
voando, sem tocar o solo, correspondia à rápida conquista de Alexandre, o
Grande. Isso também fica implícito na visão do capítulo 7, onde o terceiro
império, a Grécia, foi comparado a um leopardo, um animal muito rápido,
que na visão aparece com quatro asas, para indicar sua grande velocidade
(Dn. 7.2).

A predição de que o grande chifre, que representava Alexandre, o Grande,


seria quebrado no auge de sua força, cumpriu-se literalmente na morte
prematura deste grande conquistador, na Babilônia, enquanto ele e seus
exércitos celebravam seu retorno da conquista dos territórios entre a
Caldéia e a Índia. Alexandre, o Grande, morreu em 323 a.C., aos 33 anos
de idade, um homem capaz de conquistar o mundo, mas incapaz de
reprimir seus próprios impulsos.

Depois da morte de Alexandre, suas conquistas foram divididas entre


quatro generais, indicados pelos quatro chifres. Cassandro recebeu a
Macedônia e a Grécia; Lisímaco ocupou a Trácia, a Bítínia e a maior par te
da Ásia Menor; Seleuco assumiu a Síria e a área ao leste deste país,
inclusive a Babilônia; Ptolomeu ficou com o Egito, e provavelmente a
Palestina e a Arábia. Embora outro líder subordinado a Alexandre,
chamado Antígono, desejasse ocupar o poder, foi facilmente derrotado. O
fato de os territórios conquistados por Alexandre, o Grande, serem
divididos em quatro partes, não em três ou cinco, foi mais um testemunho
da exatidão profética de Daniel. A precisão é tão óbvia que eruditos
liberais querem considerar as mensagens de Daniel uma história escrita
depois dos fatos, por alguém que assumiu o nome de Daniel, sem ser o
personagem do século VI a.C., descrito na Bíblia.
Daniel 8.9-12 – Enquanto Daniel observava a visão, viu um pequeno chifre
subir, além dos quatro, que eram proeminentes (v. 8). “De um dos chifres
saiu um chifre pequeno e se tornou muito forte para o sul, para o oriente
e para a terra gloriosa” (v. 9). As profecias são muito exatas no que diz
respeito à direção. O carneiro, que representava o Império Medo-Persa,
expandiu-se principalmente para o Ocidente, não para o Oriente, o que
corresponde ao que foi feito pelos medos e persas. O bode, todavia, vindo
da Grécia, que ficava no Ocidente, atacou o Oriente Médio (v. 5), o que
corresponde às conquistas de Alexandre, o Grande, sempre voltadas para
o lado oriental da Grécia. O pequeno chifre aqui mencionado, todavia,
manifestou seu poder para o Sul, o Oriente e a “terra gloriosa”, ou seja, a
Terra Santa.

Há uma distinção óbvia entre o pequeno chifre mencionado aqui e o


referido em Daniel 7.8. Este surge do quarto império (Roma), no seu
estágio final que, corretamente interpretado, ainda se refere ao futuro.
Em contraste, o pequeno chifre do capítulo 8 surge do terceiro império
(Grego) e relaciona-se a uma profecia que já se cumpriu.

Daniel prossegue: “Cresceu até atingir o exército dos céus; a alguns do


exército e das estrelas lançou por terra e os pisou. Sim, engrandeceu-se
até ao príncipe do exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu
santuário foi deitado abaixo. O exército lhe foi entregue, com o sacrifício
diário, por causa das transgressões; e deitou por terra a verdade; e o que
fez prosperou” (8.10-12).

A dificuldade na compreensão desta parte das Escrituras deu origem a


várias teorias de interpretação. Conforme mencionado anteriormente na
introdução ao livro de Daniel, eruditos liberais sugeriram que este texto
bíblico seria uma piedosa fraude, escrita no século II, porque criam que a
mensagem preditiva não existia. Tal conclusão foi desfeita pela descoberta
dos manuscritos de Qumran, entre os quais havia uma cópia do livro de
Daniel.

Estes eruditos liberais, com base em suas próprias pressuposições, têm


dificuldade em harmonizar esta descoberta arqueológica com a idéia de
que um falso Daniel tenha escrito este livro no século II, quando o que foi
apresentado como profecia já era história. Eruditos conservadores
rejeitam tal teoria, é claro, e aceitam a inspiração e autoridade do livro de
Daniel como foram consideradas por muitos séculos, desde o Antigo
Testamento e ao longo da história cristã.

