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CADERNO

DE EXERCÍCIOS -1

ANIMUS E ANIMA; INTEGRAÇÃO DA SOMBRA.


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CADERNO DE EXERCÍCIOS
referente ao e-Book da Série MUNDO INTERIOR
TEMAS: ANIMUS E ANIMA; INTEGRAÇÃO DA SOMBRA.

Fundamentos Psicológicos: Animus e Anima – a


mítica da união dos opostos; Reconhecimento e
Integração da Sombra

Prof. Régis Costa

VOL. 1 2
REVISÃO 03/2021
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 4

PROPOSTA 1 – FOLCLORE 4

PROPOSTA 2 - ANIMUS E ANIMA 5

PROPOSTA 3 – A SOMBRA 7

BIBLIOGRAFIA 10

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APRESENTAÇÃO

Este CADERNO DE EXERCÍCIOS é um material de apoio cujo objetivo é


apresentar propostas de fixação dos conteúdos teóricos abordados no e-Book e
ideias criativas que possibilite a interlocução da subjetividade dos alunos e
repertório para seus futuros atendimentos.
Vamos trabalhar filmes, séries, estórias do folclore brasileiro com técnicas
de escrita imaginativa, poesia, desenho, meditação e em outro momento,
lançaremos mão da mitologia para poder propiciar projeções da anima e animus.

PROPOSTA 1 – FOLCLORE

http://www.adorocinema.com/series/serie-23753/

Nosso folclore brasileiro é riquíssimo e desde muito pequenos fomos


apresentados a muitos dos personagens, recentemente pela Netflix foi lançada
a série “Cidade Invisível” cujo enredo é construído pelas conhecidas

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personagens do folclore brasileiro: Cuca, Saci, Yara, Curupira, Tutu, Boto e o
Corpo Seco. Pensando na nossa teoria, tais personagens são arquétipos e em
determinados momentos, assim como nós humanos, representam a face da
sombra, anima e animus.

a) Baseando-se nas personagens citadas do Folclore brasileiro, vistas na


série ou na literatura, identifique Sombra, Anima e Animus;
b) Feche os olhos, respire e inspire, cante para si a cantiga “Nana neném,
que a Cuca vem pegar...”, pinte as sensações que ela lhe traz;
c) Se eu fosse o Saci, quem e o que eu iria pregar peças? Conte um conto;
d) Quais dessas personagens mais lhe chamou a atenção e por quê? Se
você tivesse seus poderes o que faria? Desenhe ou tente fazer um
pequeno poema ou estrofes.

PROPOSTA 2 - ANIMUS E ANIMA

a) Conforme a teoria apresentada em nossos estudos contidos no e-Book,


formule uma análise descrevendo a personagem Miranda do filme “O
Diabo veste Prada”;

http://www.adorocinema.com/filmes/filme-61445/

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b) Indique uma situação ilustrada em um filme, personagem ou mito onde o
homem é tomado pela Anima, explique.

c) Pensando que está aplicando uma dinâmica em grupo, com base na


canção e nos temas de estudo crie alguma prática expressiva que
represente a seguinte canção: (Clique na vitrola para ouvir).

Masculino E Feminino - Pepeu Gomes


Ser um homem feminino
Não fere o meu lado masculino
Se Deus é menina e menino
Sou masculino e feminino
Olhei tudo que aprendi
E um belo dia eu vi
Que ser um homem feminino
Não fere o meu lado masculino
Se Deus é menina e menino
Sou masculino e feminino
Olhei tudo que aprendi
E um belo dia eu vi
Uh-uh-uh-uh
E vem de lá
O meu sentimento de ser
E vem de lá
O meu sentimento de ser
Meu coração
Mensageiro, vem me dizer
Meu coração
Mensageiro, vem me dizer
Salve, salve a alegria
A pureza e a fantasia
Salve, salve a alegria
A pureza e a fantasia
Olhei tudo que aprendi
E um belo dia eu vi
Uh-uh-uh
Que ser um homem feminino
Não…

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PROPOSTA 3 – A SOMBRA

Cabeça de Medusa – Caravaggio (1597).

