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FAM – FACULDADE DAS AMÉRICAS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO - VIDA ADULTA E TARDIA


“Análise do Filme Cisne Negro sob a perspectiva de Desenvolvimento
dos Aspectos Físicos, Cognitivos e Psicossociais”

TURMA: Psicologia Noturno 3ª


ALUNOS:
Daniel Barbosa Bermann RA: 00333941
Gabriela Ferreira Lima RA: 00311571
Gisele Rodrigues Ferreira RA: 00311313
Jenifer Thamirys Lordelo Ferreira RA: 00333545
Ronyelle Barbosa De Araújo Silva RA: 00296064
Tatiana Ide RA: 00336818

PROFESSORA: Dra. Elenice Paulineli

São Paulo
2022
RESUMO

Este estudo tem como objetivo analisar o Filme Cisne Negro sob a perspectiva de
desenvolvimento dos aspectos físicos, cognitivos e psicossociais da personagem
Nina, jovem adulta na faixa dos vinte e oito anos. Para além dos desafios, este estudo
busca apresentar uma visão inspirada nos pressupostos das Teorias da Área de
Desenvolvimento, com foco na perspectiva de Sigmund Freud, Donald Woods
Winnicott, Erik Erikson. Como método de pesquisa, foi utilizada a revisão de literatura
acerca da análise dos aspectos psíquicos do filme Cisne Negro, especialmente, as
temáticas relacionadas à psicanálise e aos fenômenos observados em relação à etapa
do ciclo vital da personagem.

Palavras-chave: Cisne Negro. Desenvolvimento Adulto. Psicanálise.


ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Decoração do quarto. ................................................................................. 8


Figura 2 – Nina e sua mãe. ......................................................................................... 8
Figura 3 – Nina e sua mãe, ao dormir. ........................................................................ 8
Figura 4 – Nina em movimentos no palco. .................................................................. 9
Figura 5 – Nina em jogo de espelhos. ....................................................................... 10
Figura 6 – Nina e Thomaz. ........................................................................................ 12
Figura 7 – Nina na banheira. ..................................................................................... 12
Figura 8 – Nina e Lilly. ............................................................................................... 12
Figura 9 – Nina em transtornos. ................................................................................ 13
Figura 10 – Nina em anorexia. .................................................................................. 13
Figura 11 – Nina em automutilação. .......................................................................... 13
Figura 12 – Nina sozinha. ......................................................................................... 14
Figura 13 – Nina e Thomaz dançando. ..................................................................... 19
Figura 14 – Nina mata Li ........................................................................................... 20
Figura 15 – Nina no Cisne Negro. ............................................................................. 20
Figura 16 – Nina na cena do abismo. ........................................................................ 20
Figura 17 – Nina em seu último ato. .......................................................................... 21
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 5
2. METODOLOGIA ................................................................................................... 6
3. RESULTADOS ..................................................................................................... 7
4. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 21
5. DINÂMICA TÉCNICA FOCALIZAÇÃO .............................................................. 21
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ................................................................. 24
1. INTRODUÇÃO

Como objeto de estudo, foi escolhido o filme “Cisne Negro” (2011), dirigido pelo
americano Darren Aaronofsky, cuja personagem principal, Nina, é interpretada pela
atriz israelense-americana, Natalie Portman, que foi premiada com o Oscar de Melhor
Atriz, por sua brilhante atuação. Em relação à concepção do filme, seguem, abaixo,
comentários do Diretor Aaronofsky, trazidos por WEINMANN (2015):

No making off do filme, Aaronofsky (2010) comenta que duas obras inspiram
a concepção de Cisne negro: o balé O lago dos cisnes (1876), de
Tchaikovsky, e o romance O duplo, de Dostoiévski (1846/2013). O lago dos
cisnes narra a história do príncipe Siegfried e da princesa Odette, jovem
enfeitiçada pelo bruxo Rothbart e destinada a transformar-se em cisne
durante o dia, até encontrar um homem que lhe jure amor eterno (Carvalho &
Vieira, 2012). Na véspera de seu aniversário, Siegfried vê Odette na margem
do lago e, encantado com sua beleza, a convida para sua festa. Porém, quem
aparece no baile é Rothbart e sua filha Odille, metamorfoseada de Odette.
Siegfried declara-lhe seu amor, mas, ao descobrir a farsa, corre para o lago,
a fim de pedir perdão a Odette. No momento em que o feitiço se desfaz,
Rothbart provoca uma tempestade no lago, afogando o rapaz. Desesperada,
a jovem atira-se de um penhasco.

