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Uma pesquisa que ficou conhecida como o Estudo de Minnesota de Gêmeos Criados em
Separado (Minnesota Study of Twins Reared Apart - MISTRA), fornece diversos exemplos
ilustrativos. Bouchard (1997) retomou a análise dos dados da aplicação de um teste
vocacional: a medida de correlação dos gêmeos idênticos criados em separado é da ordem de
0,50, enquanto a medida de correlação dos gêmeos dizigóticos também separados é da ordem
de 0,07. Considerando-se os dizigóticos como um grupo de controle, poder-se-ia dizer que a
diferença entre os grupos, da ordem de 0,43, é determinada por efeito genético. Resultados
desta mesma ordem de magnitude são encontrados para traços de personalidade, como
extroversão e medidas de psicopatologia, entre muitas outras.
Por outro lado, o apoio que a tecnologia de DNA faculta ao trabalho de investigação criminal
assenta no desenvolvimento e expansão de modernos sistemas de identificação humana e
classificação de indivíduos com base em características biológicas, como é o caso de bases de
dados de impressões digitais e perfis de DNA.
Todavia, nem todas as investigações que se utilizam do DNA são bem-sucedidas. A genética
forense ainda está em seus primórdios. É impossível garantir 100% de exatidão nos resultados,
principalmente nos testes que deduzem a etnia do suspeito. Isso porque os testes não
funcionam em pessoas com diversas origens étnicas. "Há uma perigosa tendência a fazer
correlações entre etnia, crime e predisposição genética", alerta Pamela Sankar, professora de
bioética da Universidade da Pensilvânia. Por isso, antes de acusar alguém, sejam as provas
genéticas ou não, vale a máxima de que todo o cuidado é pouco.
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