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Catarina Furtado ou o abuso dos outros


MadreMedia

10 fev 2021 06:47

A opinião de
 

Patrícia Reis
Uma figura pública é um alvo fácil. É alguém que detém um carisma, um capital de empatia e simpatia,
que é reconhecido como pessoa de excepção por razões diversas. Cristiano Ronaldo por jogar à bola,
Maria Rueff por ser uma actriz incrível e por aí fora, não creio que seja necessário dar muitos exemplos.
Catarina Furtado, de quem gosto muitíssimo e por quem tenho admiração e respeito, é uma figura
pública de mão cheia, as razões para a admirarmos são muitas e transcendem a sua prestação na
televisão. É uma mulher empenhada em causas sociais, é uma mulher com um percurso realmente
louvável. E, como vivemos em Portugal, o mesmo percurso é invejável e passível de ser utilizado por
terceiros para alavancar o que bem entendem.

Esta semana, Catarina Furtado denunciou nas redes sociais o abuso praticado por uma marca de
produtos ditos de “dieta” ou “regime alimentar” que, utilizando a imagem da apresentadora, actriz
e Embaixadora de Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas, promove produtos cujos ingredientes,
eficácia ouSAPO 24
recomendação são francamente questionáveis. Diz Catarina Furtado: “E o que mais me custa
Notícias
nisto tudo, acreditem, não é só andarem a vender produtos à minha custa, utilizando a minha imagem
indevidamente, com falsas entrevistas, quando ao longo de 30 anos de carreira tenho sido sempre muito
criteriosa na escolha das marcas às quais me associo, mas sobretudo, porque estes produtos fazem mal
à saúde (recebi muitas mensagens de pessoas que compraram ao engano e ficaram com problemas no
organismo). E sobretudo também, porque ainda têm o descaramento de utilizar como argumento, para
tentar passar uma imagem mais credível, o meu trabalho na área da solidariedade! Deixa-me mesmo
furiosa”.
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A manipulação da imagem de pessoas como Catarina Furtado é uma constante em determinados


sectores, nomeadamente na área da cosmética e na área dos produtos para a “dieta”, ou para “perder
todos os quilos que não desejamos”. É evidente que Catarina Furtado tem um segredo para a sua boa
forma: trata-se, tem cuidado consigo, faz exercício, mantém uma vida saudável. Que pessoas que
devoram fast food três vezes por semana, ou mais, se possam sentir tentadas em testar um produto que
as redes sociais anunciam como “bombástico” e, para mais, associado a uma figura pública que tantos
de nós acarinhamos é apenas isto: ficar à mercê da manipulação e má-fé comercial de algumas pseudo-
marcas. Que existam algumas pessoas que ainda caiam nestes esquemas é o que me perturba mais.
Afinal, já fomos avisados um milhão de vezes: as redes sociais servem também os propósitos comerciais
de muitas SAPO
marcas24 e negócios que aparecem e desaparecem. Existem contas com um número
Notícias
significativo de seguidores que são alvo de ataques e de apropriação por forma a angariar seguidores
para outras contas. Existem publicações cujo interesse máximo é o motivar os navegadores da web a
caírem nas tentações de outras tantas malhas.
Porque as noticias não escolhem hora.
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Catarina Furtado, como outras figuras públicas (recordo-me de Angelina Jolie, alvo do mesmo tipo de
esquema maquiavélico) denunciou, e bem, o abuso da sua imagem e bom nome. O Facebook ou o
Instragram são veículos que proporcionam negócios, por isso não têm um comportamento ético digno
desse nome, todos os dias estas situações se repetem, em Portugal, no mundo. Os detentores das
plataformas que regem as redes sociais limitam-se a sorrir e acenar como os pinguins do
filme Madagáscar. Temos pena que assim seja? Sim, e temos pena que ainda existam pessoas que caiam
nesta esparrela. Quanto a Catarina Furtado, ainda bem que fez a denuncia. É mais uma prova, se esta
fosse precisa, de que certas pessoas têm integridade.

 
 
 

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