No filme, a Companhia de Dança prepara-se para a produção do espetáculo “O


Lago dos Cisnes”, do compositor russo Piotr Ilitch Tchaikovski. O Diretor Artístico da
Companhia (Thomaz) deseja inovar ao retratar a história do Lago dos Cisnes
contando com uma bailarina para performar tanto Odette (cisne branco) quanto Odile
(cisne negro).

Thomaz decide substituir a primeira bailarina, surgindo, assim, a oportunidade


para que Nina seja escolhida para o papel da Rainha dos Cisnes e, permeadas nessa
trama, uma série de obscuridades afloram. Surge, ainda, a novata Lily, que passa a
rivalizar com Nina pelo papel principal. Nina, com seu jeito doce e frágil, é a escolha
perfeita para o papel do Cisne Branco, contudo, Lily personifica o Cisne Negro, o que
torna mais acirrada a rivalidade.

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Nesse contexto, tendo como pano de fundo a montagem do espetáculo
inspirado na obra O Lago dos Cisnes, no decorrer da preparação de Nina para a
escolha do papel principal, revelam-se uma série de questões reprimidas e
transformações na vida da protagonista.

A personagem Nina é uma jovem adulta na faixa dos vinte e oito anos, assim,
inserida na fase denominada “Início da Vida Adulta”, segundo a classificação do
Desenvolvimento Humano em Oito Períodos ou Ciclos Vitais elaborada pelos autores
Papalia e Feldman (2013).

O presente trabalho tem como enfoque responder algumas questões relativas


à perspectiva de desenvolvimento dos aspectos físicos, cognitivos e psicossociais da
personagem Nina.

2. METODOLOGIA

Como método de pesquisa, foi utilizada a revisão de literatura acerca da análise


dos aspectos psíquicos do filme Cisne Negro, especialmente, as temáticas
relacionadas à psicanálise e aos fenômenos observados em relação à etapa do ciclo
vital da personagem Nina.

Como critério de busca foram utilizadas as palavras-chave: Cisne Negro,


Desenvolvimento Adulto, Psicanálise.

Foram realizadas pesquisas de natureza bibliográfica e qualitativa, com a


proposta de realizar um mapeamento e apresentar uma análise crítica sobre aspectos
Psicológicos abordados no filme Cisne Negro.

Como referencial, foram eleitos os pressupostos das Teorias da Área de


Desenvolvimento, inspirados na perspectiva dos Mestres Sigmund Freud, Donald
Woods Winnicott, Erik Erikson, objetivando investigar os fenômenos psicológicos de
forma complexa, lançando um olhar para além do aparente.

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3. RESULTADOS

Com o objetivo de aprofundar os principais temas versando o desenvolvimento


dos aspectos físicos, cognitivos e psicossociais da personagem Nina, serão
apresentados, a seguir, os resultados às questões.

 Questão 1
Descrever a história de vida do sujeito eleito da forma mais completa
possível, com ênfase na etapa do desenvolvimento em que se encontra,
destacando aspectos físicos, cognitivos e psicossociais.

No primeiro momento do filme, a protagonista Nina, objeto da presente análise,


é identificada como uma jovem de vinte e oito anos, solteira, que mora com sua mãe,
Erica, em um apartamento localizado em Nova York. Nina apresenta como principais
características: timidez, ingenuidade e a fragilidade de uma menina meiga. Seu
universo social é restrito às pessoas que praticam balé com ela e à sua própria mãe.

Papalia e Feldman (2013) classificam o Desenvolvimento Humano em Oito


Períodos ou Ciclos Vitais e, nesse contexto, a protagonista Nina, à luz de seus vinte
e oito anos, pode ser inserida na fase denominada “Início da Vida Adulta”. Importante
ressaltar que, segundo análise dos referidos Autores, trata-se, tal classificação, de
mera construção social.

Nesse contexto, Nina já se encontra no início da vida adulta, porém, devido à


superproteção de sua mãe, Erica, vive num ambiente nitidamente infantil, o que pode
ser percebido pela decoração de seu quarto cor de rosa (Figura 1), decorado com
bonecas e ursos de pelúcias, o fato de sua mãe ajudá-la a realizar atividades como
pentear o cabelo, cortar as unhas (Figura 2), colocá-la na cama antes de dormir
(Figura 3), trocar de roupa, controlando, ainda, sua alimentação e amizades.

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Figura 1 – Decoração do quarto.

Fonte: Registro obtido pelos autores a partir do filme.

Figura 2 – Nina e sua mãe.

Fonte: Registro obtido pelos autores a partir do filme.

Figura 3 – Nina e sua mãe, ao dormir.

