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(a) Para determinar se a função de onda dada é autofunção de L2 , estudamos a ação deste operador sobre ψ(x).
Temos
1 ∂2
2 2 1 ∂ ∂
L ψ(x) = −~ 2
+ sin θ (1)
sin θ ∂φ sin θ ∂θ ∂θ
Utilizando a função de onda expressa em coordenadas esféricas encontrada acima, calculamos as derivadas
parciais que aparecem em (1)
∂θ [(sin θ)∂θ ]ψ(x) = ∂θ [rf (r)(sin θ cos θ cos φ + sin θ cos θ sin φ − 3 sin 2θ)]
Portanto, ψ(x) é autofunção de L2 com autovalor `(` + 1)~2 = 2~2 , ou seja, com ` = 1.
(b) Para encontrar as probabilidades da partı́cula ser encontrada nos estados m` , escrevemos ψ(x) como com-
binação linear dos esféricos harmônicos
r r
3 3
Y10 = cos θ, Y1±1 =∓ sin θe±iφ
4π 8π
Então
1
e + e−iφ
iφ
eiφ − eiφ
ψ(x) = rf (r) sin θ + + 3 cos θ
2 2i
1 iφ 1 −iφ
= rf (r) (1 − i) sin θe + (1 + i) sin θe + 3 cos θ
2 3
" r #
√
r
2π 2π
= rf (r) − (1 − i)Y11 + (1 + i)Y1−1 + 2 3πY10 (6)
3 3
1
X
Com isso, expandimos ψ(x) na base de autoestados de j = 1, ou seja: ψ(x) = rf (r) cm Y1m , e encon-
m=−1
tramos
√
r r
2π 2π
c1 = − (1 − i), c0 = 2 3π, c−1 = (1 + i)
3 3
A probabilidade de a partı́cula estar no estado |1, mi é dada por
|cm |2
P (m) = P1 (7)
m=−1 |cm |2
1 9 1
P (1) = , P (0) = , P (−1) = (8)
11 11 11
(c) Em coordenadas esféricas, escrevemos a equação de Schrödinger independente do tempo como sendo
~2 L2
2
− ∂)r(r ∂r ) + + V (r) ψ(x) = Eψ(x) (9)
2mr2 2mr2
Escrevemos a equação de onda como ψ(x) = rf (r)g(θ, φ), com g(θ, φ) = sin θ cos φ + sin θ sin φ + 3 cos θ.
Calculamos as derivadas parciais
Repare que na equação (9) temos um termo L2 ψ(x), mas do item (a) sabemos que L2 ψ(x) = 2~2 ψ(x), então,
utilizando este fato e as derivadas parciais calculada acima, a equação (9) fica
~2 ~2
:
− [ (r) + 4f 0 (r) + r2 f 00 (r)]g(θ, φ) + 2
2f
*
φ)] + V (r)[rf (r)g(θ, φ)] = E[rf (r)g(θ, φ)]
[rf(r)g(θ, (12)
2mr mr
Portanto
1 ~2 h2 4rf 0 (r) + r2 f 00 (r)
V (r) = E + [4rf 0 (r) + r2 f 00 (r)] = E + [ ]. (13)
rf (r) 2mr 2mr f (r)
2
Questão 02 (Exercı́cio 16, cap. 03 do Sakurai):
Portanto
1h p p i
hLx i = ~ `(` + 1) − m(m + 1)h`, m|`, m + 1i + ~ `(` + 1) − m(m − 1)h`, m|`, m − 1i (14)
2
Analogamente, para hLy i:
1 h p p i
hLx i = ~ `(` + 1) − m(m + 1)h`, m|`, m + 1i − ~ `(` + 1) − m(m − 1)h`, m|`, m − 1i (15)
2i
Como h`0 , m0 |`, mi = δ``0 δmm0 , temos hLx i = hLy i = 0.
