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manutenção da competitividade.
O setor farmoquímico do Brasil é reconhecido como um dos 13 em todo o
mundo que têm uma indústria capaz de fabricar tanto insumos farmacêuticos ativos
(IFAs), quanto medicamentos acabados e de que seu mercado interno figura entre os dez
maiores do mundo. Entretanto o setor farmacêutico brasileiro é cada vez mais
dependente de importações, e apresenta crescente déficit comercial, o sexto maior do
mundo no setor. A produção interna de IFAs é ínfima e decrescente, fazendo com que
90% das necessidades do setor sejam supridas atualmente por importações, segundo
dados da Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica e de Insumos Farmacêuticos
- ABIQUIFI. A crescente dependência destas importações representa um dos maiores
desafios do país e estes só poderão ser enfrentados se empreendedores, governo e
universidades planejarem e executarem um plano de investimentos e modernização do
parwue industrial farmoquímico em uma parceria sólida.
Uma outra questão bastante complexa é a formação acadêmica desse setor, são
restritas, generalistas e não incentivam os futuros profissionais a ingressarem no setor
de pesquisa. Uma formação inovadora, técnica e voltada para a produção e criação de
novos farmacos seria um dos pilares para o desenvolvimento da indústria farmoquímica
brasileira. Atualmente as instituições de ensino superior direcionam seus currículos
para a formação de comerciantes de medicamentos, inibindo as disiciplinas ligadas a
pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos. A mudança desse tipo de
formação tem que partir da própria universidade, e de diretrizes dos orgãos ligados a
educação e a cultura, é preciso que se mudem os conceitos, a cadeia farmacêutica é uma
das mais inovadoras, daí a necessidade dos altos investimentos em pesquisa e
desenvolvimento para a busca de novos fármacos. Em contrapartida, o setor
farmacêutico é um dos mais rentáveis, e com isso, um dos mais competitivos.
O Brasil possui uma politica de interesses quando se fala de medicamentos
voltados para a linha que se adequa ao Sistema Único de Saúde (SUS), se o
medicamento não se enquadra nesse sistema, não há interesse do governo. Os
representantes governamentais precisam pensar e inserir politicas voltadas tanto para a
criação e identificação de novos princípios ativos, como para a formulação de novos
medicamentos.
A competitividade desse setor está em grande parte ligada ao fato de que ciência
e tecnologia tendem a caminhar juntas, a inovação tecnológica tem sido o diferencial e
destaque na competição entre empresas e países, mas não é um processo rápido e sim
complexo, longo e caro.
Referências
NICOLSKY, R. Os desafios da indústria farmacêutica naciona. Portal Protec, Rio de
Janeiro, mai, 2014. Disponível em:
http://protec.org.br/noticias/pagina/31124/Os-desafios-da-industria-farmaceutica-nacion
al.