Fonte: Registro obtido pelos autores a partir do filme.

Apesar de ser uma “jovem adulta”, Nina é tratada por sua progenitora como
uma criança, que demonstra não confiar em seu potencial, o que se reflete na
insegurança de sua tomada de decisões. Vale ressaltar que Erica, bailarina
aposentada, demonstra ter depositado seus sonhos, assim como suas frustrações em
relação à carreira, na própria filha.

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Destaca-se que, no âmbito familiar, não há a presença da figura masculina. Na
trama, Erica teve sua carreira interrompida por conta da gravidez de Nina,
aparentemente, atribuindo à filha a responsabilidade por ter interrompido sua carreira.

Aspectos físicos, cognitivos e psicossociais

Quanto ao desenvolvimento físico, que contempla questões inerentes ao


crescimento do corpo, cérebro, capacidades sensoriais, habilidades motoras e saúde
(PAPALIA; FELDMAN, 2013), Nina apresenta aspecto frágil, representado por seu
corpo esguio, braços e pernas longos e finos, transmitindo leveza e movimentos
delicados e expressivos no palco (Figura 4). Nessa fase, o estilo de vida influencia
sobremaneira a saúde, assim, importante observar o preço a ser pago por Nina para
a manutenção desse corpo, por meio de dietas restritivas, que, inclusive, apresenta
evidências do distúrbio alimentar denominado “anorexia” (CID 10 - F50.0). Sob o ponto
de vista físico, a anorexia acarreta provoca uma perda de peso acima do que é
considerado saudável para a idade e altura e, no nível psíquico, o medo intenso em
ganhar peso faz com que a pessoa abuse das dietas de emagrecimento, podendo ser
observado, ainda, uma imagem distorcida do próprio corpo.

Figura 4 – Nina em movimentos no palco.

Fonte: Registro obtido pelos autores a partir do filme.

No que se refere ao desenvolvimento cognitivo, ligado às habilidades mentais


- atenção, memória, linguagem, pensamento, raciocínio e criatividade - (PAPALIA;
FELDMAN, 2013), Nina depara-se com desafios que passam a dominar seus
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pensamentos, uma vez que sofre críticas por não estar à altura do papel do Cisne
Negro. Como consequência da pressão para a escolha do papel no espetáculo, aliada
ao controle exercido pela mãe e à busca da perfeição na dança, a personagem Nina
desenvolve um sério quadro de esquizofrenia, caracterizado por distorções cognitivas,
apresentando visões, delírios, em certo ponto, não conseguindo distinguir realidade e
imaginação. Na película, é interessante observar o jogo de espelhos que ilustra a
narrativa de que Nina não vê a sua realidade refletida fielmente no espelho (Figura 5).

Figura 5 – Nina em jogo de espelhos.

Fonte: Registro obtido pelos autores a partir do filme.

Vivendo em um ambiente controlado pela mãe, que não estimulava seu


desenvolvimento, em momentos de ansiedade e angústia, especialmente,
relacionados à pressão para atender às expectativas do Diretor Artístico, Thomaz,
Nina apresentava episódios de instabilidade mental e costumava ferir-se, numa
tentativa de aliviar aquela dor emocional. Trata-se de do transtorno da automutilação,
desencadeado por distúrbios psicológicos.

Quanto ao desenvolvimento psicossocial, que trata de questões relativas às


emoções, personalidade, e relações sociais. (PAPALIA; FELDMAN, 2013), observa-
se que a vida de Nina gira em torno da dança, assim, as pessoas com as quais tem
contato social fazem parte da Companhia de Dança, ou estão relacionadas às
apresentações dos espetáculos. Mesmo dentro da Companhia, Nina não possui
relacionamentos de amizade, sendo mais reservada e limitando sua atuação aos
ensaios de balé. Destaca-se a influência da figura materna, Erica, que projeta em Nina
suas expectativas quanto à carreira artística, controlando cada passo da filha, que não
possui privacidade em seu próprio quarto, por exemplo.

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 Questão 2
Identificar e caracterizar marcos e eventos significativos na etapa do ciclo
vital em que se situa o sujeito descrito: tendências, aquisições, limitações,
crises e outros.

O ciclo vital em que a personagem Nina se encontra é o de “Início da Fase


Adulta”, o que deveria proporcionar liberdade, oportunidade de escolhas e
pensamentos sobre a trajetória futura, entretanto, por conta da forte repressão
materna, Nina não consegue tomar as rédeas da própria vida.