O mito de Perseu: Uma visão mítica acerca do estudo do material mitológico,


presente na história, é fundamental para um olhar mais profundo do ser humano.
Isso se deve ao fato do mito expressar estórias simbólicas que transmitem
imagens significativas, que tratam das verdades dos homens de todos os
tempos. (Boechat, 2008).
Neste mito, Perseu é incumbido de trazer para o rei Polidectes, seu padrasto, a
cabeça de Medusa, ser monstruoso com cabelos de serpente. Esta, por
transformar em pedra todos que a olham, representa o arquétipo (SOMBRIO) da
mãe devoradora e sua influência regressiva que aprisiona seus filhos.
O rei Polidectes pretendia se livrar de Perseu enviando-o para tal missão.
Polidectes, com medo de ser destronado por Perseu, propôs um torneio no qual
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o vencedor seria quem trouxesse a cabeça da Medusa, e o instinto aventureiro
de Perseu não o deixou recusar. O herói representa a natureza humana, que
muitas vezes em sua imperfeição, é dominado pela vaidade, pelo orgulho
(hybris), lançando-se em missões sobre-humanas, muito além de sua
capacidade. Daí surgir seres superiores, divinos, para proteger e auxiliar
o herói em sua jornada. Esses seres divinos são representações do self que
possibilitam ao ego o alcance de um novo estado de consciência.
No mito em questão, Perseu foi vitorioso graças à ajuda de Atena, Hades e
Hermes, seus deuses tutelares. Atena deu a ele um escudo tão bem polido, que
podia se ver o reflexo ao olhar para ele, Hades lhe deu um capacete que torna
invisível quem o usa, e Hermes deu a ele suas sandálias aladas, objetos que
foram definitivos para a vitória de Perseu.
O escudo de Atena, semelhante a um espelho, foi o instrumento fundamental no
confronto com a Medusa, uma vez que simboliza a reflexão, aspecto necessário
a Perseu.
Atena (Minerva, na mitologia romana) na mitologia grega era filha de Zeus,
nascida de sua cabeça. Ela é conhecida como a deusa da inteligência e
sabedoria (além de ser a deusa que preside as artes e os trabalhos manuais).
No mito Atena representa o arquétipo da anima de Perseu, sua contraparte
feminina, sua guia ou mediadora entre o mundo interior e o self.
Atena representa a mãe superior ou espiritual que auxilia seu filho na passagem.
A Medusa representa a mãe terrível, devoradora, que paralisa seus filhos,
permanecendo em estado caótico e inconsciente. Desse modo, a luta contra a
Medusa nos alude ao processo de integração do ego, através da saída do estado
urobórico, onde não há diferenciação entre a consciência e o inconsciente. A
petrificação da Medusa nos remete aos estados psicóticos de extrema regressão
presentes nas formas graves de esquizofrenia (estupor catatônico). (Boechat,W.,
2008).
Por fim, a deusa Atena representa os aspectos transformadores do self, pois
cede o instrumento capaz de vencer a petrificação, através do olhar indireto do
reflexo do espelho. O escudo de Atena possibilita o movimento, a criatividade, a
reflexão, ou seja, é o instrumento que mobiliza a transformação psíquica, para
um novo estado de ser, mais consciente e diferenciado.

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a) Baseando-se no texto acima, reflita sobre o que Jung diz abaixo:

b) Exemplifique cada um dos quatro pontos da imagem a seguir:

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BIBLIOGRAFIA

Chevalier J. & Gheerbrant Alain (2017). Dicionário de Símbolos. SP: José


Olympio Editora.

Grinberg, G P. (2017). Jung: o homem criativo. SP: Blucher.

Jung, Carl Gustav. Os arquétipos e o inconsciente coletivo Vol. 9/1. Editora


Vozes Limitada, 2018.

SILVEIRA, N. Imagens do inconsciente. Petropolis, RJ: Vozes, 2015

http://institutojunguianorj.org.br/

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