[`(` + 1)~2 − m~2 ]
(ii) hL2x i = hL2y i =
2
Observamos que
(L+ + L− )(L+ + L− ) L2 + L+ L− + L− L+ + L2−
L2x = = + (16)
4 4
Devido à ortogonalidade dos estados (h`0 , m0 |`, mi = δ``0 δmm0 ), os termos L2± não contribuem para hL2x i e
nem para hL2y i. Assim
hL+ L− i + hL− L+ i
hL2x i = = hL2y i (18)
4
Calculamos hL+ L− i e hL− L+ i:
p
hL+ L− i = h`, m|L+ L− |`, mi = ~ `(` + 1) − m(m − 1)h`, m|L+ |`, m − 1i
p p :1
= ~2
`(` + 1) − m(m − 1) `(` + 1) − (m − 1)m
h`,
m|`,
mi
p p :1
= ~2
`(` + 1) − m(m + 1) `(` + 1) − (m + 1)m
h`,
m|`,
mi
Finalmente:
3
Classicamente, temos
L2 = L2x + L2y + L2z (22)
Assumindo que hL2x i = hL2y i (não há direção preferencial) ficamos com
`(` + 1) − m2
hL2x i = hL2y i = ~2 , (25)
2
que é o mesmo resultado que obtivemos em (21).
Supondo que um valor semi-inteiro de ` seja permitido (digamos, ` = 1/2), vamos obter Y1/2,−1/2 (θ, φ) de duas
maneiras diferentes.
(a) Aplicando L− em Y1/2,1/2 (θ, φ). Da definição do momento angular
Li = −i~ijk xj ∂k (26)
com xj = x, y, z e ∂k = ∂x , ∂y , ∂z . Em coordenadas polares:
~r = [x, y, z] = [r sin φ cos θ, r sin φ sin θ, r cos θ] (27)
De maneira que
L± = −i~e±iφ [±i∂θ − cot θ∂φ ] (31)
Aplicando L− em Y1/2,1/2 :
L− Y1/2,1/2 (θ, φ) = Y1/2,−1/2 (θ, φ)
cos θ
= −~eiφ/2 √ = Y1/2,−1/2 (θ, φ) (32)
sin θ
(b) Fazendo Y1/2,−1/2 (θ, φ) = 0, e partindo do ansatz Y1/2,−1/2 (θ, φ) ∝ e−iφ/2 f (θ)
∂ ∂
−i − cot θ Y1/2,−1/2 (θ, φ) = 0
∂θ ∂φ
∂ −iφ/2 ∂
−i e f (θ) − cot θ e−iφ/2 f (θ) = 0
∂θ ∂φ
∂f 1
= cot θf
∂θ 2
df dθ
= cot θ
f 2
1
ln f = ln(sin θ) = ln(sin θ)1/2
2
4
√
∴ f (θ) = sin θ (33)
√
Ou seja: Y1/2,−1/2 (θ, φ) ∝ e−iφ/2 sin θ, que é diferente do obtido no item (a). Este é mais um argumento
contra valores semi-inteiros para `.
Questão 04 (Exercı́cio 20, cap. 03 do Sakurai):
Caso j = 2
j = 2, m = −2
|1, 1; 2, −2i = h1, 1, −1, −1|2, −2i|1, 1, −1, −1i, e o coeficiente de Clebsch-Gordan é:
Para encontrar os coeficientes, aplicamos J− em ambos lados de |1, 1; 2, 2i = |1, 1, 1, 1i (obtida no item acima),
e o resultado é: √ √
2|1, 1, 2, 1i = 2|1, 1, 0, 1i + 2|1, 1, 1, 0i (38)
1 1
h1, 1, 1, 0|2, 1i = √ , h1, 1, 0, 1|2, 1i = √ (39)
2 2
j = 2, m = 0. Neste caso, os valores possı́veis para o par (m1 , m2 ) são (+1, −1), (0, 0) e (−1, +1).