Conforme mencionado na questão 1, devido à superproteção de sua mãe,


Erica, Nina vive em um ambiente “cor de rosa”, como se estivesse na fase da infância.
Como resultado desse relacionamento mãe e filha, no início do filme, Nina demonstra
total submissão às imposições da mãe – situação essa, contudo, que vai se
modificando no decorrer da trama.

A combinação entre mãe superprotetora, que desistiu da carreira de bailarina


para cuidar da filha Nina, em função de uma gravidez não planejada e a ausência da
figura paterna, provavelmente, acarretaram consequências psíquicas no
desenvolvimento de Nina, sobretudo, no que se refere à maturação sexual.

No decorrer do filme, é possível identificar que Nina possui desejos reprimidos,


os quais acabam por aflorar quando Thomaz, o Diretor Artístico, enfatiza que a jovem
bailarina não está preparada para o papel de Cisne Negro e que, para tanto,
necessitaria mais entrega, mostrando atributos de sensualidade. Thomaz, inclusive,
chega a sugerir que Nina toque seus órgãos sexuais, como forma de trabalhar esses
atributos (Figura 6).

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Figura 6 – Nina e Thomaz.

Fonte: Registro obtido pelos autores a partir do filme.

Observamos esses desejos sendo exteriorizados em (Figura 7), seduzindo o


Diretor Thomaz e o desejo sexual pela sua colega Lily (Figura 8), momento em que
deixa telespectador confuso, quando a perspectiva de Nina mistura o real e o
imaginário.

Figura 7 – Nina na banheira.

Fonte: Registro obtido pelos autores a partir do filme.

Figura 8 – Nina e Lilly.

Fonte: Registro obtido pelos autores a partir do filme.

Podemos identificar, com base nas referidas manifestações, uma associação


de “Castração” com “Libido”, por não possuir uma figura paterna e pelo

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“aprisionamento” da mãe em uma figura infantil, por vários momentos, identificamos o
que Freud, chamaria de “Castração”, que seriam os desejos recalcado de Nina.

Quanto às crises, Nina é acometida por uma série de transtornos, como a


esquizofrenia (Figura 9), anorexia (Figura 10), automutilação (Figura 11), conforme
abordado, anteriormente, na Questão 1.

Figura 9 – Nina em transtornos.

Fonte: Registro obtido pelos autores a partir do filme.

Figura 10 – Nina em anorexia.

Fonte: Registro obtido pelos autores a partir do filme.

Figura 11 – Nina em automutilação.

Fonte: Registro obtido pelos autores a partir do filme.

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 Questão 3
Classificar os marcos do ciclo vital identificados na etapa delimitada no
estudo do caso, como não normativa ou normativa.

Durante seu curso de vida, o ser humano passa a experienciar determinados


eventos de acordo com o ciclo vital em que se encontra. Erik Erikson (1976) destaca,
no período de vida adulta, como elementos principais, o casamento, carreira e filhos.

A dedicação integral de Nina ao balé e seus esforços para ser escolhida como
a substituta da bailarina principal podem ser considerados marcos normativos, em prol
da construção de sua carreira artística. Por outro lado, a ausência da figura paterna e
a gestação não planejada, interromperam o sonho artístico de sua mãe, fato esse que
desencadeou uma obsessão para que Nina se tornasse uma bailarina de sucesso.
Esse histórico familiar, aliado às exigências do Diretor Artístico Thomaz, que coloca à
prova o talento de Nina para assumir o papel principal do espetáculo, desencadeiam
episódios de alucinações e transtornos psíquicos, que representariam episódios
inesperados e não normativos do ciclo de vida.

Apesar der ser uma jovem adulta, Nina vivencia cada passo seu sendo
controlado pela mãe, superprotetora, sem espaço para desenvolver sua autonomia de
fala e vontade. Dessa maneira, no contexto social, Nina é uma jovem que demonstra
fragilidade, insegurança, pouco sorri, apresentando tendência ao isolamento. Assim,
não possui relacionamentos próximos, sejam amizades, ou afetivos, fato esse que
prejudica, sobremaneira, seu amadurecimento. Nas cenas em que não está
ensaiando, Nina passa a maior parte do tempo sozinha (Figura 12).

Figura 12 – Nina sozinha.

Fonte: Registro obtido pelos autores a partir do filme.


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 Questão 4
Analisar o processo e a dinâmica do desenvolvimento do sujeito descrito
nas dimensões física, cognitiva, psicossocial, com base nas teorias
hegemônicas na área do desenvolvimento do adulto.

A protagonista Nina, jovem de vinte oito anos, conforme esclarecido na


Questão 1, pode ser inserida na fase de desenvolvimento de “Início da Vida Adulta”.

