Você está na página 1de 2

O Principe possui 26 capítulos, além de uma dedicatória a Lorenzo II.

Através de conselhos, sugestões e ponderações


realizadas a partir de acontecimentos anteriores na esfera política das principais localidades de então, o livro pretendia
ser uma forma de ganhar confiança do duque, que lhe concederia algum cargo. No entanto, Maquiavel não alcança suas
ambições.
descreve as formas de poder e os dois principais tipos de governo: Maquiavel escreve sobre como um príncipe deve
proceder ante seus súditos e amigos, explicando que para manter-se adorado é necessário que o líder saiba utilizar os
vícios e das virtudes necessárias, fazendo o que for possível para garantir a segurança e o bem-estar.
explicado ao príncipe como cuidar de suas finanças, para não ser visto como gastador, e levar o povo à pobreza,
cobrando muitos impostos para manter-se rico.
defende que é melhor um príncipe ser temido do que amado, mostrando que as amizades feitas quando se está bem,
nada dura quando se faz necessário, sendo que o temor de uma punição faz os homens pensarem duas vezes antes de
trair seus líderes. a morte de um bandido apenas faz mal a ele mesmo, enquanto a sua prisão ou o seu perdão faz
mal a toda a comunidade.
Não é necessário, a um príncipe, possuir todas as qualidades, mas é preciso parecer ser piedoso, fiel, humano, íntegro e
religioso já que às vezes é necessário agir em contrário a essas virtudes, porém é necessário que esteja disposto a
modelar-se de acordo com o tempo e a necessidade.
o autor defende que o príncipe faça coisas para não ser odiado, como não confiscar propriedades, não demonstrar avidez
ou desinteresse.
explica como o líder deve controlar e o que deve fazer para manter seu povo feliz, mantendo distância dos bajuladores,
e controlando seus secretários.
explica porque os príncipes italianos perderam seus estados e como fazer para que isso não aconteça.
- É neste livro que surge a famosa expressão os fins justificam os meios, significando que não importa o que o
governante faça em seus domínios, desde que seja para manter-se como autoridade.Os fins justificam os meios é
uma famosa frase erradamente atribuída a Nicolau Maquiavel, que significa que qualquer iniciativa é válida
quando o objetivo é conquistar algo importante. Quando uma pessoa afirma que os fins justificam os meios, isso
significa que ela está disposta a fazer qualquer coisa para conseguir algo que ela deseja alcançar.

Esta frase é comumente associada ao autor italiano graças a este trecho do capítulo XVIII da sua obra O Príncipe:

existem duas formas de combater: uma através das leis e outra através da força. A primeira forma é relativa aos homens
e a segunda é adequada aos animais.
A Virtù trata-se da capacidade do príncipe em controlar as ocasiões e acontecimento do seu governo, das questões do
principado.

O governante com grande Virtù constrói uma estratégia eficaz de governo capaz de sobrestar as dificuldades impostas
pela imprevisibilidade da história.

A Fortuna diz respeito às circunstâncias, ao tempo presente e às necessidades do mesmo. Observa-se que a Fortuna não
pode ser vista como um obstáculo ao governante, mas um desafio político que deve ser conquistado e atraído. A figura
da Fortuna representa, assim como a Virtù, uma das formas de aquisição do poder. Contudo, diversamente da Virtù, ela
não garante a estabilidade.

Refere-se às circunstâncias, as imprevisibilidade dos acontecimentos e a determinação de parte da história. A Fortuna


não deve ser evitada ou ignorada pelo príncipe, pois é inevitável e sempre presente, mas deve ser conquistada pelo
mesmo. O príncipe não pode depender dela, contudo deve fazer da mesma sua aliada, controlá-la, não através de uma
força imoderada ou impensada, mas através da habilidade e flexibilidade política.
A Virtù trata-se da capacidade do príncipe em controlar as ocasiões e
acontecimento do seu governo, das questões do principado. O governante com
grande Virtù constrói uma estratégia eficaz de governo capaz de sobrestar as
dificuldades impostas pela imprevisibilidade da história. Assim, o político com
grande Virtú observa na Fortuna a probabilidade da edificação de uma estratégia
para controlá-la e alcançar determinada finalidade, agindo frente a uma determinada
circunstancia, percebendo seus limites e explorando as possibilidades perante a
mesma. Destaca-se também a estabilidade requerida por Maquiavel – a virtú seria
uma forma de manter a paz e estabilidade do Principado. Outro ponto importante é
acerca da superioridade da vida pública em detrimento da vida privada na
constituição da Virtù. Por fim, destaca-se a contestação dos valores e virtudes da
moral cristã tradicional à época de Maquiavel.
Os novos príncipes, que adquirem o poder a par da Virtù, apóiam-se exclusivamente na
vontade de quem lhes concedeu. Diz o autor (2008, p. 27):
A Fortuna diz respeito às circunstâncias, ao tempo presente e às necessidades do
mesmo: a sorte individual. É, para o filósofo, a ordem das coisas em todas as dimensões
da realidade que influenciam a política. Observa-se que a Fortuna não pode ser vista
como um obstáculo ao governante, mas um desafio político que deve ser conquistado e
atraído e se possível controlado. O príncipe que vive despreparado em função da Fortuna
apenas atrairia desonra e fracasso, mas o de Virtù procura utilizá-la, controlá-la da tal
forma que lhe possa ser útil.

Você também pode gostar