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Introdução
O piano acústico foi criado por volta de 1722, produto do trabalho do criador italiano
de instrumentos musicais, Bartolomeo Cristofori (PERSONE, 2009). O instrumento criado
por Cristofori não era exatamente semelhante ao piano, tal como é conhecido atualmente, a
inovação ocorreu principalmente devido ao desenvolvimento de um sistema eficaz de
martelos percutivos, que permitiu um maior controle das dinâmicas forte e piano, tal
instrumento recebeu o nome de “Fortepiano”.
A tábua harmônica
A madeira com que a tábua é produzida também influi de modo significativo nas
características acústicas do instrumento. Em geral prefere-se madeiras com maior densidade
possível, pois materiais “moles” acabam absorvendo o som. Segundo Souza (2009), algumas
das madeiras mais utilizadas para fabricação dessa peça são a Picea glauca (encontrada no
Alasca, Canadá e EUA); Pinho do Paraná, Peroba; Pinheiro Suiço; Pinheiro Cuiabano (Brasil;
e países da América Latina) e outras. Em geral, as árvores utilizadas são coníferas.
Cordas
Para que seja possível a afinação correta das cordas, é preciso que elas sejam esticadas
em uma determinada tensão (como em todo instrumento de corda). A tenção gerada no
conjunto de todas as cordas do piano é de aproximadamente 30 toneladas para um piano de
cauda e 14 para um piano vertical (SENDINO, 2004). Devido ao comprimento das cordas
graves, é preciso que elas sejam posicionadas de modo cruzado (ficando posicionadas em
cima das outras cordas) no instrumento, poupando espaço na caixa do instrumento.
Martelos
Os martelos do piano são responsáveis pela percussão das cordas. Os mecanismos são
compostos por complexos mecanismos de alavancas, que buscam aumentar o controle do
pianista no momento do toque:
A grande maioria destas peças são feitas de madeira, cada martelo tem sua ponta
(responsável por percutir nas cordas) revestida feltro, sendo que a densidade desse material
definirá o tipo de timbre que o piano terá, quanto mais denso for o feltro mais “brilhante” será
o som do instrumento.
Outro aspecto interessante em relação aos martelos e a compressão dos feltros, está
relacionada à velocidade e energia com que o martelo atinge a corda:
Conclusões
É impossível negar as diferenças acústicas entre os diversos tipos de piano, seja ele
produto de uma linha de produção, ou ainda de um trabalho artesanal, cada instrumento
apresenta um tipo de perfil acústico, resultado de processos de montagem diversos,
variabilidade dos materiais utilizados em sua construção, ação do tempo, desgaste do
instrumento e outros.
Referências
PERSONE, Pedro. A aurora do (forte)piano. Per musi, Belo Horizonte , n. 20, p. 22-33, 2009.
Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/pm/n20/a04n20.pdf >. Acesso em 14 de Outubro de 2017.
PETIT, Jessica Mora; VILA, Rubén Picó, Caracterización acústica del piano de cola,
Universade Politécnica de Valência, trabalho final de curso, Gandia, 2012
POZZI, Luiz Guilherme; MARTIN, Maurícy Matos. Reflexões sobre o uso dos pedais–Critérios
usados na pedalização da peça Guaratuba e Antonina, de Harry Crowl, 2011
SOUZA, Maria Helena; BRASILEIRO–MMA, Serviço Florestal, Brasília, Madeiras Utilizadas para
a Fabricaçao de Instrumentos Musicais. 2009.
SENDINO, Juan José Burred, La Acústica del Piano, Conservatório de Música Arturo Soria,
Madrid, 2004.