Piletti (2021), em sua obra Psicologia da Aprendizagem, aborda a Teoria do


Mestre Sigmund Freud, segundo o qual há cinco fases de Desenvolvimento
Psicoafetivo, sendo, a última, a Fase Genital (adolescência e fase adulta).

Nesta fase, podemos ver os interesses sexuais despertados com a


adolescência, resultante das mudanças psicológicas envolvidas na
maturação sexual, culminando com a expressão adulta da sexualidade. Freud
aponta esta fase como uma possibilidade de abandonar a infância e se tornar
membro da comunidade, um período final de desenvolvimento com a marca
da maturidade.

É possível verificar nesse período as influências sociais, culturais,


direcionando as pessoas para novos comportamentos e buscas como a
escolha profissional, a constituição familiar com a procura de um novo
parceiro, a procriação, assumindo outras responsabilidades estabelecidas
socialmente.

Nota-se que a personagem Nina, apesar de ser uma jovem adulta, encontra-se
limitada em seu desenvolvimento, apresentando muitas características infantis, como
a submissão à mãe superprotetora, seu quarto cor de rosa decorado com ursos de
pelúcia, bloqueios e desejos reprimidos quanto à sua sexualidade.

Essa situação passa a ser impactada em decorrência da competição pelo papel


principal do novo espetáculo da Companhia de Dança, inspirado na obra O Lago dos
Cisnes. Na narrativa, existem dois cisnes, o branco e o negro, cada um possui
características bem marcantes. O branco retrata a inocência, a graça e a pureza, ao
passo que o cisne negro representa a sensualidade e a malícia.

Durante os testes para seleção do papel da Rainha dos Cisnes, Nina é


considerada como a personificação do cisne branco, contudo, não apresentava a
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sensualidade e malícia necessárias para desempenhar o papel do Cisne Negro –
momento em que se inicia seu sofrimento e busca pela perfeição, dando origem a
mudanças em seu comportamento e neuroses, em decorrência da pressão pelo papel
e conflitos ocasionados pelo Diretor Thomaz e sua rival Lily.

O filme Cisne Negro aborda os efeitos da relação mãe e filha, sendo objeto de
profundas análises no campo psicológico. Nesse ponto, os estudos de Zalcberg (2011,
apud WEINMANN, EZEQUIEL. 2015. p. 91-104), segundo o qual:

Erica Sayers (Barbara Hershey) projeta sobre Nina - nome que alude a niña,
menina em espanhol - seus anseios narcísicos de bailarina frustrada. Ela
mantém a protagonista cativa em uma infância eternizada. Se, no processo
de invenção de uma feminilidade singular, a menina mira no espelho materno,
o que Erica devolve à filha é o repúdio ao encontro sexual. Nina é fruto de
uma gravidez indesejada, e Erica atribui a esse fato a responsabilidade por
ter interrompido, sua carreira. Ao ser incitada a seduzir - condição para
assumir o papel de cisne negro -, Nina cai no vazio, isto é, em sua passagem
de menina a mulher ela encontra o nada.

A relação entre Nina e sua mãe é bastante doentia, de extrema dependência


e, a partir da pressão acarretada pela seleção para o novo espetáculo, Nina passa a
expressar reações de hostilidade ao controle materno.

Na Teoria de Desenvolvimento de Donald Winnicott, é apresentado o conceito


de mãe suficientemente boa:

Essa mãe representa o ambiente suficientemente bom, cuja importância é


vital para a saúde psíquica do ser humano em devir. A mãe suficientemente
boa permite à criança pequena desenvolver uma vida psíquica e física
fundamentada em suas tendências inatas”.

Baseando-se no conceito de mãe suficientemente boa, do pediatra e


psicanalista Donald Woods Winnicott, observamos que a mãe desempenha um
relevante papel para o desenvolvimento saudável do seu filho, inserindo-o em um
ambiente bom, fornecendo-lhe cuidados básicos, tanto físicos como psíquicos e,
assim, criando uma camada de confiança e interesse. Entretanto, nada disso diz
respeito à relação de Nina com sua mãe, razão pela qual é possível concluir que, para
a psicanálise, mais se assemelha ao conceito de devastação materna, onde a filha se

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encontra fixamente ligada com a mãe, de certa maneira sem nunca conseguir alçar
uma certa mudança tanto na parte comportamental quanto na parte psicológica.