|1, 1; 2, 2i = h1, 1, 1, −1|2, 0i|1, 1, 1, −1i + h1, 1, 0, 0|2, 0i|1, 1, 0, 0i + h1, 1, −1, 1|2, 0i|1, 1, −1, 1i (40)
5
j = 2, m = −1. Os possı́veis valores de m(1 , m2 ) são (0, −1)( − 1, 0). Aplicando J− em ambos lados de (41),
obtemos
√ 1 √ √ √ √
6|1, 1; 2, −1i = √ ( 2|1, 1, 0, −1i + 2|1, 1, −1, 0i + 2 2|1, 1, −1, 0i + 2 2|1, 1, 0, −i) (42)
6
Caso j = 1
|1, 1; 1, −1i = h1, 1, 0, −1|1, −1i|1, 1, 0, −1i + h1, 1, −1, 0|1, −1i|1, 1, −1, 0i
com α, β ∈ R. Utilizamos a condição de normalização h1, 1; 1, −1|1, 1; 1, −1i = 1, h1, 1; 2, −1|1, 1; 1, −1i = 1
juntamente com a equação (43) obtendo
1 1
α2 + β 2 = 1, √ α+ √ β =0 (45)
2 2
pois
1 1
h1, 1, 0, −1| √ + h1, 1, −1, 0| √ [α|1, 1, 0, −1i + β|1, 1, −1, 0i] = 0 (46)
2 2
De (45) temos α = −β, portanto
1 1
h1, 1, 0, −1|1, −1i = √ , h1, 1, −1, 0|1, −1i = − √
2 2
Para encontrar os coeficientes seguintes, aplicamos J+ em ambos lados de (44), que pode ser reescrita como
1
|1, 1; 1, −1i = √ [|1, 1, 1, −1i − |1, 1, −1, 1i] (47)
2
j = 1, m = 1. Os valores possı́veis para (m1 , m2 ) sã0 (1, 0) e (0, 1). Aplicamos J+ em |1, 1; 1, 0i e obtemos
√ 1 √ √
2|1, 1; 1, 1i = √ ( 2|1, 1, 1, 0i − 2|1, 1, 0, 1i) (50)
2
Da equação acima encontramos os coeficientes de Clebsch-Gordan:
1 1
h1, 1, 1, 0|1, 1i = √ , h1, 1, 0, 1|1, 1i = − √ (51)
2 2
6
Caso j = 0
j = 0, m = 0. Os possı́veis valores de (m1 , m2 ) são (1, −1), (0, 0), e (−1, 1).
|1, 1; 0, 0i = h1, 1, 1, −1|0, 0i|1, 1, 1, −1i + h1, 1, 0, 0|0, 0i|1, 1, 0, 0i + h1, 1, −1, 1|0, 0i|1, 1, −1, 1i (52)
Denotando:
h1, 1, 1, −1|0, 0i = α, h1, 1; 0, 0|0, 0i = β, h1, 1, −1, 1|0, 0i = γ, e recorrendo à condição de normalização em
(41) e à equação (49), temos o seguinte sistema com três equações
2
α + β2 + γ2 = 1
α γ
√ −√ =0
2 2
α β γ
√ + 2√ + √ = 0
6 6 6
Os coeficientes de Clebsch-Gordan encontrados são
1 1 1
h1, 1, 1, −1|0, 0i = √ , h1, 1, 0, 0|0, 0i = − √ , h1, 1, −1, 1|0, 0i = √
3 3 3
O observador A mede as componentes do spin de uma das partı́culas (S1x , S1y , S1z , enquanto o observador B
mede as componentes de spin da outra partı́cula.
(a) Se o observador B não faz qualquer medida, então a probabilidade de A obter S1 z = ~/2 é igual a 1/2 (uma
vez que os possı́veis valores de S1 z são +~/2 e − ~/2. Similarmente, para S1 x = ~/2 a probabilidade é de
1/2.