A interpretação correta sustenta que esta profecia já se cumpriu na


pessoa de Antíoco Epifânio, governante da Síria de 175 a.C. a 164 a.C. Em
geral, os intérpretes conservadores concordam com esta interpretação.

A melhor abordagem é aceitar a passagem primariamente como profecia


cumprida, na medida em que Antíoco Epifânio satisfaz os requisitos
apresentados na mensagem, embora ainda possa retratar tipologicamente
o tempo do fim na pessoa do anticristo.

De acordo com a história, Antíoco Epifânio apresentou-se como deus, para


assim lançar por terra “o exército dos céus” (v. 10), ou os poderes
celestiais. Ele se manifestou como o “príncipe do exército” (v. 11), a fim de
ocupar uma posição de grandeza. Antíoco suspendeu os sacrifícios diários
oferecidos pelos judeus no Templo e profanou o santuário deles (v. 13), a
fim de transformá-lo num templo pagão. Ele satisfez o requisito de lançar
por terra a verdade (v. 12). A história registrou que Antíoco, ao assumir o
título Epifânio, que significa “*deusj manifesto”, declarou que era divino,
tal como o pequeno chifre de Daniel 7 fará na Grande Tributação. Seu
papel é semelhante ao do futuro ditador mundial.

Daniel 8.13,14. Daniel relatou que ouviu uma conversa entre dois
“santos”, aparentemente anjos, sobre quanto tempo seria necessário para
que a visão se cumprisse e o “sacrifico costumado” voltasse a ser
praticado (v. 13), a fim de defini-la como “a visão do sacrifício diário e da
transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o exército,
a fim de serem pisados” (v. 13).

Daniel foi informado pelo anjo: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs;
e o santuário será purificado” (v. 14).

Em relação aos versículos anteriores como uma referência a Antíoco


Epifânio, o v. 14 provocou o surgimento de vários pontos de vista
diferentes.

Muitos dos detalhes mencionados nos versículos anteriores foram


registrados no livro histórico de 1 Macabeus, que descreve a profanação
do templo, a perseguição ao povo judeu e a chamada revolta dos
macabeus. Milhares de judeus foram mortos por ordem de Antíoco
Epifânio, numa tentativa de erradicar a religião judaica; mas isso de nada
adiantou.

A afirmação de que transcorreriam 2.300 tardes e manhãs, antes do


santuário ser reconsagrado, provocou uma variedade de interpretações.
Os adventistas do Sétimo Dia (uma seita) entendem os 2.300 dias como
igual período de anos, e, com base nisso, esperavam o ponto culminante
da segunda vinda de Cristo em 1884 (uma das maiores heresias desta
igreja). A história é claro, demonstrou que essa não era a resposta certa e
assim esta seita é desacreditada até hoje pelos estudantes e
conhecedores da Bíblia. Outros sugerem que o número 2.300 incluía
sacrifícios da tarde e da manhã, a fim de referir-se a apenas 1.150 dias, ou
seja, 2.300 tardes e manhãs. Neste caso o período histórico seria
aproximadamente de 168 a.C a 164 a.C. (dizemos “aproximadamente, pois
quando nos referimos à história não podemos presumir trabalhar com
números exatos)”. Vejam o que nos diz esta teoria:

“2300 DIAS OU 2300 SACRIFÍCIOS?

O vrs. 14 não fala 2300 dias, mas 2300 tardes e manhãs, que estão
relacionados, pelo contexto, com sacrifício diário do templo. Leiamos
então alguns textos para entendermos o que Daniel quis dizer:

“Um cordeiro oferecerás pela manhã, e o outro, ao pôr do sol” (Êx.29:39);