No filme em análise, a relação de Nina com a mãe, Erica, é conturbada e


nociva, onde essa última projeta na filha a frustração pela gravidez inesperada,
quando estava se dedicando à carreira de bailarina. Por esses fatores, Erica é
controladora, agressiva e o poder exercido sobre Nina é substancial. Adicionalmente,
Erica, num esforço excessivo de controle e superproteção, atravessa a privacidade da
filha, cerceando seu desenvolvimento e a formação de uma identidade própria,
afetando, ainda, a saúde física e psíquica de Nina, que passa a manifestar evidências
de transtornos como: (i) esquizofrenia, sofrendo alucinações tão reais que passa a
não distinguir a realidade da imaginação, (ii) automutilação, por meio de arranhões e
machucados em sua própria carne, de um modo a aliviar a dor e a repressão
sexual,.(iii) além da anorexia, causada por distorções na imagem de seu próprio corpo
em busca do ideal de magreza que transmita a perfeição dos movimentos no balé.

Para explicar possíveis origens do processo de esquizofrenia da personagem


Nina, em seu estudo, Gebra (2011), assim, discorre sobre o tema:

Como afirmamos anteriormente, a superproteção patológica da mãe, além da


extrema dedicação de Nina ao balé, a ponto de confundir vida e arte, podem ser
elementos responsáveis pelo processo de esquizofrenia da personagem, a ponto de
a consciência de Nina se desagregar, chegando a misturar o plano da realidade com
o da alucinação. Clément Rosset atribui o fenômeno da dupla personalidade aos
casos psiquiátricos de esquizofrenia, em que a ilusão psicológica se faz presente, a
ponto de o sujeito não discernir o que é real do que é alucinação. Esse
desenvolvimento psíquico patológico é resultante dessa superproteção da mãe que
impede Nina de vivenciar de forma saudável sua sexualidade. A teoria freudiana
postula que grande parte daquilo que nos é impresso na infância pode ser recalcado
e voltar na vida adulta sob forma de comportamentos estranhos, já que o sujeito não
mais se reconhece. É durante o processo gradual de metamorfose de Nina que
comportamentos estranhos passam a se manifestar.

Muitos estudos sobre o filme Cisne Negro abordam a perspectiva psicanalítica,


invocando conceitos como o complexo de castração, tema de profundos debates
conduzidos pelo Mestre Sigmund Freud:

O complexo de castração nas meninas também inicia ao verem elas os


genitais do outro sexo. De imediato percebem a diferença e, deve-se admiti-
lo, também a sua importância. Sentem-se injustiçadas, muitas vezes
declaram que querem ‘ter uma coisa assim, também’, e se tornam vítimas da
‘inveja do pênis’; esta deixará marcas indeléveis em seu desenvolvimento e
na formação de seu caráter, não sendo superada, sequer nos casos mais
favoráveis, sem um extremo dispêndio de energia psíquica.
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(...)
A descoberta de que é castrada representa um marco decisivo no
crescimento da menina. Daí partem três linhas de desenvolvimento possíveis:
uma conduz à inibição sexual ou à neurose, outra, à modificação do caráter
no sentido de um complexo de masculinidade, a terceira, finalmente, à
feminilidade normal. Temos aprendido uma quantidade considerável, embora
não tudo, a respeito das três. O conteúdo essencial da primeira é o seguinte:
a menininha viveu, até então, de modo masculino, conseguiu obter prazer da
excitação do seu clitóris e manteve essa atividade em relação a seus desejos
sexuais dirigidos à mãe, os quais, muitas vezes, são ativos; ora, devido à
influência de sua inveja do pênis, ela perde o prazer que obtinha da sua
sexualidade fálica. Seu amor próprio é modificado pela comparação com o
equipamento muito superior do menino e, em consequência, renuncia à
satisfação masturbatória derivada do clitóris, repudia seu amor pela mãe e,
ao mesmo tempo, não raro reprime uma boa parte de suas inclinações
sexuais em geral. Seu afastamento da mãe, sem dúvida, não se dá de uma
só vez, pois, no início, a menina considera sua castração como um infortúnio
individual, e somente aos poucos estende-a a outras mulheres e, por fim,
também à sua mãe. Seu amor estava dirigido à sua mãe fálica; com a
descoberta de que sua mãe é castrada, torna-se possível abandoná-la como
objeto, de modo que os motivos de hostilidade, que há muito se vinham
acumulando, assumem o domínio da situação. Isso significa, portanto, que,
como resultado da descoberta da falta de pênis nas mulheres, estas são
rebaixadas de valor pela menina, assim como depois o são pelos meninos, e
posteriormente, talvez, pelos homens.
(...)
A identificação de uma mulher com sua mãe permite-nos distinguir duas
camadas: a pré-edipiana, sobre a qual se apóia a vinculação afetuosa com a
mãe e esta é tomada como modelo, e a camada subseqüente, advinda do
complexo de Édipo, que procura eliminar a mãe e tomar-lhe o lugar junto ao
pai. Sem dúvida justifica-se dizermos que muita coisa de ambas subsiste no
futuro e que nenhuma das duas é adequadamente superada no curso do
desenvolvimento. A fase da ligação afetuosa pré-edipiana, contudo, é
decisiva para o futuro de uma mulher: durante essa fase são feitos os
preparativos para a aquisição das características com que mais tarde
exercerá seu papel na função sexual e realizará suas inestimáveis tarefas
sociais. É também nessa identificação que ela adquire aquilo que constitui
motivo de atração para um homem; a ligação edipiana deste à sua mãe
transfigura a atração da mulher em paixão. No entanto, com quanta
freqüência sucede que apenas o filho obtém aquilo a que o homem aspirava!
Tem-se a impressão de que o amor do homem e o amor da mulher
psicologicamente sofrem de uma diferença de fase.