(b) O observavor B determina que a partı́cula 2 está no estado com spin S2z = ~/2 com certeza.
(i) Como sabemos que o sistema está em um estado singleto, temos:
7
Primeiro caso: s = 3/2
3 3 3 3
Os estados 1, ,
e 1, , −
são dados por:
2 2 2 2
3 3 3 3
2 2 = |s1 , s2 , s3 ; +, +, +i
1, , −
2 2 = |s1 , s2 , s3 ; −, −, −i
1, , (58)
3 1 3 3
Para obter 1, ,
, aplicamos S− em 1, ,
, e, lembrando que S− = S1− + S2− + S3− , temos:
2 2 2 2
3 3
S− 1, ,
= (S1− + S2− + S3− )|s1 , s2 , s3 ; +, +, +i (59)
2 2
e do lado direito
3 1 3 1
De maneira similar, aplicando S− em 1, ,
obtemos o estado 1, , −
2 2 2 2
3 1 1
2 2 = √3 (|s1 , s2 , s3 ; +, −, −i + |s1 , s2 , s3 ; −, +, −i + |s1 , s2 , s3 ; −, −, +i)
1, , − (64)
α2 + β 2 = 1 com α, β ∈ R (66)
3 1 1 1
Por outro lado, como h1, , |0, , i, da equação acima e da (63) , temos
2 2 2 2
1
√ (α + β) = 0 → α = −β (67)
3
√
Substituindo α = −β em (66) nos dá α = −β = 1/ 2. Substituindo este resultado em (65),
1 1 1
2 2 = √2 (|s1 , s2 , s3 ; +, +, −i − |s1 , s2 , s3 ; −, +, +i)
0, , (68)
8
Aplicando
S− no lado esquerdo da equação acima e (S1− + S2− + S3− ) do lado direito, obtemos o ket
1 1
0, , −
2 2
1 1 1
2 2 = √2 (−|s1 , s2 , s3 ; +, −, −i − |s1 , s2 , s3 ; −, −, +i)
0, , − (69)
1 1
Para encontrar 1, , , podemos escrever este ket como uma combinação linear de |s1 , s2 , s3 ; +, +, i, |s1 , s2 , s3 ; +, −, +i
2 2
e |s1 , s2 , s3 ; −, +, +i:
1 1
2 2 = α|s1 , s2 , s3 ; +, +, −i + β|s1 , s2 , s3 ; +, −, +i + γ|s1 , s2 , s3 ; −, +, +i
1, , (70)
1 1
Este estado é ortogonal a 1, , . Da equação (68), concluı́mos então que α = γ. Como este estado
2 2
3 1
também é ortogonal a 1, , , temos α + β + γ = 0. Como todos os estados em (70) são ortonormais,
2 2
2 2 2
temos α + β + γ = 1. Ou seja, temos três equações:
α = γ
α+β+γ =0
2
α + β2 + γ2 = 1
√ √
Resolvendo o sistema acima, encontramos α = γ = −1/ 6 e β = 2/ 6. Então, a equação (70) fica
1 1 1
2 2 = √6 (−|s1 , s2 , s3 ; +, +, −i + 2|s1 , s2 , s3 ; +, −, +i − |s1 , s2 , s3 ; −, +, +i)
1, , (71)
Aplicando S− no lado esquerdo da equação acima e (S1− + S2− + S3− ) do lado direito, obtemos o ket
1 1
1, , −
2 2
1 1 1
2 2 = √6 (|s1 , s2 , s3 ; +, −, −i − 2|s1 , s2 , s3 ; −, +, −i + |s1 , s2 , s3 ; −, −, +i)
1, , − (72)
Observação: suprimimos alguns cálculos para não carregar muito a resolução. Em particular, em todas as
etapas em que aplicamos S1− + S2− + S3− em um ket, note que S1− só age na primeira partı́cula, S2− na segunda,
e assim por diante.