“Dá ordem aos filhos de Israel, e dize-lhes: Da minha oferta, do meu
manjar para as minhas ofertas queimadas, de aroma agradável, tereis
cuidado, para mas trazer a seu tempo determinado. Dir-lhes-ás: Esta é a
oferta queimada que oferecereis ao Senhor, dia após dia: dois cordeiros
de um ano, sem defeito, em contínuo holocausto: um cordeiro oferecerás
pela manhã, e outro ao crepúsculo da tarde…E o outro cordeiro oferecerás
no crepúsculo da tarde; como oferta de manjares da manhã”(Nm.28:2-
4,8); “…ofereceram sobre ele holocaustos ao Senhor, de manhã e à
tarde”(Ed.3:3); “…porém eu permaneci assentado atônico até ao sacrifício
da tarde. Na hora do sacrifício da tarde…”(Ed.9:4,5). O que Daniel tinha na
cabeça eram 2300 sacrifícios e não 2300 dias como querem alguns. O
próprio Daniel mostra isso no seguinte texto: “…e me tocou à hora do
sacrifício da tarde”(Dn.9:21); “Dele sairão forças que profanarão o
santuário, a fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício costumado,
estabelecendo a abominação desoladora”(Dn.11:31); ou seja, o período
de tempo de que envolve o vrs.14 é 1150 dias que corresponde a 2300
tardes e manhãs ou 2300 sacrifícios. O Dr. Nigh (Editora Vida) afirma que
no original são 1150 não 2300 dias”.

Outra interpretação leva-nos ao fato acontecido em 171 a.C., quando


Onias III, o sumo sacerdote, foi assassinado e uma outra linha sacerdotal
assumiu o poder. Esse é claro, foi o início da profanação, embora o próprio
templo só viesse a ser profanado em 25 de dezembro de 167 a.C. (168
a.C.), quando os sacrifícios foram interrompidos à força por Antíoco
Epifânio, e um altar e uma estátua gregos foram erigidos no templo, a fim
de representar a adoração pagã.

Quando levamos tudo isso em conta, é melhor considerarmos que as


2.300 tardes e manhãs cumpriram-se naquela ocasião do século II a.C. e
não estão sujeitos a um cumprimento profético no futuro.
Vejam os que nos diz o Pr. Abraão de Almeida sobre a profanação do
templo:
“Entre esta e aquela data, a Judéia passou por muitas vicissitudes,
destacando-se a opressão sob Antíoco Epifânio(ou Epífanes)…Ele
governou a Síria de 175 a.C. a 164 a.C. Sua crueldade e intolerância
religiosa fizeram dele um tipo do futuro Anticristo. O relato Bíblico que
trata desse rei está em Daniel, capítulos 8 e 11. No capítulo 11, o mesmo
Antíoco Epifânio é descrito como ‘homem vil’ que não tinha quaisquer
direitos à dignidade real, por ser filho menor de Atíoco, o grande, mas
obteve a coroa usando-se de lisonjas. É viva, no primeiro capítulo apócrifo
dos Macabeus, a descrição que se faz dos males ocasionados na Judéia
pelos judeus infiéis, do saque de Jerusalém e da introdução do culto pagão
em toda a Palestina: ‘O seu santuário ficou desolado como um ermo, os
seus dias de festa se mudaram em pranto, os seus sábados em opróbrio,
as suas honras em nada. À proporção da sua glória se multiplicou a sua
ignomínia: E a sua alta elevação foi mudada em luto… E o rei (Antíoco
Epifânio) dirigiu cartas suas, por mãos de mensageiros , a Jerusalém, e a
todas as cidades de Judá: Mandando-lhes que seguissem as leis das
nações da terra. E proibisse que o Templo de Deus se fizessem
holocaustos, sacrifícios, e oferta em expiação pelo pecado. E proibissem
os lugares santos, e o santo povo de Israel. Outrossim, mandou que se
edificassem altares, e templos, e que se levantassem ídolos, e
sacrificassem carne de porco. E reses imundas…'(Cap.1, vrs.41,41,46-50 de
1Macabeus). Os registros históricos confirmam as sombrias características
de Antíoco Epifânio. Ele foi considerado um louco sanguinário pelos
historiadores gregos e um fomentador de intrigas entre o seu reino e o do
Egito. Sua vida em relação ao judaísmo foi uma blasfêmia contra o próprio
Deus (levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes – Dn.8:25) e sua morte
por desgosto, em razão do fracasso contra os romanos, mostra que ele foi
‘quebrado sem esforço de mãos humanas’. Scofield e outros estudiosos do
assunto entendem que a ponta pequena do capítulo 8 é Antíoco Epifânio
(Dn. 8:9), oitavo governador da casa dos Selêucidas, que reinou de 175 a
164 a.C. Intolerante em religião intentou destruir a religião dos judeus
pela força. Ordenou que os judeus demonstrassem publicamente seu
repúdio à religião de seus pais, violando as leis e as práticas legadas a ela:
que profanasse o Sábado, as festividades e o santuário, construindo
altares e templos aos ídolos pagãos; que sacrificassem carne de porco nos
altares do templo e não circuncidassem seus filhos. O judeu que
desobedece à palavra do rei seria morto. A pressão de Antíoco sobre os
Judeus, cada vez mais cruel, culminou no décimo quinto mês de quisleu
(dezembro), do ano 168 a.C., quando uma gigantesca estátua de Zeus
Olímpio foi colocada atrás do altar de sacrifício, e os pátios do Templo
transformados em lugares de lúbricos bacanais (festas de orgias). Os que
se recusaram a obedecer aos decretos reais fugiram ou morreram,
Milhares foram sacrificados, e nessa conjuntura irrompeu a revolta dos
Macabeus, repleta de atos heróicos. Os atos de bravura dos Macabeus
acabaram por vencer, no final de 165 a.C., definitivamente, as bem
equipadas e esplendidamente treinadas tropas Selêucidas. Antíoco, logo
ao receber a notícia de que seus exércitos haviam sido irremediavelmente
batidos, morreu de desgosto entre Elimaís e Babilônia. No vigésimo quinto
dia de quisleu, de 165 a.C., Judas, o Macabeu, depois de purificar o templo
(ou santuário), reconsagrou-o acendendo as lâmpadas do candelabro
sagrado, oferecendo incenso no altar de ouro, levou oferendas ao altar
dos sacrifícios e decretou que todos os anos o evento fosse comemorado,
nascendo assim a ‘CHANUKAH’, festa da Dedicação – João 10:22”.(Até
aqui – Pr. Abraão).