A partir de um comportamento obsessivo, Nina lança-se na competição pelo


papel de Rainha dos Cisnes, sob o crivo de Thomaz, o exigente Diretor Artístico, que
coloca à prova as habilidades de Nina para assumir o papel de Cisne Negro, inclusive,
sugerindo que a bailarina toque seus órgãos sexuais, algo que lhe proporcionaria
autoconhecimento acerca de seu próprio corpo e desejo. Porém, por conta de conviver
com sua mãe superprotetora, que lhe trata como uma criança, em uma cena pitoresca,

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Nina ao se masturbar, tem uma visão de que sua mãe estaria na poltrona ao lado da
cama, gerando sentimentos de vergonha e constrangimento.

Para a construção da feminilidade e da própria identidade de uma mulher, são


fundamentais os referenciais maternos. No filme em análise, nota-se que a mãe de
Nina, Erica, encara a maternidade como o motivo do fim de sua carreira e,
adicionalmente, a ausência de referencial masculino na vida de Nina aparenta trazer
certa repressão ao ideal de atração amorosa entre um homem e uma mulher. Segundo
Freud (1933. 1932), essas referências de ligações afetuosas seriam decisivas para o
futuro de uma mulher e, muito provavelmente, em razão da ausência de modelos que
pudessem servir a esses papéis, Nina cresceu sob o domínio da mãe, sem expressar
seus desejos.

Diante da ausência de referenciais, Nina encontra em outra bailarina, Lilly, o


ideal de feminilidade e sedução que busca para suprir as características necessárias
para performar o papel de Cisne Negro. Lily passa a representar um objeto de desejo
para Nina, que em um de seus devaneios, tem uma intensa relação sexual com Lily
em seu quarto.

Enquanto isso, nos ensaios, Thomaz passa a manifestar admiração pela


sensualidade de Lily (Figura 13), o que gera angústia e devaneios em Nina, que,
tomada pelo medo de ser substituída, misturando realidade e imaginário, trava uma
luta e mata Lily (Figura 14).

Figura 13 – Nina e Thomaz dançando.

Fonte: Registro obtido pelos autores a partir do filme.

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Figura 14 – Nina mata Li

Fonte: Registro obtido pelos autores a partir do filme.

Nina, assim, assume o verdadeiro papel de Cisne Negro, expressando no espetáculo


toda a sensualidade e magnetismo exigidos pelo personagem (Figura 15).

Figura 15 – Nina no Cisne Negro.

Fonte: Registro obtido pelos autores a partir do filme.

No palco, Nina dirige-se à cena do abismo (Figura 16) e cai, aclamada por sua
performance, com o estilhaço de vidro enfiado em sua própria barriga – em seu último
ato - suspirando: “Eu senti a perfeição. Foi perfeito” (Figura 17).

Figura 16 – Nina na cena do abismo.

Fonte: Registro obtido pelos autores a partir do filme.


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Figura 17 – Nina em seu último ato.

Fonte: Registro obtido pelos autores a partir do filme.

4. CONCLUSÃO

A morte da protagonista, real ou simbólica, em um final permeado por


devaneios, pode representar o processo de transformação levado a efeito por Nina,
inicialmente, caracterizada pelos seus atributos de pureza, fragilidade e submissão e
que, no decorrer da preparação para encarar o personagem Cisne Negro, sensual e
malicioso, passa a se rebelar contra a figura materna, joga fora seus bichos de pelúcia
e inicia a exploração de sua sexualidade, na busca por romper com a infância e
libertar-se da opressão que marcou sua existência.

