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Ana Beatriz Aparecida Rezende (4) – 2ª

ROMANTISMO I

O romantismo, movimento originário da Alemanha e da Inglaterra do século XVIII,


significou uma revolução na concepção de mundo e na atitude diante dele, bem como uma
nova maneira de o homem se ver no mundo. A escola romântica se desenvolveu em oposição
às regras e aos padrões clássicos e buscou inspiração nos modelos medievais. Opondo-se aos
principais clássicos de vida e de arte, os românticos se relacionam com o mundo através da
intuição e do sentimento, e não por meio da razão. Ao intelectualismo, ao absolutismo e
convencionalismo clássicos, opõem-se à imaginação e o sentimento. Presos a necessidade de
fugir da realidade. Sempre criam mundos imaginários, procuram idealizar a realidade, e não
reproduzi-la; escapam do mundo pela imaginação para uma época passada ou um universo
sobrenatural, para a idade média, para a infância.
A literatura romântica aparece, então, marcada pelo senso de mistério, pela atitude de
sonho e melancolia, de angústia e pessimismo. Por outro lado, a morte, a desolação, ruínas,
túmulos, gosto das orgias, o “mal do século” se tornam temas constantes.
As novas tendências que se opuseram aos ideais neoclássicos e constituíram o espírito
romântico se ligam a metade e final do século XVIII e início do XIX. É na Alemanha e Inglaterra
onde se verificam primeiro as manifestações dessa nova atitude, principalmente nos treze
anos entre 1797 e 1810. O romantismo, que ao longo de 1825 já é uma realidade em todos os
países ocidentais, vai assim se configurando: na Alemanha: o movimento Sturm and Drang
(Tempestade e ímpeto), Goeth, Schiller, as obras de Friedrich, Schlegel e August; a poesia
sentimental e mística de Novalis; o romance e a poesia de Tieck, os romances históricos de
Arnim e a poesia de Bretano; na Inglaterra (Escócia ): Allan Ramsay contrapõe a poesia
espontânea e rude aos ideais clássicos. Além das noites melancólicas e subjetivas de Edward
Young, inicia-se o romance cavaleiresco, presencia-se o medievalismo, os poemas de Ossian e
a obra de Walter Scott. À França, a moda romântica chega e se dissemina com Mme. De Stael,
Chateaubriand e Jean-Jaques Rousseau, pai do romantismo. Ana Itália publica-se o primeiro
manifesto romântico em 1816; em Portugal, almeida Garret inicia o movimento com a
publicação de Camões, em 1825, enquantna Espanha define-se o estilo em torno de 1845.

ROMANTISMO NO BRASIL

O período compreendido entre 1836 e 1871 pode ser tomado como marcos
fundamentais do estilo romântico no Brasil. A sensação de legiferasse surgida com a
independência de 1822 contribui para criar no país um clima de debates, polêmicas, do que
resultaram posições e concepções literárias diferentes. Momento rico e fértil de discussões em
torno da nacionalidade, ele significou para os homens livres do brasil a perde de uma
identidade segura. Foi o período mais importante de tomada de consciência da particularidade
do Brasil, ou seja, não se podia mais continuar a considerar os brasileiros europeus ou
portugueses, como ocorria no período de domínio português. O brasileiro não é e não quer
ser “filho de Portugal”, mas também não podia se considerar indígena visto a grande
miscigenação surgida nos anos de colônia.
O Romantismo no Brasil vai afirmar sua nacionalidade através de particularidades, o que
contribuiu para as elites brasileiras aceitarem seu distanciamento do europeu.O índio
aparecerá como o elemento decisivo. Nesse momento, a literatura brasileira escolhe como
heróis e personagens dos romances e poemas índios e índias e ambienta suas narrativas nos
seio das florestas ou nas grandes extensões do sertão.
RELEITURA DA OBRA ROMÂNTICA “O HOMEM DESESPERADO”, Gustavo Courbet

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