Vejam o que nos informa o dicionário Bíblico de J. Davis, sobre a festa da


Dedicação: “Nome de uma festa anual, instituída por Judas Macabeu no
ano 165 a.C. para comemorar a purificação e restauração do templo, três
anos depois que havia sido profanado (aproximadamente 1150 dias, Dn.
8:14) pela idolatria grega introduzida por Antíoco Epifanes, (1Macabeus
4:52-59)… Jesus compareceu a esta solenidade, pelo menos uma vez,
quando pronunciou um discurso ao povo que concorria a Jerusalém, João
10:22. Os Judeus ainda celebram a festa da dedicação”.
O que podemos afirmar, com todas as convicções possíveis, é que o texto
de Daniel sobre as 2300 tardes e manhãs, que correspondem a 2300
sacrifícios (Ed.3:3) ou 1150 dias, se cumpriram literalmente na pessoa
Judas Macabeus e na restauração do templo no ano de 165 a.C. Sobre
Antíoco Epifanes, ninguém tem duvidas, dele ter sido um carrasco ao povo
de Deus e um tipo de anticristo. Sabemos que o mesmo espírito que
operou em Antíoco, operou em Hitler, Sadan Husen e operará no próprio
líder mundial que se levantará para governar as nações.

Sobre o uso desses supostos 2300 dias para calcular a volta de Jesus, os
Adventistas foram extremamente infelizes, pois não acreditaram na
Palavra de Cristo. Queremos deixar os seguintes textos a todos os que se
atreveram e se atreverão a calcular a volta de Jesus Cristo: “Então os que
estavam reunidos lhe perguntavam: Senhor, será este o tempo em que
restaures o reino de Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer
tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusividade”.(Atos 1:6,7);
“As cousas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus”(Dt.29:29).

Daniel 8.15-22. Daniel, ao observar a visão, registrou que o que estava ao


seu lado era “aparência de homem”, portanto provavelmente um anjo (v.
15). Ele também ouviu uma voz como de alguém que instruía o ser
celestial a entregar-lhe a interpretação do sonho (v. 16). Esta é a primeira
menção ao anjo Gabriel nas Escrituras, embora provavelmente ele já
houvesse aparecido a Daniel na primeira visão no capítulo dois (veja
Dn.2:19). Ele também é mencionado em Daniel 9.21 e Lucas 1.19,26.
Embora os seres celestiais recebam os mais variados nomes na literatura
apócrifa, a Bíblia só registra o de mais um, ou seja, Miguel (Dn 10.13,2 1;
12.1; Jd 9; Ap 12.7). Quando o anjo Gabriel manifestou-se, Daniel caiu
prostrado perante ele (Dn 8.17).

O anjo chamou-o de “filho do homem” e instruiu-o a entender a visão,


pois ela se referia ao tempo do fim (v. 17). O encontro com Gabriel fez
Daniel cair “sem sentidos, rosto em terra”, mas o ser celestial colocou-o
em pé no lugar onde se achava (v. 18).

