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O mito grego de Édipo é um claro exemplo desse simbolismo. Édipo é um motivo tanto mitológico
quanto psicológico, que representa uma situação arquetípica que se relaciona com o conteúdo da
mente inconsciente do filho em relação aos seus pais. Quer dizer, o mito de Édipo tem a ver com o
ciúme natural que um filho (ou filha) tem da relação entre seu pai e sua mãe.
Muitas históricas bíblicas também revelam conteúdos semelhantes, que são fundamentados, ou em
sensibilidades que a mente humana sublimou ou reprimiu, ou em conflitos ambientais que
conformaram a história do homem e suas sociedades. É fácil ver na metáfora de Cain e Abel, por
exemplo, um conflito entre a agricultura e o pastoreio, patente em territórios onde a natureza não é
muito pródiga em recursos naturais, especialmente pastagens e água. Assim também é a história
das filhas de Lot, que reflete uma crítica dos cronistas de Israel aos seus belicosos vizinhos
amonitas e moabitas. Da mesma forma, a história dos irmãos Jacó e Esaú é uma metáfora das lutas
entre membros da mesma família pela herança patriarcal, que sempre foi regulada pelo princípio da
primogenitura.
Na mesma moldura podemos colocar também a lenda da Torre de Babel, a história do dilúvio e a
formação das raças humanas a partir dos três filhos de Noé, cujas origens podem estar em
memórias que se referem a situações e personagens arquetípicos de um tempo em que os
primeiros grupos humanos ainda estavam procurando encontrar suas próprias identidades e fixar
suas características dentro de um ambiente que lhes parecia competitivo e hostil .
Os arquétipos normalmente são construídos a partir das esperanças, dos desejos e dos anseios de
um povo. Como as necesssidades e as lutas dos grupos humanos para construir seus sistemas de
vida e fixar seus valores são mais ou menos semelhantes, essas estruturas mentais acabam sendo
comuns. Por isso também é que encontraremos, em todas as literaturas sagradas os mesmos
temas e praticamente as mesmas personagens, caracterizadas á maneira das necessidades e da
identidade de cada povo.
Talvez não tenham existido, historicamente, um Adão, um Noé, um Moisés, um Josué, da mesma
forma que Aquiles, Ulisses, Hércules, Teseu, Jasão e outros heróis gregos, ou Arjuna, Rama e
outros heróis brâmanes, sejam apenas imagens mentais das virtudes cultivadas por esses povos,
que as retrataram na forma de personagens heróicas, da mesma forma que as lendas e folclores
encontrados na cultura dos mais diversos povos do mundo, em todos os temas, são retratos
dessas estruturas. Destarte, encontraremos o simbolismo do herói sacrificado pelo povo em
praticamente todas as culturas antigas.Assim também o legislador, o guerreiro, o homem santo, o
sábio, da mesma forma que arquétipos do mal e do bem, retratados em lendas, contos, etc.
Um dos principais estudos de Jung se refere à simbologia. Ele entende que o inconsciente se
expressa primariamente através de símbolos. Os símbolos são a linguagem do inconsciente, que
retrata através de analogias, aproximações e outras relações menos inteligíveis, o conteúdo de uma
determinada sensibilidade, que a mente racional ainda não conseguiu classificar.
É que a nossa mente racional só entende o que ela pode representar. E a nossa capacidade de
representação é do tamanho da nossa capacidade de linguagem. Daí o símbolo ser uma
representação de uma sensibilidade não organizada em nossa mente, mas muito forte em nossos
sentidos. E mesmo que nenhum símbolo concreto possa representar de forma plena um arquétipo,
quanto mais representativo ele for do material existente em nosso inconsciente, mais capacitado
ele estará para eliciar uma resposta emocionada do nosso sistema neurológico. Por isso, um
alemão responde mais intensamente a visão de uma cruz gamada, por exemplo, pois tal símbolo
tem uma identificação profunda com conteúdos arquetípicos de sua cultura, da mesma forma que
os judeus com o pentagrama, os cristãos com a cruz, a cultura xamânica com determinados
animais, etc.[3]
Assim, na estrutura mais profunda do pensamento humano o arquétipo é um elemento básico que
muitas vezes o conforma e o dirige. Não há tradição popular que não tenha em sua base um ou
mais arquétipos a sustentá-la. Da mesma forma as religiões, sejam elas metafísicas, como a religião
dos Vedas, o Budismo e o Taoísmo, que se baseiam em doutrinas desenvolvidas por inspirações
reconhecidamente cerebrinas, ou as reveladas, como o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo,
cujos seguidores acreditam que tenham sido inspiradas pela própria Divindade, também são
informadas por arquétipos.
Como a Maçonaria é uma cultura fundamentalmente simbólica, é interessante conhecer um pouco o
trabalho de Jung. Por isso fizemos este pequeno excerto dos seus estudos acerca dos arquétipos
fundamentais que estão nas raízes das crenças e tradições da humanidade. Nele encontraremos as
noções fundamentais para o entendimento dos verdadeiros significados dos símbolos, lendas e
metáforas que informam a estrutura mais sutil da Arte Real.
[1]Alexandrian, História da Filosofia Oculta, São Paulo, Ed. Martins Fontes, 1983
[2] Gênesis, 19; 30 a 38. Hoje a tendência é interpretar a história de Cain e Abel como metáfora de
uma realidade histórica. Abel representa a cultura hebraica, baseada no pastoreio e Cain os povos
cananeus, que já praticavam a gricultura quando os hebreus chegaram à Palestina. A luta entre eles
reflete o conflito entre a agricultura e o pastoreio, da mesma forma que a metáfora das filhas de Lot
e o incesto por elas praticado com o próprio pai reflete a necessidade dos israelitas de estigmatizar
seus belicosos vizinhos amonitas e moabitas, taxando-os de bastardos, produtos de um incesto.
[3] Para mais informação sobre esse tema veja-se C. G Jung- Arquétipos e Inconsciente Coletivo-
Vol. X- Ed. Vozes,São Paulo, 1986.
João Anatalino
Introducción
Uno de los conceptos más importantes y
decisivos en el joven campo del pensamiento
sistémico es la idea de que ciertos patrones
estructurales son recurrentes.
Estos “arquetipos sistémicos” o “estructuras
genéricas” constituyen la clave para aprender a
ver estructuras en nuestra vida personal y
laboral.
Introducción
.
Introducción
Ni siquiera basta con ver una estructura determinada
por debajo de un problema (quizá con ayuda de un
consultor).
Esto puede conducir a la resolución de un problema,
pero no modificará el pensamiento que ha generado
el problema.
Introducción
En las organizaciones inteligentes, el pensamiento
sistémico se transforma en un agente cotidiano
activo, que continuamente revela cómo creamos
nuestra realidad, sólo cuando los gerentes
comienzan a pensar en términos de arquetipos
sistémicos.
Introducción
Todos los arquetipos están constituidos por los
ladrillos sistémicos: procesos reforzadores, procesos
compensadores y demoras.
Su salud se deteriora.