5. DINÂMICA TÉCNICA FOCALIZAÇÃO

A focalização é uma técnica terapêutica que foi desenvolvida por Dr. Eugene
Gendlin. Ela é fundamentada nas correntes filosóficas existências e humanistas,
sendo seu criador o filosofo americano Eugene T. Gendlin, qual algumas pesquisas
foram desenvolvidas juntamente com Carl Rogers.

A focalização é um processo humano, uma capacidade, uma habilidade que é


encontrada e ele quis criar o processo para as pessoas pudessem encontrá-la.

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Focalizar consiste em aprender a ouvir nosso corpo-mente e suas sensações,
a entrar em contato com sua sabedoria e consciência corporal, acessando um
conhecimento mais profundo de nós mesmos, sendo assim capaz de se transformar
a partir de dentro.

A focalização convida você a abordar o problema ou questão de vida de outro


espaço, através da única coisa que temos tangível no “aqui e agora” o nosso corpo,
podendo assim ter acesso a informações novas, frescas e orientadas para nosso
próximo passo de vida.

No processo do tratamento de esquizofrenia, o objetivo é reduzir as alucinações


e o estresse associado a partir dos aspectos avaliados do sintoma (tipo de voz,
conteúdo), até o momento de discutir com o paciente a respeito deles, a normalização
foca na desestigmatização dos sintomas psicóticos e como estes são desencadeados
a partir dos fatores estressores.

Na prática focalização é um caminho, uma estrada, um método e um processo


para te ensinar a voltar a funcionar integralmente.

A focalização nos ensina a fazer pausas e entrar em contato com a sabedoria


que existe nesse ser integral e passar a “pensar” o que aquela situação de vida me
oferece, me impacta.

A focalização ela tem essa pausa, esse espaço onde a gente vai desanuviar a
mente em vez de ficar apenas racionalizando, a gente dá um olá para os pensamentos
para aquilo que pode estar bloqueando a nossa visão. O que quer em mim que esteja
aqui e levo a minha atenção para o corpo para o centro vivo que existe uma sensação
sentida em relação àquela questão.

Exemplo: Associando a focalização ao filme, podemos convidar a personagem


a parar e pensar na sua “mãe” e perguntar qual a sensação que ela sente em relação
a ela ou perguntar qual a sensação que ela tem ao pensar no professor ou na amiga
que ela vê como rival e que quer tomar seu lugar como cisne negro. Em resumo são

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todas suas experiências sobre essas pessoas ou momentos e aí você pede para a
paciente tirar a imagem do pensamento e pergunta qual a sensação que ela sente.

A conclusão foi que não é a técnica do terapeuta que determina o sucesso da


psicoterapia, mas sim a maneira como o paciente se comporta e o que o paciente faz
dentro de si durante as sessões de terapia.

Gendlin descobriu que em 100% dos casos, os pacientes bem-sucedidos se


concentravam “intuitivamente” em suas experiências corporais, em uma consciência
corporal interna muito “sutil e vaga” denominada “Felt-Sense” ou “Sentido Sentido”
(tradução) que contém informações que, se integradas, possuem a chave para a
resolução de problemas que o paciente está experimentando.

Para Gendlin o Senso Sentido (ou Felt Sense) é um conhecimento interno ou


consciência que não foi conscientemente pensada ou verbalizada – como aquele
“algo” é experimentado no corpo. Não é o mesmo que uma emoção. Esse sentimento
corporal “algo” pode ser uma percepção de uma situação ou uma velha mágoa, talvez
uma ideia ou insight. Crucial para o conceito, como definido por Gendlin, é que não é
claro e vago, e é sempre mais do que qualquer tentativa de expressá-lo verbalmente.

De acordo com Gendlin, o processo de Focalização colabora para dar acesso


e maior tangibilidade às sabedoras contidas nas experiências corporais. Para ajudar
a sentir a forma do sentido e identificar com precisão o seu significado, o focalizador
experimenta palavras que possam expressá-lo.

Gendlin observou clientes, escritores e pessoas na vida cotidiana voltando sua


atenção para esse conhecimento ainda não articulado. Como uma experiência sentida
formada, haveria longas pausas junto com sons como “uh ….” Uma vez que a pessoa
tivesse identificado com precisão este senso sentido em palavras, novas palavras
viriam e, por sua vez, novos insights sobre a situação. Haveria uma sensação de
movimento sentido – uma “mudança sentida” – e a pessoa começaria a ser capaz de
se mover além do local “preso”, tendo novos insights, e, às vezes, indicações de
medidas a serem tomadas.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

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