Depois, Gabriel confirmou a interpretação sobre o carneiro e o bode, bem


como os detalhes da visão. Ele afirmou: “Eis que te farei saber o que há de
acontecer no último tempo da ira, porque esta visão se refere ao tempo
determinado do fim. Aquele carneiro com dois chifres, que viste, são os
reis da Média e da Pérsia; mas o bode peludo é o rei da Grécia; o chifre
grande entre os olhos é o primeiro rei; o ter sido quebrado, levantando-se
quatro em lugar dele, significa que quatro remos se levantarão deste
povo, mas não com força igual à que ele tinha” (vv. 19-22). Desde que a
interpretação sugerida por Gabriel foi confirmada pela história, é
comparativamente fácil encontrar um consenso entre os intérpretes
conservadores quanto ao fato desta passagem referir-se à Medo-Pérsia e
à Grécia.

Daniel 8.23-26. Esta porção tem sido objeto de intermináveis discussões e


diferenças de opinião com respeito a várias interpretações: (1) a idéia de
que tal profecia já se cumpriu em Antíoco Epifânio; (2) que esta
mensagem representa um período inteiramente futuro, referindo-se ao
Anticristo; (3) que é uma profecia sobre Antíoco Epifânio, mas que em
algum sentido tem cumprimento duplo, por causa da semelhança entre
ele e o futuro líder mundial.
Daniel descreveu o governante nesta profecia como “um rei de feroz
catadura e especialista em intrigas” (v. 23). Ele afirmou: “Grande é o seu
poder, mas não por sua própria força; causará estupendas destruições,
prosperará e fará o que lhe aprouver; destruirá os poderosos e o povo
santo. Por sua astúcia nos seus empreendimentos, fará prosperar o
engano, no seu coração se engrandecerá e destruirá a muitos que vivem
despreocupadamente; levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes, mas
será quebrado sem esforço de mãos humanas” (vv. 24,25).

A descrição aqui apresentada deste ímpio governante é muito semelhante


ao que a história e a Bíblia registram com respeito a Antíoco Epifânio. Ele
teve grande poder sobre a Terra Santa e a Síria e, por algum tempo,
exerceu sua autoridade sobe o Egito, até que foi obrigado a retirar-se de
lá, pressionado pelas tropas romanas. Ao voltar à Palestina, profanou o
templo em Jerusalém e devastou o culto hebreu. Executou milhares de
judeus que se opuseram a ele. Antíoco Epifânio considerava-se superior
aos outros reis; na verdade, alegava ser um deus, indicado pelo seu título
“Epífanes”, que significa “*deus+ manifesto”. Obviamente, opôs-se ao
Messias, o “Príncipe dos príncipes” (v. 25). Antíoco morreu, todavia, em
164 a.C., enquanto participava de uma campanha militar, embora sua
morte tenha sido natural, para indicar que seria “quebrado sem esforço
de mãos humanas” (v. 25). No v. 17, Daniel foi informado que “esta visão
se refere ao tempo do fim”. Foi-lhe indicado ainda que a visão era
verdadeira e selaria a visão, “… porque se refere a dias ainda mui
distantes’ (v. 26).

Esta passagem, embora cumprida por Antíoco Epifânio, também era


tipológica da descrição do futuro papel do Anticristo, o homem da
iniqüidade, o ditador mundial durante os últimos três anos e meio antes
da segunda vinda de Cristo, para estabelecer o Milênio. Alguns acreditam
que esta passagem tem conotações proféticas e antevê o clímax da
história. Embora a controvérsia não possa ser completamente resolvida,
entendemos que esta profecia certamente é uma ilustração histórica do
que acontecerá na Grande Tribulação. Tal como Antíoco Epifânio, o último
governante mundial alegará ser um deus, perseguirá os judeus, fará cessar
os sacrifícios judaicos e será um personagem maligno.

Daniel 8.2 7. Daniel, que passara por uma grande pressão emocional
durante o transcurso da visão, escreveu: “Eu, Daniel, enfraqueci e estive
enfermo alguns dias; então, me levantei e tratei dos negócios do rei.
Espantava-me com a visão, e não havia quem a entendesse” (v. 27). O que
foi uma profecia para Daniel no século VI a.C. é agora compreensível, por
causa da história do século II a.C., e entendemos que estas passagens
cumpriram-se literalmente. No entanto, pelo fato de se assemelharem
tanto ao último líder mundial no que diz respeito ao seu caráter, à sua
ação em fazer cessar os sacrifícios e a outras qualidades, muitos pensam
que temos aqui uma sombra do que ainda se cumprirá.

