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Covid-19. Regras editoriais Presidência Portuguesa UE Hoje o dia foi assim Entrevistas SAPO24
É desta que leio isto Acho que vais gostar disto Mundo Novo
A opinião de
Patrícia Reis
Uma figura pública é um alvo fácil. É alguém que detém um carisma, um capital de empatia e simpatia,
que é reconhecido como pessoa de excepção por razões diversas. Cristiano Ronaldo por jogar à bola,
Maria Rueff por ser uma actriz incrível e por aí fora, não creio que seja necessário dar muitos exemplos.
Catarina Furtado, de quem gosto muitíssimo e por quem tenho admiração e respeito, é uma figura
pública de mão cheia, as razões para a admirarmos são muitas e transcendem a sua prestação na
televisão. É uma mulher empenhada em causas sociais, é uma mulher com um percurso realmente
louvável. E, como vivemos em Portugal, o mesmo percurso é invejável e passível de ser utilizado por
terceiros para alavancar o que bem entendem.
Esta semana, Catarina Furtado denunciou nas redes sociais o abuso praticado por uma marca de
produtos ditos de “dieta” ou “regime alimentar” que, utilizando a imagem da apresentadora, actriz
e Embaixadora de Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas, promove produtos cujos ingredientes,
eficácia ouSAPO 24
recomendação são francamente questionáveis. Diz Catarina Furtado: “E o que mais me custa
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nisto tudo, acreditem, não é só andarem a vender produtos à minha custa, utilizando a minha imagem
indevidamente, com falsas entrevistas, quando ao longo de 30 anos de carreira tenho sido sempre muito
criteriosa na escolha das marcas às quais me associo, mas sobretudo, porque estes produtos fazem mal
à saúde (recebi muitas mensagens de pessoas que compraram ao engano e ficaram com problemas no
organismo). E sobretudo também, porque ainda têm o descaramento de utilizar como argumento, para
tentar passar uma imagem mais credível, o meu trabalho na área da solidariedade! Deixa-me mesmo
furiosa”.
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Catarina Furtado, como outras figuras públicas (recordo-me de Angelina Jolie, alvo do mesmo tipo de
esquema maquiavélico) denunciou, e bem, o abuso da sua imagem e bom nome. O Facebook ou o
Instragram são veículos que proporcionam negócios, por isso não têm um comportamento ético digno
desse nome, todos os dias estas situações se repetem, em Portugal, no mundo. Os detentores das
plataformas que regem as redes sociais limitam-se a sorrir e acenar como os pinguins do
filme Madagáscar. Temos pena que assim seja? Sim, e temos pena que ainda existam pessoas que caiam
nesta esparrela. Quanto a Catarina Furtado, ainda bem que fez a denuncia. É mais uma prova, se esta
fosse precisa, de que certas pessoas têm integridade.
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