SETENTA SEMANAS DE ANOS


Como todos sabem uma semana é constituída de sete dias, mas estas
semanas que a profecia de Daniel se refere ao invés de DIAS, são ANOS,
ou seja, para cada dia da semana se conta um ano, que desta forma para
cada semana teremos sete anos no lugar de sete dias, formando assim
uma semana de anos.
No velho testamento era comum o uso de semana de anos Levítico 25:8,
Ezequiel 4:6, Gênesis 29:20 a 28. Setenta semanas de dias comuns são
iguais a 490 dias, e de acordo com o Vers.25 deste capitulo, as escrituras
demonstram que desde a ordem para restaurar e edificar Jerusalém ate o
Messias ( Cristo ) teria 69 semanas, o que é relativo a 483 dias de semanas
comuns, ou seja, semanas de 7 dias, e isto não aconteceu, pois da ordem
para edificar Jerusalém até Cristo, teve uma duração maior de 400 anos,
portanto é impossível que estas semanas sejam de dias comuns, o que
deixa claro que esta profecia se refere a SEMANAS DE ANOS. As 70
semanas tiveram seu inicio quando saiu a ordem para restaurar e edificar
Jerusalém ( Neemias 2 ), o que aconteceu aproximadamente no ano 445
a.C. ; Se contarmos a partir desta data até a morte de Cristo na Cruz,
aconteceram aproximadamente 483 anos, o que nos leva a concluir com
certeza que esta profecia se trata de semanas de anos, e nunca de
semanas de dias.

AS TRES DIVISÕES DAS SETENTAS SEMANAS

De acordo com Daniel 9:24-27, as setentas semanas se dividem em três


partes:

· 07 Semanas Daniel 9:25 49 anos – Tempo Usado para a reconstrução da


Cidade de Jerusalém – Início: 445 a.C. Término 396.

· 62 Semanas Daniel 9:25 434 anos – Tempo para o aparecimento do


Messias – Início 396 a.C. Término: 38 d.C . – CRUZ. (Erro de 5 anos no
Calendário, mais um ano de acréscimo, por não haver ano zero).

· 01 Semana Daniel 9:27 7 anos – Tempo que o anticristo usará para


enganar os judeus. Início: Ainda não aconteceu – Término: Terminará com
a volta física de Jesus e sua Igreja que fora arrebatada.
A PRIMEIRA DIVISÃO SETE SEMANAS 49 ANOS

De acordo com Daniel 9:25, Jerusalém seria edificada e restaurada da


destruição que o império Babilônico causou a santa cidade ( Daniel 1:1,II
Reis 24:1 ), esta ordem foi dada pelo Rei Ataxerxes a Neemias
aproximadamente no ano 445 a.C., e nesta mesma data iniciou-se a
contagem da primeira divisão, e terminou aproximadamente no ano 396
a.C., o que é relativo a 49 anos ( 7 semanas de anos ), onde no final deste
período a santa cidade estava totalmente reconstruída .Daniel 9:25. Esta
palavra se cumpriu literalmente no período previsto.

A SEGUNDA DIVISÃO SESSENTA E DUAS SEMANAS 434 ANOS

A segunda divisão tem inicio aproximadamente no ano 396 a.C. e vai ate
os dias da pregação dos apóstolos de Cristo ( Messias ), neste período o
Cristo iria nascer, morrer, e logo após Jerusalém seria invadida e destruída
pelo Império Romano, o que de fato acorreu de forma literal em todos os
sentidos. Daniel 9:25-26.

A TERCEIRA DIVISÃO UMA SEMANA 7 ANOS

A terceira divisão, a última das setentas semanas de Daniel é ainda futura,


ainda não se cumpriu, devido o povo Judeu não estarem na cidade santa e
o templo reconstruído ( Daniel 9:24 ), e como já foi escrito, esta profecia
irá se cumprir sobre o povo Judeu, e este povo precisa estar na cidade
santa, os Romanos invadiram Jerusalém aproximadamente no ano 70 d.C,
e expulsaram os Judeus da santa cidade, e os mesmos foram dispersos
para muitas nações ( Ezeq. 36:19-20, S. Lucas 21:24 ), e nesta data esta
profecia teve de ser interrompida na sua 69o semana, pois o povo Israelita
não se encontrava na cidade de Jerusalém, e para que esta profecia se
cumpra é necessário que o povo do Profeta Daniel ( Judeus ) estejam em
Jerusalém. Esta última semana não pode ter se cumprido em hipótese
alguma, pois nesta última semana ( 7 anos ) os Judeus iriam fazer um
acordo com o assolador ( anticristo ), e este assolador seria destruído,
porém isto ainda não aconteceu, Israel ainda não fez este acordo com o
inferno ( Isaías 28:15-18 ), e muito menos o anticristo foi destruído, sendo
assim posso afirmar que esta última semana de Daniel ainda não se
cumpriu, esta profecia permanece interrompida. Esta última semana só irá
iniciar quando acabar o TEMPO DOS GENTIOS ( São Lucas 21:24 ), este
período de que falou o Senhor Jesus Cristo, é o tempo em que Deus
separou para salvar os Gentios, e converte-los a Cristo sem pecado algum,
mediante a morte do Senhor na Cruz, é o período em que a Graça de Deus
é oferecida aos pecadores, e se esta última semana não fosse
interrompida, com certeza as setentas semanas de Daniel já estariam
totalmente cumpridas, e desta forma não haveria salvação para ninguém,
e este é o maior motivo pelo qual esta profecia foi interrompida, Cristo
Jesus queria Salvar a todo aquele que nele Crer, antes do verdadeiro
desastre que esta última semana trará ao mundo, antes que o anticristo
venha assombrar a todos, isto mostra o amor de Deus em seu ponto
máximo. E antes que esta última semana tenha sua inicialização, o tempo
dos Gentios irá se cumprir com o arrebatamento da igreja, com a salvação
plena daqueles que aceitaram a Cristo, com um dos maiores propósitos de
Deus sendo alcançado. Como já foi escrito Jerusalém foi invadida pêlos
romanos aproximadamente no ano 70 d.C, e os Judeus foram dispersos
para todas as nações da terra ( S. Lucas 21:24 ), mas no dia 14/05/48, os
Judeus começaram a voltar para a santa cidade, neste mesmo dia se
cumpriu a profecia de Isaías 66:8, que diz que num só dia a nação Judaica
seria criada, a partir desta data centenas de Judeus retornam a sua Pátria
mês a mês, e vários recursos estão sendo criados para que em breve todos
os Judeus estejam na santa cidade, para que se tenha inicio a última das
setentas semanas, e com isto a igreja de Cristo seja finalmente arrebatada
aos Céus. Na verdade os Judeus já residem na cidade santa, porém não
tem o domínio de Jerusalém, os Judeus não tem posse de toda a cidade,
eles a dividem com os palestinos que querem ter domínio de toda
Jerusalém e em troca darão a paz que os Judeus procuram, guerras e mais
guerras acontecem no oriente, pois satanás procura impedir que esta
profecia se cumpra; E foi tentando impedir que os Judeus retornassem a
Jerusalém, sendo que Hitler tentou exterminar o povo Judeu na segunda
guerra mundial. A última semana de Daniel terá a duração de 7 anos, que
será dividida em duas partes de três anos e meio Daniel 9:27 , Apocalipse
11:1 a 3, Apocalipse 12:6 e 14, Apocalipse 13:5, onde:

· Quarenta e dois meses é igual a três anos e meio

· Mil duzentos e sessenta dias é igual a três anos e meio

· Tempo e tempos e metade de um tempo é igual a três anos e meio

Onde o assolador de Daniel 9: 27 é o anticristo, que fará um concerto com


Israel por sete anos ( uma semana ), São João 5:43 e Isaías 28:15 a 18 , e
na metade da semana ( três anos e meio ) irá quebrar o concerto com os
Judeus.

A 70 Semana de Daniel também é chamada de grande tribulação ( São


Mateus 24:21 ) que terá a duração de sete anos, dividida sem duas partes
de três anos e meio ) com isto reforçamos que a igreja não irá passar pela
grande tribulação, pois como já foi escrito este período e para o povo
Judeu e não para a igreja, como esta escrito:

” Setentas semanas estão determinadas sobre o teu povo, e a tua santa


cidade. ” Daniel 9.24

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